Você sabia
que na ilha de Maiorca, na Espanha, também surgiu uma comunidade cripto judaica
que durante séculos praticou sua fé secretamente enquanto, aos domingos, frequentava assiduamente e com muito respeito a Santa Missa?
A partir de
1391 os judeus foram sendo expulsos da Espanha até que, em 1434, desapareceram
oficialmente de Maiorca ao serem forçados a adotar o cristianismo e a renunciar
sua antiga religião.
Mas este
grupo de judeus fiéis não desapareceu de Maiorca graças aos chuetas que, como
os marranos em Portugal, continuaram com
seus ritos e tradições judaicas em casa, na clandestinidade, enquanto faziam-se
parecer cristãos em sua vida fora do lar.
Hoje em dia, há 20 mil chuetas em Maiorca e 15 nomes de famílias chuetas.
Em 1920 os
judeus foram redimidos na Espanha, porém poucos desejam aceitar serem chuetas,
sempre com medo dos horrores da extinta Inquisição.
Alguns
deles, como o chef Toni Pinya, receberam com alegria a notícia de poder
voltar ao Judaismo, reassumindo sua identidade e recebendo a repatriação.
Pinya, que
nunca se sentiu cristão e sempre recorda as atitudes "judaizantes" de sua avó
como limpar a casa na sexta-feira e nunca usar gordura de porco nos alimentos, retomou suas raízes judaicas e prepara com alegria tortilhas e brioches
kasher para toda a comunidade judaica da pequena sinagoga de Maiorca.
Número de pessoas mortas durante a Inquisição Espanhola
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Este texto é uma colaboração de Itanira Heineberg para o EshTá na Mídia.
FONTES
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