Há
mais de um ano, escrevemos semanalmente para contribuir com a difusão do
pensamento de membros de uma comunidade judaica reformista brasileira composta
por pessoas muito diversas e que guardam como eixo comum a capacidade de
“escutar a”, “debater sobre”, “concordar com”, “discordar da” opinião do outro.
Em outras palavras, exercitar a capacidade de admitir que somos pessoas
diversas e que temos opiniões diferentes. Trabalhar no plano das ideias e não
querer a todo minuto convencer e converter o próximo. Sabemos que isto não
significa abrir mão de suas opiniões, mas sim buscar objetivos maiores através
de rotas diferentes, portanto, significa poder manter a diversidade de ação.
Alcançar
objetivos deixa de ser uma questão de vitórias ou derrotas, mas sim de respeito
à vida e do direito de seguir caminhos diversos.
Esta
é uma semana especial em relação à Israel. É uma semana em que o direito à
defesa e autodeterminação foi testado na prática. O mais impressionante da
semana não foi apenas a resposta de Israel, que reduziu de forma expressiva a
presença de bases militares e de lançamentos de mísseis do Irã instalados na
Síria, mas também as respostas de Bahrein e da Arábia Saudita que
explicitamente apoiaram as ações israelenses em comunicações veiculadas em
árabe e inglês, e, portanto, capazes de ser entendida por mundos diferentes.
Fechando
a semana, nesta sexta-feira 11 de maio, lemos uma publicação na Folha de SãoPaulo da educadora Claudia Costin, que escreve semanalmente na página 3.
Educadora e gestora de educação com importantes ações de governo, ela compartilha
a trajetória de vida de sua mãe que faleceu após longos anos sofrendo da doença
de Alzheimer.
“Uma menina húngara, que venho a saber que era judia ao ser impedida de
competir em um torneio de natação na Hungria na década de 1930 e apesar de ter
seus estudos interrompidos alcança o sucesso em área técnica de alta
complexidade, tendo pertencido à primeira geração de programadores de
computador formados pela IBM no Brasil e contribuído para informatizar o
laboratório Fleury, a Kibon e parte da SKF”. Uma trajetória de vida que lembra
a de muitos de nossos pais, obrigados a imigrar e a refazer suas vidas e que
trouxeram como maior bagagem o saber e a capacidade de aprender. A capacidade
de inovar em suas próprias vidas e com isto servir de elo em uma corrente da
vida.
É
com os exemplos de que não basta sobreviver, mas que também é preciso viver, e com
a realidade de doenças que ainda temos que entender para poder amenizar ou
mesmo evitar, é que temos a certeza que ser grande ou pequeno é irrelevante,
que a capacidade de pensar fora da caixinha é algo muito especial, e certamente
temos muito a aprender tanto no Brasil quanto em Israel, dois países que sabem
apreciar um linda jabuticabeira e sabem criar bons frutos, mesmo que
localizados em posições que nenhuma outra árvore coloca.
Comitê Editorial
Eu defendo a cultura judaica, que trouxe muita contribuição para humanidade. Só não aceito o sionismo, que está transformando o judeu em símbolo de opressão.
ResponderExcluirO sionismo é um movimento que visa o retorno de parte da comunidade judaica para Israel como centro emanador da cultura judaica. A colocação de opressão certamente não se aplica a ele como pais,pois Israel é o único pais democrático em todo Oriente Médio e a liberdade de qualquer cultura dentro dele é um fato .A violência que existe nessa região é o resultado da não aceitação da existência do estado declarado como tal pelas Nações Unidas em 1947, por movimentos radicais dos países vizinhos
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