Tecnologia, Meio Ambiente e Sobrevivência
O século XX presenciou uma das maiores evoluções tecnológicas da humanidade. Yuval Noah Harari, o conhecido historiador e escritor israelense cujos livros foram traduzidos para dezenas de idiomas, separa o processo da evolução do domínio do homem sobre o planeta em três etapas. Na primeira, há mais de 70.000 anos, o homem aprendeu a contar e divulgar histórias criando um imaginário coletivo que agregou indivíduos formando um corpo social. Isto ampliou em muito a capacidade de defesa e convívio com seres fisicamente mais fortes. Pensar e transformar o pensamento em texto e contexto é até hoje uma forma de superar a fraqueza física. A segunda fase, a agrícola, começou há 10.000 anos, e com ela a possibilidade de liberar o fornecimento de alimentos do meio ambiente e criar condições para minimizar a fome. Há 500 anos iniciou-se a civilização baseada na ciência. Neste caso, além das tecnologias necessárias para fins utilitários, o homem passou a buscar o entendimento dos fenômenos terrestres e de seus componentes, indo do mais absoluto reducionismo à mais complexa sistematização. O homem olhou o átomo, com o núcleo central circundado por elétrons em órbita, e o comparou com os planetas ao redor de uma estrela central. No cosmos havia também outros elementos, como os satélites e anéis de poeira, que com o passar dos tempos também foram descobertos no microcosmo (átomo).
Nesta semana encontramos nos jornais brasileiros um amplo debate sobre o meio ambiente e a relevância de sua preservação. Sobre a fome ao redor do mundo, algo inaceitável no século XXI, mas tão presente ao nosso redor e em muitas terras distantes. Esta pode ser resultado de guerras ou catástrofes ambientais, mas também é endêmica em muitas regiões. O que terá tudo isso a ver com o objetivo da EshTá na Mídia (ETNM)?
O leitor deve estar pensando - muito fácil de responder! Alguns grupos que combatem o sionismo e o Estado de Israel criam "estórias" (com a grafia que antigamente se usava para diferenciar fatos de boatos) difamando e demonizando o Estado de Israel. Estes grupos também propõem ações concretas de boicote a produtos israelenses! Ao mesmo tempo, na outra ponta do discurso e usando fatos que embasam o título de "Nação Start Up", o moderno Estado de Israel desenvolve de forma ímpar conhecimentos científicos e os transfere para utilitários que transformaram a nossa vida. Desde a criação do pen-drive, de uma gama importante de componentes físicos e processuais que permitem que hoje vivamos na INTERNET até novos procedimentos aplicados à educação, saúde e geração de alimentos. Está sendo feito o caminho inverso, não contado em intervalos de milênios, mas sim em intervalos de décadas; do conhecimento científico à agricultura. E com isso a uma dimensão que ainda não estava no HOMO SAPIENS de Harari - vou chamar aqui de OLHAR PLANETÁRIO - A TERRA.
Se contamos com a tecnologia para chegar à ciência, hoje temos que contar com a ciência para desenvolver tecnologia para proteger o nosso planeta, a nossa TERRA. No Você Sabia desta semana, que está imperdível, Ithanira Heinenberg descreve HORTAS VERTiCAIS de altíssima produtividade e que poderão alimentar os milhões de pessoas que habitam as nossas cidades! Imagine ter alguma hortas destas dentro de nossas megalópolis. Além da produção de alimentos em áreas muito menores, estaríamos evitando o transporte e com isso um gasto desnecessário de energia.
Acertaram - o termo SOBREVIVÊNCIA do título refere-se ao nosso planeta, ao nosso meio ambiente que poderá ser protegido não pela derrubada do agronegócio, que é essencial para que todos os cidadãos deste planeta possam ser alimentados, mas pela nova caminhada que revolucionará a forma com que produzimos alimentos! Ao sonhar além do limite de nosso planeta, buscando formas de nos alimentarmos fora deste contexto, é possível que encontremos formas de revolucionar mais uma vez a agricultura e impor uma mudança do processo iniciado 10.000 anos atrás.
E quanto ao Estado Judeu fica a esperança de que, assim como sobreviveu aos babilônicos, gregos, romanos, à Idade Média, Inquisição, Cruzadas e ao Nazismo, também vai romper a barreira dos movimentos que nos séculos XX e XXI difamam o jovem Estado de Israel. No momento já encontramos vários movimentos que mostram que difamar o sionismo é a mais nova forma de antissemitismo.
Nestes tempos de pandemia, como é bom correr os séculos e encontrar o verde da esperança representado pelo verde das novas práticas agrícolas e também verificar que apesar das "estórias" que embasam difamações e demonizações, a real história abre um novo capítulo para embasar a continuidade do povo judeu. Céu azul com poucas nuvens!
Cuidem-se.
Regina P. Markus
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