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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

EDITORIAL: ELUL - um tempo para escutar

 

ELUL: chegando ao final do ano de 5780

acrônimo de ELUL

A vida de cada um, a vida de uma comunidade, a vida de um país e a vida de um povo são marcadas pela sua trajetória ao longo do tempo. Mas como marcar o tempo? O que distingue o ontem do amanhã? O que permite que saibamos que as diferenças entre um período e outro não foram apenas função do acaso, isto é, totalmente independentes da vontade individual? O que permite que sejamos responsáveis pelos nossos atos e, portanto, tenhamos a possibilidade de perseguir sonhos, ter esperança e buscar o novo?

Estas são perguntas voltadas para o "eu". Estas são perguntas que focam um indivíduo e fazem com que este seja diferente de todos os outros. No jargão que temos usado ao longo deste ano, isto daria chance a preservar e respeitar a HUMANODIVERSIDADE.

Todas as perguntas feitas acima também podem sair da esfera "eu" como pessoa para buscar entender o que faz com que um povo seja especial - e, ao usar a palavra especial, deixo claro, é no sentido de ser diferente dos outros. Ser diferente não implica em julgamento de valor, isto é, melhor ou pior. Ser diferente implica em admitir que existem várias formas de convivência e que todas devem ser respeitadas. 

Rotinas e calendários organizam e permitem evoluir de forma menos aleatória. O judaísmo organiza a vida de forma a permitir singrar os tempos, apesar de todas as intempéries encontradas nos últimos 3600 - 3700 anos. 

Judeus de todas as regiões do mundo e de todas as matizes têm as grandes festas, Rosh Hashaná e Yom Kipur como marcos importantes. Mesmo os que não têm ligação alguma com a religião conhecem a data de Iom Kipur, o dia do perdão. Ouso pensar que é porque esta data que admite uma relação muito próxima com D'us também é a data em que todos são lembrados que o perdão se faz entre os homens. O que poucos sabem é que esta data é precedida de um preparo muito longo.

O mês de Elul é um mês especial porque dá inicio aos preparativos pessoais para que se tenha um tempo de reflexão e de balanço. Um mês para repaginar e reprogramar. Os religiosos são acordados com o som do SHOFAR que é tocado diariamente, excluindo os sábados. O som de um berrante que ao invés de propor seguir um líder, informa que este é um momento de introspecção e reflexão.

Mas - e sempre tem um mas - como o tempo pessoal é ligado ao tempo histórico, não podemos deixar de lembrar que os 40 dias entre o início do mês de Elul e o dia de Iom Kipur (10 de Tisherei - 10 dias após o início do ano novo) foram marcados pelo dia em que Moisés iniciou a subida ao Monte Sinai para buscar a segunda versão das Tábuas da Lei (Asseret ha Dibrot - Os 10 comandos) e Iom Kipur é o dia que Moisés volta e dá ao Povo de Israel a oportunidade de iniciar um roteiro de estudo que serviria de fio condutor para um futuro que continua acontecendo.

Desejamos a todos que aproveitem as oportunidades de balanço e redirecionamento que temos ao longo da vida - e de forma mais marcante neste ano de 5780.

Boa Semana!

Regina P. Markus


segunda-feira, 24 de agosto de 2020

VOCÊ SABIA? - A presença judaica nos Emirados Árabes Unidos

 

Relíquias antigas e um centro inter-religioso futurista: cresce a presença judaica nos Emirados Árabes Unidos.

Por Itanira Heineberg



Você sabia que hoje em dia os israelenses desejosos de conhecer o esplendor dos hotéis à beira-mar, os arranha-céus nas alturas e as multidões globais de Dubai, a cidade mais populosa dos Emirados Árabes Unidos, assim como a sua capital Abu Dhabi, poderão realizar seus sonhos de ver o outro lado do mundo assim como o rabino Benjamin de Tudela o fez no século XII?

 


A lápide de Davi, filho de Moisés, no Museu Nacional de Ras al-Khaimah, no pano de fundo do horizonte de Abu Dhabi (Departamento de Antiguidades e Museus, Ras Al Khaimah, Emirados Árabes Unidos; Nousha Salimi/AP Imagens)


Dizem que os israelenses, grandes andarilhos pelo mundo, sempre almejaram experimentar humus em Beirute, visitar velhos cemitérios judeus no Iêmen, conhecer as centenárias sinagogas do Iraque!

A partir do acordo de da paz assinado com os Emirados Árabes em agosto de 2020, estes sonhos poderão se transformar em realidade.

Com este ato pacífico, os Emirados Árabes Unidos, um país conhecido como o bastião da tolerância, vive a celebração da Diversidade.

 

Courtesy is a core value.

“Cortesia, um valor fundamental” é o mote do país.

 

Uma visão cosmopolita e uma compreensão de tolerância determinaram a história dos Emirados Árabes já muito antes do século XX, cultura esta da qual o país muito se orgulha. Os EAU foram o primeiro país da península arábica a receber o atual Papa Francisco, líder espiritual da igreja católica, em seu território.

No entanto, os novos turistas não conhecerão a fundo a vida no mundo árabe, se levarmos em conta que apenas 11% da população dos emirados é árabe. A grande maioria dos residentes é constituída por trabalhadores de fora do país.



Porém, o rabino Benjamin de Tudela, na ilustração acima, o primeiro viajante europeu a explorar e conhecer a Europa e Ásia em meados dos anos 1100, teve oportunidade de sentir a vida como ela era, entrando em contato direto com os naturais das terras visitadas enquanto dialogava com seus próprios patrícios habitando em mundos distantes.

“Benjamin de Tudela, nascido no século 12 em Navarra, na França, foi o primeiro viajante europeu conhecido a se aproximar das fronteiras da China e cujo relato de viagem, Massaʿot (O Itinerário de Benjamin de Tudela, 1907), ilumina a situação dos judeus na Europa e na Ásia no século XII.”

Este rabino de Navarra, saindo de Tudela, sua cidade, atingiu Saragoça, Barcelona, percorrendo a França e sempre em frente. Foi um precursor dos caminhos para o oriente, antecedendo Marco Polo por um século, que ao peregrinar pelos mesmos rincões, escreveu sua obra ”O Livro das Maravilhas: A descrição do Mundo” baseado em suas viagens entre 1271 e 1295.



Para o judeu turista do século XXI, apenas vestígios da presença de seu povo ainda se encontram no pequeno país do Golfo.

Seguindo o famoso humor judaico, se há mais de um judeu, obviamente haverá duas sinagogas!

“A moderna comunidade judaica dos Emirados Árabes Unidos só foi formalmente estabelecida em 2008, e compreende inteiramente os imigrantes. Embora pequena, numerando cerca de 2.000-3.000 pessoas, ela já está participando do que poderia ser chamado de uma tradição próspera do debate judaico: não uma, mas duas organizações alegaram em um ponto representar a comunidade dos Emirados Árabes Unidos.

O Conselho Judaico dos Emirados de Ross Kriel em Dubai abriga serviços em uma sinagoga conhecida como "a vila", uma residência convertida, alugada pela comunidade, com um santuário, cozinha completa, áreas para socializar e brincar, uma piscina ao ar livre e vários quartos no andar de cima onde os visitantes religiosamente observadores podem ficar durante o Shabbat.

A existência de uma antiga comunidade judaica na área sobre a qual os Emirados Árabes Unidos estão agora está mal documentada. Benjamin de Tudela disse que encontrou uma comunidade judaica em Kis no emirado moderno de Ras al-Khaimah, mais ao norte dos Emirados. Além de suas palavras, pouco traço dessa comunidade permanece.

Mas os registros de comunidades judaicas na área não desapareceram completamente. No Museu Nacional de Ras al-Khaimah está a lápide de um Davi, filho de Moisés, desenterrada na década de 1970 por moradores locais.

A lápide apresenta escrita hebraica claramente legível, com alguns judaico-árabe misturados. De acordo com o historiador Timothy Power, o misterioso Davi pode ter migrado da Pérsia para o cosmopolita hormuz próximo no auge de seu esplendor comercial, entre os séculos XIV e XVI.



A mensagem escondida na antiga lápide judaica de Ras Al Khaimah. Esta lápide judaica centenária foi desenterrada na década de 1970 por moradores locais na área de Shimal de Ras Al Khaimah. (Cortesia do Departamento de Antiguidades e Museus em Ras Al Khaimah)

Algo novo está encantando os moradores do país e com certeza agradará os novos turistas:

"No mês passado, um novo fornecedor kosher foi lançado em Dubai para servir a crescente comunidade judaica, a primeira nova comunidade no mundo árabe em mais de um século".

 


KOSHERATI: Elli Kriel, foto acima, esposa do presidente da JCE, Ross Kriel, abriu recentemente um bufê chamado "Elli's Kosher Kitchen" com a ministra da Cultura dos Emirados Árabes Unidos, Noura al-Kaabi, saudando-a como um novo capítulo na "história da comida do Golfo".

Como podemos ver, os Emirados estão em paz com os judeus: já podemos visitar, há comida kasher para quem desejar ou necessitar e temos direito de frequentar as sinagogas ... e a “Casa da Família Abraâmica”.

“No final de 2019, os Emirados Árabes Unidos anunciaram planos para um complexo de oração inter-religiosa para as chamadas "crenças abraâmicas" — muçulmanos, cristãos e judeus. Se a paz ainda se mantiver até 2022, os judeus, incluindo israelenses judeus, poderão comparecer.


A Casa da Família Abraâmica, a ser construída em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos (cortesia do Comitê Superior para a Fraternidade Humana)


O complexo será construído na Ilha Saadiyat, na costa de Abu Dhabi, capital do país, o emirado mais rico e poderoso. Um dos edifícios será mais uma sinagoga dos Emirados Árabes Unidos, ao lado de uma igreja, uma mesquita e outras exposições que promovem a compreensão inter-religiosa.”

 

FONTES:

https://www.timesofisrael.com/ancient-relics-and-a-futuristic-interfaith-hub-4-jewish-thi

https://www.britannica.com/biography/Benjamin-of-Tudela

https://www.thenational.ae/opinion/comment/the-message-hidden-in-ras-al-khaimah-s-ancient-jewish-tombstone-1.1063162

https://www.timesofisrael.com/for-the-first-time-dubais-jewish-community-steps-hesitantly-out-of-the-shadows/

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

EDITORIAL: DIFERENTES ROTAS PARA A PAZ

 

No dia 13 de agosto de 2020 o Primeiro-Ministro de Israel e o Príncipe Regente da União dos Emirados Árabes, Sheik Muhamed bin Zayed al-Nahyan, anunciaram o estabelecimento de um acordo de paz. Cinco dias depois, em 18 de agosto, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores do Sudão, Haider Badawi,  responde a jornalistas da AFP que não poderia negar a existência de conversas de paz com Israel. O Sudão é um país islâmico localizado na África Oriental às margens do Mar Vermelho; este seria o quarto país islâmico a assinar um acordo de paz com Israel, e outros países árabes do Golfo Pérsico vão pelo mesmo caminho. Atualmente, Israel mantém relações diplomáticas com Egito e Jordânia e estabeleceu uma Câmara de Comércio com a Arábia Saudita.


O mundo, incluindo os israelenses, foram tomados de surpresa pelo desenrolar dos fatos desta última semana. O momento político no mundo e em Israel joga o foco das atenções para a política e os políticos envolvidos. No mundo ocidental, inclusive na imprensa brasileira, há um foco sobre Líbano, Síria, Turquia, Gaza e a Margem Ocidental do Rio Jordão. Neste contexto, vale ressaltar a entrevista que o Presidente do Líbano deu ao Le Monde nesta semana. Ao final da entrevista, quando perguntado sobre o assunto, respondeu que "possibilidades existem". 

PAX romana - paz negociada. 

SHALOM/ SALAM - um conceito de busca diária da paz - como um fluxo contínuo que deve ser buscado por todos os caminhos. Vale lembrar que judeus e árabes usam saudações muito semelhantes ao se despedirem. 

SHALOM ALEIRREM - SALAM ALEIKUM - "caminhem em paz". Que os seus caminhos possam construir a convivência. Convivência: a paz que não elimina a discordância, mas que busca pontos de contato, busca o cruzar das fronteiras e a troca de experiências e bens. 

Israel, desde a Declaração de Independência feita por David Ben Gurion em 1948, propõe aos vizinhos e países árabes uma convivência pacífica. Esta convivência foi negada por sucessivas vezes desde a guerra da independência, o que fez com que Israel aplicasse uma parte muito relevante de seus produtos na defesa nacional. Não precisamos ir a tempos remotos para entender o processo. Entre os dias 13 e 19 de agosto de 2020, o sul de Israel foi atacado de forma sistemática pelo Hamas, que usou balões com explosivos e foguetes disparados contra a cidade de Sderot. Tragédia maior foi evitada pela ação do Exército de Defesa de Israel.

PAZ é um objetivo buscado de forma sistemática. Em 2005, dentro do espírito do tratado de Oslo, patrocinado pela ONU, Israel retirou à força a população que habitava em Gaza, uma região que vivia da agricultura num processo conhecido como troca de territórios pela paz. Hoje, transcorridos 15 anos, temos a certeza de que este é o tipo de acordo que não tem futuro. A região tornou-se um pomar de armas que são disparadas de forma sistemática contra Israel. Apesar de muitos ainda não terem compreendido, fronteiras seguras são aquelas que apenas definem propriedades de vizinhos e não barreiras para comunicação e amizade.

Os tratados e negociações que estão sendo realizados neste ano têm uma base diferente. Há anos há esboços de cooperação entre os países envolvidos, quer relacionados com cooperação científica e tecnológica em áreas como dessalinização de águas, agricultura, segurança e saúde, quer nos esportes ou mesmo religião. Encontros ainda fortuitos e muitos sem chancelas oficiais, mas que terão, a partir da assinatura de tratados de paz, a possibilidade de evoluir aos olhos de todos. 

Vamos parando por aqui, hoje, para poder trazer ao longo deste mês de ELUL algumas das iniciativas que serviram de caminho para chegar a este momento. Vamos usar este espaço para tocar o SHOFAR da esperança. E... apenas como gostinho, vejam a foto abaixo que mostra a assinatura de um acordo de cooperação entre o Grupo Tera de Israel e a APEX de Abu Dhabi.

Boas Entradas no Último mês de 5780 - ELUL.

Regina P. Markus





segunda-feira, 17 de agosto de 2020

VOCÊ SABIA? - Orit Farkash-Cohen

 

Orit Farkash-Cohen traz nova energia na luta contra a BDS

“I’m a fighter in my personality. I’m not afraid to fight for what I believe in.”

Por Itanira Heineberg


“Eu sou uma lutadora em minha personalidade. Não tenho medo de lutar por aquilo em que acredito.” - a Ministra de Assuntos Estratégicos Orit Farkash-Hacohen luta por Israel.



Você sabia que a israelense Orit sentiu na pele o que é ser uma minoria ao iniciar seu mestrado em administração pública em Harvard em 2006, e desde então tem trabalhado contra o BDS?

Algumas semanas após a Segunda Guerra do Líbano ela viajou para Boston com seu esposo e seus três filhos para continuar seus estudos.

Nascida e criada em Israel, Orit desconhecia a vida de uma pessoa judia na Diáspora judaica, comunidades de judeus vivendo fora de Israel.

Ela relata que para os israelenses nascidos em Israel, eles sempre foram a maioria. Não sabem o que é ser parte da minoria de um grupo. Assim, aquele ano em Boston foi para ela e para seus familiares “uma experiência de abrir os olhos”!

 

Em uma aula sobre negociações ministrada por um aplaudido professor da escola, Farkash-Hacohen ficou chocada ao perceber que toda a classe fora convidada a ler um discurso por ela considerado antissemita e contra Israel.

Não constava no texto nenhuma informação pelo ponto de vista israelense e ela percebeu que seus colegas não estavam familiarizados com o assunto. Havia incitação, mentiras e tons antissemitas contra os judeus e Israel.

Orit ficou constrangida e muito chocada por ter de ler o longo texto e discuti-lo em classe.

Ao apresentar suas objeções ao professor em particular e depois perante toda a classe, percebeu que quase não houve reconhecimento.

Este fato e a vivência no país alertaram Orit, fornecendo-lhe uma consciência aguda de como era a vida acadêmica dos estudantes judeus na Diáspora e os enfrentamentos diários por eles sofridos nos campi universitários.

Estas lições que aprendeu em seu ano de estudos nos Estados Unidos tiveram um grande e profundo impacto sobre ela, enfatizando a importância de criar um ministério focado em combater a deslegitimação do Estado de Israel.


"Deus odeia judeus" - Criança segura cartaz com os dizeres em Columbus, Kentucky


Orit assim se expressou: " Quando concluí aquele ano, entendi que a conexão com as comunidades judaicas no exterior é um ativo estratégico importante para Israel, e o quão vulneráveis elas são e como pagam um preço direto pelo status de Israel no mundo. Voltei com um grande apreço pelas diferentes comunidades judaicas e pelos desafios que elas enfrentam. Eu entendi que nós, como israelenses, temos uma grande responsabilidade pelas comunidades da Diáspora a qual eu não entendia antes de viver lá."

Agora ministra de Assuntos Estratégicos, Farkash-Hacohen prioriza chamar as empresas de mídia social para fornecer "um refúgio para desinformação e temas antissemitas clássicos".

“A primeira coisa que ela fez no cargo foi escrever uma carta no Twitter sobre tweets do líder iraniano Aiatolá Ali Khamenei chamando Israel de ‘um crescimento cancerígeno’ que deve ser cortado, e comparando Israel com a pandemia COVID-19. Semanas depois, um representante do Twitter descartou os comentários de Khamenei como uma ameaça afirmando que não viola os termos de uso da empresa."

Apesar do diálogo mantido por Orit com o Twitter, o comportamento da empresa continua sendo inaceitável. Para eles, manter inalteráveis os tweets inflamados de ódio e inverdades faz parte do interesse público. Orit não fraqueja em sua batalha por seu país.

Orit luta contra o movimento global do BDS contra Israel:

BOICOTE, DESINVESTIMENTO, SANÇÕES (em inglês, "Calls for Boycott, Divestment and Sanctions against Israel"), conhecido como BDS, é uma campanha global que preconiza a prática de boicote econômico, acadêmico, cultural e político ao estado de Israel.

Este movimento começou em 1945, antes mesmo da criação do Estado de Israel, quando a Liga Árabe proclamou um boicote contra produtos comercializados pelos sionistas.

E a partir de então, num crescendo, o BDS se espalhou pelo mundo num movimento de acabar com o povo judeu, eliminar seu país e derrubar financeiramente as empresas e iniciativas judaicas.

Segundo Farkash-Hacohen, o papel do Ministério dos Assuntos Estratégicos é ser o cerne coordenador de todos os desafios relacionados à deslegitimação, sejam eles econômicos – como a lista negra da ONU – questões acadêmicas, diplomáticas ou de segurança. Farkash-Hacohen alertou que "a deslegitimação de Israel e os apelos para a destruição do Estado judeu estão crescendo.”


Manifestantes seguram um cartaz pedindo à comunidade internacional que apoie a campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) [Gali Tibbon / AFP / Getty Images]



sexta-feira, 14 de agosto de 2020

EDITORIAL: POST 501


Este é o post 501 de nosso blog!!! Uma boa hora para lembrar por que estamos aqui e convidar a todos os que nos acompanham na EshTamid a lembrar como tudo aconteceu.

Lembrando quem somos e por que aqui estamos é sempre um excelente motivo para seguir em frente. Em nossa página no facebook está registrado:

"EshTá na Mídia é o resultado do trabalho de mais de dois anos do grupo Esh Tamid no intuito de combater o antissemitismo em forma de intolerância, discriminação e desinformação. O objetivo da página é alertar contra movimentos, atitudes antissemitas e radicalismos em geral, divulgando periodicamente matérias veiculadas por importantes portais e artigos próprios mostrando argumentos que permitam construir respostas positivas baseadas em fatos." 

Conhecer é uma fórmula de sucesso para empoderar o futuro. E para conhecer precisamos de ter uma base sólida que permita avaliar os novos conhecimentos adquiridos. Suplantar dificuldades do presente e projetar um futuro.

Nestes 500 posts - incluindo Editoriais, "Você Sabia?" escritos por Itanira Heineberg e vídeos, Marcela Fejes, Juliana Rehfeld, Regina P Markus têm apresentado uma coletânea de fatos e fotos sobre o Judaísmo, o Estado de Israel e o Povo Judeu. Entidades que se interdigitam formando um mosaico tão diverso que garante a sobrevivência nas mais diferentes formas de adversidades. A amálgama de todos estes fatos e fotos é feita pela Luciana Loew - o importante toque de nossa jornalista, que com sensibilidade a competência facilita a comunicação. 

Nestes anos vimos o antissemitismo em sua forma clássica e na sua forma mais moderna, chamada de anti-sionismo, recrudescer e aumentar de forma inimaginável para nós que viemos do século XX. O desconhecimento, a constante identificação do judaísmo apenas com rituais religiosos, a deslegitimização do Estado de Israel como lar nacional judaico têm aumentado de forma impressionante.

Nesta semana, Israel foi atacada por balões com detonadores de incêndio e explosivos. Parecem cachos de uva que caem do céu. Lançados da faixa de Gaza, aproveitando as condições climáticas do verão quando ventos sopram do Mediterrâneo para o interior e direcionam lindos balões coloridos para cidades vizinhas! Sim, os balões visam áreas habitadas. A vigilância constante do Exército de Defesa de Israel permitiu que os balões estourassem no ar. Mas ao cair, incendiaram vastas áreas de terra, algumas naturais e outras plantadas. E... não li nada sobre estes fatos nos jornais. Faz parte do grande silêncio! A vida continua...

Le Chaim - (lê-se lerraim) Para a vida - este é o brinde de todos os judeus, religiosos ou não. E é este o contexto das discussões talmúdicas. O excelente texto de Mandi Tal mostra na prática alguns resultados. Foi na base de regras de conduta que a população judaica isolada sobreviveu pestes. Mas estes textos são algo mais. Vamos voltar ao tema em conversas futuras.

O Estado de Israel, uma nação entre as nações, com todos os problemas que encontramos aqui e acolá. O mundo está enfrentando uma crise de autoridade e de honestidade. Ideologias no lugar de idéias e princípios tem sido a tônica de nossos tempos. Assim, é importante conhecer a história daquela região, sem mitos. Importante lembrar que o nome Palestina foi dado pela primeira vez pelos romanos, quando conquistaram Jerusalém no ano 70 e depois pelos ingleses, ao término do Império Otomano, ao receberem da Liga das Nações a responsabilidade sobre o Mandato Britânico da Palestina, com terras que iam do atual Iraque até o Mediterrâneo. Os territórios da Síria e Líbano ficaram sob jurisdição francesa, e também surge a Turquia. 

No Estado de Israel habitam pessoas de diferentes etnias. O Povo Judeu é formado por pessoas de diferentes etnias, espalhadas nos quatro cantos do mundo. Assim, a cultura judaica vem colorida com muitas outras culturas, que pode resultar em arestas e conflitos, mas também permite que haja o encontro de vários pensares e a produção de conhecimento novo em diferentes áreas. O Estado de Israel usufrui também de cidadãos de outras religiões que habitam cidades e pequenas vilas. O Exército de Defesa de Israel tem sido um dos pontos de integração de toda esta população. O número de árabes e beduínos que servem o exército é cada vez maior, tanto entre os homens quanto entre as mulheres. Mais comum entre a população das grandes cidades. Nesta semana foi postado um vídeo emocionante. Haddel, de 21 anos, árabe cristã de uma pequena aldeia ao norte de Israel conta seus dias no Exército. Um momento de integração. Semanas anteriores publicamos sobre os batalhões especiais onde servem autistas, cidadãos com síndrome de down ou deficiência física. O país é pequeno e precisa estar alerta. Para isto conta com as habilidades especiais de cada um de seus cidadãos. As inabilidades pouco importam. 

O mesmo espírito vale para o mundo das ciências. O Brasil ainda engatinha na valorização do fazer, do persistir. Em Israel, os empreendedores em ciência, conhecimento e inovação ganham pontos ao relatarem os seus fracassos. Sim, porque eles já aprenderam por onde não devem seguir, ou o que aquele fracasso pode significar. No dia 11 de agosto de 2020, no Webinar da Academia Brasileira de Ciências, este ponto foi levantado - valorizar o fracasso... vamos refrasear, valorizar a persistência, valorizar a resiliência e a capacidade de "dar a volta por cima". 

"501" posts - um bom momento para lembrar que nossos objetivos dependem de que cada um reverbere o que estamos escrevendo. Ao receber a nossa News Letter não esqueça de publicizar. Só assim o conhecimento poderá ser disseminado.

Boa Semana!

Regina P. Markus




segunda-feira, 10 de agosto de 2020

VOCÊ SABIA? - Gratidão

Gratidão em tempos de pandemia

Por Itanira Heineberg




Você sabia que a gratidão é um aspecto básico da vida judaica?

 “Devemos sentir e expressar gratidão às pessoas à nossa volta e também sentir e expressar gratidão a D'us.”

 

Segundo o Rabino Sachs, “as primeiras palavras que nos são ensinadas a dizer todas as manhãs, imediatamente ao acordar, são Modê / modá ani, “Agradeço (eu)”. Agradecemos antes de pensar.

O judaísmo é gratidão com a atitude”.

 

Atualmente estudos e pesquisas de embasamento científico apontam que a gratidão enriquece e traz mais leveza à vida. Ela diminui a depressão, limpa a alma e aumenta a autoestima do ser.

Dr. Tali Loewenthal, palestrante sobre Espiritualidade Judaica na Universidade College London, esclarece:

“Um importante aspecto desta gratidão especial é a recitação da “Benção de Graças” (Bircat Hamazon) depois de comermos pão. É um evento importante, seja em um grande banquete, em uma refeição com a família ou simplesmente quando alguém come um sanduíche na hora do almoço.

A recitação da “Benção de Graças” expressa a ideia de que nós dependemos de D'us para todos os detalhes em nossas vidas e nós somos gratos a Ele por de nós cuidar a cada passo. Nós precisamos de D'us para nossa existência em todo momento, pelo ar que nós respiramos e pelos alimentos que comemos.”


Bircat Hamazon: Gratidão! - Êke

O Povo Judeu que vagava pelo deserto recitava esta prece depois de comer o maná que caía dos céus.

Todá lecha elohim al hashemesh

Obrigado a ti D´us pelo sol.

 

A “Benção de Graças” não somente agradece a D'us por suprir nossas necessidades básicas; ela também é parte integral de nossas vidas como judeus, expressando todo o curso da História Judaica, com suas alegrias, tragédias e esperança. Recitá-la ou cantá-la nos une aos milhares de anos de vida do Povo Judeu e também oferece uma preciosa oportunidade de falarmos diretamente com D'us.

É chegada a hora de refletirmos sobre a gratidão em tempos de pandemia. Como aceitamos as mudanças bruscas que nos foram impostas de um momento para o outro? Como reagimos a este vírus que se intrometeu entre nós e nossos queridos amigos e familiares? E o emprego que nos garantia o sustento da família e dos nossos prazeres?

Frequentemente tenho me deparado com reações contraditórias, diferentes, oriundas de diferentes pessoas.

Muitas perceberam o tanto que possuíam e saíram a socorrer os desamparados, os mais desprovidos.

Outras se aproveitaram da crise para enriquecer à custa de ações corruptas, em detrimento de outros, prejudicando os doentes em suas necessidades básicas de leitos, medicamentos e respiradores.

Também houve o depoimento de uma sobrevivente do Holocausto que festejou o afastamento social:

“Eu fiquei 4 anos escondida, sem o mínimo de conforto, com muito medo, fome e frio. E a terrível incerteza de até quando eu resistiria?

Como não posso esperar a cura desta doença quando nada me falta? É precioso saber que em breve me reunirei novamente aos meus queridos!”


Como podemos ver, a gratidão enriquece aqueles que a praticam. Enobrecem e servem de exemplo aos não satisfeitos com a própria vida.

E nestes momentos de agradecer pelo que somos, pelo que possuímos, pela vida que nos foi ofertada, que linda oportunidade de nos comunicarmos diretamente com D’us!

Há quem não acredite na presença divina, mas mesmo os mais descrentes, a Ele recorrem num piscar de olhos em momentos de dor, sofrimento, angústia ou morte.

O que mais me encanta em uma partida de futebol é perceber a alegria dos jogadores ao conquistarem uma defesa importante, um gol decisivo, um pênalti. A primeira coisa que fazem é levantar os olhos para os céus e agradecer às suas divindades através de gestos, beijos ou palavras imperceptíveis.

Nestes momentos de gratidão, em hospitais, comemorações, praças de esporte ou no próprio lar, algo profundo e espiritual dentro de nosso coração humano se desloca, alça voo, e alcança o Ser fora de nós. Ao agradecermos nos aproximamos de D’us.


quinta-feira, 6 de agosto de 2020

EDITORIAL: E O MUNDO PAROU...

E O MUNDO PAROU...

A prefeitura de Tel Aviv iluminada com a bandeira do Líbano


Escrever um texto a cada semana é um importante desafio. Assuntos vagam nas nuvens e vão se ordenando, quase naturalmente, ao longo do ano. Mas 2020 tem sido um ano diferente em muitos aspectos. Nem preciso falar da pandemia, que é tema ao redor do planeta; esta semana aconteceu algo completamente fora de contexto. Todos nós  ficamos chocados ao ver as explosões no porto de Beirute no Líbano na última terça-feira, dia 4/08. A força da explosão foi tão grande que pôde ser ouvida na ilha de Chipre, a 200 km de distância. Dizem os especialistas que foi a maior explosão não nuclear de que se tem conhecimento. 
    
    Tendo o isolamento e o abalo econômico causado pela pandemia que vivemos como pano de fundo, as imagens impressionantes da explosão de Beirute causaram uma reação de incerteza e um aumento das preocupações. Buscando na história, encontramos que em 1921 na fábrica da Basf em Oppau na Alemanha havia ocorrido uma explosão em um depósito de fertilizante. Cem anos e mais 4 acidentes não foram suficientes para que a manutenção de depósitos com grande quantidade de material explosivo fosse evitado. 

    Em momentos como estes, acompanhamos amigos de ascendência libanesa entrarem em contato com familiares contando o acidente do ponto de vista pessoal. As lágrima correm, o peito aperta e a vontade de poder estar perto auxiliando cresce. Líbano e Israel são países vizinhos que a história recente afasta. Esta semana Israel ofereceu ajuda humanitária e as facilidade hospitalares do norte do país para atender aos feridos. Árabes israelenses produziram vídeos para facilitar o contato.

    Nós da EshTánaMídia fazemos também uma pausa para refletir sobre os muitos momentos que fazem a vida tomar novos rumos. E como é preciso redimensionar problemas e ampliar nossa forma de ver o mundo. Esta semana optamos por publicar videos que mostram as sutilezas da vida. As muitas possibilidade de acolhimento e de superação de pessoas e instituições.

    Pensando em amigos e familiares de amigos que enfrentam o "day after", desejo que os próximos dias possam ser de mais tranquilidade e superação.

Regina P. Markus

terça-feira, 4 de agosto de 2020

VOCÊ SABIA? - Jonatan "Yoni" Netanyahu יונתן נתניהו, um dos heróis mais célebres de Israel

Por Itanira Heineberg



“Quão triste é não podermos alcançar a paz, pois é tudo o que queremos no final.” - Yoni em carta de 30/06/1970


"O Herói Comandante da Força de Resgate Entebbee" por Jonathan Netanyahu, Benjamin Netanyahu, Iddo Netanyahu


Você sabia que, assim como Anne Frank em seu diário nos deixou a imagem de uma jovem corajosa, idealista, com grandes planos de ajudar a humanidade, o jovem soldado Jonathan Netanyahu, em suas cartas aos familiares e amigos, legou-nos a presença de um batalhador que mais houvesse vivido, mais façanhas e vitórias teria conquistado em prol de seu país e de seu povo?


“’Yoni’, tal como era chamado por familiares, amigos e nação, é um dos heróis mais célebres de Israel.

Suas cartas abrangem treze anos importantes de sua vida: desde o ensino médio na Filadélfia até o ataque a Entebbe em 4 de julho de 1976.

 

Yoni Netanyahu resgatou 102 reféns e conseguiu evitar todos, exceto um fatalismo militar; o seu próprio.”

 

Neste livro de cartas do jovem entusiasta e grande apaixonado por seu país e comentários de seus irmãos mais jovens, conhecemos a alma e os sentimentos de Yoni, sua admiração sem limites por Israel, sua dedicação à tarefa de proteger seu povo e a alegria de descobrir e conhecer a pé a natureza da terra, seus desertos, canyons e águas em meio a ventos, poeira, e qualquer outra intempérie climática.

 

Carta de Yoni em 8 de julho de 1964

Quando vi o país do avião, senti uma pontada no coração. Jerusalém está mais bonita do que nunca. Talvez eu seja um pouco sentimental porque não a vejo há tanto tempo. Apesar de tudo o que há de errado aqui, e Deus sabe que há muitas falhas e males, é o nosso país, e eu a amo como sempre. 

Foto dos irmãos – Iddo à esquerda, Yoni ao centro, e Benjamin, o caçula.



Como irmão mais velho, Yoni foi um exemplo para os irmãos:

 

“Acredito de todo o coração que é extremamente importante estar no exército agora. Ouvimos os slogans de guerra de milhões de nossos vizinhos que desejam nos aniquilar, o que deve ser feito?” 

Carta de 30/06/1970

 

Em 4 de julho de 1976, enquanto os americanos celebravam seu importante feriado do Dia da Independência, a elite israelense das Forças de Defesa do país realizava uma inusitada operação em Entebbe, Uganda, libertando no aeroporto local passageiros do voo Air France sequestrado por palestinos e alemães.

 

“No dia 27 de junho, um Airbus da Air France, que viajava entre Tel Aviv e Paris, com mais de 250 pessoas a bordo – entre elas 12 tripulantes -, é sequestrado sobre o céu de Corfu por quatro piratas, que embarcaram em uma escala em Atenas. Os sequestradores obrigam a tripulação a aterrissar no aeroporto líbio de Benghazi.

 

Os sequestradores – dois palestinos e dois militantes da extrema-esquerda alemães, entre eles uma mulher – estão fortemente armados: pistolas, granadas, mas também uma grande quantidade de explosivos.

 

Na noite de 28 de junho, o avião pousa no aeroporto de Entebbe, ao sul da capital ugandesa, com a autorização do presidente Idi Amin Dada. Outros três piratas se somam aos sequestradores, que reúnem e vigiam passageiros e tripulantes em uma velha sala do aeroporto.

 

Os sequestradores ameaçam detonar o avião se 53 palestinos ou simpatizantes detidos em todo o mundo – 29 deles em Israel – não forem colocados em liberdade até 1º de julho. O governo israelense finge negociar e parece prestes a ceder às exigências dos piratas, que aceitam adiar o ultimato a 4 de julho.

 

Enquanto isso, parte dos reféns são libertados, mas 105 pessoas – passageiros israelenses ou de confissão judia, além dos tripulantes – seguem cativas.

 

Em Israel, o Estado-Maior de Crise prepara uma intervenção militar. “Israel decidiu reagir e jamais ceder”, afirma o primeiro-ministro Yitzhak Rabin.

 

No dia 3 de julho, às 23h00 locais, quatro aviões Hércules da força aérea israelense sobrevoam em baixa altitude o lago Victoria e pousam no aeroporto, após mais de 3.600 km sem serem detectados pelo controle aéreo ugandês.

 

O primeiro comando entra em um Mercedes preto, réplica do veículo do presidente Amin Dada. Começa o ataque e rapidamente os israelenses tomam o controle do aeroporto.

 

Os reféns são libertados e levados imediatamente a um avião que acaba de aterrissar, com exceção de três deles, que morrem no ataque, assim como 20 soldados ugandeses e sete sequestradores.

 

Entre as vítimas figura o tenente-coronel Yonathan (Yoni) Netanyahu, irmão mais velho do atual primeiro-ministro e chefe do comando que libertou os reféns. Foi o único soldado israelense morto na operação, chamada “Thunderbolt”, e que depois seria rebatizada pelo governo israelense como “Operação Jonathan”, em sua memória.”


Última foto de Yoni, aos 30 anos

“Quando as pessoas pensam em um herói militar, a coragem física e o brilho estratégico geralmente vêm à mente. Mas, quando você lê as cartas de Yoni, entende rapidamente que sua alma expansiva era tão grande, se não maior, quanto seus amplos dons nesses outros domínios.”

 

Este jovem era uma pessoa admirável!

Ficou para sempre imortalizado na literatura e em filmes realizados sobre sua operação memorável em Entebbe.


Carta de 23/05/1963

“O homem não vive para sempre. Ele deve usar os dias da sua vida da melhor maneira possível. Como fazer isso, eu não posso te dizer. Só sei que não quero atingir uma certa idade, olhar ao meu redor e de repente descobrir que não criei nada. Devo ter certeza de que, não apenas no momento da minha morte poderei dar conta do tempo que vivi, devo estar pronto a cada momento da minha vida para me confrontar e dizer - é isso que eu tenho feito.”

 

Carta de 28/05/1967

“Nenhum de nós quer guerra, mas todos sabemos com certeza que devemos vencer.”

 

Carta de 22/06/1968

Devemos nos apegar ao nosso país com nossos corpos e com todas as nossas forças. Só então eles não escreverão em livros de história que, de fato, os judeus mantiveram sua terra por duas décadas, mas depois ficaram sobrecarregados e tornaram-se mais uma vez peregrinos sem-teto.” 

 


Carta de 15/06/1967

“Quando você vê a morte cara a cara; quando você está ferido e sozinho, no meio de um campo chamuscado, cercado de fumaça - com o braço quebrado e queimando com uma dor terrível; então a vida se torna mais preciosa e almejada do que nunca. Você quer abraçá-la e continuar com ela, para escapar de todo o sangue e morte, para viver.”

Lápide de Yoni Netanyahu (com o logotipo da IDF no canto superior direito)




FONTES:

https://www.nytimes.com/2012/05/18/movies/follow-me-a-biography-of-jonathan-netanyahu.html

https://blogs.timesofisrael.com/the-letters-of-yoni-netanyahu/

https://www.betterworldbooks.com/product/detail/the-letters-of-jonathan-netanyahu-the-commander-of-the-antebbee-rescue-force-9789652292674

https://www.israel365.com/2015/09/the-letters-of-jonathan-netanyahu/

https://en.wikipedia.org/wiki/Yonatan_Netanyahu

https://istoe.com.br/relembre-o-sequestro-e-a-operacao-do-comando-israelense-em-entebbe-em-1976/#:~:text=H%C3%A1%2040%20anos%2C%20na%20madrugada,sequestrado%20por%20palestinos%20e%20alem%C3%A3es.