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sexta-feira, 26 de abril de 2024

ACONTECE: Abra Cadabra!

 



Por Juliana Rehfeld


Após os mísseis trocados com o Irã, com enorme eficiência tanto na defesa como no ataque por parte de Israel, cresce a preocupação de expansão do conflito. Fervem comentários críticos de todo lado, declarações menos cautelosas e mais contundentes de vários países. Estamos assistindo com tristeza, mas cada vez menos surpresa, o recrudescimento de demonstrações pró Hamas (!) e de antissemitismo sobretudo em Universidades, organizações que pretendem formar cidadãos para o mundo… nos EUA uma consistente Comissão do Senado decidiu relembrar, para fazer valer, a legislação da maior democracia do planeta ao Procurador-geral e ao Secretário de Educação, em carta aqui anexa.  Diferentemente disso, aqui no Brasil estamos longe de uma posição oficial sensata quando o presidente e o Itamaraty condenam Israel pelo ataque do Irã ao seu território!

Em meio a isso, Pessach está acontecendo ao longo desta semana. A maioria de nós, em todos os cantos deste nervoso e barulhento mundo, paramos o dia-a-dia para voltar ao Egito de 3300 anos atrás, lembrar como era amargo e como foi difícil sair de lá. E nos empenhamos, mais uma vez este ano, em contar às nossas crianças, na ordem certa, a história de como nos tornamos um povo no deserto e por que voltamos a nossa Canaã como Israel. Cantamos, respondemos perguntas e principalmente, induzimos que perguntas sejam feitas sobre todo o percurso de forma a ressignificar e atualizar nossa relação com nosso passado e nossa comunidade. Cada ano tem suas particularidades, suas dificuldades; à medida que nossa história vem se desenrolando temos, infelizmente, mais momentos amargos a lembrar, difíceis de entender, passagens que até hoje não conseguimos acreditar que ocorreram, horrores que achávamos fossem apenas ficar no passado mas que voltam para nos assombrar. E refletimos sobre como explicar mais isso aos pequenos e aos jovens de maneira a prepará-los para sua própria reflexão, para que consigam “ferramentas” e estrutura para suas próprias trajetórias. Para aprenderem, sobretudo, a colaborarem entre si, a comprometerem-se uns com os outros para melhorar o mundo em que vão viver. E, sim, eu acredito que sempre saímos mais fortes do que entramos nesta celebração. Saímos mais fortes para continuar construindo juntos um futuro não só menos amargo, isso é querer pouco, mas um futuro comum mais doce e justo, para “todo Israel - o plural Israel, e para “Col Yoshvei Tevel“ - todos os habitantes do mundo. 

Dia desses recebi uma fala do reb Adam Yitzhak sobre a origem e o poder que a Cabala coloca na expressão que veio do aramaico ao hebraico: Abra Cadabra! Somos todos mágicos e dizemos Abra Cadabra - respeitável público - אני ברה כדבר - eu crio aquilo que digo. Nós somos co-criadores do mundo em que vivemos, ao pronunciarmos as palavras que ressoam entre a nossa mente e nosso coração. Equidistante da nossa mente e do nosso coração está nossa boca e, isto estaria confirmado no possível exercício de numerologia onde a mente (מח=48) somada ao coração (לב=32) resulta em 80 = פ (boca). Interessante, não? Então, aquilo que pronunciamos quando unimos nossa mente e nosso coração tem grande chance de vir a ser! 

E portanto, devemos ser muito cuidadosos e generosos com o que desejamos pois somos poderosos! 

Chag Pessach Sameach e Shabat Shalom!



Escrevemos a respeito da onda de manifestações antissemitas e pró-terrorismo nos Campi de universidades. Esses manifestantes pro-Hamas têm de fato fechado campi e literalmente expulsado estudantes judeus de nossas escolas. O departamento de Educação é o reforço da legislação devem agir imediatamente para restaurar a ordem, processar os manifestantes que vêm perpetuando a violência e ameaças contra estudantes judeus, devem revogar os vistos de todos os estrangeiros (tais como estudantes de intercâmbio) que têm participado na promoção de terrorismo, e responsabilizar os administradores das escolas que os têm apoiado ao invés de proteger seus alunos.

Pessoas que protestam contra Israel, impulsionados por conhecidos esquerdistas, têm se aglomerado em campi nos últimos dias, cantando slogans antissemitas e ameaçando estudantes judeus. A situação evoluiu a tal ponto que um proeminente rabino da Universidade de Columbia incentivou alunos judeus a fugirem do campus e ficarem afastados para sua própria segurança. A Universidade de Columbia tem sido um dos exemplos mais públicos, mas a violência é as ameaças contra estudantes judeus foram também cometidas em outras assim chamadas universidades de elite nos últimos dias. Por exemplo, na Universidade de Yaleum estudante de jornalismo judeu foi atacado durante o fim de semana por um agrupamento pró- Hamas enquanto tentava filmar um protesto.

Vocês devem agir para restabelecer a ordem e proteger estudantes judeus em nossos campi universitários com a intenção de. O presidente Biden emitiu uma declaração no domingo (21 de abril) condenar a  eclosão de antissemitismo. Se essa declaração for séria ela deve ser acompanhada de imediata ação de vossos departamentos.

O vandalismo viola a lei federal? Violência ou tentativa de violência contra qualquer pessoa simplesmente por sua ascendência judaica viola a lei federal ? O fracasso de gestores de escolas na proteção de estudantes judeus contra discriminação ou assédio viola a lei federal e fornece motivo para que essas escolas percam o acesso a fundos federais? Alinhar-se ao apoio a terroristas como o Hamas viola a lei federal de imigração e fornece motivo para deportação. Por favor informem a nossos gabinetes sobre seu empenho em garantir o cumprimento dessas leis e outras correlatas tão logo possível mas no mais tardar em 24 de abril às 17hs.

Gratos por seu pronta atenção a este importante assunto.

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