Você sabia que a OrCam My Eye, uma ferramenta de visão
artificial com tecnologia capaz de detectar todo e qualquer tipo de objeto no
campo de visão de uma micro câmera que já está disponível no Brasil desde o
final de 2017 (país com quase 7 milhões de deficientes visuais), foi
desenvolvida pelos israelenses Amnon Shashua, professor da Universidade de
Jerusalém, e por Ziv Aviram, engenheiro industrial e empreendedor?
Em 2 rápidos minutos veja no vídeo abaixo como esta câmera
funciona, perceba sua praticidade e como coopera para a maior autonomia de
pessoas com deficiência visual.
Amnon Shashua
Esta história começou em 1999 quando Shashua, pesquisador
israelense na área de ciências da computação, especializou-se em computação
visual e imaginou um “carro do bem” que evitasse acidentes.
“Em suas pesquisas, concebeu um algoritmo que
possibilita a detecção de objetos no campo de visão de uma câmera. Foi daí que
surgiu Mobileye.
Mobileye é um sistema de algoritmos que possibilita que
carros se guiem autonomamente sem a necessidade de um motorista. A empresa
Intel comprou a Mobileye pelo valor de U$15,3 bi.
Em 2010, a tecnologia foi aplicada para humanos por
meio do produto OrCam MyEye®. Trata-se de uma câmera acoplada a óculos que
auxiliam pessoas com deficiência visual a executar tarefas diárias, como ler um
cardápio de um restaurante, por exemplo.”
Ziv Aviram
Empreendedor e cofundador da Mobileye e da OrCam MyEye.
A Mobileye é uma empresa israelense com tecnologia
utilizada por 90% dos fabricantes de carro do planeta com o objetivo de
produzir veículos mais seguros de dirigir com algoritmos de visão que detectam
pedestres, veículos e placas de trânsito.
Aviram é formado em Engenharia Industrial e
Administração pela Universidade Bem-Gurion.
Missão
Atrelar
uma tecnologia pioneira ao poder da visão artificial, em uma plataforma
portátil que melhore a vida de indivíduos com deficiência visual.
Em uma recente entrevista à imprensa, Shashua afirmou: “Quero
fazer algo diferente! Não é pelo dinheiro.O que nós queremos é mudar o mundo”.
E pelo andar da carruagem, parece que já estão.
Além de facilitar a vida de milhões de deficientes visuais
oferecendo-lhes mais autonomia, a tecnologia revolucionária de dirigir vai
mudar completamente a maneira como as pessoas dirigirão no futuro.
BMW, Intel e Mobileye trazem Delphi para programa de
carro autônomo.
Este texto é uma colaboração de Itanira Heineberg especialmente para os canais do EshTá na Mídia.
Esta foi uma semana bastante tumultuada. As relações de Israel e o Mundo seguem da mesma forma que a vida do Povo Judeu nos últimos milhares de anos. Tivemos surpresas interessantes: alguns países árabes iniciaram conversas de bastidores com Israel e não pouparam publicamente o Hamas e suas ações terroristas. Principalmente, não pouparam o desrespeito que têm por seu próprio povo - humanos viraram armas de batalha. Mas esta semana também viu o terrorismo chegar em nossas fronteiras, ao Brasil. A Sinagoga de Pelotas, no Rio Grande do Sul foi vandalizada. A busca dos criminosos iniciada e ... nada. Mas foi no início desta semana que se comemorou a festa de Shavuot, e como uma porta, vemos abrir diante de nossos olhos algumas lições que nos permitem entender melhor como devemos andar com passos firmes para receber, e em recebendo, aprender a dar. Nestes movimentos que parecem caóticos, mas na realidade são muito organizados, é que chegamos a algumas condutas que nos permitem SER além de estar. Shavuot - Semanas - Este nome é dado para a festa em que se comemora o recebimento das Tábuas da Lei - dos Asseret haDibrot - os 10 Mandamentos. O nome da festa é SEMANAS para que possamos contar as 7 semanas que passaram entre a saída do Egito e a chegada ao Monte Sinai, onde Moisés subiu para receber as Tábuas da Lei. É neste momento que as 12 tribos de Israel são transformadas em um povo. Um povo que adota um regramento próprio e a esperança de alcançar uma terra especial. Um povo que soube deixar a escravidão para trás, e para isto assume o compromisso de todo ano sentar como homem livre para lembrar a escravidão, e exatamente 7 semanas após ter como missão escutar os dez mandamentos e, desta forma manter a noção que apenas é possível ser livre se houver um regramento. Nesta festa também é comemorada a colheita das primícias, dos primeiros frutos e dos primeiros animais, e comidas de queijo lembram a abundância do primeiro alimento que recebemos. E por isto também é lida a história de Ruth. Mulher moabita que após ficar viúva, acompanha sua sogra de volta a Israel e continua a linhagem que terá como filho memorável o Rei David. Neste momento em que nascem as primícias e se inicia a colheita é importante deixar no campo tudo o que cai para que possa servir de alimento para os que não puderam plantar. Em termos modernos é a hora de acolher e de providenciar para que todos possam CHEGAR. O momento mágico em que são recebidas as tábuas da lei é precedido por uma contagem de todo o povo, tribo a tribo, para que se saiba que cada um é responsável "um pelo outro" e que enquanto esta responsabilidade durar o povo sobreviverá. Nestes dias de refugiados e de tantas mazelas que encontramos ao redor do mundo, é importante saber que ser responsável é atuar. No dia 24 de maio de 1991 aconteceu um voo muito curioso, saiu do seu lugar de origem com 1086 passageiros. Um avião lotado, um recorde em número de passageiros. Estava em curso a Operação Salomão, que resgatou a Comunidade Judaica da Etiópia que estava sendo dizimada e a trouxe toda para Israel. Um total de 14.000 pessoas saíram de tempos remotos direto para o século XX. Um avião saiu com 1086 refugiados e chegou em Israel com 1088 cidadãos: duas vidas chegaram ao nosso planeta durante um resgate espetacular. E neste século XXI, quando continuamos vendo refugiados procurando lugares seguros ao redor do mundo, sabemos que temos que fazer a nossa parte. O Brasil tem sido um país que sabe receber e misturar, sabe acolher sem exigir que haja uma fusão, e esta é a força que faz com que o país possa seguir em frente. Desejamos a todos uma boa semana, Regina, Marcela e Juliana
Um grupo de muçulmanos britânicos publicou, na semana passada, um anúncio de página inteira no jornal The Telegraph. A chamada? Um apelo para que outros muçulmanos enfrentem o antissemitismo.
O grupo, que inclui oficiais de polícia e representantes inter-religiosos, alerta que a prosperidade dos muçulmanos no Reino Unido não pode ser garantida enquanto a comunidade judaica se sentir ameaçada. Escrito no início do Ramadan e após uma semana conturbada do conflito Israel-Palestina, o anúncio trazia o aviso: "Chegou a hora de se pronunciar. Por tempo demais, o antissemitismo ficou sem controle." Fiyaz Mughal, diretor do Faith Matters (grupo que trabalha para combater crimes de ódio e extremismos) e fundador do MAAS (Muslims Against Anti-Semitism, ou Muçulmanos contra o antissemitismo), estava entre os nomes que assinaram a carta que trazia em seu cabeçalho a frase: "Temos uma palavra para os judeus: Shalom."
Confira a matéria original do Times of Israel aqui.
Você sabia que, assim como se chegou à criação do hino nacional
israelense - a Hatikvah, sobre a qual falamos aqui - também a bandeira de
Israel foi criada pelo Movimento Sionista em 1891 e somente adotada em 28 de
outubro de 1948, cinco meses após a criação do Estado de Israel com o
restabelecimento do Lar Nacional Judaico?
A bandeira lembra o Talit, um xale de oração usado no judaísmo
durante práticas religiosas. Apresenta duas listras horizontais de cor azul
celeste escuro e no centro a estrela de Davi, também chamada de Selo de
Salomão, filho de Davi e considerado o rei mais rico e sábio de Israel.
Talit tradicional com listras azuis.
Ao projetarem sua bandeira, os sionistas foram buscar inspiração na Bíblia:
Gênesis 15.18-21
18
On that day the Lord made a covenant with Abram,
saying,
“To your descendants I have given this land, From the
river of Egypt as far as the great river, the river Euphrates:
19 the Kenite and the Kenizzite and the Kadmonite
20 and the Hittite and the Perizzite and the Rephaim
21 and the Amorite and the Canaanite and the
Girgashite and the Jebusite.”
David Wolffsohn, um participante do Primeiro Congresso
Sionista em 1897, relata a história do nascimento da bandeira de Israel:
"A
convite de nosso líder, Herzl, vim para a Basiléia para os preparativos para o
Congresso. Entre muitos outros problemas que me ocupavam, havia um que continha
algo da essência do problema judaico. Que bandeira seria pendurada no Salão do
Congresso?
Então
tive uma ideia. Temos uma bandeira, e é azul e branca. O talit (manto de
orações), com o qual nos cobrimos quando rezamos: este é nosso símbolo.
Vamos
tirar o talit de sua sacola e vamos desenrolá-lo perante os olhos de Israel e
os de todas as nações. Então encomendei uma bandeira azul e branca com a
Estrela de David pintada.
Foi
assim que a bandeira nacional de Israel, que esteve no Salão do Congresso,
surgiu."
A Maguen David é formada por dois triângulos, um
apontando para cima e outro para baixo.
Um dos triângulos, voltando-se para cima, assinala
e ressalta o espiritual e o santo.
O outro, focalizando a direção oposta, registra o
terreno e o secular.
A vida do judeu consciente e observador da Torá é uma
constante batalha para unificar estes dois mundos, o espiritual e o terreno, a
alma e o corpo físico.
Curiosidade:
A história relata que o rei David adicionava a
estrela de seis pontas ao seu escudo, e desde então ela passou a ser conhecida
como Maguen David.
A estrela de Davi, ao centro da bandeira, é um símbolo muito significativo
para judeus e israelenses.
Mesmo assim, nem todos apreciam sua presença no emblema nacional porque
muitos não praticam a religião judaica e muitos não se consideram sionistas.
Há ainda aqueles que prefeririam ter o sagrado candelabro,
Menorah, no centro do pendão.
Bandeira de Israel hasteada em Jerusalém,
capital do país
“Historiadores indicam que o símbolo é
constituído por dois triângulos porque no alfabeto hebraico usado na época do
Rei Davi o nome "Davi" era constituído por três letras, Dalet, Vav e Dalet, sendo que a letra Dalet tem uma forma
triangular. Assim, a Estrela de Davi é formada pela sobreposição de duas das
três letras do nome Davi.
Alguns
autores indicam que um dos triângulos representa o homem e as suas três
vertentes (corpo, alma e espírito), e o outro remete para Deus e os seus
vértices expressam a Santíssima Trindade (Deus Pai, Filho e Espírito Santo). A
Cabala, por exemplo, indica que a Estrela de Davi remete para o confronto do
bem contra o mal, do espiritual contra o físico. Além disso, os doze lados da
estrela podem representar as doze tribos de Israel.”
É sempre triste recordar que durante o holocausto, os
judeus da Europa foram obrigados a costurar uma estrela de David de cor amarela
em suas roupas, como identificação de sua raça.
Bandeira das Forças Armadas
Placas de carro em Israel levam a bandeira do país.
Este belo hexagrama também foi escolhido por outros grupos
humanos e tem sido usado por diferentes religiões e crenças, tais como a
umbanda, a maçonaria e o ocultismo.
Surpreende-me sempre encontrá-lo em imprevisíveis e
incontáveis contextos históricos, culturais e de outras seitas.
Recentemente, em uma exposição sobre cultura e arte do
nordeste brasileiro na galeria Tomie Ohtake, encontrei várias estrelas de 6
pontas decorando alegremente chapéus e artefatos dos cangaceiros, sem nenhuma
relação com a simbologia da estrela além da beleza e sincronia de sua forma.
Este texto é uma colaboração especial de Itanira Heineberg para os canais do grupo Esh Tamid.
Conviver com uma família judaica ano após ano é sentar todos os anos na ceia de Pessach (Páscoa) e terminar o jantar solene cantando: O ano que vem em Jerusalém. Também é ser convidado para casamentos em que entre bênçãos, risos e abraços há um momento especial que difere de todos os demais casamentos: é o momento em que a nova família a ser composta se integra ao povo judeu e neste momento o noivo, ruidosamente, quebra um copo! Lembrando dos Templos de Jerusalém e do Retorno à Cidade Eterna de David, simbolicamente sabendo que há um ponto de confluência neste planeta e que este ponto pode ser irradiado no tempo e no espaço se em momentos alegres Jerusalém, apesar de tão distante, puder estar presente.
Com a criação do moderno Estado de Israel, esta esperança quase se tornou realidade. Os judeus desde 1948 instalaram a sede dos três poderes - executivo, legislativo e judiciário - na Cidade de Jerusalém. Mas à época, a cidade estava dividida e A JERUSALÉM dos sonhos, onde estava o Monte do Templo e a parede externa do Muro Ocidental, que se mantém ereta até os dias de hoje, era proibida para os judeus. Os jordanianos ocupavam Jerusalém e haviam proibido a nossa entrada. Esta situação se manteve até 1967, quando Jerusalém foi unificada. Importante lembrar que desde esta época, os locais sagrados muçulmanos, apesar de estarem sobre o solo do antigo Templo, foram administrados pela Jordânia.
O mundo mantém a questão sob suspense, visto que Jerusalém é um símbolo para o mundo ocidental e há o desejo de internacionalizar esta cidade considerada “Santa”.
Esta semana Jerusalém viu mais um momento marcante. A embaixada dos Estados Unidos da América foi transferida para lá e o mesmo está acontecendo com a embaixada da Guatemala e do Paraguai. Quantas mais serão transferidas? O futuro dirá.
Ao mesmo tempo, os dirigentes da faixa de Gaza decidiram usar este momento histórico para atacar Israel de acordo com as suas competências: através da criação de fatos novos que viram notícias e que mudam o foco das comemorações. Queimando milhares de pneus nas fronteiras e empretecendo os céus, enviando pipas com bombas para queimar as plantações vizinhas e milhares de pessoas, incluindo crianças, para invadir o Estado de Israel à pé de mãos vazias e bolsos com armas brancas e cinturas com explosivos para matar o maior número de israelenses possível. Israel se defende e impede a entrada física desta turba, mas a imprensa internacional e mesmo a local noticia o fato e gera um grande desconforto. No meio destas agitações, Israel continua enviando ajuda para hospitais e alimentos, que são barrados na fronteira, recusados pelo Hamas. Desta vez, além de barrar, foram explodidas as estradas. Esta notícia fica restrita à mídia eletrônica e não desperta interesse aos nossos jornalistas.
A vida continua. Quase que confirmando o pedido feito todos os ano por milhões de judeus durante o Seder de Pessach e no espírito dos casamentos judaicos, que não deixam de lembrar do sal que vai misturado ao açúcar na vida a dois. Uma cantora israelense completamente fora dos padrões convencionais, Netta Barzilai, ganha o Eurovision. Ao final, convida a todos para estarem no ano que vem, 2019, presentes no maior festival de música da Europa, o Eurovision em... JERUSALÉM.
Leandro Spett - ilustrador, cartunista e caricaturísta paulista -
https://www.facebook.com/spett1
No último domingo, a cantora isralense Netta Barzilai entrou para a história de Israel ao ganhar o concurso Eurovision - a maior competição musical internacional do mundo, que já acontece há 63 anos e envolve 40 países. Israel não ganhava o concurso há vinte anos e a vitória de Netta veio carregada de significados. A música vencedora, Toy, é um hino feminista (“I’m not your toy. You stupid boy. I’ll take you down now", diz um trecho). A vitória também é celebrada por representar uma quebra de padrões - Netta se orgulha de não ser magra como se espera das celebridades - e foi muito comemorada em Israel, que com o resultado se torna o anfitrião do Eurovision 2019, que deverá acontecer em Jerusalém. "Não há nada como uma festa israelense", disse ela. "Vocês vão ver". "Não vejo a hora do mundo conhecer o carnaval israelense, as pessoas verão como somos maravilhosos, a nossa energia.... Melhor povo, melhor lugar do mundo". A cantora se diz feliz por ajudar a mudar a imagem de Israel e mostrar ao mundo o verdadeiro país de onde vem. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu telefonou para a cantora logo após a divulgação do resultado para parabenizá-la e agradecer. "Você é a nossa melhor embaixadora."
"Ano que vem em Jerusalém", disse a cantora ao comentar a vitória
Assista à performance vencedora do concurso no vídeo abaixo.
Você sabia que,
quase às vésperas de Israel celebrar seu aniversário de 70 anos com belas
moedas comemorativas, um importante achado de moedas antigas aconteceu em
Jerusalém? Um incrível tesouro de moedas de bronze que datava do período da
revolta judaica contra a ocupação romana - 67 a 70 dC - últimos anos antes da
destruição do Segundo Templo, que ocorreu em 70 dC.
A arqueóloga Eilat Mazar, em seus presentes
trabalhos de escavação no parque Ophel, exatamente sob a parede sul do Monte do
Templo, teve a alegria de encontrar estas moedas em meio a um sítio de
artefatos arqueológicos.
São moedas de bronze de 1,5cm, ali deixadas
por judeus escondidos numa gruta de amplas dimensões (uma área de
aproximadamente 98m2) na época do assédio de Roma a Jerusalém, de 66 a 70 dC.
O cerco durou alguns anos até a completa
destruição do Segundo Templo e o arrasamento da cidade de Jerusalém.
Estas moedas, em sua grande maioria, são
datadas do Ano Quatro, 69-70 dC.
Neste ano quatro, houve uma mudança no texto
inscrito nas moedas: “Pela Liberdade de Sião”, passou a ser “Pela Redenção de
Sião”.
Esta alteração de sentimentos mostra a
angústia dos judeus acossados naquela época de insegurança, medos e privações.
"Uma descoberta destas - moedas antigas
com as palavras gravadas "Liberdade" e "Redenção" - achadas
precisamente antes do começo do Festival judeu da Liberdade e da Redenção - a
Páscoa - é incrivelmente emocionante" - afirmou a arqueóloga.
Completando o assunto das antigas moedas,
elas também apresentavam símbolos relativos à Festa dos Tabernáculos, tais como
plantas de cidra, murta, salgueiro e palma.
Retornemos agora aos
nossos tempos, século XXI, tempos de festas e alegrias, tempos de novas e
significativas moedas para homenagear os 70 anos do país.
Cercadas de surpresas
e belas expectativas, as moedas terão um colorido similar às recentes e
fenomenais moedas italianas, e serão lançadas com valores de 1, 2, e 10
shekalim, números estes que aparecerão entre as duas listras da bandeira.
No outro verso da
moeda haverá uma estrela de Davi, o número 70 e a palavra Israel.
Logo abaixo aparecerá
a frase “Legado de Renovação” e ao longo da borda, a frase “70 anos do Estado
de Israel”, em hebraico, árabe e inglês.
O
Dr. Karnit Flug, governador do Banco de Israel, assim falou ao Canal Dois sobre
as novas moedas:
“Israel
fez enormes conquistas econômicas em seus 70 anos. Às vésperas do 70º Dia da
Independência do Estado, que o Banco de Israel está marcando com o lançamento de
moedas comemorativas especiais, temos diante de nós muitos desafios sociais e
econômicos, mas também temos muito para nos orgulharmos.”
Este texto é uma colaboração de Itanira Heineberg para o EshTá na Mídia.
Há
mais de um ano, escrevemos semanalmente para contribuir com a difusão do
pensamento de membros de uma comunidade judaica reformista brasileira composta
por pessoas muito diversas e que guardam como eixo comum a capacidade de
“escutar a”, “debater sobre”, “concordar com”, “discordar da” opinião do outro.
Em outras palavras, exercitar a capacidade de admitir que somos pessoas
diversas e que temos opiniões diferentes. Trabalhar no plano das ideias e não
querer a todo minuto convencer e converter o próximo. Sabemos que isto não
significa abrir mão de suas opiniões, mas sim buscar objetivos maiores através
de rotas diferentes, portanto, significa poder manter a diversidade de ação.
Alcançar
objetivos deixa de ser uma questão de vitórias ou derrotas, mas sim de respeito
à vida e do direito de seguir caminhos diversos.
Esta
é uma semana especial em relação à Israel. É uma semana em que o direito à
defesa e autodeterminação foi testado na prática. O mais impressionante da
semana não foi apenas a resposta de Israel, que reduziu de forma expressiva a
presença de bases militares e de lançamentos de mísseis do Irã instalados na
Síria, mas também as respostas de Bahrein e da Arábia Saudita que
explicitamente apoiaram as ações israelenses em comunicações veiculadas em
árabe e inglês, e, portanto, capazes de ser entendida por mundos diferentes.
Fechando
a semana, nesta sexta-feira 11 de maio, lemos uma publicação na Folha de SãoPaulo da educadora Claudia Costin, que escreve semanalmente na página 3.
Educadora e gestora de educação com importantes ações de governo, ela compartilha
a trajetória de vida de sua mãe que faleceu após longos anos sofrendo da doença
de Alzheimer.
“Uma menina húngara, que venho a saber que era judia ao ser impedida de
competir em um torneio de natação na Hungria na década de 1930 e apesar de ter
seus estudos interrompidos alcança o sucesso em área técnica de alta
complexidade, tendo pertencido à primeira geração de programadores de
computador formados pela IBM no Brasil e contribuído para informatizar o
laboratório Fleury, a Kibon e parte da SKF”. Uma trajetória de vida que lembra
a de muitos de nossos pais, obrigados a imigrar e a refazer suas vidas e que
trouxeram como maior bagagem o saber e a capacidade de aprender. A capacidade
de inovar em suas próprias vidas e com isto servir de elo em uma corrente da
vida.
É
com os exemplos de que não basta sobreviver, mas que também é preciso viver, e com
a realidade de doenças que ainda temos que entender para poder amenizar ou
mesmo evitar, é que temos a certeza que ser grande ou pequeno é irrelevante,
que a capacidade de pensar fora da caixinha é algo muito especial, e certamente
temos muito a aprender tanto no Brasil quanto em Israel, dois países que sabem
apreciar um linda jabuticabeira e sabem criar bons frutos, mesmo que
localizados em posições que nenhuma outra árvore coloca.
Você sabia que a mundialmente famosa canção hebraica “Hatikvah”, ou em português ”A Esperança” - símbolo musical de Israel, cantada já há 3 séculos e até proibida
de ser cantada em 1919 pelos britânicos na
Palestina - só recentemente, em 2004,foi
adotada oficialmente como o Hino Nacional de Israel?
Parte deste hino teve início em 1878 quando Naftali Herz
Imber, um poeta polonês, acadêmico e grande linguista, escreveu um curto e comovente poema em homenagem à fundação da
primeira colônia sionista Petach Tikvah, Porta da Esperança. Imber ainda residia na Europa e, como um grande sionista,
emocionou-se com a notícia da criação de um pequeno assentamento na Terra
Prometida.
Naftali Herz Imber
1856 - 1909
O poema intitulado “Tikavatenu” (“Nossa Esperança”) era
composto de 9 estrofes e foi publicado em seu livro de versos “Barkai”, em 1886,
em Jerusalém.
Texto manuscrito do poema, por Imber, acadêmico com total
domínio do hebraico, Lashon Hakadosh, a língua sagrada.
Esta é a versão oficial de “Hatikvah” tal como aparece na
bandeira e no emblema da Lei do país:
Vale notar que na canção, Jerusalém aparece quase como
sinônimo de Sião.
Our hope is
not yet lost, The hope that is two thousand years old, To be a free nation in our land, The Land of Zion, Jerusalem.[4]
Em 1882 Samuel Cohen, um colono habitante de Rishon le
Tzion, leu o poema “Tikavatenu” e logo compôs uma melodia para ele. Foi assim
que esta melodia, com várias mudanças em sua letra original, tornou-se o
símbolo do movimento sionista.
Apenas duas estrofes do poema compõem “Hatikvah”, e mesmo
estas foram revisadas várias vezes, inclusive invertendo-se a sua ordem.
“Hatikvah” foi
adotada em 1897 no Primeiro Congresso Sionista, como hino do movimento
sionista.
Em 14 de maio de 1948, tornou-se oficiosamente o hino
nacional de Israel ao ser cantada durante a cerimônia de assinatura da
declaração da independência do Estado de Israel.
E em novembro de 2004 aconteceu sua oficialização como hino
nacional do país com a confirmação pelo Knesset, o Parlamento israelense.
Assistamos agora a este mini vídeo de 1:49 e nos
emocionemos com as celebrações dos 70 anos deste jovem e valente país!
“A origem do hino Hatikva é tema de
debate entre estudiosos. Originalmente foi vinculado à “Sinfonia Boêmia”, do
compositor checo Bedrich Smetana (1824-1884). Porém, Zwi Mayerowitch, músico e
estudioso da liturgia judaica, afirma que a música foi composta pelo sefaradita
Henry Busato, ou Russoto. Ele teria se inspirado na melodia usada em certas
sinagogas do rito sefaradi, quando se entoa o Salmo 117, durante o Halel.
Mayerowitch afirmou que
a música foi publicada em 1857, vinte anos antes que Smetana compusesse a
“Sinfonia Boêmia”. A composição apareceu na obra “Melodias antigas para a
liturgia dos judeus espanhóis e portugueses: Harmonizadas por Emanuel Aguilar”.
O tempo acompanhou algumas mudanças nos versos, mas a emoção das
palavras de Imber unidas às notas maviosas e envolventes da melodia permaneceram até hoje na memória e nos
corações do povo judeu.
Em 1945, Hatikva, o Canto da
Esperança, foi entoado cinco dias após a libertação dos sobreviventes do campo
de concentração de Bergen-Belsen, quando celebravam o primeiro shabat novamente como
homens livres.”
Mais um vídeo comovente embalado ao som repousante de “Hatikvah”,
3:06, onde podemos observar, nos braços de duas gerações, o triste passado junto
à esperança de um futuro de liberdade.
“Hatikva é o único hino, no
mundo, que é cantado por um número maior de pessoas na Diáspora (Dispersão), do
que em seu próprio solo.
É também o único que, em
geral, é entoado por pessoas cujo idioma nativo não é o do hino.
Ao cantar Hatikva, na Diáspora ou em
Israel, os judeus não estão apenas entoando uma linda melodia ou cumprindo um
dever cívico. Eles estão, de fato, renovando a promessa de jamais esquecer o
sonho de independência e reafirmando que sempre farão o impossível para ajudar o
Estado de Israel a prosperar e conquistar o seu lugar no palco das nações.
Estão confirmando e reconfirmando, vez após vez, a centralidade de Medinat Israel na
vida dos judeus e unindo os dispersos do povo com o Estado de Israel.”
Tantas versões deste hino! Tantas emoções reunidas em
poucos minutos! Difícil selecionar.
Fica este como despedida sobre a história de um povo de
tantas caras, cores e idiomas, mas com um verdadeiro sonho de voltar à sua
terra:
“Hatikvah
tem inspirado e elevado muitos corações desde sua aparição no final do século
XIX e deu voz à esperança eterna de dois mil anos, graças à sua comovente
melodia e à linguagem quase bíblica usada pelo poeta.”
Este texto é uma colaboração de Itanira Heineberg para os canais do EshTá na Mídia - uma iniciativa do grupo Esh Tamid.