Por Regina P. Markus
O dia 8 de março foi instituído como Dia da Mulher pela ONU, em 1975, em memória da greve que as trabalhadoras russas realizaram em 1917. O protesto contra o Czar Nicolau II ficou conhecido como Pão e Paz. Vale lembrar que esta greve ocorreu durante a 1a Guerra Mundial (28/07/1914 - 11/11/1918). Neste ano de 2025, a organização "ONU Mulheres" celebra o 30º aniversário da "Declaração e Plataforma de Ação Pequim", documento que estabelece regras de conduta. Esta data e ações, ligadas a uma ação progressista, não apoiou nem de forma indireta as mulheres, meninas e bebês que foram mortas, violentadas e feitas reféns no dia 7 de outubro de 2023. Por quê? A resposta vem fácil à nossa mente: ANTISSEMITISMO, ANTI-SIONISMO e um objetivo declarado aos 4 ventos de varrer Israel do mapa.
Contar ao mundo quem somos - Nós, MULHERES JUDIAS - é uma forma eficaz de abrir as cortinas que separam a ignorância do conhecimento. Contar é um verbo que permite tanto "computar números" como criar narrativas. HOJE, no dia 8 de março e também em alguns dias de PURIM, vamos falar das mulheres judias.
Falar do papel da mulher desde os tempos bíblicos e passar por alguns momentos ao longo da história - e não deixem de ver alguns depoimentos das reféns liberadas!
Começamos com Esther que é a protagonista de PURIM - a Malká Esther. E a lista é longa. Chavá (fala-se Ravá), a primeira mulher, a mulher de Noach (Noé), Na'ama (cheia de beleza), canaanita. As matriarcas (Sara, Rivka, Raquel e Leah), Débora, a juíza, Ruth, a moabita, que segue sua sogra, Naomi, que tornou-se ancestral do Rei David, Miriam, a profetiza. E os nomes continuam... Nesta Introdução cito mais um, que não é muito conhecido e que entrei em contato nesta busca por mulheres judias da Antiquidade - Serach - em um texto muito completo, escrito pelo Rav Tsvi Freeman do Beit Chabad de Portugal. Quando os filhos de Yakov voltaram do Egito para contar que o filho, José, ainda estava vivo, a dúvida estava no ar. Serach, filha de Asher, acompanhada de sua harpa, entoou versos que contavam a trajetória de José, e o refrão era "...E Yossef ainda vive". E em um dado momento Yakov captou a mensagem. Creio que poucas de nós escutamos este nome. E quantos nomes mais teríamos para colocar...
HOJE - é o NOME da Rainha Esther que deve ser mencionado. O nome daquela que soube usar dotes femininos, sagacidade, conhecimento e colaboração para permitir a saída dos judeus da Pérsia e volta para Eretz Israel. PURIM - a festa da SORTE - PUR - sorte!!!
ESTE ANO VAMOS JOGAR OS DADOS e nos ALEGRAR em meio a uma tristeza imensa!
Hoje vamos olhar e reolhar os reféns que voltaram vivos e mortos e também aqueles que ainda estão em GAZA. Os reféns que o mundo quer esquecer!
ABRA A PÁGINA DO BLOGGER E ENCONTREM muitas falas e informações que "rolaram" ao longo de 518 dias, 74 semanas, 17 meses.... E ainda tem reféns presos em Gaza!!! E a eles dedicamos o dia da mulher!
Regina P. Markus
8/03/2025
Declaração de Gal Gadot
Declarações de Sobreviventes de Atentados
Sobrevivente de Entebe promove campanha pelos Reféns de 7 de outubro de 2023
Sobrevivente de Entebbe lança campanha viral pelos reféns de Gaza
Apenas um minuto às 11h59. Isso é o que Benny Davidson pede ao mundo. Nem dinheiro, nem protestos – apenas 60 segundos de solidariedade visível para os reféns israelenses em Gaza, cujo sofrimento ele, aos 61 anos, compreende com uma intimidade rara.
Davidson tinha apenas 13 anos quando terroristas sequestraram o voo 139 da Air France, que ia de Tel Aviv a Paris, em 27 de junho de 1976. Ele estava sentado com sua família quando dois sequestradores palestinos e dois alemães tomaram o controle do avião, separando os passageiros judeus e israelenses dos demais. Sob a proteção do ditador ugandês Idi Amin, os terroristas mantiveram-nos como reféns enquanto exigiam a libertação de centenas de terroristas ao redor do mundo. O impacto psicológico do cativeiro permanece vívido na memória de Davidson, mesmo depois de tantas décadas.
"Fomos sequestrados após uma escala em Atenas e pousamos em Bengasi, na Líbia, por algumas horas, antes de seguir para Entebbe. Não sabíamos que ficaríamos lá por uma semana", lembra Davidson ao Jewish News. "O principal problema de se tornar refém não é apenas perder a liberdade, mas também a capacidade de prever o que vai acontecer no próximo minuto, na próxima hora ou no dia seguinte."
Quando os terroristas anunciaram que recolheriam documentos de identidade, o pai de Davidson percebeu que carregava sua identificação de navegador de combate da Força Aérea Israelense.
"Agora, um capitão da Força Aérea Israelense, um navegador de combate, não é alguém que você quer que caia nas mãos de terroristas", diz Davidson. "E o que meu pai fez? Rasgou o documento em quatro pedaços. Cada um de nós ficou com uma parte. Continuamos rasgando em pedacinhos, colocamos na boca, fizemos pequenas bolas de papel e as jogamos em uma lata verde no assento à nossa frente. Em dois minutos, não havia mais navegador de combate da Força Aérea Israelense naquele avião."
Surpreendentemente, seus pais estabeleceram rotinas durante o cativeiro, criando uma biblioteca improvisada, lavando pratos, distribuindo comida e brincando.
"Eles construíram uma espécie de força interna, resiliência, transformando um trauma potencial em grande poder. E posso resumir isso em dois fatores. O primeiro é estabelecer ordem em uma situação caótica. E aquela era uma situação extremamente caótica", explica. "Estávamos sob a vigilância de 10 terroristas e mais de 100 soldados ugandeses. O medo pela vida era constante. Mas ao seguir rotinas diárias, conseguimos mascarar, até certo ponto, o terror. É a ordem contra o caos."
A crise dos reféns em Entebbe terminou quando comandos de elite da unidade Sayeret Matkal de Israel invadiram o aeroporto em 3 de julho de 1976. Liderada por Yoni Netanyahu, irmão do atual primeiro-ministro de Israel, a "Operação Trovão" resgatou com sucesso 102 dos 106 reféns, embora Netanyahu tenha perdido a vida na missão.
Agora, quase cinco décadas depois, Davidson transformou sua experiência em uma missão, lançando a campanha #HopeAMinute para defender a libertação dos reféns ainda mantidos em Gaza desde 7 de outubro. Todos os dias, às 11h59, participantes postam um vídeo ou uma foto de 60 segundos pedindo a libertação dos reféns, usando as hashtags #HopeAMinute e #UntilTheLastOne.
"Vamos nos levantar por um minuto. Apenas 60 segundos às 11h59 e tirar uma foto ou gravar um vídeo de nós mesmos – seja em meio a uma multidão, em casa com nossos filhos, em um restaurante, no escritório, em uma fábrica, em um shopping ou nas ruas", disse Davidson ao meio de comunicação judeu do Reino Unido.
Davidson está recrutando ativamente escolas, universidades, equipes esportivas e escritórios para participarem da campanha, enfatizando que não é necessário nenhum equipamento ou preparação especial.
"Você não precisa se vestir de forma especial, nem segurar um cartaz ou qualquer coisa do tipo. Não precisa de bateria, apitos, nada", explica. A ideia, segundo ele, é dar às pessoas "um sentimento de proximidade e união ao afirmarem algo em que todos acreditam."
Am Yisrael Chai!
Fonte: Comunidades Plus