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quinta-feira, 19 de setembro de 2024

ACONTECE - Semana explosiva




Por Juliana Rehfeld

Semana explosiva, para fazermos alusão à incrível ação - ou melhor, reação preventiva - de Israel a planos de ataque do Hezbollah. Materializaram-se esta semana os resultados de uma mirabolante operação iniciada há meses que consistiu em interceptar mensagens entre membros da organização terrorista e interferir na produção de milhares de pagers encomendados por ela gerando aquecimento programado e subsequente explosão. 

O famoso jornalista druso sírio Fitzal Al-Qassem (com milhões de seguidores nas redes sociais e um programa na Al-Jazeera) escreve sobre o golpe que o Hezbollah sofreu: “O que aconteceu hoje ao Hezbollah pode ser classificado como o ataque preventivo mais fantástico da história moderna. Pode ser comparado ao ataque preventivo de Israel à Força Aérea Egípcia antes da Guerra dos Seis Dias.

Esta operação com certeza será assistida nos “streamings” de várias décadas no futuro. Mas, é claro que festejar a morte e ferimentos graves em outros seres humanos é surreal, na verdade, “não nos pertence”! É comum vermos cenas de comemoração de atentados, suicidas ou não, por parte do Hamas ou Hezbollah, mas para nós isso não se encaixa; é, na verdade, deprimente. A que ponto chegamos… 

E a situação na sequência demanda preparar-se para a retaliação que deve vir do Líbano. Continuam o medo e a tensão diários. Também isto não deveria nos pertencer, não deveria ser o clima em Eretz Israel…

Na Parashá que lemos neste Shabat - Ki Tavô, quando vier… (à terra dada por Deus) - Moisés instrui o povo sobre a oferta das primícias, a primeira colheita. Ele então lista as bênçãos que o povo desfrutará se guardar os mandamentos, e as punições que sofrerá por desobedecê-los. Seriam diariamente a preocupação em acertar, em seguir os valores e o medo de não conseguir fazê-lo.  

Na vida atual real, “mesmo que surreal”,  enquanto a guerra ao Hamas continua em Gaza, continua também a coordenação de Israel para o envio (seguro) de ajuda humanitária à população de Gaza. 

Segue relato do COGAT ( Coordenador de Atividades Governamentais nos Territórios - de Gaza e na Cisjordânia): desde o massacre perpetrado pelo Hamas em 7 de outubro, e da guerra que se seguiu, mais de um milhão de toneladas de ajuda humanitária já foram enviadas. Estas informações levam em consideração tanto os dados divulgados pela ONU quanto por outras organizações internacionais e de países doadores.

O COGAT inspeciona todos os insumos que são transportados para Faixa de Gaza, seja pelas rotas terrestres, aéreas ou marítimas. Desse modo, busca-se evitar que armas e munições sejam contrabandeadas para o Hamas. Ainda, tenta-se impedir que o grupo terrorista tenha acesso aos insumos humanitários que são destinados aos civis, como comida, água e combustível.

A atuação do COGAT é parte dos esforços israelenses, em consonância com o direito internacional, a fim de proteger a população civil palestina. Essa é uma das maiores evidências de que o país não tem realizado um genocídio contra os habitantes da Faixa de Gaza, ao contrário do que tem sido difundido pela mídia. Este tipo de atuação a longo prazo, beneficiará os próprios palestinos.

E ainda esta semana, neste mesmo sentido, a Revista Bras_il reporta que o ministro da Saúde, Uriel Buso, defendeu a decisão de fornecer cuidados médicos aos terroristas capturados em Gaza, argumentando que alguns deles colaboraram com as FDI em missões chave para a recuperação de reféns. Falando na Conferência de Saúde Yedioth Ahronoth, Buso explicou que, “no final, o sistema tem que servir todos os que se enquadram no seu âmbito. Um médico com 30 anos de experiência contou-me que, depois de estabilizar alguns terroristas, estes foram interrogados e as informações obtidas ajudaram-nos a salvar vidas”. Buso destacou ainda que alguns desses terroristas tratados no sistema de saúde “entraram em Gaza com as tropas, através de túneis”, contribuindo para a busca de reféns. Buso sublinhou que os cuidados médicos prestados não têm outra finalidade senão estabilizar os detidos, afirmando que “nós os levamos para tratamento para estabilizá-los, não para lhes fazer massagem”. No início deste ano, o serviço de segurança Shin Bet divulgou a imagem de uma operação em que um palestino detido colaborou com as autoridades israelenses para localizar o túnel em Gaza onde foram encontrados os corpos de cinco reféns assassinados.

Esta foi uma semana explosiva, e também muito atarefada. Continuamos torcendo por soluções que tragam todos os refens, claro que de preferência vivos embora saibamos que não será como preferimos…

Enquanto isso, 

Shabat Shalom

3 comentários:

  1. E antes que alguém bem intencionado mas mal avisado lamente a morte das crianças nessa operação magistral, é importante saber que além de ter sido a mais cirúrgica da história, ao menos 4 das "crianças", de idades entre 16 e 17 anos, eram jihadistas, armados até os dentes, e morreram como 'heróis', como mostram as orgulhosas fotos publicadas pelo Hezbollah. Nós amamos a vida, eles amam a morte.

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  2. She Yavo Shalom Aleinu, vê al kulam!

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  3. Excelente artigo, como sempre, Juliana!

    Parabéns pela objetividade e extrema sensibilidade.

    Shalom,
    Ari

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