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terça-feira, 29 de abril de 2025

VOCÊ SABIA? - A Instituição de Ensino Superior e Pesquisa Mais Inovadora de Israel

 

Por Itanira Heineberg






Você sabia que a Ben-Gurion University of the Negevm – BGU - em seus três campi Beer-Sheva, Sde Boker e Eilat, nas horas mais negras de sua história no pós 7 de Outubro de 2023, demonstrou notável resiliência  frente à trágica adversidade do momento?

O Negev, vasta região desértica que cobre 60% do território israelense, abriga apenas 10% da população e é também sede da Universidade Ben-Gurion e de muitas das comunidades atacadas pelos terroristas do Hamas em 7 de outubro.

O campus principal em Beer-Sheva fica a apenas 35 quilômetros de Gaza. Havia vários estudantes no local do festival de música Nova, e vários funcionários e suas famílias habitantes da região oeste do Negev, ou na região de Gaza.

Hoje a universidade computa 111 mortos incluindo os assassinados em 7 de outubro, bem como soldados mortos. Cerca de 6.600 estudantes, professores, funcionários e administração foram convocados para o serviço militar, a reserva, e nem todos retornaram. Aproximadamente 2.000 ainda estão lutando.

O impacto do massacre do Hamas foi direto e desproporcional. Na realidade todos em Israel vivenciaram essa guerra. Cada família conhece alguém, mas no Negev é definitivamente desproporcional. Literalmente, os filhos de todos os professores e funcionários estão lutando. Todas as mulheres mais jovens  na faixa dos 30 anos e seus maridos estão lutando. As pessoas pesquisam no WhatsApp tentando descobrir o que vai acontecer no próximo momento. É uma situação muito surreal.

Noa Argamani, resgatada em junho de 2024,  aluna de Sistemas de Informação estava no festival e foi forçada a se separar de seu namorado  Avinatan Or, ainda refém do Hamas, também aluno da BGU.


Noa relembra cativeiro do Hamas na ONU: 'Não conseguia me mover, respirar. Estar aqui hoje é um milagre'

As aulas, obviamente, deveriam começar em 15 de outubro, mas isto só aconteceu mais tarde, em 31 de dezembro. O reitor da universidade, Professor Daniel Chamovitz, fez o possível para que nenhum aluno ficasse para trás. Mas, em algum momento, tiveram de retomar as aulas. E hoje, quando você vai ao campus, percebe que não está prosperando, mas já está funcionando. Há uma nova normalidade na vida em Israel e também no campus.

Mas não há nada de normal nesse novo normal.

Em 7 de outubro a universidade teve que fechar por causa da guerra – passando de um centro de atividades para um porto seguro de apoio ao corpo docente e discente, mas também à comunidade – um centro logístico, por assim dizer. A universidade passou a abrigar em seus dormitórios famílias evacuadas e também profissionais médicos do centro do país que precisavam de ajuda. O Soroka, que é o principal hospital do Negev e também o hospital-escola das duas faculdades de medicina, tem um relacionamento muito próximo com o Centro Médico Soroka. Os  estudantes de medicina imediatamente se tornaram médicos de triagem de emergência. Eles aprendem fazendo.

Os alunos de Serviço Social e Psicologia se tornaram uma espécie de assistentes sociais. Todos fazendo o que podiam e, de certa forma, sentindo-se muito bem com isso. É difícil dizer que houve um lado positivo em 7 de outubro. Mas a resiliência que o país demonstrou na universidade, em particular, é incrível e bastante inspiradora.



Quando você visita o campus de Beer-Sheva, da UBG do Negev, sente que de certa forma está em uma nação de startups turbinada. Tem a Universidade Ben-Gurion e o hospital Soroka, o parque de tecnologia avançada que conta com 3.000 funcionários e 70 empresas multinacionais, bem em frente à estação de trem de alta velocidade, que leva você à Tel Aviv em pouco mais de uma hora.

Ali se destacam a força acadêmica em engenharia, ciências da computação, TI e segurança cibernética.

A capital cibernética de Israel é, na verdade, Beer-Sheva.

A base da IDF adjacente é chamada de sistemas de defesa do século 22, tecnologia de defesa por satélite de sensoriamento remoto.

A base da Força Aérea de Hatzerim fica no Negev, onde todos os membros da Força Aérea israelense ganham suas asas, mas, na verdade, eles obtêm seu diploma, seu diploma acadêmico, na Universidade Ben-Gurion.

Com certeza, David Ben Gurion ao profetizar  “fazer o deserto florescer”, tinha esta imagem em mente, uma ideia viva de seu sonho.





Em 15 de abril 2025, durante o evento beneficente da A4BGU em Houston, o CEO Doug Seserman compartilhou o papel vital da BGU na recuperação de Israel, observando:

“A resposta da universidade às atrocidades do Hamas está mostrando o quão vital a instituição é para a notável resiliência de toda a nação.”



A seguir, um curto vídeo revelando os fatos ocorridos no campus após o ataque do Hamas, a grande mudança ali ocorrida, as improvisações incríveis para atender aos necessitados, desde acolhimento, primeiros socorros, cuidados com as crianças, no intuito de devolver normalidade, segurança, respeito às vítimas do inesperado e mortal atentado.



Em suas trajetórias milenares pelo mundo o Povo Judeu tem sucumbido a cada batalha soerguendo-se com dignidade a cada passo, para o espanto de todos e admiração de muitos, guiado por sua crença inabalável na valorização da vida e na santidade do ser humano. Aqui temos presente a coragem e resistência dos israelenses frente ao infortúnio, conectados com a comunidade judaica da diáspora determinada a defender e auxiliar o país, sempre e em seus momentos mais difíceis.




 FONTES:

https://americansforbgu.org/

https://americansforbgu.org/video/bgu-remarkable-resilience-oct7/

https://www.ajc.org/news/podcast/rebuilding-israels-devastated-negev-region-post-107

https://www.bgu.ac.il/en/news-and-articles/ben-gurion-university-presents-excellence-on-all-fronts/

https://bengurion.ca/reflections-on-my-recent-trip-to-israel/



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