VOCÊ SABIA que J. D. Salinger, escritor americano mais conhecido por seu romance de 1951
"O Apanhador no Campo de Centeio" foi homenageado recentemente com
uma escultura em um campo de centeio próximo à cidade lituana onde seus
ancestrais viveram?
Por Itanira Heineberg
Seu livro “O Apanhador no Campo de Centeio”, muito popular entre a geração de estudantes universitários do pós-Segunda Guerra Mundial nos Estados Unidos, foi proibido por décadas em seu país até tornar-se um ícone da literatura mundial do século XX.
A história da família Salinger remonta a Sudargas, um pequeno assentamento judeu na fronteira lituano-polonesa no que era então o Império Russo. Os registros do vilarejo mostram que os Salingers moraram em Sudargas pelo menos desde 1831, depois que o bisavô escritor, Hyman José Salinger, se mudou para lá da cidade vizinha de Taurage. A cidade ainda existe, mas o assentamento judaico não.
Seu neto
emigrou para os Estados Unidos em 1881 durante a escassez de alimentos e
casou-se com uma imigrante lituana na Pensilvânia.
Jerome David Salinger nasceu em Nova York, em
1919.
Filho de Sol
Salinger, um comerciante de queijo Kosher, e mãe de
origem escocesa, alemã e irlandesa, J. D. Salinger passou os anos de sua
infância na Park Avenue, em Manhattan.
“Começou a escrever ainda na escola secundária. A partir de 1940 publicou diversos contos. Estudou durante três anos na Academia Militar de Valley Forge. Em 1942, serviu na Segunda Guerra Mundial. Terminado o conflito, entrou para a Universidade de Columbia.
J.D.
Salinger foi um exímio contista, capaz de profunda observação social em poucos
traços. Seus personagens se expressam com um coloquialismo que poucos
escritores alcançaram. Ele pertence a um restrito grupo de autores cuja
assinatura se imprime não só no campo literário, mas na cultura de seu tempo.
Sua grande realização foi o personagem Holden Caulfield, um adolescente
desajustado, protagonista e narrador da obra “O Apanhador no Campo de Centeio”
(1951), do original “The Catcher in the Rye”.
J. D. Salinger
- 1919 - 2010
“O livro
foi considerado um ícone da geração dos anos 60. O personagem Holden Caufield
era inquieto, desconfiado da autoridade adulta, mas igualmente deslocado entre
os colegas de sua idade. Não encontrava nenhum sentido na vida por viver preso
a instituições tradicionais como a família e a escola. Sua inquietude e sua
revolta sem objeto anteciparam a cultura jovem contestadora das décadas
seguintes.
Depois do
livro que o consagrou como um dos maiores escritores norte-americanos, publicou
só mais três livros - “Nove Estórias” (1953), “Franny & Zooey” (1961),
"Carpinteiros, Levantem Bem Alto a Cumeeira” e “Seymour: uma
Apresentação" (1963). Uma das poucas declarações que fez à imprensa foi
para justificar seu esforço para impedir a publicação de uma coletânea de
contos não autorizada, em 1974. "Há uma paz maravilhosa em não publicar, a
publicação é uma invasão da minha privacidade", disse a um repórter.”
Apesar de ter
dado voz à sua geração, Salinger optou mais tarde por se isolar e se calar. Em
1953 abandonou Nova York e mudou-se para Cornish, em New Hampshire, onde viveu
longe do mundo até sua morte em 2010.
O confuso e
deprimido personagem Holden Caulfield, jovem melancólico e carente de contato
humano, vivendo o pós- stress da perda do irmão menor, curioso e inseguro em
relação ao sexo, experienciando a fase de passagem da infância à adolescência,
debate-se, sofre e sonha em ajudar as crianças antes da queda no precipício da
vida, no mundo assustador e hipócrita dos adultos, perdendo assim sua inocência
original.
FONTES:
https://www.timesofisrael.com/lithuania-erects-sculpture-in-honor-of-j-d-salinger/
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