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quinta-feira, 11 de junho de 2020

Editorial: #Vidas Negras Importam – RACISMO - Antissemitismo

#Vidas Negras Importam – 
                                 RACISMO - Antissemitismo

Em meio ao isolamento imposto pela pandemia e todos os embates políticos nacionais e internacionais, reacende a chama de uma praga mais difícil de combater que o coronavírus: o racismo. A EshTánaMídia foi idealizada há 3 anos com o objetivo de combater narrativas que tinham por objetivo difamar o Estado de Israel. Estas narrativas, criadas por movimentos adeptos de processos que erguem barreiras ideológicas, tentam isolar o Estado de Israel e minar sua economia. Os resultados têm sido pífios porque, atualmente, a economia de Israel está baseada no desenvolvimento de conhecimento, tecnologia e inovação que compõem muitos dos produtos que usamos. Dessa forma, é possível deixar de comprar produtos israelenses vendidos no supermercado, mas não é possível usar computadores ou celulares sem consumir produtos ou tecnologias israelenses, sem falar em produtos médicos ou mesmo o Waze.


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Há três anos o antissemitismo voltado contra todos os judeus, sejam israelenses, franceses, brasileiros, americanos ou de qualquer outra nacionalidade, ganha forças - e seu debate chega de alguma forma à imprensa em geral. Após a morte de George Floyd em Minessota, nos Estados Unidos, por um policial branco, movimentos de protesto contra a discriminação do negro ganharam força. Infelizmente, alguns destes protestos reavivam o antissemitismo.


Chegou a hora de lembrar da Marcha pelos Direitos Civis em Selma, Alabama, em 21 de março de 1965, quando o Rabino Abraham Joshua Herschel caminhou ao lado de Martin Luther King. Cada com um suas características, mas buscando um futuro em que o respeito e a diversidade seriam a tônica. Poderíamos seguir por muitos parágrafos relatando relações positivas entre judeus e negros, mas hoje vamos direto às origens.

A travessia do deserto após a saída do Egito nos tempos bíblicos relata a formação do Povo de Israel. Esta história está contada na Torá (cinco livros de Moisés) e a cada semana uma porção (parashá) é lida nas sinagogas do mundo inteiro. A parashá desta semana (Behalotchá – Quando Subires: Números 8:1 – 12:16) une de forma exemplar as temáticas de isolamento devido a doenças contagiosas e relação entre judeus e negros. A mulher de Moisés era filha de um sacerdote e líder do Povo Cush (habitantes do Sudão e sul do Egito). Segundo os comentaristas (século XI), era uma mulher muito bonita. Segundo a Guematria, que atribui números às letras, a soma das letras de kushit (כושית)  e muito bonita ((יפת מראה é 736. Tzipora, a mulher de Moisés era muito bonita e especial, mas a irmã de Moisés, Miriam a sacerdotisa, vê apenas a cor de sua pele. Conta a parashá que Miriam foi castigada com manchas brancas em sua pele, e que teve que ser isolada de todos porque a doença era contagiosa. Isolamento social e pouca aceitação das diferenças... é como se estivéssemos lendo os jornais de hoje.

No contexto da Torá escrita e da Torá Oral este episódio foi uma forma de mostrar a importância da diversidade entre os semelhantes. A importância que o todo não é formado de iguais. O todo é a soma de partes que se harmonizam, apesar de poderem ter arestas. Sabemos que estes tempos de isolamento irão acabar, e vamos contribuir para que os tempos de recrudescimento do racismo e do antissemitismo também possam ser abreviados.

Em frente - em busca do respeito à HUMANODIVERSIDADE.


Boa Semana!

Regina P. Markus

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