Vilnius, na Lituânia, homenageia escritor judeu cujos ancestrais de lá partiram tempos
atrás em busca de vidas mais plenas.
A escultura é
de uma silhueta humana cortada em uma placa de aço. A placa, presa a um bloco
de concreto com o nome de JD Salinger, fica acima de um campo de centeio
impresso na parte do bloco que se projeta para fora de uma colina cercada por
floresta.
VOCÊ SABIA que J. D. Salinger, escritor americano mais conhecido por seu romance de 1951
"O Apanhador no Campo de Centeio" foi homenageado recentemente com
uma escultura em um campo de centeio próximo à cidade lituana onde seus
ancestrais viveram?
Por Itanira Heineberg
Seu livro “O
Apanhador no Campo de Centeio”, muito popular entre a geração de estudantes
universitários do pós-Segunda Guerra Mundial nos Estados Unidos, foi proibido
por décadas em seu país até tornar-se um ícone da literatura mundial do século
XX.
A história da
família Salinger remonta a Sudargas, um pequeno assentamento judeu na fronteira
lituano-polonesa no que era então o Império Russo. Os registros do vilarejo
mostram que os Salingers moraram em Sudargas pelo menos desde 1831, depois que
o bisavô escritor, Hyman José Salinger, se mudou para lá da cidade vizinha de
Taurage. A cidade ainda existe, mas o assentamento judaico não.
Seu neto
emigrou para os Estados Unidos em 1881 durante a escassez de alimentos e
casou-se com uma imigrante lituana na Pensilvânia.
Jerome David Salinger nasceu em Nova York, em
1919.
Filho de Sol
Salinger, um comerciante de queijo Kosher, e mãede
origem escocesa, alemã e irlandesa, J. D. Salinger passou os anos de sua
infância na Park Avenue, em Manhattan.
“Começou a
escrever ainda na escola secundária. A partir de 1940 publicou diversos contos.
Estudou durante três anos na Academia Militar de Valley Forge. Em 1942, serviu
na Segunda Guerra Mundial. Terminado o conflito, entrou para a Universidade de
Columbia.
J.D.
Salinger foi um exímio contista, capaz de profunda observação social em poucos
traços. Seus personagens se expressam com um coloquialismo que poucos
escritores alcançaram. Ele pertence a um restrito grupo de autores cuja
assinatura se imprime não só no campo literário, mas na cultura de seu tempo.
Sua grande realização foi o personagem Holden Caulfield, um adolescente
desajustado, protagonista e narrador da obra “O Apanhador no Campo de Centeio”
(1951), do original “The Catcher in the Rye”.
J. D. Salinger
- 1919 - 2010
“O livro
foi considerado um ícone da geração dos anos 60. O personagem Holden Caufield
era inquieto, desconfiado da autoridade adulta, mas igualmente deslocado entre
os colegas de sua idade. Não encontrava nenhum sentido na vida por viver preso
a instituições tradicionais como a família e a escola. Sua inquietude e sua
revolta sem objeto anteciparam a cultura jovem contestadora das décadas
seguintes.
Depois do
livro que o consagrou como um dos maiores escritores norte-americanos, publicou
só mais três livros - “Nove Estórias” (1953), “Franny & Zooey” (1961),
"Carpinteiros, Levantem Bem Alto a Cumeeira” e “Seymour: uma
Apresentação" (1963). Uma das poucas declarações que fez à imprensa foi
para justificar seu esforço para impedir a publicação de uma coletânea de
contos não autorizada, em 1974. "Há uma paz maravilhosa em não publicar, a
publicação é uma invasão da minha privacidade", disse a um repórter.”
Apesar de ter
dado voz à sua geração, Salinger optou mais tarde por se isolar e se calar. Em
1953 abandonou Nova York e mudou-se para Cornish, em New Hampshire, onde viveu
longe do mundo até sua morte em 2010.
O confuso e
deprimido personagem Holden Caulfield, jovem melancólico e carente de contato
humano, vivendo o pós- stress da perda do irmão menor, curioso e inseguro em
relação ao sexo, experienciando a fase de passagem da infância à adolescência,
debate-se, sofre e sonha em ajudar as crianças antes da queda no precipício da
vida, no mundo assustador e hipócrita dos adultos, perdendo assim sua inocência
original.
Escrever um texto semanal, há mais de três anos, para alguém que ama falar, ler e pensar, mas que foi treinada para escrever textos científicos, baseados em dados laboratoriais, avaliados por metodologia estatística ou de modelagens formais e comparados de forma sistematizada com a literatura existente, constitui uma grande aventura. Um desafio. O tema é restrito e amplo ao mesmo tempo, pois os métodos de deslegitimar o moderno Estado de Israel ou o Povo Judeu em geral são focados em um objetivo, mas vão adquirindo nuances para cada momento presente. A abordagem, na maioria das vezes, foi destacar o positivo da situação, sempre tendo em mente qual a razão de, apesar de todas as formas de silenciamento e de aniquilação, o Povo Judeu seguir em frente. Um povo sem característica étnica, que é unido por princípios de vida e por rotinas diárias que, apesar de parecerem rígidas, foram se adaptando ao longo dos séculos. Assim, qual o tema a ser abordado cada semana? Esta escolha se torna ainda mais difícil em tempos de pandemia porque não há interesse em reverberar notícias falsas ou temas gerenciados por interesses ocultos. Hoje vou abrir uma exceção e entrar em um tema que vem sendo dicotomizado e deslegitimado pelas esquerdas e direitas (todas donas de suas verdades). Por aqueles que pregam a "racialização" da cultura e os que pregam a "cientificação" de pseudofatos e pseudoverdades:
A MERITOCRACIA.
O termoMeritocracia,neologismo— dolatimmereo('ser digno, merecer') e dogrego antigoκράτος, transl.krátos('força, poder') — estabelece uma ligação direta entre mérito e poder e foi criado por Michael Young em seu livro "The Rise of the Meritocracy, (1958, https://pt.wikipedia.org/wiki/Meritocracia). A palavra carrega um conceito negativo porque está baseada no mérito de cada indivíduo sem levar em consideração a sua origem e, portanto, as vantagens e desvantagens que seu grupamento social possa impor em seu desempenho. E a palavra também carrega um conceito positivo porque muitos entendem que o lugar que cada um alcança na sociedade deve ser correspondente ao mérito do indivíduo e não herdado de forma arbitrária.
Esta discussão será estéril se não houver na sociedade em questão formas de premiar, via o mérito, indivíduos com habilidades inatas diferentes. Portanto, a definição dos objetivos a serem alcançados por cada indivíduo é diferente em uma sociedade que premia o EU SOU ao invés do EU POSSO. Em que premia o objetivo único ao invés da multiplicidade de objetivos. A meritocracia, portanto, não é um problema em si, mas sim a forma como a sociedade vê o sucesso. Desde os tempos bíblicos a importância das capacidades de cada indivíduo para empoderar a sociedade é valorizada. Na própria Torah, quando tem que ser construído o Michcan, a Tenda em que será abrigada a Arca Sagrada, as atribuições são dadas a um artista - Betzalel - e fica muito claro que ele estava habilitado para esta função. As habilidades artísticas e não as intelectuais são valorizadas. Continuando na mesma toada, há muitas passagens que valorizam mulheres, como Débora a juíza, ou mesmo mostram que algumas disfunções orgânicas podem ser suplantadas. O caso mais notório é de Moisés, que tinha dificuldade de fala. Ao longo dos milênios a valorização do mérito para empoderar funções continua. Esta semana, publicamos um lindo vídeo que mostra os judeus na música. Todos os tipos de música, todos os idiomas e instrumentos e agradando a diferentes tipos de públicos. A valorização do indivíduo faz com que a sociedade se torne plural e diversa. A valorização de uma característica, individual ou grupal, faz com que se perca diversidade. Finalmente, chegamos ao Estado de Israel. Correndo o risco de me tornar repetitiva, vou lembrar do Exército de Defesa de Israel. Considerado um dos exércitos de maior sucesso no mundo, ele tem a característica de ser formado por todos os cidadãos israelenses. Nesta corporação a meritocracia é essencial para que possa haver bons resultados. É por isso que todos os cidadãos, inclusive aqueles com dificuldades físicas ou que tenham limites definidos nas áreas cognitivas são incorporados. Brancos, negros, judeus, árabes, cristãos, mulçumanos, beduínos, caraítas, etc... israelenses com diferentes rótulos são incorporados. A meritocracia é a base para a incorporação. Um caso muito interessante, que já foi abordado na EshTá na Mídia é a incorporação dos autistas, que, por mérito, ganharam o poder de vigiar os céus de Israel. MERITOCRACIA - se soubermos usar haverá espaço para todos os cidadãos, porque cada um tem sua capacidade própria. E, neste contexto, lançamos um desafio maior. Como devemos avaliar o mérito? Será que este deve ser avaliado? No "Você Sabia?" desta semana nossa colaboradora Itanira Heineberg traz pontos interessantes sobre a reza "Shemá Israel" - "Ouve Israel"- base da liturgia do judaísmo. Vale a leitura! E vale lembrar que esta frase, dita pelos filhos de Israel (Jacob) em seu leito de morte, foi a confirmação que eles seguiriam a trilha iniciada pelo avô de Jacob. E, que dali para a frente haveria uma expansão da Casa de Israel até chegar ao tempo em que seriam transformados no Povo de Israel. Lembrando, Israel é o segundo nome de Jacob. Nesta base litúrgica está contido o conceito da meritocracia - Os filhos falaram para Jacob - e esta fala serviu para todo um Povo - Falando para UM devemos falar com TODOS - o mérito de cada um empodera não apenas o indivíduo, mas principalmente o coletivo. Querer desmerecer a meritocracia, de forma a fazer com que todos cheguem a um objetivo único, acaba com a pluralidade, com a diversidade e com a capacidade de superar o inesperado. Boa semana! Regina P Markus
Ouve, ó
Israel, o Senhor nosso Deus, o Senhor é Um
Por Itanira Heineberg
Shema ... o
mantra do judaísmo, sua mensagem fundamental para o significado de viver como
judeu de fé em nosso mundo.
Você sabia
que o Shema, oração recitada tradicionalmente pelos judeus ao iniciar e
finalizar seu dia, é estendida aos surdos para que possam entender a oração
sobre “ouvir”, pelo Rabino Darby Jared Leigh, surdo desde o nascimento, através
da linguagem de sinais?
Rabino Darby da Sinagoga Kerem Shalom em Concord, Massachusetts.
Essas
palavras sagradas, conhecidas como Shema, são tradicionalmente recitadas pelos
judeus ao iniciar e finalizar cada dia. O Shema também é geralmente a primeira
oração que aprendem as crianças e é a oração final a ser proferida no leito de
morte na passagem deste mundo.
A Rabina Adina
Allen é co-fundadora e diretora do Projeto Studio Judaico na Bay Area, São
Francisco, umastartup que utiliza as
artes em geral como ferramenta para auto descoberta, mudança social e
inspiração para viver um judaísmo vibrante, unificador e esperançoso.
Em seu artigo
no site My Jewish Learning, a Rabina Allen alerta:
“O Shema
começa com um imperativo: Ouve!
Apenas
essa palavra é uma decisão poderosa. Ouvir não é uma coisa fácil de fazer. Mais
do que o simples ato de ouvir, a verdadeira escuta exige que as pessoas se
abram à experiência do outro, para que o coração toque o coração e elas possam
então mudar.
É - na
estrutura do filósofo Martin Buber - o que nos permite desenvolver um
relacionamento eu-tu, em vez de um eu-ele. Buber descreve a escuta como
"algo que fazemos conosco mesmos, sentindo e entendendo o que o outro está
tentando transmitir, para que juntos possamos remover a barreira entre
nós".
No
judaísmo, o ato de ouvir é a chave para desbloquear recompensas e bênçãos. Em
Deuteronômio, quando os israelitas terminam de vaguear no deserto e se preparam
para entrar na terra de Israel, Moisés os instrui enfaticamente usando a mesma
palavra - Shema! "Se você ouvir, ouça verdadeiramente", diz Moisés, e
tudo será bom. Caso contrário, as maldições se seguirão.
Neste versículo,
o Hasidic comentarista Sefat Emet, faz referência a uma linha do Midrash:
“Feliz é quem tem ouvidos para mim.”
Adicionando
seu próprio comentário, ele escreve: ”'Escuta' significa que alguém deve estar
sempre preparado para receber e ouvir atentamente as palavras de Deus. A voz da
palavra de Deus está em tudo, pois todos foram criados pela expressão de Deus.”
Cada um de
nós, não importa quão diferentes sejamos, é criado por Deus. O Shema nos
convida não apenas a ouvir, mas a lembrar que, apesar de nossas diferenças,
existe uma força de conexão e transformação no universo que anima e une todos os
seres.
"O
Senhor, nosso Deus, o Senhor é um", continua o Shema.
Começando
com a escuta e terminando com a unidade, o Shema nos convida a aprofundar nossa
capacidade de escutar - a nós mesmos, ao Divino e àqueles que estão à nossa volta,
a desenvolver um relacionamento eu-tu com o resto da humanidade.
Sua recitação
diária nos lembra a construção de pontes em vez de barreiras, para que possamos
tocar - mesmo que apenas por breves momentos de cada vez - naquele local em que
todos somos um.”
E então
conhecemos o Rabino Darby, um jovem que nasceu surdo e estudou com afinco por
muitos anos para alcançar seus colegas de classe. Após dominar o inglês, atingiu
seu sonho de ser rabino enfrentando novo desafio: a língua hebraica!
Especialista
em linguagem de sinais, ele se dedica a levar aos desprovidos da bênção da
audição o entendimento dos ensinamentos judaicos.
Nos curtos
vídeos abaixo apresentamos primeiro o jovem Rabino explicando a oração Shema
aos surdos, o que pode até parecer um disparate, e depois a oração cantada pela
Rabina Roni Handler e interpretada por Darby através de sinais de linguagem.
É sempre
recompensador mostrar ao mundo estes exemplos de Tikum Olam, pessoas que saem
de si mesmas para consertar e enriquecer a vida de outros.
O mundo em branco e preto: posições radicais implicam em que um esteja certo e o outro errado! O mundo colorido: há uma quantidade infinita de possibilidades e de opções.
Quem está certo e quem errado? Vamos acabar com estátuas de líderes do passado - vamos reescrever a história? Estamos vivendo no Brasil e no mundo um momento em que grupos creem ter razão, e se isto for verdade, o que o outro pensa está automaticamente errado. No dia 16 de junho deste ano, José Augusto Guilhon Albuquerque, professor titular da USP, publicou um texto no Estadão sobre o diálogo com os adversários e a tolerâncias das divergências. Dois posicionamentos que se tornam cada vez mais difíceis de serem encontrados nos dias de hoje. Muitos pensam que se estou do lado A, assumo tudo deste lado e rejeito qualquer opinião do lado oposto. Aberrações como "verdade científica", ou "provado cientificamente" são encontradas em muitos textos - até de pessoas com imensa capacidade crítica. Ciência não prova nem confirma! Estes dias em que no Brasil há nitidamente dois lados, e em que um liga-se a Israel por sua relevância para as religiões monoteístas, o outro aparece com bandeiras da autoridade Palestina - e tem amigos que acham natural - porque um lado é o oposto do outro. Estes são amigos brasileiros - porque quando vamos para os israelenses, que são compostos por judeus, cristãos e mulçumanos, há a certeza de que os temas têm que ser debatidos. Deixa esclarecer, refiro-me a pessoas do dia a dia e não de líderes religiosos. Como é difícil falar sem rótulos! No mesmo dia 16 de junho havia uma discussão sobre atos de vandalismo contra estátuas antigas porque as pessoas quando vivas tinham colaborado para desencadear o racismo. Nesta onda, cheia de racismo, foi derrubada a estátua de Cristóvão Colombo, porque seus feitos permitiram atos de racismo contra o índio americano. Mas, ao mesmo tempo, há ruas em homenagem a terroristas, cujo grande feito foi matar um ônibus cheio de crianças. Quem está certo e quem errado? Onde está a verdade? É preciso estar certo ou estar errado? Esta semana postamos várias matérias que giram ao redor da temática de racismo, como esta homenagem a George Floyd feita pelo grupo judaico Maccabeats. Mas aqui neste editorial gostaria de comentar como os judeus tratam do contexto "divergência". Há dois mil anos, na era talmúdica, na Galiléia, existiam duas escolas com características muito diferentes. A Escola de Shamai (50 aEC - 30 dEC) e a Escola de Hillel (60 aEC a 9 dEC). Estas eram duas escolas divergentes. Hillel era muito pobre e sua escola não cobrava taxas. Talmudistas, estavam construindo as bases da Mishná, o conjunto de escritos que seria a base para que o Povo Judeu continuasse vivo após a perda do Reino de Israel em 70 dEC. A Casa de Shamai apresentava opiniões muito bem consolidadas, e nunca tinha espaço para opiniões divergentes, que eram consideradas erradas. A Casa de Hillel sempre refletia todos os pensamentos da época e de forma especial os da Casa de Shamai, com os quais, na maioria das vezes, não concordava. Conta o Midrash que quando D'us avaliou quais os ensinamentos deveriam compor a Mishná, foi escolhida a Casa de Hillel, porque apesar de menos elaborados, nunca deixavam de apresentar todos os argumentos com os quais discordavam, e portanto, seus discípulos tinham a oportunidade de pensar, cada um por conta própria e não de agir como seguidores de um mestre. Sim, estamos em tempos de radicalismos e precisamos, apesar de nossas verdades, ser capazes de apreciar as verdades dos outros. Apesar de muitos se vestirem como verdadeiros atores para serem reconhecidos pelos seus adereços e penteados, ou falta deles, é a capacidade de interação e do respeito à opinião alheia que conta. Li o artigo no dia 16 de junho - dia muito especial na Irlanda de 1904 - um dia de ficção em que é criada a vida do judeu Leopold Bloom. Sim, todos já estão lembrando do grande livro de James Joyce que retrata o judeu como "um qualquer", forte e fraco, cheio de cuidados e ao mesmo tempo ousado. Por que era judeu? Neste caso traz o estereótipo do excluído, presente. Daquele que a história apagou tantas vezes - e, este foi o dia 16 de junho de 1904! Se começamos com o Certo x Errado, seria ótimo acabar com o DIFERENTE - DIVERSO - ÚNICO. Que aprendamos que cada um de nós é único e que só haverá sociedade com equidade, se houver o respeito ao indivíduo e às opiniões divergentes. Um boa semana a todos! Regina P. Markus
Dr. Huckelberry
Holz, MD, oftalmologista, com sua assistente etíope que o acompanha em suas
missões: de Israel para Nova York, Califórnia, sul da Ásia, África subsaariana
e Etiópia, melhorando a visão dos desfavorecidos.
VOCÊ SABIA que os judeus do mundo todo colaboram, cada um à sua maneira, com o Tikun Olam –
o “conserto do mundo”? Esta história mostra a surpreendente trajetória de um
médico oftalmologista que decidiu levar o privilégio da visão aos que não a
possuíam nos mais remotos cantos do planeta.
Por Itanira Heineberg
Há médicos
treinados especialmente para diagnosticar e tratar distúrbios dos olhos e da
visão. “São especialistas na complicada anatomia do olho e são treinados
para tratar doenças oculares através de métodos médicos e cirúrgicos. Algumas
condições comuns que os oftalmologistas tratam são cataratas, glaucoma,
estrabismo, retinopatia diabética, degeneração macular e ambliopia. Além disso,
os oftalmologistas podem fornecer prescrições para óculos e lentes de contato e
realizar cirurgia a LASER e outras cirurgias corretivas para erros refrativos
como miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia.”
O menino Huckelberry
Amnon Holz foi mais abençoado que seus antepassados: seu avô fugiu de Berlim
durante a ascensão do nazismo.
Sua avó,
jovem estudante na Universidade, era aluna assistente do famoso filósofo Martin
Buber, que como muitos judeus na época, também escapou de Berlim.
Assim, seu
pai nasceu em Israel para onde a família emigrou em 1938 encontrando asilo,
apoio e um lar. Anos mais tarde, a família Holz foi para os Estados Unidos ao
encontro de parentes lá estabelecidos.
O jovem Davi,
pai de Huck, graduou-se como biólogo pela Universidade de Cornell e, embalado
pelas promessas do movimento surgido em 1968 “back to the land” (de
volta à terra), foi viver em West Virginia onde Huck nasceu e cresceu em uma cabana de madeira, sem
eletricidade, água corrente nem televisão.
É realmente
uma história interessante, como os velhos genes de judeus alemães se expandiram
através dos anos atravessando oceanos, continentes, culturas e gerações.
Huck foi
sempre um excelente aluno, entre os primeiros de sua classe, encantado com a
medicina e a fotografia.
Ao chegar à
idade de escolher sua profissão decidiu-se pelas ciências médicas, o que hoje
considera uma opção correta pois além de curar cataratas, glaucomas e
cegueiras, fotografa seus pacientes num clima de muita amizade e gratidão.
Dr. Huck Holz,
especialista em córnea em Kaiser Permanente, Santa Clara, Califórnia, um
humanitário responsável por um trabalho notável de assistência ao ser humano.
Dr. Huck
Holz, MD é especialista em oftalmologia em Santa Clara, CA com mais de 18 anos
de experiência neste campo médico. Graduou-se “ Summa cum Laude” pela
Universidade da Califórnia, San Diego, e recebeu seu doutorado em medicina em
2002. Após completar residência em oftalmologia na UC Davis, Holz cursou uma
bolsa de estudos de córnea, doenças externas e cirurgia refrativa no Centro
Moran Eye, Universidade de Utah.
“Oftalmologistas diagnosticam e tratam
doenças oculares, incluindo perda de visão, retinas destacadas, cataratas e
glaucoma. Eles realizam cirurgia de retina a laser, cirurgia refrativa e
operações de substituição de lentes.”
Dr. Holz tem trabalhado
internacionalmente junto ao Projeto Himalaia de Cataratas desde 2006.
Dr. Huck
viaja para o sul da Ásia e África levando serviços e treinamento internacional
para médicos. Ele também acolhe cirurgiões visitantes de todas as partes do
mundo para observar e aprender práticas médicas internacionais.
Os pacientes
vêm de todos os cantos do país e são recebidos no “Centro de Olhos” onde são
alimentados e tratados durante o tempo de cada procedimento, em geral um mínimo
de 3 dias.
Os
profissionais locais recebem aulas e treinamento da equipe visitante.
Missão
gratificante - Curando a Cegueira em casa: habitantes locais ajudando seu
próprio povo.
Entrei em contato com Dr. Huck e
solicitei uma entrevista por e-mail.
Aqui entrego a vocês suas generosas
respostas.
Meus primeiros anos
Meus pais se conheceram na
Universidade de Cornell e se mudaram de Nova York para a zona rural da Virgínia
Ocidental (West Virginia) em grande parte por razões políticas, sociais e
ambientais. Isso foi essencialmente devido ao movimento “volta à terra” no
início dos anos 70. Foi lá que nasci, em uma cabana de madeira sem água
encanada ou eletricidade. O que nos faltava em comodidades e confortos modernos
compensamos com muitas cabras e galinhas.
Eu tinha espaço para vagar quando
criança. Com muito tempo e área para explorar por conta própria, desenvolvi um
forte senso de aventura e o senso de independência que me acompanha. Mudamos
para San Diego, Califórnia, quando eu tinha 12 anos e fui exposto a um mundo
mais amplo. Pude fazer aulas de genética no ensino médio e até trabalhei em um
laboratório de genética na Universidade da Califórnia, San Diego, durante um
estágio de verão. Eu estava empolgado com o mundo da ciência.
Assuntos favoritos da
escola
Eu amava ciências na escola, mas
também me concentrei em arte. Na faculdade, dividi meu currículo entre o estudo
da história da arte e das ciências biológicas e cinematográficas. Eu lentamente
cheguei à ideia de uma carreira na medicina depois que comecei a me voluntariar
em uma clínica de abrigo para sem-teto na faculdade. Foi aqui que comecei a
perceber a tremenda necessidade e a distribuição desproporcional de recursos de
saúde no mundo. Vi a história natural dos processos de doenças que, quando
desacompanhados, infligiam tremenda morbidade.
Hobbies, livros que você
gostou e família mais próxima
Eu li muita literatura não ficção por
causa da minha sede de entender como o mundo funciona. Eu amei o Terceiro
Chimpanzé e o Sapiens.
Meus hobbies esportivos são surf,
esqui fora da pista, escalada e ciclismo de montanha, o que ainda faço
avidamente aqui no norte da Califórnia. Essas são atividades meditativas que me
mantêm equilibrado física e mentalmente.
Outros hobbies são a construção de
projetos, pintura e fotografia, que são uma saída criativa e emocionante para
mim.
Minha família mais próxima inclui meu
pai e sua esposa Margaret, minha mãe, minhas quatro irmãs (Kwala, Talia, Lena e
Lily) de quem eu sou muito próximo. Eu também sou muito próximo de meus primos,
Kim e Alex, e meu tio Claude e, claro, minha tia Ofra (artista que mora no
Brasil)!
Infância
Eu cresci em West Virginia até os 12
anos e depois mudei para San Diego, para
frequentar a Universidade (UCSD).
Então mudei para Davis, Califórnia,
para cursar medicina (UCSD). Fiquei lá durante a residência e depois fui para
Utah com bolsa de estudos em treinamento na área da córnea, segmento anterior e
cirurgia refrativa. Foi lá que conheci o Dr. Geoffrey Tabin, que se tornou meu
mentor da associação e mais tarde amigo muito próximo. Geoff e seu parceiro no
Projeto de Catarata do Himalaia, Sanduk Ruit (veja Second Suns) eram uma força
real no mundo em desenvolvimento. Eles reconheceram a necessidade de cuidados
com os olhos no mundo em desenvolvimento e começaram a fazer algo o mais
grandioso possível sobre isso. Treinei as revolucionárias técnicas cirúrgicas
que mudaram os cuidados oculares internacionais no Nepal em 2006. Desde então,
trabalho com o Dr. Tabin e o Dr. Ruit neste projeto e desde então lecionei e
operei no Nepal, Quênia, Tanzânia, Uganda, Zimbábue, Gana e Etiópia. Muitos dos
meus esforços foram realizados na Etiópia por várias razões, inclusive minha
assistente aqui nos EUA é etíope e ela adora fazer esse trabalho comigo lá. Eu
também amo as pessoas, a comida e os cirurgiões têm sido ótimos colaboradores e
estudantes por lá. Este ano, quando visitamos a Etiópia, o Dr. Tabin e eu fomos
capazes de realizar uma média de 100 cirurgias de catarata por dia e a pura
alegria de remover centenas de curativos todas as manhãs dos pacientes
submetidos à cirurgia do dia anterior e ver seus sorrisos agradecidos e
admirados enquanto eles enxergam pela primeira vez em anos é incrivelmente
gratificante. É por isso que continuo voltando ao berço da humanidade.
Para conhecer
melhor este jovem e dinâmico cirurgião, amante da natureza e de esportes
radicais, focado no bem-estar e saúde de seus semelhantes, oferecemos um vídeo que
relata sua missão de cura de olhos no terceiro mundo, ‘The Better Part – Eyes
in Ethiopia”!
Após os
primeiros 6 minutos de entrevista com Holz, aparece um vídeo dentro do vídeo,
mostrando este jovem humanitário em ação.
Que muitos
outros sigam este exemplo, levando luz às vidas em trevas.
AGRADECIMENTOS:
1 - Entrevista
com Ofra Holz Grinfeder, tia de Huck que vive em São Paulo e colaborou com
fotos e histórias da família.
Através de
Ofra fiquei conhecendo o trabalho deste jovem e dedicado cirurgião.
2 – Contato
por e-mail com Dr. Huck e sua receptividade em nos atualizar sobre sua vida e
trabalho.
Em meio ao isolamento imposto pela pandemia e todos os embates políticos nacionais e internacionais, reacende a chama de uma praga mais difícil de combater que o coronavírus: o racismo. A EshTánaMídia foi idealizada há 3 anos com o objetivo de combater narrativas que tinham por objetivo difamar o Estado de Israel. Estas narrativas, criadas por movimentos adeptos de processos que erguem barreiras ideológicas, tentam isolar o Estado de Israel e minar sua economia. Os resultados têm sido pífios porque, atualmente, a economia de Israel está baseada no desenvolvimento de conhecimento, tecnologia e inovação que compõem muitos dos produtos que usamos. Dessa forma, é possível deixar de comprar produtos israelenses vendidos no supermercado, mas não é possível usar computadores ou celulares sem consumir produtos ou tecnologias israelenses, sem falar em produtos médicos ou mesmo o Waze.
Há três anos o antissemitismo voltado contra todos os judeus, sejam israelenses, franceses, brasileiros, americanos ou de qualquer outra nacionalidade, ganha forças - e seu debate chega de alguma forma à imprensa em geral. Após a morte de George Floyd em Minessota, nos Estados Unidos, por um policial branco, movimentos de protesto contra a discriminação do negro ganharam força. Infelizmente, alguns destes protestos reavivam o antissemitismo.
Chegou a hora de lembrar da Marcha pelos Direitos Civis em Selma, Alabama, em 21 de março de 1965, quando o Rabino Abraham Joshua Herschel caminhou ao lado de Martin Luther King. Cada com um suas características, mas buscando um futuro em que o respeito e a diversidade seriam a tônica. Poderíamos seguir por muitos parágrafos relatando relações positivas entre judeus e negros, mas hoje vamos direto às origens. A travessia do deserto após a saída do Egito nos tempos bíblicos relata a formação do Povo de Israel. Esta história está contada na Torá (cinco livros de Moisés) e a cada semana uma porção (parashá) é lida nas sinagogas do mundo inteiro. A parashá desta semana (Behalotchá – Quando Subires: Números 8:1 – 12:16) une de forma exemplar as temáticas de isolamento devido a doenças contagiosas e relação entre judeus e negros. A mulher de Moisés era filha de um sacerdote e líder do Povo Cush (habitantes do Sudão e sul do Egito). Segundo os comentaristas (século XI), era uma mulher muito bonita. Segundo a Guematria, que atribui números às letras, a soma das letras de kushit (כושית) e muito bonita ((יפת מראהé 736. Tzipora, a mulher de Moisés era muito bonita e especial, mas a irmã de Moisés, Miriam a sacerdotisa, vê apenas a cor de sua pele. Conta a parashá que Miriam foi castigada com manchas brancas em sua pele, e que teve que ser isolada de todos porque a doença era contagiosa. Isolamento social e pouca aceitação das diferenças... é como se estivéssemos lendo os jornais de hoje.
No contexto da Torá escrita e da Torá Oral este episódio foi uma forma de mostrar a importância da diversidade entre os semelhantes. A importância que o todo não é formado de iguais. O todo é a soma de partes que se harmonizam, apesar de poderem ter arestas. Sabemos que estes tempos de isolamento irão acabar, e vamos contribuir para que os tempos de recrudescimento do racismo e do antissemitismo também possam ser abreviados. Em frente - em busca do respeito à HUMANODIVERSIDADE. Boa Semana! Regina P. Markus
Israel, 2020:
menino de 6 anos encontra peça arqueológica da Idade do Bronze (séc XII a XV).
Por Itanira Heineberg
A placa de
valor imensurável, do tempo dos Cananeus, tem 3.500 anos de existência!
Você sabia
que uma peça rara de argila, de 3.500 anos de idade, foi descoberta
recentemente por um menino de 6 anos?
A placa, do
período canaanita, retrata um oficial usando uma saia conduzindo um prisioneiro
subjugado.
Segundo
arqueólogos, o objeto tem cerca de 3.500 anos e retrata o poder de um
governante sobre seus inimigos. Eles se perguntam como este artefato único
passou despercebido durante as escavações.
O menino que
a descobriu foi recompensado.
Vejamos agora
a história deste importante achado, escrita por Abigail Klein Leichman,
escritora e editora associada do canal ISRAEL21C.
Como concluiu
Abigail, a história certamente não acabou bem para o infeliz escravo, atado e sem
roupas, que aparece na placa de barro milenar encontrada em Israel.
Já para o
garoto que a encontrou, o desfecho final foi mais feliz pois recebeu um
certificado de bom cidadão.
O menino Imri
Elya do Kibbutz Nirim avistou a barra de argila de 2,8 cm2 enquanto caminhava
com seus pais no sítio arqueológico Tel Jemmeh, perto do Kibbut Re’im nas
cercanias da Faixa de Gaza.
O curioso
menino pegou o objeto e viu as duas figuras nele gravadas. Seus pais
contactaram as Autoridades de Antiguidades de Israel (IAA) e a seguir o objeto
foi transferido para o Departamento Nacional dos Tesouros do IAA.
Após
fotografar e documentar o precioso artefato nos laboratórios de fotografia
digital do IAA, os arqueólogos perceberam que nada semelhante a esta peça havia
sido descoberto nas escavações arqueológicas em Israel até o momento.
A tábua de
argila mostra um homem importante conduzindo um escravo nu com as mãos atadas
nas costas. O senhor tem cabelo crespo e um rosto cheio ao passo que o cativo é
magro e apresenta uma face alongada.
Os
arqueólogos do IAA, Saar Ganor, Itamar Weissbein e Oren Shmueli, acreditam que
a peça tenha sido feita durante a última etapa da Idade do Bronze, entre os
séculos XII e XV A.C. Neste período o Império Egípcio reinava em Canaan.
Tel Jemmeh
corresponde à cidade canaanita de Yurza, uma das mais poderosas cidades
canaanitas ao sul do país. A cena retratada na placa pode simbolicamente
descrever a luta pelo poder entre Yurza e cidades vizinhas como Gaza ou
Ashkelon.
"Isso
abre uma janela visual para entender a luta pelo domínio no sul do país durante
o período canaanita",
afirmaram os arqueólogos.
Imri, como
muitas outras crianças israelenses que tropeçaram em tesouros arqueológicos,
talvez ainda não tenha compreendido totalmente o significado de sua descoberta,
mas foi alvo de muitas atenções e palavras de entusiasmo e recebeu um documento
oficial para seu currículo estudantil.
Ainda em tempos de pandemia: semana após semana, todos nós testemunhamos o desenrolar dela em diferentes países do mundo e a história sendo contada por muitos ângulos. Assim como é difícil ver a imagem de uma pessoa em uma superfície circular, as muitas verdades que despontam nestes dias reduzem o nosso entendimento do processo, mas mostram de forma muito clara que a base de conhecimento de cada um pauta as ações e reações. Neste momento as diferenças culturais, étnicas e políticas chamam atenção. Muitos tentam explicar alguns desempenhos mais favoráveis como sendo relacionados com cultura, liderança ou genética, outros mostram que nenhum dos fatores em particular parecem ser causa única, mas que a combinação de alguns deles tem determinado melhor ou pior desempenho. No caso de Israel, por muitas semana temos retransmitido notícias, sempre checadas, em que se mostra a diversidade do país e a forma com que convivem diferentes etnias. Ser diferente é quase um padrão, mas o que esta diferença significa e quais a chances ou não chances que as diferenças propiciam são altamente discutidas. Muito interessante o vídeo que publicamos esta semana mostrando a vida de libaneses que vieram para Israel no final da Guerra do Líbano fugindo do Hezbollah. Postamos também várias matérias sobre os judeus que emigraram da Etiópia. Duas ondas de refugiados, que enfrentavam uma importante onda de antissemitismo, e o governo de Israel decidiu que era sua responsabilidade. Muitas foram as dificuldades até que chegassem a ocupar cargos no Parlamento, ou serem destaque na música, artes e na beleza. Nestes tempos em que o racismo em todo o mundo aflora - e em que o antissemitismo é apresentado de forma mais explícita - é importante mostrar quando experiências diferentes mostram uma chama de esperança. Esperança do verbo esperançar, como diz o Prof. Mario Sergio Cortella, filósofo e Prof. Titular aposentado da PUC-SP, conhecido de muitos por ser pessoa presente em nossas mídias. Esperançar versus esperar. Os dois verbos remetem ao futuro, mas o segundo torna o futuro algo certo, basta esperar que algo vai acontecer. O primeiro dá ao futuro uma direção. Esperança que algo ocorra - e para isso, muitos sabem que algo precisa ser feito.
Folha de São Paulo - 29 de maio de 2020
Vamos juntos viajar para a Etiópia de 2020, que aparece no jornais em todo o mundo, inclusive na Folha de São Paulo do último dia 29 de maio. País com aproximadamente 110 milhões de habitantes em que foram relatadas apenas 3.600 mortes. O número pode estar subnotificado, mas, ainda que multiplicado algumas vezes, seria excelente se comparado com a Suécia e outros países da Europa. A Suécia com 10,23 milhões de habitantes reportou, até maio, 4.562 mortes. Os dois países, Etiópia e Suécia, não optaram pelo "lockdown". O que aconteceu na Etiópia, país de origem de Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da Organização Mundial de Saúde? O país foi exposto a um choque de educação. SIM, haveria muita dificuldade de um "lockdown" rígido, mas havia necessidade de aumentar o distanciamento social e a lavagem das mãos. Assim, por todos os meios de comunicação, desde os visitadores de saúde até as mídias digitais, passando por uma mensagem por telefone - todo mundo que tira o aparelho "do gancho" para fazer uma ligação escuta - é repetida uma mensagem educativa ressaltando a importância das medidas preventivas. Foi feita a disseminação de uma idéia; a conscientização da importância de tomar medidas preventivas. O plantio de uma semente que está dando frutos. Números e nomes; fatos e fotos - são apenas bases para compor idéias - e estas é que são disseminadas e alcançam o futuro. Educar - educar e educar... aos filhos e aos pais... aos alunos e aos mestres... aos ignorantes e aos doutos. Pratiquem o Isolamento Social - e lavem as mãos. Boa Semana! Regina P. Markus