Quando
pensamos em árabes e judeus, o que vem em nossa mente são conflitos. Será pelas
diferenças ou pela falta de encontros?
Mais de um
milênio de uma convivência desigual no mundo árabe, em que os judeus eram
considerados cidadãos de segunda categoria. A criação de uma grande ficção,
hoje conhecida como “fake news”, a respeito da identidade judaica. Um olhar
diferente e particular para um povo que tem algumas características que permitem
que sobreviva ao longo de milênios?
Ao tentar definir estas características, elas
não podem estar relacionadas com a cor da pele. Há judeus brancos e negros. Não
é definida pela condição conômica ou pela segregação em relação a outras
culturas. Há os ricos e pobres, os rupais e os assimilados. E, muitas vezes é
difícil ser escaracterizado através da religião, que apesar de servir como elo
entre a maioria, ser praticante ou mesmo crente não é condição necessária para
pertencer ao povo judeu.
Ao longo
dos anos os judeus foram discriminados por diferentes motivos. Atualmente, o
Estado de Israel tem recebido igual tratamento entre as nações. Nas últimas
décadas movimentos de difamação têm tentado retirar a egitimidade do Estado de
Israel. MAS, todos os esforços de discriminação NÃO alcançam
o resultado desejado.
Por quê?
Esta é uma
pergunta muito complexa; há uma razão que supera a todas e que certamente serve
de um maravilhoso elixir para todos os males da humanidade: o contato humano.
Poder olhar o próximo de frente e enxergar mais do que uma aparência física. Igual
ou diferente, poder enxergar O OUTRO; ter a sensação de que lá estão duas
pessoas que têm muito a trocar. Essa é a base de relacionamentos que vão
além das identidades coletivas. As relações pessoais são capazes de
vencer preconceitos e gerar novas formas de relação entre comunidades e povos
se conseguimos nos além de nos ouvir, nos escutar.
Admitir
que na diferença está a possibilidade da integração. Não porque um terá que
deixar de existir para que o coletivo se fortaleça, mas, seguindo o exemplo das
florestas, cada indivíduo é importante para manter a biodiversidade. Esta
semana publicamos dois vídeos que mostram que a diversidade entre os humanos
também é percebida como algo positivo, e pessoas que tiveram o privilégio de
enxergar O OUTRO mostram formas diferentes de conviver. Um mostra como
e porque
cidadãos árabes israelenses passaram a servir o Exército de Defesa de Israel e o
outro, como a Miss Iraque busca de
forma ativa e consciente romper dificuldades (ou vencer barreiras?) para se
relacionar com a Miss Israel. De um mundo de palavras, estas mulheres partem
para um mundo de ações e com isto geram bases de convivência que vão além da
simples coexistência.
Nós da
EshTáNaMídia sabemos que a busca da PAZ é uma questão de CONVIVER e RESPEITAR –
mais ainda, saber que os HUMANOS são diversos e que aceitar essa HUMANODIVERSIDADE
é um dos maiores bens que podemos passar às próximas gerações.
SHALOM
Regina,
Marcela e Juliana
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