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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Executivos das principais empresas de tecnologia elogiam Israel

"Apesar de ser jovem, Israel desenvolveu uma reputação como um dos “hubs” de tecnologia mais inovadores do mundo. Google, Facebook, Microsoft e Intel estão entre as mais de 300 multinacionais que abriram centros de Pesquisa & Desenvolvimento no país. Mas o que faz de Israel um celeiro de inovação? Executivos de cada uma destas gigantes compartilharam suas visões durante o Festival de Inovação DLD, realizado em Tel Aviv no ano passado."

Leia o que Israel tem de tão especial na opinião de diretores e CEOs das maiores empresas de tecnologia do mundo. Matéria da Alef News, original em inglês da Business Insider.


Escritório do Google em Tel Aviv. Imagem: Itay Sikolski.



Google
Don Dodge, developer advocate da Google, afirmou: “Meu trabalho na Google é viajar por todo o mundo e conversar com desenvolvedores, startups e investidores. Eu já estive em todos os cantos da Terra: China, Japão, Austrália, toda Europa, países nórdicos, todos os lugares. Não há outro país na Terra que pense da mesma forma que nós (Google) como Israel. É realmente a ‘Nação das Startups’. Vocês (israelenses) pensam como nós. Vocês quebram coisa, constroem coisas, vocês são criativos. São especiais”.
A Google, que possui sede na Califórnia, abriu um escritório em Israel em 2006, quando a gigante ainda era uma startup de apenas 5 anos e emprega atualmente mais de 600 engenheiros no país que trabalham em vários produtos centrais da empresa, incluindo Buscas e Mapas. Dodge diz que engenheiros mais baratos em lugares como Rússia, Índia e China não costumam ser tão bons quanto os israelenses: “É sobre inovação, criatividade, correr riscos tremendos, entender como ir para o mercado. Isso é o que Israel faz. Não é sobre o custo”.
A Google também tem um espaço dedicado a startups em Tel Aviv conhecido como “Campus”, que oferece um lugar para empreendedores iniciarem suas empresas e fazê-las crescer. Quando uma startup israelense consegue a atenção da Google, a gigante de tecnologia tenta adquiri-la, usando o talento e expertise daquela startup para futuros produtos e serviços. Um exemplo disso foi a aquisição da startup israelense de segurança SlickLogin com a intenção de integrar sua tecnologia em seu processo de verificação de duas etapas. “Nós fizemos muitos investimentos em empresas de Israel e compramos cinco delas”, destaca Dodge. “Waze foi a maior aquisição em mais de U$ 1 bilhão e foi um grande investimento”.
Facebook
Adi Soffer Teeni, CEO do Facebook Israel, ressaltou que a empresa chegou em Israel há três anos e possui um time de Pesquisa & Desenvolvimento no país, além do time que trabalha diretamente com empreendedores no ecossistema tecnológico local. Ela lembrou que o time de engenheiros do Facebook em Israel recentemente teve um papel decisivo em um dos produtos mais recentes da empresa: “Há talentos incríveis aqui. Multinacionais estabelecem grandes centros de P&D aqui e recrutam pessoas com uma forma muito inovadora de pensar”.
Teeni também destacou que a mentalidade e cultura do centro de P&D do Facebook em Israel se comparava às instalações do Vale do Silício, onde engenheiros “se movimentam rápido e quebram coisas” enquanto usam shorts e sandálias de dedo. “Algo está acontecendo aqui em Israel”, ela afirma. “Há uma mágica e não é fácil de explicar o que é, mas Israel é um playground que parece um lar para multinacionais”.
Intel
Roy Ramon, diretor geral do Intel Ingenuity Partner Programme (Programa de Criatividade da Intel em tradução livre), frisou que a Intel é uma das maiores empregadoras de Israel, com 11.000 funcionários pelo país.
Ele falou com orgulho da “chutzpah” israelense, uma palavra de origem ídish derivada da palavra em hebraico “ḥutspâ” (חֻצְפָּה), que significa insolência, audácia. Nos negócios, a palavra é usada frequentemente para descrever a auto-confiança de um indivíduo e Ramon disse que é uma “ferramenta” que o Israelense tem à sua disposição.
“A razão de eu ter iniciado o programa de startups aqui é porque quando você (uma empresa) encontra com uma empresa em Israel, eles vem e falam para os engenheiros que eles estão fazendo tudo errado. Eles tiram tudo da mesa. Esses engenheiros tem feito isso há anos. São experts mundiais. E ainda assim uma startup é ousada o suficiente para falar para uma gigante como a Intel que tudo o que estamos fazendo está errado. Essa é uma cultura que você não encontra em qualquer lugar do mundo”.
Microsoft
Zack Weisfeld, gerente geral da Aceleradora Global da Microsoft, recordou que, desde a abertura de seu primeiro escritório no país, há 25 anos, o time de P&D da empresa cresceu e possui aproximadamente 1000 funcionários. “É o primeiro centro de P&D que abrimos no mundo fora de Redmond”.
Weisfeld contou que há muito de “deep tech” acontecendo em Israel, acrescentando que a Microsoft estava disposta a trabalhar com startups – e possivelmente comprar algumas delas — que estão liderando os caminhos em campos como inteligência artificial.
“Tem algo na cultura, algo no entendimento de mercado e negócios que pode ser um pouco mais duro (entre startups israelenses) no começo, mas que no final do dia, e se você os colocar no lugar certo, eles são incansáveis”, disse Weisfeld.
Outros players
Outras empresas como Amazon e Apple também estão desenvolvendo novas tecnologias em centros de P&D em Israel, ainda que de forma mais silenciosa. Do lado de fora do centro de P&D da Apple, localizado a aproximadamente 15 km de Tel Aviv, um funcionário da empresa contou que os engenheiros da Apple em Israel estavam trabalhando no hardware para o iPhone 8. O centro de P&D da Apple em Herzliya, fundado há quatro anos, possui cerca de 800 funcionários. O escritório foi formado depois que a Apple adquiriu duas startups: a Anobit em 2012 por U$ 390 milhões e a PrimeSense em 2013. Desde então, a Apple adquiriu a empresa de câmeras LinX. O CEO da Apple Tim Cook declarou que o escritório de Herzliya era a segunda maior instalação de R&D da Apple no mundo. A Amazon também possui presença em P&D em Israel. A empresa adquiriu a empresa israelense de chips Annapurna Labs em 2015 por U$350 milhões.
Fonte: Business Insider

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