Iom Kipur se foi e estamos chegando em Sucot, quando os judeus moram em
cabanas para lembrar os 40 anos que ficaram no deserto. Ao final do dia do
Perdão, é fincada a primeira estaca de uma cabana que tem como principal
atributo ser feito de um teto de folhas, a fim que as estrelas possam ser vistas.
Lembrar, recordar e pautar a vida através das marcações do tempo é uma das
principais características judaicas. Em Iom Kipur há vários momentos importantes.
No início, à noite, Raul Meyer falou sobre a importância de estarmos presentes,
“Hineini”, aqui estou. No Izkor, o momento em que foram lembrados
aqueles que não mais estavam fisicamente conosco, Regina P. Markus passeou pelo
tempo e criou uma atmosfera para juntar as gerações passadas com as futuras de
forma a mostrar que a força do Povo de Israel vai além do presente. E estes
momentos que unem o “Aqui e Agora” com o “Sempre” é possível porque é baseado
em fatos. Um dos fatos marcantes do dia foi a reunião de vários membros da
comunidade para conversar sobre o Projeto EshTá Na Mídia, iniciado com o
objetivo de mostrar ao mundo fatos sobre Israel.
Israel, um país desértico cercado de inimigos, que mantém um alto padrão
de educação e que é um dos países que mais produz conhecimento, tecnologia e
inovações tecnológicas, vem sofrendo nos últimos anos uma demonização pela
mídia. Um dos pontos neurálgicos na construção desta imagem é a forma como a
vida dos árabes que moram na faixa de Gaza e na Cisjordânia é relatada pela
imprensa. São sempre apresentadas zonas pobres que muito se assemelham a
favelas brasileiras para acentuar as diferenças sem entrar no mérito de por que
isto acontece. A verdade não é bem assim; nesta semana apresentamos alguns destes locais com seus luxuosos hotéis
nas praias de Gaza. Estes fatos podem ser comprovados no site da “Trip Advisor”.
Imagem recente de Gaza (Tripadvisor) |
Por outro lado, entre os países árabes começam a surgir alguns sinais
que os ventos estão mudando. Contrariando alguns líderes islâmicos que vieram a
público de forma insistente para negar o Holocausto judeu durante a IIa
Guerra Mundial, vimos recentemente que o Príncipe de Bahrein declarou nas
dependências do Centro Simon Wiesenthal em Los Angeles que os judeus e os
israelenses são bem-vindos a Bahrein. Na oportunidade, dia 13 de setembro, o
Príncipe Nasser bin Hamad al Khalipha assinou a “Declaração do Bahrein para a Tolerância Religiosa” onde está escrito: “Todo o indivíduo tem liberdade para
praticar a sua religião, desde que não prejudique os outros, respeite as leis
do país e aceite a responsabilidade espiritual e material das suas escolhas”. Na
oportunidade participaram o Rabino Mervin Heir do Centro Simon Wiesenthal, o
Pastor Johnie Moore da Associação Nacional (americana) de evangélicos e
embaixadores da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Israel. Como dito na
ocasião “a declaração foi redigida dentro do mundo árabe e não de fora para
dentro”.
O mundo está repleto de notícias negativas, o terrorismo e a ignorância
prosperam em todos os continentes. Mas há um fundo de esperança quando
presenciamos a construção de pontes e a criação de narrativas que possam
permitir vislumbrar momentos de entendimento e colaboração.
FATOS como base para relações e CONHECIMENTO como alavanca para bons
relacionamentos é o que pode fazer com que deixemos um mundo com esperança para
a próxima geração. E ... este ano Raul Meyer propôs e toda a Chavurá Esh Tamid cantar
“Hatikva”, o hino “A Esperança”, ao se fecharem os Portões na noite de Iom
Kipur. E envolvidos nessa esperança, iniciamos a semana de Sucot, a caminho de
importantes conquistas e do compartilhamento de fatos para poder VER um mundo
melhor.
Boa Semana!
Comitê Editorial EshTá na Mídia
Comitê Editorial EshTá na Mídia
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