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quinta-feira, 4 de julho de 2019

EDITORIAL: As Muitas Narrativas da Relação entre os Países Árabes e Israel




O Planeta Terra está agitado. O Planeta Terra segue seu destino. Duas frases que se contrapõem, assim como as visões sobre diferentes situações. O Estado de Israel e o Povo Judeu, devido à sua longevidade, têm portado a memória de muitos séculos e ao mesmo tempo vivido o presente. Assim, ao contrário dos babilônios, romanos, gregos e egípcios, continua construindo sua história sem interrupção. A partir da criação do moderno Estado de Israel esta história passa a ter uma nova e importante característica – o povo errante passa a ser um povo com um endereço. Há um pedaço de terra onde todos os judeus do mundo, de diferentes cores e nuances religiosas, ou mesmo os sem religião, podem ter como referência ou moradia.
       
Durante os 71 anos de existência do Estado de Israel, muitos são os conflitos com as nações árabes constituídas - e mais recentemente, com o surgimento de um novo grupo de árabes que passou a se denominar “palestinos”, nome recriado pelos britânicos ao conquistarem o território do Império Otomano e usado como referência para os judeus que habitavam na região.

Ao longo dos últimos anos encontramos vários árabes, de diferentes países, que de forma pessoal apoiam o Estado de Israel. Sarah Idan – Miss Iraque 2018 – agora embaixadora para a Paz e que falou na 41ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU no dia 2 de julho de 2019 e perguntou: “Por que os países árabes continuam a apoiar terroristas?” É importante registrar que Miss Iraque foi banida de seu país por ser fotografada abraçada com Miss Israel. Conforme ela mesma declara, o governo do Iraque exigia uma declaração difamando o Estado Judeu e Sarah Idan recusou-se.

Luzes no meio das trevas vêm também de outras regiões. Árabes de diferentes países começam a declarar que chegou o momento de começar a construir a paz com Israel. Alguns abertamente declaram que terroristas não mais devem ser apoiados. Uma reunião no Qatar marcou um momento de exposição de relações conflituosas e de busca de soluções. A Arábia Saudita e outros países do Golfo propõem a doação de vultosas somas de dinheiro para os habitantes da Faixa de Gaza e das Margens Oeste do Rio Jordão para que possam reconstruir suas vidas de forma independente dos grupos terroristas que dominam a região.

Enfim, começamos a ver as peças se moverem, como em um jogo de xadrez. Aonde estes movimentos vão nos levar é difícil prever, mas o bom é ver que há muitas pessoas e governos árabes que enxergam que Israel é um país entre as nações e que tem todo o direito à existência.

Se a semana passada mostramos nuvens negras do antissemitismo encontrando terreno fértil na Europa e Estados Unidos, esta semana, ao olhar para os países árabes, encontramos vozes e ações que buscam a PAZ.

Shalom

Regina P Markus

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