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quinta-feira, 21 de março de 2024

ACONTECE: TEMPOS CAÓTICOS

TEMPOS CAÓTICOS - TEMPOS de.... PURIM (Sorte!)



CAOS - todas as figuras seguem a mesma evolução

             - o que muda é o ponto de partida!!!


O tempo voa. Na segunda metade do mês de março marchamos céleres para completar meio ano do massacre de 7 de outubro perpetrado por habitantes da Faixa de Gaza em pequenas cidades, moshavim e kibutzim fronteiriços. Também foram massacrados, violados e levados como reféns o público que foi à rave NOVA - que acontecia naquela noite ao norte do Deserto do Neguev. REFÉNS - bebês, crianças, jovens, adultos, idosos - de todos os gêneros, de diversas nacionalidades, etnias e religiões foram levados para Gaza e muitos ainda lá estão sem alimentação, remédios, visita da Cruz Vermelha. Pessoas que como a população civil de Gaza, serve de escudo humano para o grupo político de articulação internacional que tem como objetivo... a reticência não é um respiro, ou uma vontade que todos imaginem algo que não precisa ser escrito, algo que todos sabem. Não, o símbolo de reticência é uma forma de deixar em suspense e deixar claro que não é possível delinear para onde estamos marchando. PURIM - SORTE - e o futuro lá está.

Na realidade, após quase seis meses, nem sabemos muito bem por que começou. Mas vai ficando cada vez mais evidente que o ataque não foi aleatório e que teria como objetivo cumprir as muitas mensagens de líderes mundiais e de movimentos políticos independentes que propõem a eliminação do único Estado Nacional Judaico existente no planeta. Muitos definem estes meses como caóticos - usando a palavra caos como um estado de completa desordem.

Caos determinista é um dos campos da física-matemática que une o determinismo e o caos. Fenômenos muito complexos poderiam ser previstos se cada um de seus elementos fosse equacionado. Isto é determinismo. O caos introduz um fato novo. O ponto inicial do processo é que determina o seu desfecho! 

A educação pode ser a mesma, as oportunidades podem ser as mesmas e o destino de cada indivíduo é diferente.

CAOS - o que estamos presenciando nesta guerra em que o Estado de Israel foi brutalmente atacado não é um acaso, e nem uma pressão do mundo ocidental. Como é possível que os reféns tenham sido esquecidos, ou se transformem em fatos longínquos? Como é possível que fatos importantes que ocorreram no dia 7 de outubro de 2023 nem tenham tido repercussão entre nós? Vejam o relato, publicado esta semana, de como os corpos foram recolhidos por voluntários (vídeo abaixo) ao longo das estradas de Israel! Estradas em que cadáveres, muitos deles muitilados, e outros transformados em cinzas ficavam à beira da estrada. 




Alimentos e remédios para Gaza entram normalmente ao longo de anos. Como aquela região não consegue plantar e colher alimentos como era feito pelos israelenses que lá habitavam até 2015? É uma grande incógnita. Mesmo nestes tempos de guerra, habitantes da faixa de Gaza têm sido levados a Israel para atendimento médico.

Por outro lado, choca o envolvimento de funcionários da UNRWA (United Nations Relief and Works Agency for Palestine Refugees in the Near East) no ataque de 7 de outubro e em outras ações anti-Israel! Outras ações da ONU em detrimento do Estado de Israel estão sendo amplamente divulgadas e já foram tema do ETNM.

Após o dia 7 de outubro, o antissemitismo aflorou de maneira inaceitável. Perseguições, ataques, mortes em sinagogas, nas ruas, em escolas, universidades, locais de trabalho, estabelecimentos comerciais e restaurantes são notícias diárias ao redor do mundo e aqui no Brasil.

A posição do Presidente da República e de muitos partidos políticos também é um fato bem conhecido. Na esteira destes pronunciamentos que ocuparam por semanas as manchetes de todos os jornais brasileiros e muitos estrangeiros vemos artistas, comunicadores, educadores, etc. difamando o Estado de Israel e os judeus em geral. 

A entrega do Oscar foi um capítulo à parte! Vestes e símbolos exaltando o jargão "From the River to the Sea" - a forma marketeira de dizer "joguem os judeus no mar" - dominaram o espetáculo.

No meio deste turbilhão, perguntamos "AONDE VAMOS?" - e a resposta pela teoria do CAOS DETERMINISTA é que deverámos perguntar "DE ONDE PARTIMOS?".

Creio que a maioria de nós hoje sabe que até 7 de outubro não tínhamos a dimensão do grau de antissemitismo latente. Esta ponta do "ab initio" é razoavelmente fácil de desvendar e rastrear, apesar de não ser fácil de resolver. No outro lado da moeda, está o conjunto de ações realizado pelos grupos que visam destruir o Estado de Israel e varrer os judeus deste planeta. De preferência sem deixar memória. Não querem seguir o exemplo de Tito, ao comemorar a queda do Segundo Templo com um Arco do Triunfo que validava de forma pictórica os escritos da época. Assim, o nome de Jerusalém foi mudado! No lugar do Templo foram contruídas mesquitas. Atentados terroristas acontecem de forma sistemática há mais de 100 anos e após a criação do Estado de Israel, todas as guerras travadas foram provocadas - e o objetivo era sempre o mesmo.

Existe um comando unificado para estas ações? Fora da grande mídia a importância do Irã dos Ayatolás como liderança deste movimento é conhecida. Países árabes como Iraque, Catar, Líbia e mulçumanos como Turquia também estão entre os que podem compor este comando. Será que o bom andamento dos Acordos de Abraão, que focaram no comércio, ciência, inovação, educação, esporte e turismo foi um momento de virada? O momento para atacar de forma assustadora o Estado de Israel?

Este "ab initio" é altamente relevante para que previsões que considerem o caos determinista possam ser feitas e com isso buscar pontos de intervenção para direcionar o processo. 

Finalizando, aqui apenas tratei de questões macro. Não podemos esquecer do microcosmos quando árabes e judeus se encontram, são amigos e convivem sem problemas. Quando israelenses e cidadãos de países vizinhos ou países do Oriente Médio estabelecem vínculos pessoais, reduzindo a força de lideranças. 

Ações coletivas também afloram a cada dia. Neste mês de março líderes religiosos de Haifa assinaram uma carta conjunta que reflete a respeito à individualidade de cada comunidade e à convivência harmoniosa (veja abaixo). Aqui no Brasil, temos há 6 anos na cidade de São Paulo o grupo chamado Família Abraâmica. Reuniões mensais de judeus, cristãos e mulçumanos que se reunem para vivenciar datas marcantes no calendário. Alguns dos membros de nossa comunidade fazem parte da família Abraâmica. 

ESPERANÇA - HATIKVA - esta é a palavra da SEMANA - Será este um novo "ab initio".

E nada melhor do que a CHEGADA DE PURIM - para que possamos nos alegrar pelo que somos e pelo que seremos. A Festa em que a sagacidade de uma mulher e o valor intrínseco de muitos homens transformaram um destino!



Chag  Purim Sameach

Regina P. Markus

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Notícia veículada pelo Israel News em 20/03/2024

ATUALIZAÇÃO DE NOTÍCIAS🚨🇮🇱✡️✝️☪️Líderes religiosos de comunidades muçulmanas, cristãs, drusas e judaicas na área de Haifa assinam uma carta declarando seu compromisso com a coexistência pacífica e o respeito.

“Nosso diálogo, tolerância e respeito mútuo estão enraizados na tradição e nas escrituras sagradas de cada um de nós”, afirma a carta, publicada após um esforço conjunto de redação por 16 co-signatários.

Nascida da iniciativa do Laboratório de Estudos Religiosos da Universidade de Haifa e do Ministério do Interior, a carta apresenta citações da tradição judaica rabínica, das escrituras muçulmanas e da Bíblia Hebraica. O esforço visa “promover uma liderança activa que trabalhará em conjunto para salvaguardar uma sociedade cívica partilhada e prevenir a violência”, afirma a carta. Observa “os desafios actuais”, referindo-se à guerra em curso de Israel contra o Hamas em Gaza e ao conflito com o Hezbollah no Líbano.

Os signatários incluem Rashad Abu al-Hijaa, imã da mesquita al-Jarina em Haifa; William Abu Shkara, sacerdote da Igreja Católica e chefe do escritório do Arcebispo em Haifa; e o Xeque Tawfik Halabi, imã e membro do comitê religioso druso em Daliyat al-Karmel.

Os co-signatários judeus incluem o Rabino Ben-Zion Gagula da Chabad House no bairro da Colônia Alemã de Haifa e o Rabino Ne'ama Dafni-Keln da congregação Or Hadash Reform.

Haifa, onde vivem aproximadamente 285 mil pessoas, tem uma minoria árabe de cerca de 35 mil árabes, que estão divididos aproximadamente igualmente entre as religiões muçulmana e cristã. A cidade é amplamente considerada um modelo de coexistência inter-religiosa. (ToI)

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 LUZES E FLORES PARA TEMPOS SOMBRIOS.





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Tempos difíceis, tempos em que parte da humanidade perde a sua orientação por um mundo de maior desenvolvimento e relacionamento. A esperança de dias melhores se reduz cada vez mais. 

Milhares de opções para cada ser humano se apresentam a cada instante, fazendo com que para uma minoria, por ora, a procura por um radicalismo se torne uma importante atração. 

Para estes radicais, diferenças sociais, religiosas, culturais não são vistas como importantes diversidades na humanidade, mas como alvos para serem destruídos, mesmo quando trazem assuntos de interesse para todos, como a medicina e a tecnologia. 

O relacionamento inter-religioso foi sempre um assunto limitado a poucos líderes religiosos que se abriram ao diálogo e à troca de experiências de suas religiões. 

Entretanto, vale ressaltar que o Brasil, formado pela integração de incontáveis culturas humanas de incontáveis países, resultou numa sociedade de alto relacionamento cultural, religioso, que está protegida por uma severa lei antirracismo no seu amplo espectro. 

Há 7 anos, a fraterna relação entre as comunidades judaica, católica e muçulmana gestou um grupo de diálogo que continua até hoje. Através de laços comunitários respectivos, criou-se o grupo Família Abraâmica, que alude essa relação ao ponto em comum entre as três religiões monoteístas: Abraão. 

A Família Abraâmica possui como foco principal o relacionamento inter-religioso e cultural, incentivando seus membros a serem divulgadores da importância do conhecimento da diversidade e serem ativos na forte condenação a qualquer radicalismo e violência. 

Como diz o ditado: “Conhecer é amar, desconhecer é temer...”. 

Através dos anos, os participantes do grupo criaram um forte e fraterno relacionamento pessoal, o que fez com que mensalmente se reunissem, trazendo sempre temas de interesse à diversidade inter-religiosa e intercultural, com experiências e tradições das 3 religiões. 

Neste contexto, os conflitos que começaram no dia 7 de outubro no Oriente Médio e a escalada da violência foram um baque, que impactou de forma diferente cada integrante da Família Abraâmica e ocasionou emoções. 

No entanto, os membros das 3 linhas religiosas mantiveram o diálogo fraterno e, na data de 25 de novembro passado, aconteceu a reunião previamente marcada do grupo. 

O ambiente familiar comum nos encontros anteriores se manteve. 

Todos os presentes manifestaram suas preocupações com o crescimento vertiginoso do antissemitismo, da islamofobia e com o radicalismo religioso e cultural, que tem mostrado um apoio a movimentos extremistas espalhados pelo mundo. 

Como expressão desse sentimento, o acendimento de velas, acompanhado de mensagens incentivadoras e esperançosas, foi completado com a troca de flores e abraços entre todos os presentes nesta reunião da Família Abraâmica. 

Assim, o exemplo da Família Abraâmica, com seu relacionamento fraterno inter-religioso e cultural de judeus, muçulmanos e católicos pode e deverá ser um exemplo por um mundo melhor e mais humano para esta e as próximas gerações. 

Que as velas que acendemos no último dia 25 de novembro, no nosso encontro inter-religioso, sejam símbolos de luz para as nações, e que as flores, trocadas junto com os abraços, façam o mundo mais florido e amistoso, enfrentando todo tipo de radicalismo. 

São Paulo, 30 de novembro de 2023 

Assinam, os líderes da Família Abraâmica; 

Raul Meyer – do grupo judaico 

Cônego Bizon – do grupo católico 

Mustafá Goktepe, Atilla Kus – do grupo muçulmano 

E todos os membros da Família Abraâmica 





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