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sexta-feira, 8 de junho de 2018

EDITORIAL - Quando o impossível acontece




O tempo costuma ser um bom conselheiro. Parar um pouco a cada semana e ver o Shabat entrando abre a possibilidade de olhar o mundo com mais calma e analisar eventos após ver o seu desdobramento. Há, atualmente, uma importante ação do Hamas e outros movimentos terroristas contra o Estado de Israel. Estas ações, muitas vezes, passam despercebidas na mídia porque o seu foco é a manipulação dos meios de comunicação.

A vantagem de avaliar os acontecimentos um pouco depois do calor do momento é não apenas poder entendê-las como ações anti-Israel e antissemitas, mas também ver as reações em volta que mostram que aqueles fatos que tanto abalaram a mídia geral, ou que foram chocantes para Israel e seus muitos amigos, têm traços comuns e que mostram uma ação coordenada para desacreditar o Estado de Israel.

O Estado de Israel é um caso único em muitos pontos e, ao mesmo tempo, um local que se assemelha a tantos outros neste planeta. Um país muito pequeno formado por imigrantes e refugiados do mundo inteiro onde convivem pessoas de todas as raças. Não há necessidade de focar na relevância deste pequeno país para as religiões monoteístas. O atual conflito poderia ser considerado o resultado desta diversidade, em que há situações totalmente antagônicas -  com opiniões das mais diversas e com posturas que vao do lado mais pacífico até o mais belicoso - mas para cada um dos tópicos podemos citar pessoas que têm opiniões diversas. Amizades entre pessoas dos diferentes grupos são muito comuns não só aqui no Brasil, como também em Israel, e isto põe abaixo argumentos como cor, religião, etc.

Neste ano de comemoração dos 70 anos de Israel vimos o prédio da FIESP na Av. Paulista em São Paulo se iluminar com a bandeira de Israel para algumas semanas depois ser iluminado com a bandeira da autoridade Palestina, em resposta a um pequeno grupo de pessoas que protestavam contra Israel e os judeus no Centro de São Paulo. Vimos pipas voando de Gaza para Israel com o objetivo de queimar as plantações, e depois bombas, e depois homens, mulheres e crianças se jogando na cerca de separação e vimos feridos e mortos como efeitos de defesa de Israel a estes ataques ou intenções de invasão palestina. E depois... a reação aos eventos em São Paulo foi muito rápida, pois as luzes do prédio da FIESP foram desligadas – mas as fotografias já haviam sido tiradas. No caso de Israel as ações são muito mais complexas, crianças sendo usadas como escudo humano sempre causam grande comoção.

Israel e o Povo judeu são sobreviventes há milênios. A defesa é necessária e é feita em várias frentes para proteção de sua população. Há um treinamento contínuo para que a população responda de forma efetiva ao alarme, e em 15 segundos encontre um abrigo antiaéreo. Foram criadas armas de defesa que impedem que bombas caiam, o chamado Duomo de Ferro. Nas últimas semanas, pessoas com habilidade para manobrar drones têm apagado pipas incendiárias no ar, e são jogados milhares de folhetos em Gaza antes de qualquer intervenção aérea através dos quais se solicita ao povo que se proteja. Portanto, Israel providencia o alarme vermelho para a sua população a partir do momento que uma bomba é lançada e também avisa à população dominada por seus inimigos que vão ter que destruir depósitos de armas em certa localidade. Impressionante é o número de escolas e hospitais que abrigam estes depósitos. Cuidar dos doentes e dos feridos é outra grande missão israelense e assim existem hospitais de fronteira para atender populações dos estados vizinhos e até o atendimento da população de Gaza tem sido uma constante e pode ser comprovado.

Então fica a pergunta – por que Israel é tão malvisto pela mídia? Como chegam as informações? Há alguma coordenação entre estas centenas de eventos? Cada vez fica mais claro que as ações contra Israel ao redor do planeta não são fatos isolados e fazem parte de uma organização terrorista que ao mesmo tempo que assusta pessoas importantes, e evita que conheçam fisicamente o Estado de Israel, também impede a geração de fatos positivos. Será que é mais fácil culpar os outros e virar vítimas eternas sempre e nunca olhar para dentro e procurar soluções? Com certeza isso vale para nós também, e não podemos deixar de analisar até que ponto as nossas ações incomodam, podem estar erradas ou não serem certamente compreendidas.

Ao longo da curta trajetória do EshTá na Mídia, pudemos relatar de forma isolada muitos destes fatos. Esta semana fomos abalados pela suspensão da apresentação da seleção de futebol Argentina. Após alguns dias de encontro e desencontro das informações, fica evidente que Messi, sua família e outros jogadores foram ameaçados. Onde está nosso respeito pela tolerância verdadeiramente? O terror agindo de forma diferente, com o mesmo objetivo de gerar uma imagem negativa e de esperar que Israel entre em polêmica com a Argentina – com o objetivo de criar a discórdia? O próprio Embaixador de Israel na Argentina, Ilan Sztulman, deixou bem claro em todas as reportagens que a relação entre os dois países está melhor que nunca e que por mais que Israel disponha das máximas e melhores condições de segurança, ele entende os medos dos jogadores. Manifestou que sabe que já alguns deles e em particular Messi visitou Israel em outras oportunidades. Podemos entender os medos dos outros? Será que todos devem entender e agir como gostaríamos ou como nos é conveniente?

E, chegando ao final da semana podemos constatar que a busca intensa da PAZ continua e que poder avaliar os fatos de forma calma mostra quem de fato é o inimigo e quem vem criando factóides históricos para desestabilizar aqueles que seguem o TREM da HISTÓRIA valorizando a cada momento A VIDA.

Shabat Shalom a todos.

Regina, Marcela e Juliana

Um comentário:

  1. Hoje foi dito na Jovem Pan que existe um padrão para os ataques a partir de Gaza contra Israel. Vem ocorrendo desde o início do Ramadã todas as sextas-feiras.
    Portanto, é uma ação muito bem organizada para que todos os fins de semanas os jornais do mundo inteiro possam noticiar "feitos" de defesa do Exército de Defesa de Israel.
    Ontem enviaram uma multidão de jovens abaixo de 18 anos para invadir Israel. Lançaram pipas com fogo, mas estes foram parados por um grupo de experts em drones, em seguida conta a rádio que eles se lançaram fisicamente contra a cerca de arame que delimita a fronteira, e foram bloqueados.

    E vamos continuar seguindo a história.

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