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quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Editorial - Novos Horizontes, Novos Tempos

Uma semana para ser lembrada:
PASSADO – PRESENTE e FUTURO para terminar o Mês Rosa.

Esta é uma semana em que o mundo, o Brasil, os judeus americanos e Israel presenciaram um ponto de mudança, um ponto único na linha do tempo. Eventos marcantes que serão lembrados com maior ou menor ênfase por diferentes grupos de pessoas, mas que certamente são pontos de inflexão, pontos de mudanças abruptas que mostram que o impossível acontece.

No Brasil, tivemos a eleição de Jair Messias Bolsonaro para Presidente. Uma eleição que mobilizou o país sem sujar as ruas. Pela primeira vez na vida dos paulistanos e imagino que de todos os brasileiros, chegamos aos locais de votação pisando em ruas limpas. E, para mostrar que o povo brasileiro é muito especial, o pipoqueiro em frente à escola em que votei tinha três vitrines com pipocas – uma verde amarela, a outra vermelha e a terceira branca! E todos os passantes compravam pipocas! 

Esta eleição mostra que teremos mudanças – e há profetas de todas as matizes – sabemos que chegamos a uma encruzilhada e a maioria escolheu o caminho que devemos seguir, certamente muito diferente se a escolha fosse o outro caminho. A única certeza que fica no fim da semana é que as relações entre Brasil e Israel já mudaram. O embaixador de Israel, Yossi Shelley, esteve com o Presidente eleito que já conversou por telefone com o Primeiro Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. E, como fato concreto, está sendo negociada a doação de uma usina de dessalinização de água a ser instalada no Nordeste. A mesma tecnologia que tornou Israel e Jordânia, países desérticos, autossuficientes em água.

Mas também nesta semana os sons do passado ecoaram. Nos Estados Unidos, na cidade de Pittsburgh, estado da Pensilvânia, foram mortas no sábado 11 pessoas que rezavam na Sinagoga Árvore da Vida (Etz Chaim). Judeus mortos por serem judeus! O passado ecoando alto e mostrando que os judeus, apesar de serem um povo que em todo o mundo chega a 14 milhões de pessoas, é alvo de uma discriminação impossível de ser definida. Para isto, há necessidade de uma eterna vigilância - de ampliar a capacidade de cuidar, acolher e seguir em frente. SOBREVIVER é ser capaz de viver eternamente. SOBREVIVER é poder se encontrar com um futuro que o dia de ontem dizia ser impossível.

Esta semana também nos premiou com um dos pontos mais altos do encontro entre os povos. Sempre ouvi a frase “só se faz paz com um inimigo” e esta, na maioria das vezes, soava falsa. Paz feita de apertos de mãos entre dirigentes e políticos, sob o flash das câmeras, apenas serve para garantir aos repórteres a primeira página dos jornais. Em geral, nada conhecemos dos bastidores e nem mesmo das intenções daquele ato. 
MAS AÇÕES do DIA a DIA, ações disruptivas que provam que o impossível também acontece, estas deixam marcas que permitem visualizar um mundo novo. Um futuro diferente. Esta semana, a equipe de Judô israelense competiu em Dubai nos Emirados Árabes Unidos (EAU). A Confederação Internacional de Judô havia exigido que todos os classificados para o certame pudessem competir. O israelense Sagi Muki ganhou, no dia 28 de outubro, a medalha de ouro na categoria abaixo dos 100 Kg. 
O presidente da Confederação Internacional de Judô, Marius Vize, havia sido incisivo. Todos os que fossem classificados deveriam participar do torneio em Dubai, sob a pena do torneio ser realizado em outra região. A interação superou a expectativa: os EAU  receberam também a Ministra de Esportes de Israel, Miri Regev, que não conseguiu conter as lágrimas ao escutar pela primeira vez o Hino de Israel, A Esperança (Hatikva), ser tocado enquanto a bandeira com o escudo de David era hasteada. INÉDITO!

Esta boa nova é a primeira de muitas. Outros ministros estão com visitas marcadas para os países do Golfo e na esteira do esporte vem a ciência e tecnologia.

Presente, Passado e Futuro – todos representados em uma semana que não deveria ser nada mais que a última semana de outubro – o mês rosa. E, nesta semana ganhamos várias mensagens – conhecer o passado, construir no presente e captar os recados de um futuro promissor.

Regina P. Markus

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