Caminhos tortuosos percorremos nesta semana. Caminhos que oscilam do zero ao infinito. Por outro lado, na mesma semana observamos acontecimentos que comprovam a importância de olhar a vida do passado e entender por que o futuro é esperançoso. Nesta semana o presidente de Israel, Isaac Herzog, abriu o 39º Congresso Sionista Mundial. Suas palavras ressaltam a caminhada de 128 anos. À direita, vemos os logos das Universidades e Institutos de Pesquisa de Israel. Chama atenção que o logo da Universidade de Haifa, que foi banida da FFLCH da USP, está escrito em hebraico, inglês e árabe! Nesta semana lembramos os 50 anos de morte de Vlado, e a exemplo do que aconteceu em 1975 foi realizada uma missa ecumênica na Catedral da Sé. O antissemitismo, balanceado com declarações de repúdio a este posicionamento antibrasileiro foi exposto e manuseado na mídia. E para o espanto de todos! O acordo de paz foi perturbado por entrega de restos mortais de reféns já enterrados em Israel, e por bombardeio na zona de segurança. Não deixem de ver os mapas e as imagens que respaldam as matérias. Finalmente, acompanhem as respostas positivas que o mundo oferece. Boa Leitura.
1 - 39º Congresso Sionista Mundial, a fala do Presidente de Israel, Isaac Herzog
O presidente Herzog declarou:
“O ódio antissemita e antissionista voltou, atingindo-nos mais uma vez com força horrível e violenta, em todos os cantos do mundo e em todos os âmbitos — público e privado, jurídico e digital.
Vimos esse ódio se manifestar no terrível terror de 7 de outubro. Vemo-lo nos campi universitários, que deveriam ser faróis de iluminação. Vemo-lo nas ruas de Manchester, Washington, Toronto, Melbourne, Paris e em muitos outros lugares.
Todos ouvimos jovens ignorantes e enganados, doutrinados e cheios de ódio, que até cunharam um novo insulto para nós: ‘Zios’.
Sim, aqueles que antes nos chamavam de ‘Yids’ ou ‘kikes’ agora nos chamam de ‘Zios’.
Permitam-me dizer, como presidente do Estado judeu e democrático de Israel, a partir de nossa eterna capital, Jerusalém, quem são esses chamados ‘Zios’ e o que eles representam:
Esses ‘Zios’ são os melhores entre os seres humanos — que retornaram à sua terra ancestral, sua terra bíblica, histórica e prometida, após milênios de perseguição, após a devastação do Holocausto — e construíram um Estado judeu, democrático, afirmador da vida e buscador da paz!
Uma nação que faz o bem.
Uma nação que cura o mundo em quase todas as áreas.”
Uma importante resultante das condutas do Sionismo é criar um sistema de educação, ciência e tecnologia ímpar no mundo!
Dar à criança e ao jovem a capacidade de encontrar suas melhores habilidades e estimular a diversidade entre os humanos é um princípio básico da educação judaica. Ter a liberdade de perguntar e de concordar e discordar dos mais experientes e dos mestres é essencial para a formação de um espírito de investigação em todas as áreas do saber. O Estado de Israel teve a grande vantagem de ser criado sob estas diretrizes e abraçar com carinho e perspicácia a busca do novo e a descoberta de fatos e de interações. Na foto acima mostramos as muitas Universidades e Institutos de Pesquisa que este pequeno país abriga. Não listamos as instituições de ensino superior que não realizam pesquisa de forma independente. Neste caso, a WIKIPEDIA lista quase 50 instituições.
Technion está entre as melhores universidades do mundo em tecnologia e empreendedorismo
Dois relatórios internacionais recentes classificaram o Technion, Instituto de Tecnologia de Israel, entre as principais universidades do mundo em termos de treinamento em inovação e empreendedorismo. Um estudo o posicionou como o principal fornecedor de talentos para grandes empresas globais de tecnologia, enquanto outro o colocou entre as dez melhores universidades do mundo com o maior número de graduados que fundaram startups de sucesso. O primeiro relatório, realizado pelo TheMarker em colaboração com a Bright Data, analisou mais de 8.000 perfis de graduados que ingressaram em empresas como NVIDIA, Google, Apple, Amazon, Meta, Microsoft e Intel entre 2020 e 2024. O segundo, da PitchBook, destacou o Technion como a única universidade fora dos EUA entre as dez primeiras em número de empreendedores que conseguiram atrair capital de risco. Este ano, o Technion lançou um programa de graduação em inglês para atrair estudantes internacionais, que inclui cursos intensivos de hebraico e oportunidades de integração com a comunidade acadêmica israelense. Fonte: Revista Bras.il a partir de Aurora.
2 – 50 anos após a morte de Vladimir Herzog:
Segue na íntegra texto extraído do Livro “Associação Cemitério Israelita de São Paulo, 85 anos de autoria de Monica Musatti Cytrynowicz e Roney Cytrynowicz. Baixe o livro diretamente da página da Chevra. https://chevrakadisha.org.br/a-chevra.
E após 50 anos (1975-2025), ao repetir um ato ecumênico na Catedral de São Paulo, voltamos a ler na grande imprensa notícias difamatórias e mentirosas sobre a coletividade judaica brasileira e seus dirigentes. Publicamos abaixo carta do jornalista Marcos Susskind ao Ombudsman da Folha de São Paulo apontando erros importantes no artigo escrito por Juca Kfouri.
1975
Vlado (Vladimir) Herzog dirigia o jornalismo da tv Cultura em 1975, escolhido pelo Secretário de Cultura de São Paulo, José Mindlin. Em outubro de 1975, aos 38 anos, Herzog, após depor na polícia, foi torturado e morto. Para encobrir o crime, o II Exército divulgou que Herzog tinha se suicidado nas dependências do Doi-Codi. Segundo o rabino Henry Sobel, ao explicar a certeza de que não havia sido suicídio: “Eu me baseei nas informações que recebi confidencialmente dos membros da Chevra Kadisha (a sociedade funerária) da Congregação Israelita Paulista, que haviam visto o corpo durante a lavagem ritual antes do enterro.”3 Segundo Sobel, “O enterro de Herzog, que se realizou nessa mesma segunda-feira [27 de outubro] no Cemitério Israelita do Butantã, teve ampla repercussão na imprensa local e internacional, não somente devido às circunstâncias trágicas em que ocorrera sua morte, mas também porque muitas das pessoas presentes ao sepultamento tiveram a impressão de que a cerimônia
não havia sido celebrada de acordo com os rituais tradicionais judaicos. Entre os fatos destacados pela imprensa,
noticiou-se com ênfase a ausência de um rabino no cemitério e a suposta rapidez com que se realizou
o enterro. Como representantes da fé judaica, estavam presentes um cantor litúrgico e os membros d aChevra Kadisha, o comitê funerário da CIP.” 4Ainda segundo Sobel, “Em entrevista que concedi à imprensa no dia seguinte, esclareci que os rituais de sepultamento haviam sido cumpridos rigorosamente de acordo com a lei judaica. E expliquei que o único motivo da minha ausência tinha sido um compromisso profissional inadiável, no Rio de Janeiro, no dia do enterro. Ressaltei ainda que a comunidade judaica estava chocada diante da violação dos direitos fundamentais de Herzog e que ele havia sido vítima da ditadura. Declarei categoricamente à imprensa que Herzog tinha sido sepultado com todas as honras que lhe eram devidas como judeu, como brasileiro, como
ser humano. De acordo com a lei judaica, um suicida é enterrado na periferia do cemitério, como forma de
condenar visivelmente o pecado cometido por aquele que destrói sua própria vida. Não foi esse o caso de Vlado; ele foi sepultado no centro do campo-santo.
Preocupou-me imensamente não só a barbaridade do crime que havia sido cometido, mas também a imagem negativa de passividade que foi atribuída à comunidade judaica. Fiz questão de declarar à imprensa que a Sinagoga defendia os Direitos Humanos com o mesmo fervor que a Igreja e que os judeus estavam tão revoltados com a morte de Herzog quanto todos os outros brasileiros. Quando me perguntaram sobre ‘um
certo apressamento da cerimônia do enterro’, expliquei (depois de consultar nosso pessoal da Chevra Kadisha)
que, de fato, houve um apressamento, motivado por respeito ao falecido. Dado o grande número de pessoas
presentes, a intenção tinha sido evitar que o funeral se transformasse num ato público de caráter político.
Quanto voltei do Rio a São Paulo, assegurei à família, tanto pessoalmente como publicamente, que todas as orações haviam sido devidamente recitadas.”5 No dia 31 de outubro de 1975, foi realizado um
culto ecumênico em memória de Herzog na Catedral da Sé, do qual participaram 8.000 pessoas, num protesto
silencioso contra o regime. Clarice Herzog e filhos moveram uma ação contra a União propondo que o
Estado fosse responsabilizado pela prisão ilegal, tortura e morte de Vlado. Em 1978, a sentença foi favorável à
família. “A morte de Vladimir Herzog mudou o rumo do país. Foi o catalisador da abertura política e do
processo de redemocratização do Brasil. Seu nome será para sempre uma recordação dolorosa de um
sombrio período de repressão na História brasileira. Será também o eco eterno da voz da liberdade, que
não cala jamais”, escreveu ainda Sobel.6
Notas
1. Patarra, Judith L. Iara – reportagem biográfica, (3ª ed.) Rio de Janeiro,
Rosa dos Tempos, 1992.
2. Patarra, Judith L, op. cit.
3. Sobel, Henry. “28 anos sem Vlado Herzog”, Boletim da Associação
Scholem Aleichem, n° 86, jan. 2004.
4. Sobel, Henry, op. cit.
5. Sobel, Henry, op. cit.
6. Sobel, Henry, op. cit
2025
Texto que Marcos Susskind escreveu ao ombudsman da Folha em resposta a artigo de Juca Kfouri.
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Sr. Ombudsman
O artigo "50 anos numa noite mágica e cidadã", ao relatar o culto ecumênico em lembrança de Wladimir Herzog, contém uma mentira deslavada ao "informar" (intencionalmente entre aspas):
Vlado, como se sabe, era judeu, mas nem a Conib nem a Federação Israelita de São Paulo mandaram representantes ao ato...
Ora, creio ser absolutamente impossível não notar a presença do Presidente da Conib, Claudio Lotemberg, na primeira fila, bem como outros altos dirigentes da Comunidade Judaica tais como Sergio Napchan, Denise Antão e outros.
Muitas das fotos na imprensa tanto escrita como em noticiários de TV mostram estes dirigentes e o autor do artigo estava sentado a apenas 3 cadeiras de distância do Presidente da Conib e, para tanto, anexo filme que confirma minhas palavras - ver do momento 0:19 a 1:10. No momento 0:30 ainda se vê, à direita do autor, mais uma autoridade judaica, claramente identificada por sua Kipá (solidéu) preto.
Creio que a Folha deve repor a verdade a seus leitores. Ainda ontem a CNN se desculpou por uma falha de informação durante a visita de Lula à Malásia. Espero da Folha a mesma seriedade.
Entendo perfeitamente que o Sr. Kfouri, orgulhoso de sua ascendência Árabe, defenda opiniões com as quais não concordo - mas repudio veementemente a tentativa de manchar o nome da Comunidade Judaica usando para isso a penetração e a seriedade da Folha.
Marcos L Susskind
Holon - Israel
3- Acordo de Paz
3.1 Sob escolta da Cruz Vermelha, o Hamas usou a busca pelos reféns como disfarce para localizar e recuperar armas escondidas dentro de uma zona controlada pelas FDI. (YNET).
E ontem (27/10/2025) regiões localizadas na zona de tamponamento foi atacada pelo Hamas, com armas que ainda dispõe. E arsenais que estão sendo desenterrados. Os dados foram divulgados pelo Likud Brasil a partir de comentários do Mossad.
3.2 DADOS SOBRE GAZA
Por outro lado, Milícias anti-Hamas vem atuando em áreas sob controle israelense na faixa de Gaza.
| Livre compartilhamento com a referência: By@Krok |
Os israelenses são bons em muita coisa, mas como genocidas são um fracasso! Esta frase jocosa serve para espelhar a verdade. A população de Gasa continua aumentando!
3.3 NEW 🔴
Informe Forças de Defesa de Israel 29/10/2025: Hamas vai retornar o corpo de 4 reféns, incluindo os dois planejados para retornar ontem.
No dia 28/10/25 acontece um dos momentos que deveriam fazer parte da ficção. Após tantos dias de espera e mostrando o grau de insensibilidade e desrespeito do Hamas foram teoricamente devolvidos os restos mortais de dois reféns. Ao invés, chegaram em Israel parte de corpos pertencentes a dois reféns já sepultados! Colocar aqui imagens das mães, de familiares e de amigos para ilustrar o terror é desnecessário. O amor e o respeito, como sempre, foram jogados fora.
Agora seguimos em nova espera!!!
Para manter o acordo de paz há necessidade de preservar o território de Gaza do Hamas. Para isso muitos países estão enviando pessoal civil e militar para ajudar. Publicamos a seguir a bandeira dos países, como visto na imprensa israelense. Alemanha, Inglaterra, Austrália, Canadá, Estados Unidos, Emirados Árabes, Dinamarca, Jordania, Espanha e França.
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