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quinta-feira, 5 de outubro de 2017

EDITORIAL - Avaliando fatos para poder entender os boatos

Iom Kipur se foi e estamos chegando em Sucot, quando os judeus moram em cabanas para lembrar os 40 anos que ficaram no deserto. Ao final do dia do Perdão, é fincada a primeira estaca de uma cabana que tem como principal atributo ser feito de um teto de folhas, a fim que as estrelas possam ser vistas. Lembrar, recordar e pautar a vida através das marcações do tempo é uma das principais características judaicas. Em Iom Kipur há vários momentos importantes. No início, à noite, Raul Meyer falou sobre a importância de estarmos presentes, “Hineini”, aqui estou. No Izkor, o momento em que foram lembrados aqueles que não mais estavam fisicamente conosco, Regina P. Markus passeou pelo tempo e criou uma atmosfera para juntar as gerações passadas com as futuras de forma a mostrar que a força do Povo de Israel vai além do presente. E estes momentos que unem o “Aqui e Agora” com o “Sempre” é possível porque é baseado em fatos. Um dos fatos marcantes do dia foi a reunião de vários membros da comunidade para conversar sobre o Projeto EshTá Na Mídia, iniciado com o objetivo de mostrar ao mundo fatos sobre Israel.

Israel, um país desértico cercado de inimigos, que mantém um alto padrão de educação e que é um dos países que mais produz conhecimento, tecnologia e inovações tecnológicas, vem sofrendo nos últimos anos uma demonização pela mídia. Um dos pontos neurálgicos na construção desta imagem é a forma como a vida dos árabes que moram na faixa de Gaza e na Cisjordânia é relatada pela imprensa. São sempre apresentadas zonas pobres que muito se assemelham a favelas brasileiras para acentuar as diferenças sem entrar no mérito de por que isto acontece. A verdade não é bem assim; nesta semana apresentamos alguns destes locais com seus luxuosos hotéis nas praias de Gaza. Estes fatos podem ser comprovados no site da “Trip Advisor”. 

Imagem recente de Gaza (Tripadvisor)


Por outro lado, entre os países árabes começam a surgir alguns sinais que os ventos estão mudando. Contrariando alguns líderes islâmicos que vieram a público de forma insistente para negar o Holocausto judeu durante a IIa Guerra Mundial, vimos recentemente que o Príncipe de Bahrein declarou nas dependências do Centro Simon Wiesenthal em Los Angeles que os judeus e os israelenses são bem-vindos a Bahrein. Na oportunidade, dia 13 de setembro, o Príncipe Nasser bin Hamad al Khalipha assinou a “Declaração do Bahrein para a Tolerância Religiosa” onde está escrito: “Todo o indivíduo tem liberdade para praticar a sua religião, desde que não prejudique os outros, respeite as leis do país e aceite a responsabilidade espiritual e material das suas escolhas”. Na oportunidade participaram o Rabino Mervin Heir do Centro Simon Wiesenthal, o Pastor Johnie Moore da Associação Nacional (americana) de evangélicos e embaixadores da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Israel. Como dito na ocasião “a declaração foi redigida dentro do mundo árabe e não de fora para dentro”.

O mundo está repleto de notícias negativas, o terrorismo e a ignorância prosperam em todos os continentes. Mas há um fundo de esperança quando presenciamos a construção de pontes e a criação de narrativas que possam permitir vislumbrar momentos de entendimento e colaboração.

FATOS como base para relações e CONHECIMENTO como alavanca para bons relacionamentos é o que pode fazer com que deixemos um mundo com esperança para a próxima geração. E ... este ano Raul Meyer propôs e toda a Chavurá Esh Tamid cantar “Hatikva”, o hino “A Esperança”, ao se fecharem os Portões na noite de Iom Kipur. E envolvidos nessa esperança, iniciamos a semana de Sucot, a caminho de importantes conquistas e do compartilhamento de fatos para poder VER um mundo melhor.

Boa Semana!
Comitê Editorial EshTá na Mídia

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