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quinta-feira, 28 de junho de 2018

EDITORIAL: Olho NO Olho – os novos horizontes criados pela convivência e pelo encontro




Quando pensamos em árabes e judeus, o que vem em nossa mente são conflitos. Será pelas diferenças ou pela falta de encontros?
Mais de um milênio de uma convivência desigual no mundo árabe, em que os judeus eram considerados cidadãos de segunda categoria. A criação de uma grande ficção, hoje conhecida como “fake news”, a respeito da identidade judaica. Um olhar diferente e particular para um povo que tem algumas características que permitem que sobreviva ao longo de milênios?

 Ao tentar definir estas características, elas não podem estar relacionadas com a cor da pele. Há judeus brancos e negros. Não é definida pela condição conômica ou pela segregação em relação a outras culturas. Há os ricos e pobres, os rupais e os assimilados. E, muitas vezes é difícil ser escaracterizado através da religião, que apesar de servir como elo entre a maioria, ser praticante ou mesmo crente não é condição necessária para pertencer ao povo judeu. 

Ao longo dos anos os judeus foram discriminados por diferentes motivos. Atualmente, o Estado de Israel tem recebido igual tratamento entre as nações. Nas últimas décadas movimentos de difamação têm tentado retirar a egitimidade do Estado de Israel. MAS, todos os esforços de discriminação NÃO alcançam o resultado desejado. 

Por quê?

Esta é uma pergunta muito complexa; há uma razão que supera a todas e que certamente serve de um maravilhoso elixir para todos os males da humanidade: o contato humano. Poder olhar o próximo de frente e enxergar mais do que uma aparência física. Igual ou diferente, poder enxergar O OUTRO; ter a sensação de que lá estão duas pessoas que têm muito a trocar. Essa é a base de relacionamentos que vão além das identidades coletivas.  As relações pessoais são capazes de vencer preconceitos e gerar novas formas de relação entre comunidades e povos se conseguimos nos além de nos ouvir, nos escutar. 

Admitir que na diferença está a possibilidade da integração. Não porque um terá que deixar de existir para que o coletivo se fortaleça, mas, seguindo o exemplo das florestas, cada indivíduo é importante para manter a biodiversidade. Esta semana publicamos dois vídeos que mostram que a diversidade entre os humanos também é percebida como algo positivo, e pessoas que tiveram o privilégio de enxergar O OUTRO mostram formas diferentes de conviver. Um mostra como e porque cidadãos árabes israelenses passaram a servir o Exército de Defesa de Israel e o outro, como a Miss Iraque busca de forma ativa e consciente romper dificuldades (ou vencer barreiras?) para se relacionar com a Miss Israel. De um mundo de palavras, estas mulheres partem para um mundo de ações e com isto geram bases de convivência que vão além da simples coexistência.

Nós da EshTáNaMídia sabemos que a busca da PAZ é uma questão de CONVIVER e RESPEITAR – mais ainda, saber que os HUMANOS são diversos e que aceitar essa HUMANODIVERSIDADE é um dos maiores bens que podemos passar às próximas gerações.

SHALOM

Regina, Marcela e Juliana 



Membros do Rana, coral de mulheres árabes e judias de Jaffa (foto: NOA BEN SHALOM)


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