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quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

The Fallacy of the counts of Israeli and Palestinian deaths - Claudia Chaves

 

The Fallacy of the counts of Israeli and Palestinian deaths

Claudia Chaves

I keep seeing in the media these “counts” of Palestinians killed and Israeli killed since the Hamas attacks of October 7th.  They are totally misleading. They are disinformation. For one thing, no distinction is made between the Hamas terrorists and the supposed uninvolved civilians (more on that later).

Publicizing the numbers without clear explanations and context is propaganda against Israel’s very justified need to eliminate a threat to its citizens from an army that vowed “to do again and again what it did on October 7, until Israel is destroyed”.

To make matters worse, the numbers on the Palestinian side are reported by the Gaza Ministry of Health – a completely unreliable reporter dictated to by Hamas.

It is estimated that Hamas had 30,000 to 40,000 terrorist fighters (and Islamic Jihad some other number). Clearly the Israeli army would seek to kill any of them who keep fighting – and it will spare the lives of any who surrender, as several hundreds have. Terrible as it is, these Hamas/Islamic Jihad people are THE ONES WHO ATTACKED AND VOWED TO KEEP COMMITTING THOSE ATROCITIES NON-STOP.

So I am totally in support of all of them getting killed unless they surrender. That means, by the disinformation “counts” that get published, 30000 or 40000 “Palestinians” killed, Yes, the attackers, killed in realistic and unquestionable self defense, Are you shocked? Would YOU kill in realistic and unquestionable self defense , or allow yourself and your family to be killed instead?

[Gaza has not been occupied by Israel for 18 years, and the populations could have flourished with all the aid it got plus the excellent agricultural infrastructure that Israel left for the population and other opportunities it afforded its citizens. Instead, all resources were funneled to building a sophisticated military machine. Hamas has been in conflict with the Palestinian Authority government, after the coup staged against the PA in 2007. And if you need to know the history of why it became “attached” to Israel, you can research that – but the bottom line is that Egypt did not want it back when Israel and Egypt signed a peace agreement, though Gaza was under Egypt’s administration before the war that Egypt started and then lost. Egypt still doesn’t want it, because of the theocratic ideologies of most of the population.]

As to the Palestinians considered “civilians” or “not involved”: How many of the households -- where stores of armaments are being found -- cooperated with Hamas because of fear of them, how many because of allegiance, maybe the father from allegiance and the rest of the family for fear… Who knows? How many willingly served as human shields for Hamas and were glad to have them build their military machine under or in their children’s schools, their mosques, their hospitals, their neighborhoods? And how many did so out of fear of being killed by Hamas, or their families targeted, if they refused? Hard to say. They have been indoctrinated by Hamas and others since babes, so it is hard to know. At least one Israeli kidnapping victim, a child of 12 years, reported being beaten by mobs of Palestinian civilians as he was brought into the Gaza Strip. Are those people who beat him so “uninvolved”? Or their glee at beating a 12 year old child is a clear sign that they identify with his kidnappers and want to take part in the “action”?

A complicated question, but nevertheless, the Israeli army has been as careful as is humanly and technologically possible to avoid harm to them, while endangering its own soldiers in order to be that careful. No army in the world has shown the willingness to do so, nor has done so – while their governments and media speak of “indiscriminate Israeli shelling” -- speaking thus for reasons of their own internal politics and marketing, knowing perfectly well that this is the opposite of what the Israeli army is doing. 

The bottom line that all the world and its media need to be truthful about is that if they, and all of us, want to save the lives and welfare of the civilian population in Gaza, then Hamas needs to immediately stop attacking Israel with the missiles they continue to fire, and they have to immediately return all the kidnapped people, alive and well. Hamas chooses not to do that. The blood of all the non-involved citizens of Gaza is on Hamas’ hands, for using them as human shields and for continuing to attack Israel and refusing to return those kidnapped.

The world leaders, human rights organization and media that do not clarify and emphasize who is truly responsible for civilian deaths --  and instead blame Israel, -- continue the antisemitic propaganda they have been broadcasting for at least 30 years, in collusion with the terrorists.

 

Claudia Chaves chaclaud@gmail.com

Claudia Chaves is an Argentinian-Israeli social psycotherapist now living in the US, a long term activist in various progressive causes including unmasking and countering anti-Semitism

 

 

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Acontece: Um Povo Entre os Povos - Cultura X Ideologias

Um Povo Entre os Povos - Cultura X Ideologias




Estamos a 11 semanas do dia 7 de outubro de 2023. O dia em que Israel foi invadido e que moradores dos arredores da Faixa de Gaza foram assassinados, torturados e sequestrados. Dia que foi um chamamento para a guerra. E, bastaram dois ou três dias, mas certamente 10 dias após o início governos do mundo e a ONU se voltam contra o Estado de Israel e emerge uma reação antissemita que não estava no radar da maioria das pessoas. Hoje vamos acontecer como POVO, como Povo Entre os Povos que tem desde seu estabelecimento uma missão. Esta pode ser traduzida e interpretada de mil maneiras. Hoje vamos conversar sobre como sobrevivem CULTURAS, apesar de IDEOLOGIAS esterelizantes.

Dois meses e meio de um conflito que traz surpresas e confirma suspeitas. O Hamas ter a capacidade de invadir Israel com a eficiência e crueldade constatadas estava além da imaginação de muitos. As reações heróicas do dia de civis e militares que chegaram ao local continuam nos surpreendendo a cada dia. Os depoimentos dos que estavam nos kibutzim, nas cidades, vilarejos e na grande festa que acontecia no Deserto do Neguev são impressionantes. Vejam o que aconteceu com a cidade de Sderot, que tinha 35.000 habitantes. Judeus, árabes, beduínos e também muitos estrangeiros que vieram para a grande festa. Muita música, comida e alegria. O mundo noticiou de forma parcial e Israel ficou estarrecido. Este dia presenciei "in loco" a surpresa, a falta de notícias... 

Ainda no dia anterior o país estava dividido, ou melhor, rachado. Dividido por motivos políticos / ideológicos, o país voltou para suas origens culturais. Toda a população se mobilizou como uma grande família. Toda a população incluindo judeus, mulçumanos, cristãos, laicos e as várias minorias. Os reservistas apresentaram-se e os demais assumiram como voluntários diferentes papéis. Há vários exemplos de ajuda a desabrigados e pessoas deslocadas. O mundo mal percebeu como estes foram tratados não apenas com dignidade, mas com amor, com fraternidade, com mimos. Hoje não vou tratar de números, mas é importante lembrar que a maioria dos habitantes das cidades, vilarejos e kibutzim atingidos pelo terrorismo foram evacuados, ao menos temporariamente. A zona atingida é a grande produtora agrícola de Israel. Lá nasceu o tomate cereja, que correu o mundo. A vida flui em meio ao caos. 

O tema "cultura e ideologia" pode ser tratado por vários ângulos. A cultura se forma ao longo dos anos e de gerações que transmitem de pais para filhos conhecimentos e hábitos de vida. A ideologia é baseada em ideias ditas revolucionários, inclusivas, distributivas, e que visam tirar de uns para dar para outros. Seguindo o princípio que aquele que é privado de suas conquistas vive às custas dos demais. 

A cultura judaica, desde seus primórdios, tem sido baseada na contagem das gerações e no estabelecimento de hábitos que vão sendo transmitidos ao longo de gerações. Esta semana a porção da Torá chama-se Vaigash (ויגש) (Aproximou-se). É a última das Parashiot que contam a história de José. Nas anteriores foi contado como José, filho de Raquel e Jacob (Israel) nasceu, foi vendido pelos irmãos para ser servo no Egito, chega à casa de Potifar, é preso, interpreta sonhos na prisão e é chamado pelo Faraó para interpretar o sonho das 7 vacas magras e das 7 vacas gordas, seguido pelas 7 espigas de trigo maravilhosas e das 7 que não mais serviam para alimentação. Ao interpretar os sonhos e dar uma solução de estadista ao problema que iria chegar, torna-se o segundo homem do Egito, abaixo apenas do Faraó. Chegamos então à parashá desta semana. Vaigash - Aproximou-se.

A palavra solta tem um tom conciliador. Aproximar é uma forma de partilhar, unir... será? A frase mostra algo completamente diferente. No final da última parashá, Benjamin, o irmão mais novo de José e o segundo filho de Raquel, o filho caçula de Jacob, é preso e todos os irmãos estão em frente ao Vice-Rei do Egito. Judá se aproxima e diz que ele quer ficar preso e ser punido no lugar de seu irmão. Após idas e vindas e contando o que passaria com Jacob - um pai idoso - se o filho predileto não voltasse, o único filho de Raquel, pois o irmão mais velho estava morto, José decide se revelar aos irmãos. Jacob é trazido para o Egito, com todo o seu gado e seu povo e, encurtando muito, chegamos ao final quando são compradas as terras de Goshen onde se instala o clã de Jacob. Este é um texto muito longo e contém a descrição de todos os descendentes dos filhos de Jacob. É nesta cadeia de gerações que são vislumbradas gerações futuras.

Fazer parte de uma grande família que passa da condição de estar ligado ao Vice-Rei do Egito para alguns séculos depois virar uma população escrava é parte da história judaica ao longo dos milênios e em todos os confins da Terra.

Chegando aos dias de hoje o Povo Judeu continua sendo diverso e continua sendo um povo entre os povos. Se na diáspora é sempre minoria, em Israel constatamos que há cidadãos israelenses de todas as matizes e que estes estão integrados à sociedade em geral. Mantém seus hábitos e costumes, não sendo obrigados e nem mesmo tentados a integrar o Povo Judeu. A cultura de ser um Povo entre os Povos permite que seja gerada uma convivência que não rouba a identidade dos diferentes. Frente às atrocidades que vêm sendo cometidas pelo Hamas, aos mísseis diários que são detonados de Gaza, do Líbano e de alguns outros pontos vizinhos, encontramos uma população com grande resiliência. Uma população que estava dividida pela política e se juntou na adversidade. Uma população dividida entre reservistas e voluntários. Voluntários que cobrem os trabalhos dos que estão no exército. Uma voz corrente - a adversidade fortalece! Isto faz parte da cultura. 

No dia 20/12 a mãe de um dos 3 reféns, mortos por soldados israelenses ao confundirem com pessoas do Hamas, escreveu uma mensagem emocionante aos soldados: 

"Queria que soubessem que amo vocês, e abraço a cada um à distância. Sei que o acontecido não foi por culpa de vocês, mas sim do Hamas. Quero que lembrem que estão fazendo a coisa certa, aquilo que nós, Povo de Israel, precisamos. Vocês têm que proteger-se. Esta é a única forma com que podem nos proteger. Nós não estamos julgando e não estamos bravos, assim que tiverem chance são muito bem vindos à nossa casa. É muito difícil falar isso, mas vocês fizeram aquilo que era certo no momento."


SIM - uma mãe em Israel, é mãe do seu filho e de todos os outros. Este sentimento de pertencimento é único e dá a força necessária para resistir às adversidades. 

O antissemitismo atinge o mundo de forma não prevista. Sempre sabemos que existe um antissemitismo de base, mas agora... Sim, todos têm visto, até na mídia nacional e no Brasil. Na França, este aumento foi exponencial e a resposta foi um aumento significativo da imigração para Israel a partir de outubro de 2023.


StandWithUs Brasil


Olhando pelo lado da ideologia, surgem mitos transformados em verdades e que voltam a ser mitos e que hoje criam a base para condenar Israel. Esta é uma esteira cheia de mercadorias, mas, como toda mercadoria que exala um odor desagradável, o melhor é não publicizar! Assim, vamos deixar de trazer fatos e boatos. Apenas deixar registrado que o número dos que se intitulam palestinos aumentou exponencialmente desde 1967. Oops, por que 1967? 

Durante o Mandato Britânico da Palestina, que se encerrou em 1948 com a criação do Estado de Israel, todos os habitantes da área eram palestinos. Os judeus que nasceram até aquela data tinha certidão de nascimento e passaporte palestinos. Entre 1948 e 1967 os territórios que hoje são considerados palestinos eram parte integrante do Egito e da Jordânia. No ano de 1964, Iasser Arafat em uma reunião na Cidade Antiga de Jerusalém, que ainda era parte da Jordânia, cria a Organização de Liberação da Palestina. Segundo a Wikepédia o estatuto original da OLP, promulgado em 28 de maior de 1964 declara que:"A Palestina com as fronteiras que existiam no tempo do Mandato Britânico é uma unidade regional integral e o objetivo da organização é proibir a existência e a atividade do sionismo." 

Início de um mito!

O Estado de Israel já era uma realidade política desde 1948, e esta realidade política é a continuação do Estado de Israel que foi varrido do mapa pelos romanos - no ano 70. O Povo Judeu disperso continuou tendo a sua vista voltada para Jerusalém! 

O que acontecerá após esta guerra acabar? Esta é um equação complexa com muitas incógnitas. Esperamos recuperar os entendimentos que levaram aos Acordos de Abraão e que vinham integrando Israel com os países árabes. Vamos voltar a cantar A ESPERANÇA juntos. 

Apenas uma das constantes da equação já pode ser adiantada. O Povo Judeu segue pelos próximos milênios.

Am Israel Chai

Regina P. Markus


A falácia da contagem dos mortos de Israel e dos palestinos - Claudia Chaves

Claudia Chaves


Continuo a ver na mídia estas “contagens” de palestinos mortos e israelenses mortos desde o ataque do Hamas em 7 de outubro. Elas são totalmente enganosas. Elas são desinformação. Para começo, não é feita distinção entre terroristas do Hamas e os supostos civis envolvidos (há mais sobre isso).

Divulgar publicamente os números sem claras explicações e contexto é propaganda contra a necessidade muito justificada de Israel de eliminar uma ameaça a seus cidadãos por parte de um exército que anunciou "repetir isso várias vezes depois de 7 de outubro, até que Israel seja destruído".

Para piorar a questão, os números do lado palestino são reportados pelo Ministério da Saúde de Gaza- uma fonte completamente não confiável citada pelo Hamas.

Estima-se que o Hamas tenha 30 a 40 mil combatentes terroristas (e a Jihad Islâmica, outros tantos). Claramente o exército de Israel busca matar aqueles que continuam lutando - e preservar as vidas daqueles que se rendem, tal como várias centenas o fizeram Por mais terrível que seja, essas pessoas do Hamas e da Jihad Islâmica são AQUELAS QUE ATACARAM E PROMETERAM REPETIR SEGUIDAMENTE ESSAS ATROCIDADES.

Portanto eu aprovo totalmente que eles sejam mortos a menos que se rendam. Isto significa que, pelas “contagens” desinformadoras que são publicadas, 30 a 40 mil “palestinos” mortos, sim, os atacantes, estão sendo mortos em auto defesa realista e inquestionável. Está chocado (a)? Você mataria em auto defesa realista e inquestionável ou permitiria que ao invés disso matassem você e sua família?

Gaza não é ocupada por Israel há 18 anos, e a população poderia ter florescido com toda a ajuda recebida e a excelente infraestrutura agrícola que Israel deixou lá entre outras oportunidades que Israel deixou para os cidadãos de Gaza. Ao invés disso, todos os recursos foram afunilados para a construção de uma máquina militar sofisticada. O Hamas tem estado em conflito com o governo da Autoridade Palestina (AP) após o golpe que deu contra a AP em 2007.

E se você precisa saber a história de porque Gaza ficou “associado” a Israel você pode pesquisar - mas onde você vai chegar é que o Egito não a quis de volta (n.t. ao contrário do Sinai) quando Israel e Egito assinaram o acordo de paz, apesar de Gaza ter estado também sob administração egípcia antes da guerra que o Egito iniciou e então perdeu. O Egito ainda não quer Gaza por causa das ideologias teocráticas da maioria da população.

Quanto aos palestinos considerados “civis” ou “não envolvidos”: quantas dessas casas - onde depósitos de armas são encontrados - cooperarão com o Hamas por medo deles, quantos por alinhamento ideológico, talvez pela lealdade do pai e então do resto da família por medo… quem sabe?

Quantos serviram voluntariamente como escudos humanos para o Hamas e ficaram felizes em vê-los construir sua máquina militar sob as escolas de suas crianças, sob seus hospitais, suas mesquitas, seu bairro? E quantos assim o fizeram por medo de serem mortos pelo Hamas, ou ter suas famílias como alvo caso recusassem? Difícil dizer. Eles foram doutrinados pelo Hamas e outros desde bebês, então é difícil saber. Pelo menos uma vítima de sequestro israelense, uma criança de 12 anos, relatou ter apanhado de grupos de civis palestinos quando foi trazido para dentro da faixa de Gaza. São estas pessoas que bateram nele tão "não envolvidas"? Ou a alegria deles ao bater em uma criança de 12 anos é um sinal claro de que eles se identificam com o sequestrador e querem tomar parte da “ação”?

Uma pergunta complicada mas, assim mesmo, o exército israelense tem sido tão cauteloso quanto humana e tecnologicamente possível para evitar danos a eles, enquanto colocam em perigo seus próprios soldados para ser cuidadosos. Nenhum exército no mundo mostrou intenção de fazer isso, nem o fez - enquanto seus governos e a mídia falam de "bombardeio indiscriminado por Israel" - manifestando-se assim por razões de sua politica e marketing internos, sabendo perfeitamente que isso é o oposto do que o exército israelense faz. 

No final das contas, o que o mundo e a mídia precisam é ser verdadeiros sobre o fato de que se eles, e todos nós, queremos salvar as vidas e o bem estar da população civil de Gaza, então o Hamas precisa imediatamente parar de atacar Israel com os mísseis que continuam a lançar, e eles devem imediatamente devolver as pessoas sequestradas, vivas e bem. O Hamas está escolhendo não fazer isso. O sangue de todos os cidadãos “não envolvidos” de Gaza tem a mão do Hamas, porque os usa como escudos humanos e continua a atacar Israel e se recusa a devolver aqueles que sequestraram.

Os líderes mundiais, as organizações de direitos humanos e a mídia que não esclarecem e enfatizam quem é de fato responsável pelas mortes civis - ao contrário, culpam Israel - continuam a propagar o antissemitismo que vêm publicando há pelo menos 30 anos, em conluio com os terroristas.


 

Claudia Chaves chaclaud@gmail.com


Claudia Chaves é uma psicoterapeuta social argentino-israelense que agora mora nos EUA, ativista de longa data em várias causas progressistas incluindo escamoteamento de armas e combatendo antissemitismo. 


Tradução de Juliana Rehfeld a partir de texto original em inglês.

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

VOCÊ SABIA? - Democracia, um sonho impossível?

 

DEMOCRACIA: UTOPIA? SONHO IMPOSSÍVEL? LUGAR FANTASIOSO? PARAÍSO? XANGRI-LÁ?

Como representar a sociedade? Qual a melhor solução?

Por Itanira Heineberg


Israel, uma luz brilhante de democracia em um firmamento totalmente escuro de ditaduras.




Você sabia que Israel, a única Democracia no Oriente Médio, permite que seus cidadãos critiquem o governo e demonstrem contra suas ideias, ações e decisões?

No vídeo que mostraremos abaixo veremos a Marcha do Povo contra as atitudes e planos do Primeiro Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, constituída por centenas e centenas de israelenses num trajeto de 70km, de Tel Aviv à cidade de Jerusalém, onde demonstraram sua insatisfação e recusa pelas reformas por ele planejadas contra o Poder Judiciário do país, caminhada esta que finalizou em frente à residência de Netanyahu.

A ideia de reduzir o poder do Judiciário criou uma crise doméstica e uma  população dividida; uma parte do povo aceita as reformas e outra parte recusa-se a aceitá-las. Até o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, uniu-se ao povo insatisfeito com seu premier.

Vídeo - Marcha do Povo Israelense, julho 2023:



  

O Oriente Médio, região do globo localizada na Ásia em uma zona de confluência do continente asiático com a Europa e a África, apresenta uma geografia marcada pela escassez de chuvas. A economia local gira em torno da exploração de produtos primários com destaque para o petróleo e o gás natural. Nessa mesma lógica, a infraestrutura dos países da região está voltada para o processo de produção e exportação de combustíveis fósseis.

O Oriente Médio é caracterizado pela ocorrência de muitos conflitos geopolíticos ao longo de sua história. É, sem dúvida alguma, o território com maior tensão no mundo.

 

“A maioria dos países do Oriente Médio (13 de 18) faz parte do mundo árabe. Os países mais populosos da região são Egito, Turquia e Irã, enquanto a Arábia Saudita é o maior país em área. A história do Oriente Médio remonta a tempos longínquos, sendo reconhecida há milênios a importância geopolítica da região.

Várias religiões importantes têm suas origens no Oriente Médio, incluindo o judaísmo, cristianismo e islão. Os árabes constituem o principal grupo étnico da região, seguidos pelos turcos.

As formas de governo locais são diversas, mas, no geral, caracterizadas pelo autoritarismo e pela perseguição aos Direitos Humanos. A população do Oriente Médio é formada em sua maior parte por praticantes do islamismo, mas a região possui minorias importantes de judeus e cristãos. Em termos culturais, é muito forte a influência da religião na cultura local, já que o Oriente Médio é o berço das três religiões monoteístas do mundo.

Sua cultura é fortemente influenciada pela religião. O islamismo é a prática religiosa que possui o maior número de adeptos nos países da região."

 

Com uma área aproximada de 7 200 000 km², a população do Oriente Médio é de 270 milhões de habitantes, sendo apenas 9.8 milhões deles, habitantes de Israel.




Definição tradicional do Oriente Médio - verde bem escuro

Definição do G8 do Grande Oriente Médio – verde médio

Ásia Central (algumas vezes associada ao Grande Oriente Médio) - verde claro

 

Entre as diversidades da população do Oriente Médio, Israel se destaca por sua cultura mais próxima às democracias liberais, seguindo o modelo destas democracias que têm mais de cem anos de experiência democrática.

Desde a criação do Estado de Israel em 1948, o país constituído por cidadãos de lugares e sistemas políticos vanguardistas tem sido uma luz de democracia em um céu escuro de ditaduras.

Israel luta por uma sociedade justa, anseia pela paz com os vizinhos, quer a melhor educação possível para seus filhos. Como todos os países livres, Israel tenta o melhor e, inevitavelmente, falha às vezes.




“Winston Churchill refletiu em 1947 que “a democracia é a pior forma de governo, exceto todas as outras formas que foram tentadas de tempos em tempos.”

E o ex - dissidente soviético Natan Sharansky nos lembrou mais recentemente que a democracia não é apenas sobre votar, mas sobre ser possível que “alguém dentro dessa sociedade caminhe até a praça da cidade e diga o que quiser, sem medo de ser punido por seus pontos de vista”.”




"Isso é Israel, onde o debate é vibrante e estridente, onde as liberdades são protegidas e onde - apesar das constantes e perigosas ameaças em suas fronteiras - a democracia é real e palpável."

Michael Dickson é diretor executivo da StandWithUs Israel.


Israel, democracia, liberdades: uma forma complexa e difícil, porém possível para que todos se sintam representados.


FONTES:

https://www.google.com/search?q=demonstrations+in+israel+against+netanyshu&oq=demonstrations+in+israel+against+netanyshu&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIKCAEQABgTGBYYHtIBCTE1MTc1ajFqNKgCALACAA&sourceid=chrome&ie=UTF-8#fpstate=ive&vld=cid:e90ee109,vid:_rdqc2Va46s,st:0

https://www.politize.com.br/democracia-representativa-de-fato-nos-representa/

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/oriente-medio.htm

https://www.standwithus.com/a-democracia-israelense-merece-seu#:~:text=Apesar%20das%20movimenta%C3%A7%C3%B5es%20da%20Primavera,forte%20democracia%20no%20Oriente%20M%C3%A9dio.


quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Acontece - Israel, uma família enfrentando o desconhecido

Israel, uma família enfrentando o desconhecido

Por Regina P. Markus


Israel e o povo judeu têm uma dinâmica de convivência que mais se assemelha a uma grande família. Em tempos normais, as divergências são exacerbadas e em tempos de perigo os laços humanos afloram e a responsabilidade de um com o outro passa a ser o "modus vivendi" natural. Desde a Torah (semana de Miketz, מִקֵּץ, "Ao fim de") este jogo familiar é descrito e vivido de forma intensa. Grandes abalos vindos do mundo exterior levam a uma união que impressiona a todos. Esta semana vamos acompanhar este processo por vários ângulos. 


O dia 7 de outubro marcou o início de uma guerra que já acontece há 70 dias.  Israel foi atacado de forma indescritível, mas rapidamente o mundo se volta contra um país que está defendendo a sua sobrevivência. Esta semana foram vários os fatos novos a serem adicionados neste enorme quebra cabeça. Se por um lado, os judeus são um povo que têm apenas um país pequeno que pode ser chamado de Lar Nacional, os árabes e mais os mulçumanos habitam vários países na África, Ásia e Europa. 
    Os descendentes de Ismael, filho de Abrão e Ágar, os árabes, são em sua maioria mulçumanos. Mas não podemos esquecer que a população árabe cristã é expressiva. Já os muçulmanos podem ou não ser árabes. A conversão religiosa é um prática ativa entre os mulçumanos, assim como entre os cristãos. Já os descendentes de Israel, netos de Abrão e Sara, deram origem ao povo judeu. Um povo multiétnico que por força da conquista de Israel pelos romanos e da aniquilação do Reino de Israel e sua transformação em Palestina foi espalhado pelo mundo. É conveniente lembrar que isto ocorreu séculos antes da formação do islamismo. 

A partir do dia em que os judeus foram expulsos de Israel, o sonho do Lar Nacional Judaico é iniciado. E agora isto é uma realidade ameaçada. Ameaçada por um mundo que se nega a dizer com todas as letras que os judeus têm o direito à sua terra ancestral. Há muitos que apoiam Israel como pessoas, mas quando chegamos ao nível de nação e de governos são poucos os que entendem que isto é um fato. Assim, os judeus que vivem espalhados ao redor do Globo veem aflorar um antissemitismo macabro e aterrorizador.

A primeira ilustração deste texto é um artigo da jornalista britânica Melanie Phillips que vem há muito escrevendo sobre políticas e posturas anti-Israel e antissemitas. Chama a atenção da diferença entre o exército de Israel, que hoje está em atividades, e os demais exércitos do mundo. Quando lemos civis e militares, imaginamos que os militares são pessoas que escolheram seguir uma carreira militar e que esta é sua forma de ganhar o pão de cada dia, o soldo. São profissionais que têm a guerra como missão. Também sabemos que colaboram de forma efetiva no desenvolvimento de outras atividades. Em Israel existe uma diferença muito grande. O país é pequeno, e vem sendo atacado sistematicamente desde sua criação. Mantém um exército de defesa formado pelos jovens alistados, mas em tempos de guerra a reserva é convocada. E quem são os reservistas - a maioria dos cidadãos israelenses até a faixa dos 50-55 anos. Portanto inclui pais, mães, maridos, esposas. Pessoas ativas em várias áreas e em várias posições. Assim, quando morre um soldado, este é também um civil ativo. Esta semana faleceu o filho do General Gady Eisenkot, que já foi comandante em chefe do Exército de Defesa de Israel e atualmente é do comando de guerra. Estava ele na sala de comando, perto de Gaza, ao lado de Beny Gantz, que também chegou à mais alta patente do exército, também foi Comandante e Chefe. Estavam coordenando uma operação em Gaza, em frente a monitores e tomando decisões sobre possível presença de reféns da zona de operação. Entra uma oficial que noticia a familiares a perda de soldados em ação. Gantz reconhece a oficial, olha em volta e percebe que tanto ele, quanto Eisenkot tinham filhos servindo na mesma operação. E a oficial dirige-se a Eisenkot, que sai da sala e recebe a noticia. O país escuta a história pela TV na mesma noite. O país enterrou Gal z'l, era um filho de todos e cada um. Estas cenas acontecem com pessoas que fazem notícia, e com os vizinhos e familiares de cada um.

E... a seguir é dada uma outra notícia que mostra como o lado humano é capaz de unir e dar bases para a resiliência. Em uma pequena cidade, um rapaz resolve investir em um simples negócio: um lava jato. Compra o equipamento e estava tendo grande sucesso. Junto tinha uns comes e bebes - e muito bom papo. Tornou-se um point do pequeno lugar. O rapaz apresentou-se como reservista, e está em um front. O local ficou fechado e, devido a dívidas e não pagamento do aluguel do terreno, ia fechar. A população local quando soube decidiu que era hora de reiniciar a lavagem dos carros. E... passaram a tocar o negócio do rapaz, que continua servindo, mas não ficará a ver navios quando voltar para a vida normal. Esta história e uma análise dos dias de hoje em Israel, pode ser seguida na publicação do StandWithUs Brasil com o Prof. Samuel Feldberg no dia 13/12/2023.

E as escolas que estão sem professores! As crianças, que sentem a falta dos pais em casa, também não têm os professores nas salas de aula. Muitos professores mais velhos, aposentados e que não tem mais idade para servir como reservistas voltaram para a ativa. Ativa voluntária. E os alunos fazem vídeos com músicas de estímulo para os que estão em Gaza! Os que estão na guerra. Algo muito diferente está acontecendo com as crianças palestinas. Estas, por muitos anos, frequentam escolas que ensinam o ódio aos judeus e a Israel. Aprendem a manusear armas e... tantos anos de tolerância a isso criaram uma geração neurologicamente preparada para matar. E não usei a palavra "neurológica" de forma equivocada. Os mais modernos ensinamentos da neurociência e da cronobiologia mostram que é possível não apenas condicionar ações, mas também favorecer fisicamente a formação de redes neurais que eliminam sentimentos e críticas, abrindo oportunidade para realizar atos que são repugnantes para os não condicionados. 

O Exército de Defesa de Israel é regido por uma cartilha conhecida como "O Espírito do EDI" (Our Mission, The Spirit of IDF). O respeito ao inimigo e às leis internacionais é descrito de forma clara e enfática. Todas as tropas em combate têm assistentes preparados para avaliar o grau de periculosidade a que o inimigo civil é exposto e cada soldado carrega uma câmera que monitora suas ações e também transmite a realidade da operação para as bases. 

O desconhecimento sobre o Estado de Israel é muito grande. Lembramos aqui que é um país de judeus formado por cidadãos israelenses, de muitos credos e etnias. Apesar do mundo não ter esta noção, o Hamas não deixou de dar o seu recado... tomou como reféns ou torturou no local muçulmanos, inclusive mulheres. E, nesta semana foi revelado que muitos dos palestinos que usavam roupas civis ao invadirem Israel no dia 7 de outubro eram trabalhadores que entravam todos os dias em Israel. Trabalhavam nas mesmas localidades que arrasaram ou em outros locais próximos.




Tudo em hebraico..... No último Acontece, comentei sobre a festa de Hanuka e o jogo do sevivon (peão) que tinha letras que diziam - Um grande milagre aconteceu aqui, para os que jogam em Israel, e Um grande milagre aconteceu lá para os que jogam foram de Israel.
Esta semana foi criado um novo sevivon! A letra "hei -   " inicial de aconteceu (haiá) foi substituída pela letra "tzad -     " que significa "precisa"! Um grande milagre PRECISA (acontecer)!!! E esta é uma festa de Hanuka que vai anunciar novos milagres.....

AM ISRAEL HAI! fala-se AM ISRAEL RAI

Regina


sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

A mulher que peitou o Hamas

 

A mulher que peitou o Hamas

O #MeToo deve ser para todas

Becky S. Korich

Rimon Kirst, de 36 anos, vestia pijama rosa quando foi libertada pelo grupo terrorista Hamas, depois de ficar 50 dias em poder dos sequestradores. Mesmo em meio a tanta obscuridade e medo, a israelense se recusou a participar do teatro armado pelos militantes do Hamas ao ser entregue à Cruz Vermelha. Não acenou o tchauzinho compulsório, não deu o sorriso amarelo, não se deixou abraçar, como fizeram alguns reféns desnorteados depois de sair do inferno. Pérfidos e terroristas até o fim, os militantes do Hamas têm explorado a entrega dos reféns para se apresentarem como "bons anfitriões" e criar um clima de volta de férias dos reféns.

No momento em que estava sendo solta, Rimon se esquivou de qualquer contato físico com o terrorista. Ele recuou, obedeceu. Seu não foi NÃO. Ela parou diante dele, falou algumas palavras e encarou com firmeza o fundo dos seus olhos. Por alguns instantes, embora ostentasse uma metralhadora, o terrorista se desarmou. O pijama rosa se impôs à indumentária militar.

Mulheres durante manifestação realizada neste domingo (3), em Londres, na qual criticaram a ONU pelo silêncio diante dos crimes cometidos contra reféns israelenses - Henry Nicholls/AFP

Essa imagem fala por todas as mulheres estupradas, forçadas a desfilar nuas, ensanguentadas, cuspidas, mortas, que não tiveram a chance de se defender. Fala pelas mulheres do mundo que sofrem violências; mulheres que não conseguem se livrar de relacionamentos insalubres e ambivalentes; mulheres que diariamente são ameaçadas física e psicologicamente. Fala por todas as mulheres que são reféns das suas guerras individuais, que não conseguem enxergar a luz no fim dos túneis em que estão confinadas.

Rimon foi libertada em 28 de novembro, um dia antes do Dia Internacional das Mulheres Defensoras dos Direitos Humanos marcado pela ONU. A mesma ONU que por tanto tempo permaneceu calada diante dos crimes de gênero cometidos pelo Hamas. A justificativa: as evidências não eram sólidas. Esse tipo de posicionamento vindo de uma organização tão representativa produz consequências de longo alcance, fragilizando ainda mais as vítimas desses crimes, dissuadindo-as de procurar ajuda, perpetuando o medo e isolamento.

A relutância é inexplicável, para dizer o mínimo. O próprio Hamas forneceu provas irrefutáveis dos seus crimes. Ainda com sangue nas mãos, os assassinos divulgaram imagens de corpos de mulheres amarradas, seminuas, sangrando na região genital, sendo arrastadas, decapitadas, queimadas e cuspidas aos gritos de Allahu Akbar (Alá é grande, em árabe). Orgulhosos de seus atos, exibiram vídeos em que celebram estupros coletivos, cometidos com tanta violência que quebraram os ossos pélvicos de meninas e mulheres.

Só depois de 56 dias de um silêncio perturbador, a UN Women, grupo de direitos das mulheres da ONU, emitiu uma declaração condenando o Hamas pelas atrocidades: "Condenamos inequivocamente os ataques brutais do Hamas a Israel em 7 de outubro. Estamos alarmados com os numerosos relatos de atrocidades baseadas no gênero e violência sexual durante esses ataques". Veio tarde.

Não é de hoje que suas credenciais feministas não impressionam. Em Gaza, desde a ascensão do Hamas ao poder (2007), os níveis de violência à mulher são alarmantes. Uma pesquisa realizada em 2022 apontou que 37,5% das mulheres casadas em Gaza tinham sofrido violência doméstica nos 12 meses anteriores. Porém, poucas têm a coragem de denunciar e preferem tolerar os abusos para manter a unidade familiar. Crimes são tacitamente permitidos pelo governo do Hamas —se não explicitamente tolerados— para preservar dano à honra... dos homens, é claro. Códigos de recato (que incluem a obrigatoriedade do hijab), casamentos precoces de meninas, limitações aos poderes públicos e às atividades de lazer são uma realidade em Gaza.

Segundo a ativista palestina Yasmine Mohammed, autora do livro "Como os Esquerdistas Ocidentais Empoderam o Islã Radical", "a forma como o Estado Islâmico tratou as mulheres Yazidi é a mesma com que o Hamas trata as mulheres israelenses. Esses animais bárbaros sempre têm como alvo as mulheres." Onde estão os grupos empenhados em acabar com isso?

O desprezo ao 7 de outubro foi triplo: as organizações mantiveram-se caladas, questionaram a veracidade das acusações e até insinuaram que as vítimas mereciam o seu destino. Talvez por pensarem que ser solidárias com as mulheres judias significa ceder ao "feminismo colonial" ou por acreditarem que os estupros foram "atos de resistência".

Foi um caso gritante de silêncio e relativização da violência. Não existe feminismo seletivo. Se os grupos de defesa à mulher não lutam pelo direito de todas, não estarão lutando pelo direito de nenhuma.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Acontece - 7 de dezembro = [60 dias @ Hanuka]


1ª vela de Hanuka - 25 Kislev 5784

7 de dezembro de 2023  - 7, VII, SHEVA

Regina P Markus

 


O número sete tem muitos significados. O Shabat é o sétimo dia da semana. Um dia que deve ser lembrado e gu
ardado. Pilar Rahola, a personalidade de Barcelona que falou na sede da UNIBES em São Paulo no dia 5 de dezembro, apresentou-se como católica não praticante e disse que não havia conhecido judeus em sua infância. 


Beit Halochem - Um segundo Lar para os Feridos em Israel

Pilar é uma importante defensora dos judeus e de Israel na Europa e no mundo. Comentou que o primeiro contato que teve com o judaísmo foi através de uma Bíblia católica. Sua família prezava a justiça social e ela, ainda criança, descobriu que o primeiro código de leis do mundo a estabelecer um dia para o descanso semanal foi o encontrado no Velho Testamento.


Justiça Social –  muitos que hoje atacam, difamam e condenam os judeus e Israel não sabem ser este o conceito básico do judaísmo. Tzedek (justiça) é um conceito que permeia os cinco livros da Torá e que os profetas Amós, Ezequiel, Isaías e Jeremias apontavam como tão importante que para seguí-lo era permitido até descumprir regras que se aplicam ao Shabat. 


Tzedaká é a palavra usada para “doações”. Fazer tzedaká é responsabilidade do pobre e do rico, é a contribuição de cada um para manter a sociedade saudável. Tsedaká é praticada pelos judeus ao longo dos milênios visando a comunidade interna e a comunidade maior.


No dia 7 de dezembro de 2023, 25 de Kislev no calendário judaico, será acesa a 1ª vela de Hanuka, a festa das luzes!!! Acender a Hanukiá, um candelabro com 8 braços mais o Shamash, é uma das obrigações judaicas seguidas por muitos. Uma festa em que se comemora a vitória dos Macabeus sobre os gregos. Israel tinha sido praticamente eliminada e Antioco, rei do Império Sírio, que incluía todas as terras de Israel inclusive Jerusalém, obrigou a conversão ao helenismo e colocou um altar para Zeus no Templo de Jerusalém! E... os judeus foram perseguidos, convertidos à força ao helenismo e eis que da cidade de Modiin surge Matatiahu e seus cinco filhos, que iniciam uma revolta. Os Macabeus saem vitoriosos, entram no Templo e acendem o Candelabro de Ouro, que muitos anos depois foi levado para Roma, após a destruição do Templo e está retratado no Arco de Tito. Só havia azeite para 1 dia! E eram necessários 8 dias para que azeite novo fosse preparado. O milagre de Hanuka aconteceu! As velas ficaram acesas por 8 dias!!! A partir de então passamos a acender o candelabro de Hanuka de forma ritual, uma vela por dia, sempre após a entrada da noite. Noites de sonhos (como são gostosos), noites de luzes e estrelas, noites de jogos – roda-se o tradicional peão com as letras Nun, Guimel, Hei e Shin (ou Pei). Nes gadol haia sham – para quem está longe – e Nes gadol haia pó – para os que estão em Jerusalém. Um grande milagre aconteceu lá. Um grande milagre aconteceu aqui.

Por séculos colocamos as Hanukiot na janela e a luz das velas iluminam as noites.



E poderia parar por aqui!!! Mas 7 de dezembro completa dois meses do inominável 7 de outubro, quando o HAMAS, organização terrorista que governa Gaza, atacou de forma inusitada os kibutzim, vilarejos, cidades e uma enorme festa campestre em Israel. 60 dias após atos de terror. A cada dia sabemos algo mais dos horrores que aconteceram. Reféns que foram mantidos sem alimentação. Menina que teve seu braço amputado a sangue frio. Estupros e esquartejamento. Em nome do quê? Muito difícil definir. Seguem um slogan e um regramento que é resumido em... “do rio ao mar” não haverá judeus na terra de Israel.

E o mundo... como disse Pilar Rahola, a reação do mundo vai além da imaginação. Culpar os israelenses e os judeus tem sido uma tônica. Desculpar e usar meias palavras para relatar os crimes do Hamas tem sido uma constante. Manchetes que transformam estupros e assassinatos em termos aceitáveis através de linguagem amenizada. Organizações feministas e humanitárias que não consideram as judias dignas de serem tratadas como vítimas. Somando a todas estas aberrações, parece que foi esquecido quem iniciou o processo e tem sido usurpado o direito de defesa. Tem havido uma recusa permanente das propostas de convivência. Chama atenção que 20% da população de Israel é árabe, mulçumana ou cristã. São cidadãos israelenses com direito a educação e ocupando cargos de destaque no Exército de Defesa de Isael, no Parlamento, Universidades, Meios de Comunicação, Esportes e no Ecosistema de Inovação.

O 7 de outubro foi programado por longa data com auxílio de outros países mulçumanos, com destaque importante para o Irã. A geopolítica da região estava sendo alterada de forma marcante através dos acordos formais e dos acordos paralelos entre os países árabes e Israel. A cooperação é bastante intensa, e mesmo agora, no meio desta guerra insólita os bastidores revelam algo que é difícil imaginar.

A COP28 realizada em Dubai foi um exemplo da importância que Israel tem na região e de como grupos que esperam condenações e extermínio do Estado Judeu colocam estas demandas acima de um problema mundial. O Irã retirou sua delegação ao deparar-se com o Pavilhão de Israel e o representante da ONU para a “Haiti Cholera Research Funding Foundation Inc.”, com escritório em Genebra, inundou as redes sociais da COP28 informando que não estaria presente e que retirava apoio para a COP28.  Israel atua como uma grande liderança no mundo científico, e apesar do conflito e das muitas feridas esteve presente, incluindo o Presidente Isaac Herzog (https://www.bras-il.com/conflito-israel-hamas-pode-afetar-negociacoes-na-cop28/). Eis um exemplo de como os bastidores podem servir de uma lanterna para o futuro.

 

O que vem preocupando é a forma como as Universidades, aqui e em todo o mundo, mostram “alas” de estudantes que desprezam o saber, e demonstram um viés antissemita. E... também nesta semana presenciamos o Congresso Americano desvendando que não são os alunos, mas sim a permissividade dos professores e dirigentes universitários que acalenta o duplo discurso. Justiça social, sim.... mas os judeus não fazem parte do tecido social, portanto.... os conceitos tem que ser contextualizados. Vale assistir este curto vídeo!


E, se quiserem entender como os judeus são tratados nos países árabes, tem aqui um vídeo ilustrativo.

Como é possível não ver que neste mundo há apenas UM Estado Judeu, em todo planeta terra – e este continuará a existir. E este existe física e metaforicamente desde os tempos bíblicos.

Ahhh... temos que lembrar uma outra conotação do número 7!

Sete maravilhas do Mundo” – isto vem dos gregos!

Sete é conta de mentiroso”!!! (provérbio português);

O sete é cantado em prosa e verso.... espiem o que Gustavo Meneguel aprontou..


Sete é conta de mentiroso eu sei
Mais vou contar a minha história também
Com sete frases geniais
Que tem as sete notas musicais

Tinham sete quedas que sumiram com
Em sete dias da semana sem
Com sete vidas do meu gato mimi
Corri atrás dos sete anões tem fada
Tinham sete cores do arco íris e o Sol
Atravessei os sete mares e

Se eu pudesse, traria de volta as sete quedas
Que sumiram do mapa
Se eu pudesse, traria de volta as sete quedas
Que sumiram

MAS – agora o 7/10/2023 foi marcado a ferro e fogo, foi marcado com os horrores do terror e com a volta do antissemitismo propagado dentro das sociedades maiores. Mas, ao contrário do que aconteceu ao longo dos milênios em que os judeus vagaram pelo mundo, hoje, a exemplo da época dos Macabeus, os cidadãos israelenses estão se defendendo!


CHAG SAMEACH! AM ISRAEL CHAI!


Regina


 




SE QUISER LER UM MILAGRE RECENTE... AVENTURE-SE 

 

Um Milagre de Hanukah no Holocausto


 

https://sinagogashaarei.org/um-milagre-de-chanukah-no-holocausto-2/

Por Yitta Halberstam e Judith Leventhal

Todos os anos, Chanukah chega exatamente quando parece que mais precisamos dele. Quando os dias são menores e as noites ficam insuportavelmente longas*, a menorah lança seu brilho sobre um povo com fome de luz. Em 1938, para todo o mundo tinha sido um longo e terrível mundo de trilhas se encontrando afundando em uma escuridão ao contrário de qualquer sabida na história moderna. Se alguma vez houve uma necessidade de luz para guiar o nosso caminho, foi nessa noite fria de Dezembro na Alemanha, quando o oitavo e último dia de Chanucá estavam prestes a começar.

A família Geier estava sentada em seu compartimento de segunda classe em um trem de Berlim para a Holanda, enquanto observavam o sol do inverno escorregar além do horizonte. Tinha sido uma longa e aterrorizante trilha que levou de Kristallnacht (“A Noite dos Cristais Quebrados“) até esse momento. Eles ainda não podiam acreditar que conseguiram obter um visto americano e agora estavam finalmente no que eles rezavam que seria uma jornada sem intercorrências para a liberdade.

Judah e Regina Geier e seus dois filhos, Arnold e Ruth, passaram a duração do passeio de trem olhando pela janela, mordiscando sanduíches, lendo, dormindo e tentando se comportar como se o mundo ainda fosse um lugar normal. Mas ao contrário da maioria dos outros passageiros, a família Geier permaneceu fortemente consciente dos perigos que os aguardavam quando o trem se aproximou da fronteira germano-holandesa. Ali, os nazistas, a polícia alemã e os oficiais da Gestapo estariam todos presentes para um cheque final de passaportes e documentos de viagem.

Para Judah Geier, no entanto, havia um peso adicional que pesava em seu coração. Como judeu ortodoxo e hazan, toda a sua vida se dedicou a seguir os caminhos da Torá. No entanto, aqui estava, quase ao anoitecer, quando as chamas da menorah de Chanuká deveriam estar se erguindo para espalhar a luz, e ele foi forçado a sentar-se calmamente em seu assento com apenas o brilho severo de uma lâmpada nua para iluminar o céu cinzento. Rodeado por estranhos, ele teve medo de fazer uma partida ou recitar uma bênção por medo de chamar a atenção e a família dele. Regina Geier, sentindo a luta interior de seu marido, tentou tranquilizá-lo de que D’us, que vê e conhece todos, certamente entenderia sua situação e, sem dúvida, lhe concederia muitos mais “Chanucá’s” para comemorar adequadamente.

Judah assentiu com graça, mas não pareceu reconfortante. Em um lugar e hora de tal escuridão espiritual, a luz da menorah parecia mais importante do que nunca – especialmente nesta oitava noite de Chanucá, que representa o ponto culminante do feriado, quando todas as velas são acesas simultaneamente para proclamar o milagre da sobrevivência dos judeus. Sob estas circunstâncias perigosas, como ele poderia acender a menorah? Mas, então, novamente, como ele poderia não acender?

Judah transformou a questão repetidamente na cabeça enquanto o trem continuava em frente. De repente, o trem parou na travessia germano-holandesa, onde se sentou na estação durante os dez minutos mais longos da vida de Judah, enquanto a polícia de fronteira e a Gestapo se preparavam para verificar os documentos de todos. Ele sentiu que o corpo de sua esposa permanecia próximo ao dele, e até seus filhos ficaram congelados com medo. Uma resposta errada, uma contração nervosa, poderia significar a diferença entre a fuga e a prisão, entre uma nova vida e uma morte certa.

Então, aconteceu. Um milagre de Chanucá chegou à fronteira alemã apenas na hora certa. Sem aviso prévio, toda a estação e todos os cantos do trem foram empurrados para a escuridão total. Todas as luzes se apagaram no mesmo instante, deixando os passageiros e os oficiais que se aproximavam na tentativa de tingir na escuridão.

Sem uma segunda hesitação, Judah aproveitou o momento e alcançou o sobretudo no porta-bagagens acima. Ele colocou a mão em um dos bolsos e puxou uma pequena embalagem. Antes que alguém percebesse o que estava acontecendo, ele riscou o fósforo, acendeu uma vela e rapidamente aqueceu o fundo das outras oito velas. Ele então os plantou firmemente em uma fileira limpa sobre o peitoril da janela e, num sussurro sem fôlego, recitou as bênçãos de Chanucá. Enquanto sua família olhava com espanto, Judah acendeu cuidadosamente cada vela e colocou a nona vela, o shamash – para o lado. No calor brilhante da menorah, seu rosto irradiava alegria e paz pela primeira vez em meses.

Ao ver a luz inesperada na janela, a Gestapo e a polícia de fronteira correram. O som de suas botas atingindo o pavimento com golpes intensificados ecoou durante toda a quietude.

No entanto, Judah continuou a concentrar seus pensamentos nas luzes de Chanukah enquanto seu coração batia tão alto e rápido quanto os passos acelerados.

Quando os oficiais atravessaram a porta, Judah estava preparado para o pior, talvez até o fim. No entanto, em vez de Judah se preparou para o pior, talvez até o final respondendo com raiva a essa demonstração de judaísmo, os oficiais apenas notaram a oportunidade que isso proporcionou. À luz das velas cintilantes, eles agora poderiam ver claramente o suficiente para começar a verificar passaportes e papéis, e assim, com uma característica eficiência nazista, eles começaram a trabalhar. Assim que o processo foi concluído e eles estavam prestes a sair, o oficial principal da polícia da fronteira se dirigiu para Judah e agradeceu pessoalmente por ter tido a proatividade de levar “velas de viagem” em sua viagem.

Enquanto isso, a família Geier sentou-se em silêncio atordoado por cerca de meia hora, incapaz de tirar os olhos do peitoril da janela. Assim como as velas começavam a ficar fracas, todas as luzes da estação repentinamente piscavam. Judah, ainda impressionada com o que acabara de testemunhar, colocou o braço em volta do seu filho de doze anos. Com lágrimas em seus olhos, ele o aproximou. “Lembre-se deste momento”, ele declarou suavemente. “Como nos dias dos Macabeus, um grande milagre aconteceu aqui”.

Como disse Arnold Geier (filho de Judah) a Pesi Dinnerstein