Velas, jogos, diversões, músicas, comidas deliciosas
Por Itanira Heineberg
Você Sabia que há muitas diferentes, interessantes, e divertidas
maneiras de celebrar o milagre de Hanukkah, uma festa judaica conhecida também
como Festival das Luzes?
Há famílias judias espalhadas pelo mundo inteiro e por
isso nos deparamos com uma grande variedade de costumes, atividades e jogos
praticados nos dias de Hanukkah, as tradições universais do festival.
Tanto no hemisfério norte como no sul, os judeus
celebrarão o festival de 8 dias acendendo uma hanukkiá, candelabro com 9
braços, degustando alimentos fritos e recontando a história vitoriosa do
pequeno exército judeu dos Macabeus e a restauração do Templo em Jerusalém.
Após a reconquista e purificação do Templo, devia-se acender a luz eterna mas
não foi encontrado suficiente óleo. Havia apenas um jarrinho de azeite puro no santuário
com o selo intacto do Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) para que as luzes do candelabro
fossem acesas, e isso duraria apenas um dia, mas milagrosamente durou oito
dias, tempo suficiente para que um novo azeite puro fosse produzido e levado ao
templo para o seu devido fim conforme manda a Torá (Ex 27:20-21).
Estava aí o milagre de Hanukkah, comemorado pelos judeus em todos os cantos do mundo onde estiveram e onde ainda estão. E aqui seguem algumas variações de como festejar o milagre!
“No México, as famílias costumam quebrar uma
piñata em formato de sevivon (piorra abaixo) para pegar as moedas de chocolate
e outros brindes.
Em Israel, algumas famílias têm caixas de
vidro especiais para a hanukkiá, candelabro para 9 velas, que se parecem um
pouco com aquários e as colocam do lado de fora de casa, para que todos possam
apreciar as velas acesas enquanto passeiam pela cidade.
A maioria dos judeus asquenazes coloca uma
hanukkiá na janela para divulgar o milagre de Hanukkah.
No Marrocos, Argélia e outras comunidades do
norte da África, é costume pendurar a hanukkiá em um gancho na porta, ao lado
da mezuzá, símbolo religioso judaico, um lembrete diário da fé e identidade
judaica. Colocar o candelabro perto da mezuzá foi pensado para aumentar a
proteção já oferecida pela mezuzá. Se você olhar para as hanukkiás feitas no
norte da África, notará que muitas têm um anel no topo, bem como um suporte de
metal plano, para que a mesma possa ser pendurada com segurança.
Judeus na Romênia, assim como na Áustria e
outras comunidades da Europa Central, raspavam batatas, enchendo cada espaço
com óleo e um pavio para servir como candeeiro. Em vez de colocar todas de uma
vez, a cada dia eles adicionavam outra batata.
Antes da imigração em massa e do
estabelecimento do Estado de Israel no século XX, os judeus viveram em
Jerusalém por séculos e seguiram a regra de que as luzes da hanukkiá precisavam
ser colocadas do lado de fora da casa para que todos pudessem ver. Este decreto
tem origem no Talmud (Shabat 21b):
Não há Melachot no período de Hanukkiá - É
uma prática de longa data entre as comunidades judaicas do Norte da África e do
Oriente Médio, bem como entre os judeus Haredi Ashkenazi, que, enquanto a
menorá estiver acesa, as mulheres se abstêm de fazer melachot, os tipos de
trabalho que são proibidos no Shabat e feriados. Embora Hanukkah não seja um
feriado que exija que os judeus se abstenham de trabalhar, esse costume pode
ser rastreado até as leis codificadas pelos líderes Ashkenazi e Sefardita que
governaram, antes da eletricidade, que a luz da hanukkiá não deveria ser usada
para nada além de aproveitar o feriado.
No último dia de Hanukkah, os judeus
marroquinos juntam todos os pavios usados em suas hanukkiás a óleo e fazem uma
grande fogueira para celebrar o final da festa.
E em todo lugar os judeus comem alimentos
fritos em óleo, lembrando o milagre do óleo santo, embora não necessariamente
os mesmos: os judeus indianos comem bolinhos de leite fritos mergulhados em
calda de caramelo, enquanto os judeus cubanos fritam bananas-da-terra.”
O Povo Judeu, o Povo do Livro, é também o povo que
valoriza sua história, suas vitórias e comemora a Vida. Com um passado dolorido
de perseguições, perdas, sofrimentos e muitas decepções, o judeu reconhece a
vida como talvez o maior valor humano. Muitas vezes derrotado, séculos e
séculos de martírios e tormentos, obedece a Torah e seus mandamentos e
levanta-se sempre após cada derrocada.
E como não poderia ser diferente, independente do lugar onde
estivesse, celebrou, incessantemente, com alegria, criatividade e muito carinho
a festa do milagre de Hanukkah, conforme o texto acima.
FONTES:
https://www.myjewishlearning.com/category/study/jewish-history/jews-around-the-globe/
um dos melhores Vc Sabia Ita!
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