Novas
tecnologias para alimentar a crescente população mundial, que deverá ser de 10
bilhões de pessoas em 30 anos, levam supermercados israelenses a utilizar
hortas verticais para vender verduras frescas.
Por Itanira Heineberg
Você sabia
que devido ao aumento vertiginoso da população global e para atender às novas necessidades
alimentícias, a quantidade de verduras produzidas em escala global deve
aumentar 60%?
“Aproveitando uma onda de valorização de produtos frescos e orgânicos, a rede de supermercados Rami Levy, uma das maiores de Israel, tem cooperado com duas startups do setor agritech para erguer containers equipados onde receber plantações de frutas e vegetais que serão vendidos ali mesmo.
A idealizadora destes projetos é a Vertical Field, empresa com sede em Ra’anana que cria fazendas verticais urbanas com o uso de tecnologia geopônica, unindo sua expertise na agricultura com o smart design. A ela se juntou a Bioled, startup de Tzuba que faz uso de eco iluminação ao utilizar luzes de LED para que a cultura agrícola seja mais sustentável e lucrativa.”
Mais
habitantes no planeta, mais alimentos a serem consumidos.
Como os
métodos atuais de plantio exigem quantidades maiores de água e terra do que dispomos
no momento, novas soluções se fazem necessárias.
Fazendeiros
terão de usar escadas à medida que o verde subir pelas paredes. |
Também a
pandemia do novo coronavírus causando transtornos na cadeia de fornecimento de mantimentos
serviu de alerta para o futuro da alimentação global.
Estas novas tecnologias eliminam o trabalho nas fazendas e entregas convencionais enquanto fornecem produtos mais frescos e menos nocivos ao meio ambiente por não utilizarem tantos insumos.
“A
importância da iniciativa foi reconhecida com a escolha da Vertical Field na
edição de 2019 da lista de startups a serem observadas do Silicon Valley Review
e World Smart City.”
Vertical
Field
As paredes verdes baseadas no solo fornecem resultados reais, tornando as cidades mais verdes, mais saudáveis e mais sustentáveis.
Esta preocupação com os alimentos do planeta tem levado muitas pessoas, órgãos e grupos de alunos a lançarem mão de soluções práticas, inteligentes e efetivas.
Em 2020 a
Stop Hunger (Pare a Fome) criou um projeto em parceria com o Instituto Escola
do Povo compreendendo uma horta comunitária com ações de capacitação e educação
para a comunidade da favela Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo.
Foi criado
um espaço com cerca de 900 m2 para o plantio de legumes tendo em vista educar,
capacitar e oferecer hortaliças às pessoas da comunidade cadastradas no
projeto, garantindo-lhes uma alimentação mais salutar.
“O
local terá ainda módulos para plantio de frutas, hortaliças e hortas verticais.
Durante os workshops haverá capacitação com ensino de técnicas de cultivo,
redução e reutilização de resíduos orgânicos aplicados como fertilizantes na
horta. Ao todo serão mais de 60 tipos de espécies de hortaliças e frutas que
serão cultivadas – a previsão é beneficiar mais de mil pessoas, com ênfase na
capacitação de mulheres.”
Dia 16 de
outubro é o Dia Mundial da Alimentação, mas neste momento observa-se no mundo um
movimento de preocupação com a alimentação do futuro próximo.
Hortas
comunitárias e muitas vezes verticais vêm sendo criadas entre vizinhos,
voluntários, estudantes, como viemos a conhecer um grupo de ex-alunos da
Faculdade de Agroecologia de Matinhos, Paraná, que se uniram e criaram hortas
para todos utilizando áreas abandonadas na cidade onde ensinam a plantar e
cuidar das hortaliças sem ajuda de agrotóxicos.
Os
moradores destas zonas desprivilegiadas aprenderam um novo mister ao mesmo
tempo em que passaram a receber gratuitamente alimentos mais saudáveis e
fresquinhos.
Hortas comunitárias na Região Sul de Curitiba. |
FONTES:
http://hebreu.blogspot.com/2021/03/supermercado-israelense-utiliza-hortas.html
https://www.verticalfield.com/
https://nocamels.com/2015/06/israeli-greenwall-vertical-gardens-food/
https://casa.abril.com.br/news/em-sao-paulo-paraisopolis-ganha-horta-comunitaria/
Nenhum comentário:
Postar um comentário