“Quão
triste é não podermos alcançar a paz, pois é tudo o que queremos no final.” - Yoni em carta de 30/06/1970
"O Herói
Comandante da Força de Resgate Entebbee" por Jonathan Netanyahu, Benjamin
Netanyahu, Iddo Netanyahu
Você sabia que, assim como Anne Frank em seu diário nos deixou a imagem de uma jovem corajosa, idealista, com grandes planos de ajudar a humanidade, o jovem soldado Jonathan Netanyahu, em suas cartas aos familiares e amigos, legou-nos a presença de um batalhador que mais houvesse vivido, mais façanhas e vitórias teria conquistado em prol de seu país e de seu povo?
“’Yoni’,
tal como era chamado por familiares, amigos e nação, é um dos heróis mais
célebres de Israel.
Suas
cartas abrangem treze anos importantes de sua vida: desde o ensino médio na
Filadélfia até o ataque a Entebbe em 4 de julho de 1976.
Yoni
Netanyahu resgatou 102 reféns e conseguiu evitar todos, exceto um fatalismo
militar; o seu próprio.”
Neste
livro de cartas do jovem entusiasta e grande apaixonado por seu país e
comentários de seus irmãos mais jovens, conhecemos a alma e os sentimentos de
Yoni, sua admiração sem limites por Israel, sua dedicação à tarefa de proteger
seu povo e a alegria de descobrir e conhecer a pé a natureza da terra, seus
desertos, canyons e águas em meio a ventos, poeira, e qualquer outra intempérie
climática.
Carta de Yoni em 8 de julho de 1964
Quando vi o país do avião, senti uma pontada no coração. Jerusalém está mais bonita do que nunca. Talvez eu seja um pouco sentimental porque não a vejo há tanto tempo. Apesar de tudo o que há de errado aqui, e Deus sabe que há muitas falhas e males, é o nosso país, e eu a amo como sempre.
Como irmão
mais velho, Yoni foi um exemplo para os irmãos:
“Acredito
de todo o coração que é extremamente importante estar no exército agora.
Ouvimos os slogans de guerra de milhões de nossos vizinhos que desejam nos
aniquilar, o que deve ser feito?”
Carta de 30/06/1970
Em 4 de
julho de 1976, enquanto os americanos celebravam seu importante feriado do Dia
da Independência, a elite israelense das Forças de Defesa do país realizava uma
inusitada operação em Entebbe, Uganda, libertando no aeroporto local
passageiros do voo Air France sequestrado por palestinos e alemães.
“No dia
27 de junho, um Airbus da Air France, que viajava entre Tel Aviv e Paris, com
mais de 250 pessoas a bordo – entre elas 12 tripulantes -, é sequestrado sobre
o céu de Corfu por quatro piratas, que embarcaram em uma escala em Atenas. Os
sequestradores obrigam a tripulação a aterrissar no aeroporto líbio de
Benghazi.
Os
sequestradores – dois palestinos e dois militantes da extrema-esquerda alemães,
entre eles uma mulher – estão fortemente armados: pistolas, granadas, mas
também uma grande quantidade de explosivos.
Na
noite de 28 de junho, o avião pousa no aeroporto de Entebbe, ao sul da capital
ugandesa, com a autorização do presidente Idi Amin Dada. Outros três piratas se
somam aos sequestradores, que reúnem e vigiam passageiros e tripulantes em uma velha
sala do aeroporto.
Os
sequestradores ameaçam detonar o avião se 53 palestinos ou simpatizantes
detidos em todo o mundo – 29 deles em Israel – não forem colocados em liberdade
até 1º de julho. O governo israelense finge negociar e parece prestes a ceder
às exigências dos piratas, que aceitam adiar o ultimato a 4 de julho.
Enquanto
isso, parte dos reféns são libertados, mas 105 pessoas – passageiros
israelenses ou de confissão judia, além dos tripulantes – seguem cativas.
Em
Israel, o Estado-Maior de Crise prepara uma intervenção militar. “Israel
decidiu reagir e jamais ceder”, afirma o primeiro-ministro Yitzhak Rabin.
No dia
3 de julho, às 23h00 locais, quatro aviões Hércules da força aérea israelense
sobrevoam em baixa altitude o lago Victoria e pousam no aeroporto, após mais de
3.600 km sem serem detectados pelo controle aéreo ugandês.
O
primeiro comando entra em um Mercedes preto, réplica do veículo do presidente
Amin Dada. Começa o ataque e rapidamente os israelenses tomam o controle do
aeroporto.
Os
reféns são libertados e levados imediatamente a um avião que acaba de
aterrissar, com exceção de três deles, que morrem no ataque, assim como 20
soldados ugandeses e sete sequestradores.
Entre
as vítimas figura o tenente-coronel Yonathan (Yoni) Netanyahu, irmão mais velho
do atual primeiro-ministro e chefe do comando que libertou os reféns. Foi o
único soldado israelense morto na operação, chamada “Thunderbolt”, e que depois
seria rebatizada pelo governo israelense como “Operação Jonathan”, em sua memória.”
Última foto de Yoni, aos 30 anos |
“Quando
as pessoas pensam em um herói militar, a coragem física e o brilho estratégico
geralmente vêm à mente. Mas, quando você lê as cartas de Yoni, entende
rapidamente que sua alma expansiva era tão grande, se não maior, quanto seus
amplos dons nesses outros domínios.”
Este jovem
era uma pessoa admirável!
Ficou para
sempre imortalizado na literatura e em filmes realizados sobre sua operação
memorável em Entebbe.
Carta de 23/05/1963
“O
homem não vive para sempre. Ele deve usar os dias da sua vida da melhor maneira
possível. Como fazer isso, eu não posso te dizer. Só sei que não quero atingir
uma certa idade, olhar ao meu redor e de repente descobrir que não criei nada.
Devo ter certeza de que, não apenas no momento da minha morte poderei dar conta
do tempo que vivi, devo estar pronto a cada momento da minha vida para me
confrontar e dizer - é isso que eu tenho feito.”
Carta de 28/05/1967
“Nenhum
de nós quer guerra, mas todos sabemos com certeza que devemos vencer.”
Carta de 22/06/1968
“Devemos
nos apegar ao nosso país com nossos corpos e com todas as nossas forças. Só
então eles não escreverão em livros de história que, de fato, os judeus
mantiveram sua terra por duas décadas, mas depois ficaram sobrecarregados e
tornaram-se mais uma vez peregrinos sem-teto.”
Carta de 15/06/1967
“Quando você vê a morte cara a cara; quando você está ferido e sozinho, no meio de um campo chamuscado, cercado de fumaça - com o braço quebrado e queimando com uma dor terrível; então a vida se torna mais preciosa e almejada do que nunca. Você quer abraçá-la e continuar com ela, para escapar de todo o sangue e morte, para viver.”
FONTES:
https://www.nytimes.com/2012/05/18/movies/follow-me-a-biography-of-jonathan-netanyahu.html
https://blogs.timesofisrael.com/the-letters-of-yoni-netanyahu/
https://www.israel365.com/2015/09/the-letters-of-jonathan-netanyahu/
https://en.wikipedia.org/wiki/Yonatan_Netanyahu
maravilhoso texto, que os ostra um exemplo de vida, de crer no seu ideal e no ideal de seu povo.
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