Hedy Lamarr, estrela
de Hollywood e mãe do WiFi
Você sabia que uma bela e inteligente mulher, uma cientista judia, foi a criadora das redes Wi-Fi? Com certeza você está utilizando uma delas agora, ao ler este texto!
Hedy Lamarr, engenheira e inventora da internet sem fio, escapou do regime nazista e ficou famosa em Hollywood como estrela de cinema.
Durante a Segunda Guerra a talentosa atriz criou a base da tecnologia para aparelhos de comunicação sem fio para as Forças Armadas Americanas que serviria de “mãe” da Internet.
A internet
Wi-Fi e a conexão Bluetooth, duas das tecnologias mais importantes nos dias de
hoje, só saíram do papel graças a uma mulher judia que se refugiou nos Estados
Unidos. Hedy Lamarr, que morreu em 2000 aos 85 anos, além de ser uma renomada
atriz do começo do século passado, era também inventora. Ela desenvolveu o
sistema de salto em frequência, planejado originalmente para guiar torpedos
submarinos usando sinais de rádio.
Esse
sistema é a base para o espectro de propagação de salto de frequência (FHSS, na
sigla em inglês), que é amplamente usado em aparelhos de comunicação sem fio.
Nele, o sinal de rádio "salta" de um canal para o outro de forma
aleatória e sem perder a conexão. Assim, o sinal sofre menos risco de
interferência e de congestionamento, além de tornar mais difícil a
interceptação.
Hedwig Eva
Maria Kiesler nasceu na Áustria em 1914 e desde a infância demonstrou interesse
e curiosidade por máquinas e invenções. Com a presença afetuosa da mãe pianista,
ela inclinou-se ao mundo das artes e em 1930 fez sua primeira ponta em um filme.
Já em 1933, aos 18 anos, estrelou no criticado filme Ecstasy, o primeiro longa
metragem a expor uma cena de orgasmo.
Ainda em 1933,
Hedy casou-se com Fritz Mandl, dono de uma fábrica de armamentos, um dos homens
mais ricos da Áustria, que tinha ligações com o novo governo nazista.
Como
esposa dele, Hedy parou de atuar e passou a viver prisioneira dentro de casa,
segundo suas próprias palavras.
Em 1937,
insatisfeita com o casamento e com os rumos do país, ela fugiu da Áustria para
Londres, na Inglaterra. De lá, ela partiu para os EUA, onde retomou a carreira
de atriz de cinema. Em Hollywood, ela adotou o nome artístico Hedy Lamarr, em
homenagem à falecida atriz Barbara La Marr. Em pouco tempo, ela contracenou com
grandes nomes da época, como Clark Gable e Judy Garland e, anos depois,
ganharia uma estrela na Calçada de Fama de Los Angeles.
Sansão e Dalila, seu bem sucedido filme com Victor Mature.
Mesmo obtendo
sucesso no cinema ela sofria com o avanço da guerra, sempre pensando na mãe que
ainda vivia na Áustria.
Movida por
estas preocupações ela tentou usar seus conhecimentos sobre armas para uma
solução ao conflito mundial.
Quis a
história que em 1940, durante uma festa, ela conhecesse o compositor George
Antheil.
Enquanto
tocavam juntos algumas melodias ao piano, surgiu-lhe uma inspiração para a
tecnologia do sistema de salto de frequência: enquanto o
"transmissor" Antheil tocava os primeiros acordes, a
"receptora" acompanhava logo em seguida.
A ideia de
manter a sincronia mesmo com ambos tocando teclas diferentes foi transplantada
para a tecnologia de torpedos submarinos. Na época, esse tipo de armamento era
controlado por sinais abertos de rádio. Para conter os ataques, a marinha alemã
provocava congestionamento na frequência usada na comunicação dos submarinos,
causando perda de conexão.
Já com o
sistema concebido por Lamarr, o sinal fica "pulando" de um canal para
o outro, tornando-o imune a essa estratégia de defesa. Se fosse implementada,
essa tecnologia colocaria as forças aliadas em grande vantagem.
Este sistema
de salto em frequência chegou a ser patenteado em 1942, mas não foi utilizado
durante a guerra vigente. Além da tecnologia ser avançada demais para a época,
o alto comando dos EU não gostava da ideia do sistema ter sido criado por uma
mulher!
Assim a
patente expirou e Hedy nada recebeu.
O sistema
acabou sendo usado militarmente, mas a tecnologia abriu diversas portas para o
uso civil e permitiu a criação de tecnologias de comunicação como GPS,
Bluetooth e Wi-Fi.
Apenas em 1997 Hedy e Antheil foram reconhecidos pela criação do sistema de comunicação sem fio ao receberem o prêmio EFF Pioneer Award, o Oscar da Invenção nos EUA.
E como uma
pesquisa leva a outra e um assunto leva a outro, tive a felicidade de descobrir
o livro “A Paixão de Ser Mulher” de Eugenia Tusquets y Susana Frouchtman, uma
obra que recupera o perfil de 12 mulheres célebres, entre ela a nossa Hedy,
esquecidas nos livros de História.
Esta com
certeza será minha próxima leitura. Voltarei ao assunto outra vez.
E para
concluir este relato de guerra, arte e ciência e a influência destes
ingredientes na vida de Hedy Lamarr, apresentamos um vídeo divertido, o Google
Doodle comemorativo dos 101 anos do nascimento da cientista.
FONTES:
https://www.techtudo.com.br/noticias/2022/04/quem-foi-hedy-lamarr-a-inventora-das-redes-wi-fi.ghtml
https://mulheresnaciencia-mc.blogspot.com/2014/
https://elpais.com/elpais/2015/12/03/mujeres/1449119100_144911.html
https://veja.abril.com.br/coluna/isabela-boscov/hedy-lamarr
Mulher inteligentíssima deveria ter ganho o Oscar pelas suas ideias brilhantes eu sou a Cleide lucaslLucas cleidelucas1952@gmail.com
ResponderExcluirFormidável!
ResponderExcluirAgradeço a essa magnífica mulher as facilidades essenciais que temos em nossos meios de comunicação. OoObrigado!pel!sumente
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