REZA UM ANTIGO
PROVÉRBIO MARROQUINO:
"MERCADO POPULAR SEM JUDEU É IGUAL A PÃO FEITO SEM SAL!"
Por Itanira Heineberg
Você sabia
que três mil anos de civilização judaica no mundo árabe desapareceram da noite
para o dia com a criação do Estado de Israel em 1948?
Você sabia que a primeira novela publicada no Iraque foi escrita por um judeu?
Você sabia
que o primeiro Ministro das Finanças do Iraque foi um judeu - Sir Sasson
Heskel?
Você sabia que o fundador do primeiro teatro nacional em Cairo foi um judeu, Jacob Sanua, em 1870?
Você sabia que a primeira ópera egípcia foi escrita em 1919 por um judeu?
Você sabia que o pioneiro do cinema da Tunísia foi um judeu, o primeiro a filmar sob as águas, assim como a primeira cantora vocalista no país também era judia?
Você sabia
que o judeu Alfred Nakache foi campeão de natação da Algéria? E que
posteriormente ele sobreviveu ao Holocausto em Auschwitz?
Onde estão todos estes refugiados judeus e seus descendentes?
Mais de
99% dos judeus residentes em países árabes fugiram:
650.000
foram para Israel
200.000 saíram
em direção ao ocidente!
Podemos
encontrar a resposta no livro “Uprooted” (“Desenraizado”), de Lyn Julius.
Sim,
afirma Julius, houve refugiados judeus, e muitos, e eles nunca são apontados,
nunca foram incluídos na história do mundo após o advento do Estado de Israel.
Esta manobra capciosa tem como objetivo culpar Israel pelos refugiados árabes.
Agora com
a verdade em “Uprooted”, haverá uma maior compreensão dos fatos e talvez até
uma almejada reconciliação entre as partes.
Lyn Julius
é uma das fundadoras da Harif, a Associação de Judeus do Oriente Médio e Norte
da África do Reino Unido.
“Harif
é um pequeno grupo de voluntários que organizam palestras, exibições de filmes
e defendem os direitos de ex refugiados de países árabes e do Irã. Eles não são
apenas sefarditas e mizrahim; na verdade, vários asquenazim são proeminentes na
campanha internacional pela justiça.”
Anteriormente à evasão em massa dos judeus do universo árabe eles eram figuras importantes, de grande destaque em suas comunidades, assim como os judeus europeus antes de Hitler, segundo o relato de Lyn.
Lyn Julius |
Lyn nasceu
na Inglaterra de pais judeus iraquianos. Grande defensora dos direitos humanos
em seu trabalho jornalístico, lançou em 2018 seu livro “Uprooted: How
3000 Years of Jewish Civilization in the Arab World Vanished Overnight
“ (“Desenraizado - Como 3000 anos de Civilização Judaica no mundo árabe
desapareceram da noite para o dia”).
Lyn tinha
em mente informar os leitores sobre a longa existência judaica em países
árabes, o porquê de seu êxodo e a grande batalha para serem reconhecidos como
refugiados judeus.
Por quase
3000 anos os judeus viveram continuamente no Oriente Médio e no norte da África,
isto mesmo antes do surgimento do Islã.
Como
então, 99% da população judaica desapareceu assim, num piscar de olhos?
Fugiram, simplesmente fugiram.
Os
portadores de passaportes estrangeiros e contatos em outras terras
refugiaram-se na Europa, Austrália ou Américas. E o resto, também uma minoria
de ideologia sionista, foram para Israel, o novo/ancestral lar do povo judeu.
O mesmo fato ocorre agora, em nossos dias, com comunidades cristãs e outras minoritárias, em todo o Oriente Médio.
“Ao
pesquisar a vida judaica no mundo árabe, Julius enfatiza o status inferior dos
judeus como dhimmis (segunda classe) e se concentra nos maus-tratos pelas
autoridades e pela sociedade muçulmana.
Sobre os tempos modernos, ela destaca o
impacto do nazismo no mundo árabe e o sofrimento judaico que resultou em vários
países árabes. Ela também lida com o antissemitismo árabe e o impacto do
nacionalismo árabe sobre os judeus. Um tópico importante são as razões da saída
dos judeus de suas terras natais árabes e porque eles deveriam ser reconhecidos
como refugiados.
Foto assinala narrativas da partida sem retorno de milhares de judeus que foram obrigados a sair de terras árabes. |
Julius
examina o tratamento dado aos refugiados palestinos, que são internacionalmente
reconhecidos como refugiados e são eles próprios e seus filhos mantidos na
condição de refugiados, ao contrário do status dos judeus de terras árabes, que
se estabeleceram em Israel e no Ocidente e reconstruíram suas vidas como
cidadãos totalmente integrados. Os apêndices fornecem dados sobre os judeus nos
países árabes e testemunhos de seu sofrimento e fuga.”
“Uprooted” pode ser especialmente útil para aqueles envolvidos nas discussões sobre o conflito israelense-palestino e, em particular, sobre a questão dos refugiados palestinos: fornece respostas prontas para aqueles que glorificam o status dos judeus no mundo muçulmano, detalha as razões de sua partida, e descreve os esforços para reconstruir suas vidas mais tarde.”
Não
podemos esquecer os 160.000 dos 870.000 árabes vivendo no oeste da Palestina
que escolheram ficar em Israel, uma vez que o novo país não praticava a
abominável política de limpeza étnica.
Já na
costa oeste da Jordânia, Judeia e Samaria e na cidade velha de Jerusalém houve
perseguições aos judeus e todos foram expulsos de suas propriedades.
A
belíssima Sinagoga de la Ghriba, na ilha Djerba, ao sul da Tunísia, uma das
mais importantes da região.
Graças a Lyn Julius e ao seu livro esclarecedor, o mundo tem agora acesso à história sobre os muitos e muitos judeus expulsos violentamente de suas terras e à sua difícil adaptação a uma vida normal e equilibrada nos países que os acolheram.
E de acordo com os princípios Sionistas, nunca mais os judeus da Diáspora vão ser deixados à sua sorte!
Está em
discussão na ONU uma proposição de Israel para o reconhecimento desses judeus
como refugiados para “homenagear estas comunidades e equilibrar o discurso
público “. Israel comemora desde 2014 o Dia Nacional dos Judeus Refugiados dos
Países Árabes e Irã em 30 de novembro - semana que vem!
FONTES:
Livro “Uprooted”,
de Lyn Julius.
Nenhum comentário:
Postar um comentário