Rosh Hashaná, Iamim Noraim, Iom Kipur, Sucot, Shmini Atzeret, Simchat Torá - Ano Novo, Dias de Reflexão, Dia do Julgamento, Festa do Tabernáculo, Oitavo Dia, "Alegria da Torá".
Uma sequência ⏳ de 25 dias especiais no calendário judaico. Em Israel este é o período de festas e redução da atividade. Uma parada para refletir, pedir desculpas e receber o perdão de outros seres humanos, rezar ou esperar que o ano vindouro seja pleno de vida. Voltar aos dias de alegria, fazendo refeições alegres com muitos convidados em uma cabana, fazendo muitos passeios e se preparando para começar a estudar novamente, isto é, terminar e reiniciar a leitura da Torá (rolo que contém os cinco livros de Moisés). O dia de Simchat Torá está ligado à despedida de Moisés, que não entrou na Terra de Israel. Para a vida ter continuidade, o fim de um período precisa ser conectado com o início de outro.
Muitos rituais vêm descritos na Torá, muitos foram adicionados ao longo dos milênios e refletem os muitos lugares onde viveram e vivem judeus.
Há uma outra sequência importante de festas que inclui Pessach e Shavuot, quando comemora-se a saída do Egito e o recebimento da Torá aos pés do Monte Sinai. Esta sequência de festas lembra o início do Povo Judeu. Lembra a importância da organização da sociedade, dirigentes, profissionais de construção, da saúde, professore(a)s, o relacionamento com outros povos. É um conhecer das Leis, Rituais e Obrigações.
A cada ano estas duas ações são lembradas em momentos específicos para que possamos entender que viver com alegria e dignidade implica não apenas no cumprimento das leis, mas também no cuidar da família, do próximo e dos diferentes. Neste contexto, a mishná dá muitos exemplos não apenas do cuidar do pobre, do que não sabe perguntar, mas também do cuidar do sábio, do rico e do empreendedor. Cuidar do próximo de forma ampla e diária é como a sociedade judaica ao longo dos milênios se organiza em cada comunidade. Nos locais mais ligados com a nossa cultura e nos mais distantes.
Como esta organização pode singrar o tempo e ultrapassar milênios, chegamos então no dia a dia, no semana a semana. E aí temos uma das principais contribuições do judaísmo: o dia de descanso semanal, que deve ser seguido por todos. Para nós judeus, o SHABAT.
E neste contexto, a nossa Chavurá - Esh Tamid - celebra semanalmente a chegada do Shabat, nas sextas-feiras à noite.
Um encontro semanal que permite um respiro nas nossas vidas corridas, e uma forma de estar junto, quando o dia a dia é mais solitário, ou de acolher e sorrir. Um espaço em que cada um pode se encontrar e encontrar o outro.
É nesta prática rotineira que encontramos a razão de termos uma corrente que une gerações. Uma corrente capaz de se fortalecer mesmo quando muitos querem rompê-la.
Uma boa semana!
Regina P. Markus
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