12 de outubro de 1492: Descoberta da América por Cristoforo Colombo - em
latim, Christophorus Columbus e em espanhol, Cristóbal Colón.
Estátua em Barcelona “Monumento a Colombo” A grande paixão de Colombo: libertar Jerusalém dos muçulmanos |
A missão
secreta de Colombo era uma busca desesperada por terras novas para os judeus. |
Você sabia
que Colombo era um marrano que secretamente escondeu sua identidade judaica
para ficar vivo, sair em busca da liberdade e assim liberar Jerusalém dos
muçulmanos?
Aprendemos na
escola que o famoso navegador era um explorador genovês que ofereceu seus
serviços aos monarcas reais com o objetivo de enriquecê-los com o ouro e especiarias
do oriente.
Porém, de
acordo com o excelente texto de Davis Benzecry*, a história não é bem assim.
“Durante a vida de Colombo, os judeus tornaram-se alvo de perseguições religiosas fanáticas. Em 31 de março de 1492 o rei Fernando e a rainha Isabel proclamaram que todos os judeus deveriam ser expulsos da Espanha. O edito visava os 800.000 judeus que não haviam se convertido, e deu-lhes quatro meses para fazerem as malas e saírem.
Os judeus
que foram forçados a renunciar ao judaísmo e abraçarem o catolicismo eram
conhecidos como "conversos", ou convertidos. Havia também aqueles que
fingiram se converter, praticando o catolicismo na aparência, porém
secretamente praticavam o judaísmo, os chamados "marranos", ou suínos
(porcos).
Colombo
era um marrano, cuja sobrevivência dependia de esconder todas as evidências da
sua origem judaica diante da brutal e sistemática limpeza étnica.
O
navegador que era conhecido na Espanha como Cristóbal Colón e não falava o
italiano, assinou o seu testamento no dia 19 de maio de 1506, e fez cinco
curiosas - e reveladoras – disposições:
Dois dos
seus desejos - o dízimo, um décimo da sua renda para os pobres, e pagar um dote
anônimo para as noivas pobres - fazem parte dos costumes judaicos.
Ele também
determinou que fundos fossem dados a um judeu que vivia junto ao portão de
entrada do Bairro Judaico de Lisboa.
Neste
documento, Colombo usou uma assinatura triangular de pontos e letras que se
pareciam com inscrições encontradas em túmulos nos cemitérios judeus na
Espanha. Ele ordenou a seus herdeiros para usarem a assinatura, em
perpetuidade.
Finalmente,
Colombo deixou dinheiro para o apoio às cruzadas que esperava que seus
sucessores empreendessem para libertar a Terra Santa.”
Pedro
Laranjeira, jornalista e escritor, também tem razões para desconfiar de nossos
livros escolares; segundo ele, a história continua coxa e precisa ser contada
com detalhes e verdade.
Após o exame
de DNA ficou comprovado que Colombo era português, apesar das muitas ideias e
teorias vigentes nos livros e documentos (genovês, espanhol, italiano...). Há
mais de oito nomes para este personagem, um deles sendo Zarco, o grande
conhecedor das navegações e frequentador da renomada Escola de Sagres.
Surpreendente
foi descobrir que Cuba é uma cidadezinha portuguesa, a vila alentejana onde
Colombo nasceu. Aí explica-se o nome por ele dado a uma ilha tão bonita, que lembrava
sua cidade natal, Cuba.
“Para quem
escondia as suas origens sem as negar, ainda um outro monograma, que Colon
colocou no início das últimas doze cartas ao filho Diogo (na imagem, por cima
de 'muy caro filo') - trata-se de um monograma judaico, formado pelas
letras hei e beth. Lido da direita para a esquerda, 'beth hei'
corresponde à saudação judaica 'Baruch haschem': 'Louvado seja o
Senhor' e pode também ser lido como uma bênção 'Deus te
abençoe'.
Estelle
Irizarry, professora de linguística da Universidade de Georgetown, analisou a
linguagem e a sintaxe de centenas de cartas manuscritas, diários e documentos
de Colombo e concluiu que a linguagem primária escrita e falada do explorador
era o espanhol castelhano. Irizarry explica que no século 15 o espanhol
castelhano era o 'iídiche' dos judeus espanhóis, conhecido como
'ladino'. No canto superior esquerdo de 12 das 13 cartas escritas por
Colombo para o seu filho legítimo Diego, aparecem as letras manuscritas em
hebraico beth-hei. Há séculos judeus
observantes habitualmente adicionavam esta bênção nas suas cartas. Nenhuma
carta para outras pessoas tinha estas letras, e na carta para Diego em que
foram omitidas eram para serem entregues ao rei Fernando.
No livro
de Simon Weisenthal do 'Sails of Hope', ele argumenta que a viagem de
Colombo foi motivada por um desejo de encontrar um refúgio seguro para os
judeus por causa da expulsão deles da Espanha. Da mesma forma, Carol Delaney,
antropólogo cultural na Universidade de Stanford, concluiu que Colombo era um
homem profundamente religioso cujo objetivo era navegar para a Ásia para obter
ouro, a fim de financiar uma cruzada para retomar Jerusalém e reconstruir o
Templo Santo para os Judeus.
Estudiosos
apontam para a data em que Colombo partiu como mais uma evidência dos seus
verdadeiros motivos. Ele inicialmente estava programado para partir no dia 2 de
agosto de 1492, que coincidia com o feriado judaico de TishB'Av, que marca a
destruição dos Primeiro e Segundo Templos Sagrados de Jerusalém. Colombo adiou
esta data por um dia, para evitar embarcar no feriado, o que teria sido
considerado pelos judeus como um dia de azar para zarpar. (Coincidentemente ou
significativamente, foi a mesma data que foi estabelecida para que os judeus,
por lei, se convertessem, saíssem da Espanha ou serem mortos).
A viagem
de Colombo não era como comumente se acredita, financiada pela rainha Isabella,
mas sim por dois conversos judeus e um proeminente judeu. Louis de Santangel e
Gabriel Sanchez adiantaram um empréstimo sem juros de 17.000 ducados dos seus
próprios bolsos para ajudarem pagar a viagem, assim como Don Isaac Abravanel,
rabino e estadista judeu.
Na
verdade, as duas primeiras cartas que Colombo enviou na sua viagem não eram
para Fernando e Isabella, mas para Santangel e Sanchez, agradecendo-lhes pelo
seu apoio e dizer-lhes o que ele havia descoberto.
Enquanto
testemunhamos o derramamento de sangue em todo o mundo em nome da liberdade
religiosa, é importante se ter outro olhar para o homem que navegou os mares em
busca de tais liberdades –desembarcando em um lugar que iria se realizar esse
ideal, nos seus fundamentos mais importantes.”
Por Davis
Benzecry*
O texto
revelador de Benzecry nos leva a mais perguntas, mais dúvidas, mais leituras.
E aí fica a
questão: quando a História será contada sem falhas, mistérios, lacunas?
*Reproduzimos
aqui trechos atribuídos a Davis Benzecry recebidos de amigos por canais de
comunicação digital.
FONTES:
https://www.bbc.com/portuguese/geral-50028627
https://www.cm-cuba.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=89&Itemid=884
https://www.cm-cuba.pt/ficheiros/CristovaoColon/Desdobrav_Colon.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teorias_sobre_a_origem_de_Crist%C3%B3v%C3%A3o_Colombo
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-50464995
https://laranjeira.com/artigos/colon/index.html#.Y0syC3bMJ1s
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