Conviver com uma família judaica ano após ano é sentar todos os anos na ceia de Pessach (Páscoa) e terminar o jantar solene cantando: O ano que vem em Jerusalém. Também é ser convidado para casamentos em que entre bênçãos, risos e abraços há um momento especial que difere de todos os demais casamentos: é o momento em que a nova família a ser composta se integra ao povo judeu e neste momento o noivo, ruidosamente, quebra um copo! Lembrando dos Templos de Jerusalém e do Retorno à Cidade Eterna de David, simbolicamente sabendo que há um ponto de confluência neste planeta e que este ponto pode ser irradiado no tempo e no espaço se em momentos alegres Jerusalém, apesar de tão distante, puder estar presente.
Com a criação do moderno Estado de Israel, esta esperança quase se tornou realidade. Os judeus desde 1948 instalaram a sede dos três poderes - executivo, legislativo e judiciário - na Cidade de Jerusalém. Mas à época, a cidade estava dividida e A JERUSALÉM dos sonhos, onde estava o Monte do Templo e a parede externa do Muro Ocidental, que se mantém ereta até os dias de hoje, era proibida para os judeus. Os jordanianos ocupavam Jerusalém e haviam proibido a nossa entrada. Esta situação se manteve até 1967, quando Jerusalém foi unificada. Importante lembrar que desde esta época, os locais sagrados muçulmanos, apesar de estarem sobre o solo do antigo Templo, foram administrados pela Jordânia.
O mundo mantém a questão sob suspense, visto que Jerusalém é um símbolo para o mundo ocidental e há o desejo de internacionalizar esta cidade considerada “Santa”.
Esta semana Jerusalém viu mais um momento marcante. A embaixada dos Estados Unidos da América foi transferida para lá e o mesmo está acontecendo com a embaixada da Guatemala e do Paraguai. Quantas mais serão transferidas? O futuro dirá.
Ao mesmo tempo, os dirigentes da faixa de Gaza decidiram usar este momento histórico para atacar Israel de acordo com as suas competências: através da criação de fatos novos que viram notícias e que mudam o foco das comemorações. Queimando milhares de pneus nas fronteiras e empretecendo os céus, enviando pipas com bombas para queimar as plantações vizinhas e milhares de pessoas, incluindo crianças, para invadir o Estado de Israel à pé de mãos vazias e bolsos com armas brancas e cinturas com explosivos para matar o maior número de israelenses possível. Israel se defende e impede a entrada física desta turba, mas a imprensa internacional e mesmo a local noticia o fato e gera um grande desconforto. No meio destas agitações, Israel continua enviando ajuda para hospitais e alimentos, que são barrados na fronteira, recusados pelo Hamas. Desta vez, além de barrar, foram explodidas as estradas. Esta notícia fica restrita à mídia eletrônica e não desperta interesse aos nossos jornalistas.
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