Mark Zuckerberg, o criador da maior rede social do mundo, e a nova educação sobre o Holocausto.
Por Itanira Heineberg
Você sabia que Mark Zuckerberg, magnata da mídia, filantropo arrojado e fundador e CEO do Facebook, com uma única postagem na rede mudou a educação sobre o Holocausto para sempre?
Foi um golpe surpreendente para aqueles que semearam o ódio aos judeus, professaram o antissemitismo e tentaram negar o Holocausto no campo fértil do WWW - world wide web.
Ficou
agora decretado que negar ou adulterar o Holocausto não acontecerá mais na
plataforma de 2,4 bilhões de usuários do Facebook: ao invés do repetido mantra
de “liberdade de expressão”, estas ações serão agora consideradas “discurso de
ódio”.
É incrível
constatar que com um toque de seu smartphone, Zuckerberg esclarecerá a história
do Holocausto no mundo, defendendo a veracidade dos fatos acontecidos no século
XX.
Isto terá um grande impacto nos feeds de notícias das pessoas, e acredita-se que o Facebook, referência de mídia social, estabelecerá este precedente que outras plataformas do gênero deverão imitar.
“O
próprio Himmler iniciou o trabalho que os negadores do Holocausto vêm fazendo.
Já em
maio de 1942, no meio da Solução Final, a Unidade Sonderaktion 1005 foi
designada para destruir as evidências do crime exumando valas comuns e cremando
os corpos. Himmler falou em 1943 sobre o crime e a necessidade de negá-lo,
dizendo aos membros da SS em Posen: “O povo judeu será exterminado ... esta é
uma página não escrita e nunca escrita de glória em nossa história.
Com uma
simples mudança de política, Zuckerberg afirmou a conexão entre a negação do
Holocausto e os próprios crimes do Holocausto. Mais importante, ele traça a
linha reta para a violência antissemita hoje.”
Os
ex-membros da unidade Sonderkommando 1005 posam ao lado de uma máquina de
esmagamento de ossos após a libertação no campo de concentração de Janowska.
(Wikimedia Commons)
Com esta medida, os antissemitas e os negadores do Holocausto foram atingidos gravemente, recebendo um golpe do qual não mais se recobrarão.
“Quase metade dos americanos de 18 a 39 anos pesquisados pela Conferência sobre Reivindicações Materiais Judaicas contra a Alemanha (Conferência de Reivindicações) viram a negação ou distorção do Holocausto online. Remover a negação do Holocausto do Facebook não será o fim da negação do Holocausto, mas impedirá que se torne uma narrativa alternativa visível e aceitável.”
Esta
medida decisiva de Zuckerberg tem ainda maior alcance: além de isolar os
negadores do Holocausto, ele se propõe ao ato que eles mais temem - a verdade
histórica!
“O Facebook prometeu não apenas remover a negação de sua plataforma, mas direcionar aqueles que procuram pelo Holocausto a fontes confiáveis de informação. A decisão toca questões muito maiores do que apenas a negação do Holocausto; mantém a afirmação de que nem todas as informações são iguais, que mesmo em uma “era pós-verdade”, a verdade importa.
Para o
mundo da educação sobre o Holocausto, a negação tem sido por muitos anos o
desafio intransponível. É o terceiro trilho da educação sobre o Holocausto que
permeia todos os cantos da Internet e faz com que os professores desviem o
olhar em desespero. Até mesmo o êxtase da vitória de Deborah Lipstadt no
tribunal contra o negador do Holocausto David Irving em 2000 pertence a uma era
em que os livros físicos lidos pelas partes interessadas eram o campo de
batalha pela verdade.”
Assistamos
agora ao vídeo de 3 minutos, parte do filme Denial, baseado na verdadeira
história de Deborah Lipstadt e o negador do Holocausto:
Sobre Mark
Zuckerberg
Mark Zuckerberg nasceu em White Plains, Nova York, em
1984.
Aluno
brilhante, conquistou prêmios e condecorações na escola, mostrando sua
genialidade desde a infância.
Estudou em Harvard, onde conheceu Priscilla Chan, de origem chinesa, com quem se casou.
Mark Zuckerberg e Priscilla Chan |
Zuckerberg
nunca acabou seus estudos na universidade, envolvido com suas criações que em
2012 já haviam conquistado um bilhão de usuários nas redes.
Maxima, a primeira filha do casal Mark e Priscilla |
Em 2015
nasceu Maxima, a primeira filha do casal, e Zuckerberg e sua esposa anunciaram
a doação de 99% de sua fortuna ao longo de suas vidas.
“Na época,
seu patrimônio estava avaliado em aproximadamente US$ 45 bilhões. Para cumprir
a promessa, o casal fundou a Chan Zuckerberg Initiative, uma organização
filantrópica que apoia projetos em educação em ciência em Palo Alto,
Califórnia, e receberá progressivamente as doações de Priscilla e Mark.
Um
mundo digital interconectado criou um espaço seguro para a negação que era
inimaginável há 20 anos. No entanto, a decisão do Facebook encoraja aqueles que
se preocupam com o legado do Holocausto, que muitas vezes sentem que é uma luta
que nunca pode ser vencida. Ter um gigante como o Facebook chamando a negação
do Holocausto e a distorção do que realmente é mostra a educadores e alunos que
não estamos sozinhos. Mostra que a realidade, mesmo no vasto mundo digital,
pode mudar, e nós, como usuários, agora podemos recorrer a outras plataformas
para seguir o exemplo e erradicar a negação e distorção do Holocausto onde quer
que seja encontrada."
FONTES:
https://en.wikipedia.org/wiki/Mark_Zuckerberg
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