MASSACRE NA PIZZARIA SBARRO – Jerusalém, 2001
ATIVISTA,
TERRORISTA OU ASSASSINA?
Por Itanira Heineberg
Você sabia que no ano 2001 a terrorista Ahlam Tamimi, junto com outro agente do Hamas que acabou morto na explosão, perpetrou o atentado suicida na pizzaria Sbarro, um dos ataques mais mortais da Segunda Intifada Palestina e, apesar deste crime horrendo, vive hoje em plena liberdade na Jordânia, seu país?
Este atentado custou a vida de 15 pessoas, incluindo uma brasileira em visita a Israel, e injuriou 130 pessoas como resultado da explosão na pizzaria. Uma das vítimas encontra-se até hoje em estado vegetativo.
“Tamimi foi condenada por um tribunal militar israelense e sentenciada a 16 penas de prisão perpétua por orquestrar o bombardeio, com uma ordem dos juízes para que ela nunca fosse libertada. Ela conheceu Nizar atrás das grades, onde eles ficaram noivos. Ambos Tamimis foram libertados, junto com mais de 1.000 outros detidos, no acordo de troca de prisioneiros de outubro de 2011 entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que viu o soldado israelense Gilad Shalit ser libertado do cativeiro."
Gilad Shalit |
Ahlam, de
cidadania jordaniana, foi deportada para seu país, onde foi recebida com festa
no Aeroporto Internacional. Com o tempo adquiriu popularidade, tornando-se uma
oradora de sucesso ao trabalhar na televisão pública onde fazia propaganda de
sua atuação de destaque no vitorioso massacre da Sbarro.
Seu noivo
Nizar foi autorizado por Israel para juntar-se a ela na Jordânia quando então casaram
numa cerimônia transmitida ao vivo pela TV local.
Como o palestino Nizar Tamimi não possuía cidadania jordaniana, em outubro de 2020 ele foi expulso do país e deportado para o Qatar, onde possui residência.
A família
Arnold Roth, cuja filha Malki de 15 anos foi morta na explosão, vem
pressionando o governo americano a exigir que a Jordânia extradite Ahlam baseada
no acordo bi-lateral EUA-Jordânia. A jovem Malki tinha dupla cidadania:
israelense e americana.
Ahlam foi indiciada no tribunal federal americano e uma recompensa de 5 milhões de dólares foi colocada sobre sua cabeça pelo FBI. A Suprema Corte jordaniana, no entanto, decidiu que o tratado de extradição com os EUA não permitia que Tamimi fosse deportada.
Há alguns
dias, a BBC Arabic TV difundiu uma matéria na qual Ahlam apresentou sua própria
história, da maneira que melhor lhe cabia, regozijando-se de suas ações
destrutivas. Esta estação em língua árabe é de longo alcance, muitas pessoas têm
acesso a suas transmissões com assiduidade, disseminando assim mentiras e
escondendo fatos relativos à maldade de Ahlam Tamimi.
Recentemente houve indicações de que o governo britânico pretendia colocar a emissora BBC “na linha”. O Primeiro-Ministro Boris Johnson acredita que a BBC não reflita mais as atitudes das pessoas comuns da classe média do país e que está sendo orquestrada pela visão de mundo de intelectuais e classes administrativas.
Outra mídia de vigilância britânica, a Camera UK, acompanhou o programa sem nenhuma crítica aos Tamimis. Nenhuma das mortes no massacre perpetrado por Tamimi na pizzaria foi mencionada. Isso porque a própria faz questão de contar a todos, publicamente, sobre o sofrimento e as mortes que sua atividade terrorista causou.
Vivemos
tempos difíceis, com injustiças cometidas por todos os lados, insegurança
quanto a quem acreditar, o grande dilema das redes sociais e noticiários
indiciosos.
Ainda que
o Primeiro-Ministro substitua o presidente da BBC, vai levar algum tempo para
esta mudança atingir seus objetivos. E enquanto isto... estamos sujeitos aos
atentados e arbitrariedades...
Vidas
ceifadas no massacre à Pizzaria Sbarro:
Giora
Balash, de 60 anos, era brasileira em visita ao país.
Últimas imagens: Ra’aya Avraham e Yitzhak e Hemda Schijveschuurder.
FONTES:
https://honestreporting.com/sbarro-massacre-when-media-turns-a-terrorist-into-a-heroine/
Muito obrigada pelo seu artigo, temos que divulgar
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