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quinta-feira, 11 de abril de 2024

ACONTECE - Fundamental e novo é unir forças

Por Juliana Rehfeld



As semanas passam e as notícias ruins para Israel continuam, às vezes pioram. Nas mídias, só pioram. 

Mas nas ruas a vida segue, a vida pulsa, as pessoas se mobilizam para que as notícias possam mudar.  Desde a semana passada Jerusalém se manifesta para que os reféns (quantos vivos?) voltem para casa ao se completarem 6 meses da guerra com o Hamas.

No sábado milhares de manifestantes em Tel Aviv e Haifa pediram a renúncia de Netanyahu e eleições antecipadas e havia participantes de todo espectro partidário, eram cidadãos cansados, emitindo, em alto e bom som, a vontade de ter seu país e sua esperança restituídos, e sobretudo, suas famílias em paz. A maioria dos israelenses não veste a posição nós X eles, busca-se, ou melhor, necessita-se de, uma unidade que será naturalmente mais poderosa. É um momento de inflexão suspenso no tempo, como entre uma vida e outra, em que se quer deixar para trás muitos desentendimentos, muitas trevas e abrir-se para algo novo, que preocupa mas é bem-vindo!

Esta é minha adaptação do significado da parashá desta semana, Tazria, que quer dizer "carregando uma semente". A parashá trata justamente das leis a seguir em momentos opostos na vida, como nascimento de um bebê e doenças que basicamente nos aproximam da morte… tudo gira, como já iniciado na parashá anterior, shemini - em torno do conceito de estar ou tornar-se puro ou impuro - tahor ou tamei. E nos permite aspirar e trabalhar pelo nascimento de novos acordos, novas configurações que levem a uma pureza da alma. Permite-nos empenho em nos livrar de doenças agudas, infecções que nos invadem e nos fazem murchar e com mais empenho ainda, livrarmo-nos dos males crônicos que nos matam aos poucos.

É preciso buscar estas novas configurações até porque soluções antigas não têm resolvido os complexos problemas novos. Explico: por mais justificáveis e sabidamente poderosas que sejam as ações militares, elas não estão bem sucedidas em atingir o resultado de eliminar o abominável inimigo Hamas, e muito menos, a um custo permissível em termos de mortes de civis ou de imagem. 

Fundamental e novo é unir forças, em Israel é sair às ruas e impedir que se continue em direção a muros que não caem… fora de Israel é atuar a caminho de uma linguagem clara, que denuncia hipocrisia e antissemitismo nas mídias como nós e importantes veículos vimos fazendo - StandWithUs, IBI, JewishLivesMatter ®, Combat Anti-semitism Movement, Eid al-Fitr Global Celebration: An Intercontinental Journey Connecting Faiths and CulturesShofar - une nouvelle voix, Nashim Ossot Shalom, Women Waze Peace, em Israel e aqui, entre vários outros… e há importantes depoimentos que denunciam essa hipocrisia e distorção de fatos de décadas como o do Ilan Pappe feito pelo professor e jornalista Ben Dror Yemini, que anexamos.





Houve nesta semana algumas mensagens neste sentido com cujas imagens gostaria de ficar: a de Israel Stroh, mesa-tenista paralímpico com as bandeiras do Brasil e de Israel, retratado na revista da Hebraica, e a do israelense Ariel Elkin - 16 anos, piloto da Fórmula 4, em cujo primeiro pódio em terceiro lugar fez questão de subir com o capacete que é ilustrado com fotos dos reféns de Gaza.  



2 comentários:

  1. Muito boa Ju! Abrangente, completa e clara ….

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  2. Continue comentando. Energia para toda esta situação é que não falta. Nem esperanças... obrigada!

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