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quinta-feira, 26 de abril de 2018

VOCÊ SABIA? - Escola de Hedera




Você sabia que em Israel há uma Escola Democrática que visa estimular a sabedoria do aluno transformando-o também em professor, estimulando sua autonomia e levando-o a valorizar a paz, tal qual a Escola Reggio Emilia na Itália a Escola da Ponte em Portugal?



Escola Democrática de Hedera



A Escola Democrática de Hedera nasceu em 1987, em Haifa, por uma educação democrática e integral para alunos de 4 a 18 anos de idade.
“É um espaço de ensino que tenta garantir o direito de escolha do estudante no que e em como aprender, bem como na experiência quotidiana de um colectivo  democrático.
É uma escola que respeita o que chama de soberania dos estudantes, apoiando-os a agir de forma autônoma.”

Baseia-se nas teorias de Rousseau, Martin Buber, Carl Rogers e Janus Korczak, que apoiam uma escola aberta, garantindo a união e continuidade entre a vida na cidade, na comunidade e na própria escola.

O criador desta escola, Yaacov Hecht, muito cedo se desiludiu com a educação que recebia.

Os processos tradicionais de aprendizagem o incomodavam, assim como a classificação de alunos como melhores, piores, medíocres, fez com que abandonasse a escola.
Vivendo em uma época democrática, ele se recusava a aceitar métodos não democráticos, atitudes de um passado repressor e não criativo.
Foi assim que, em 1987, criou uma escola diferente onde as idades mistas interagiam e os estudantes tinham a possibilidade de selecionar os conteúdos a serem trabalhados.






A partir do sucesso de sua primeira escola, de 450 alunos, Hecht expandiu suas ideias em mais 25 casas de educação.

“Nesse período, o então Ministro da Educação propôs a ele a implementação desse modelo em diversas cidades do país. Para garantir a formação de profissionais que compreendessem a proposta, foi criada uma universidade especializada em educação democrática. Hoje, 26 escolas, em 12 cidades de Israel aplicam a ideia de uma sociedade democrática dentro do espaço escolar e contribuem – ao lado da comunidade – para a construção dos sonhos dos estudantes.”



Escola Democrática de Hedera



criança é feita de cem. /A criança tem cem mãos/ cem pensamentos/ cem modos de pensar/ de jogar e de falar./ Cem sempre cem/ modos de escutar/as maravilhas de amar.
Cem alegrias/ para cantar e compreender./Cem mundos/ para descobrir./ Cem mundos/
para inventar./ Cem mundos/ para sonhar./ A criança tem/ cem linguagens/ (e depois cem cem cem)/ mas roubaram-lhe noventa e nove./ A escola e a cultura/ lhe separam a cabeça do corpo. 

(Trecho de As Cem Linguagens da Criança, de Loris Malaguzzi), Escola Reggio Emilia.



Escola Reggio Emilia


Yaacov Hecht expressa suas ideias para uma comunidade mais autônoma e eficiente:




“Focalizávamos o conteúdo democrático pelo ponto de vista dos direitos humanos. Além disso, tínhamos como foco juntar pessoas de diversas idades no processo de aprendizagem, afinal, por que só a escola divide as pessoas por idade?”



Escola da Ponte, Portugal: autonomia dos estudantes


Este texto é uma colaboração de Itanira Heineberg para os canais do EshTá na Mídia.


FONTES:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_Democr%C3%A1tica_de_Hadera
https://www.google.com/search?q=escola+democrática+hadera+imagens&tbm=isch&source=iu&ictx=1&fir=ZmP5N4nL8SbmuM%253A%252CoJNI9h
http://portal.aprendiz.uol.com.br/arquivo/2013/09/20/yaacov-hecht-o-idealizador-das-escolas-democraticas-de-israel/

http://educacaointegral.org.br/experiencias/reggio-emilia-escolas-feitas-por-professores-alunos-familiares/

Origens, tradições e culturas unidas na culinária


Um muçulmano, um judeu e um cristão têm cozinhado juntos por 17 anos. 

A comida que eles preparam combina suas origens, tradições e culturas em delícias culinárias. Assista e descubra a incrível história destes três chefs:




Hananya Naftali - Como salvei civis sírios em Israel


Este soldado socorreu cidadãos sírios quando trabalhava para as Forças de Defesa de Israel. Veja o que ele tem a dizer.


EDITORIAL - Convivência

ESTADO DE ISRAEL – POVO JUDEU
formulando CONVIVÊNCIA – respeitando a HUMANODIVERSIDADE




Esta semana assistimos a muitas demonstrações de antissemitismo ao redor do mundo, algumas delas na Alemanha. De um lado, árabes saem de países em guerra e buscam o mundo ocidental, formando um importante contingente de desestabilização; do outro, há o renascimento de grupos nazistas, que este ano explicitamente comemoraram a data de nascimento de Hitler. 

Na França, a judia Mireille Knoll, de 85 anos, foi encontrada morta em seu apartamento em Paris no dia 23 de abril. Sobrevivente do holocausto, recebeu 26 facadas. Suspeitos foram detidos e no dia 28 de abril foi realizada uma passeata organizada por instituições judaicas em Paris. Os manifestantes marcharam em direção à casa da vítima e o Presidente Macron, junto com outras autoridades, uniu-se à manifestação.


Este não foi um caso único. Na Alemanha, acompanhamos muitos casos, inclusive o de um rapaz árabe-israelense que acreditava ser paranoico o medo de seu companheiro judeu israelense de sair com solidéu nas ruas de Berlim. Saíram os dois juntos, e o árabe colocou o solidéu. Este rapaz foi espancado por um mulçumano que gritava em árabe – JUDEU. O episódio foi filmado e gerou enormes protestos. 


O antissemitismo começa a mostrar a sua face – e o mundo não está calado. O mundo sabe que não pode ficar calado, pois o custo destas demonstrações de racismos explícito contra um povo multiétnico, que vem sobrevivendo há mais de 3000 anos, tem resultado em grandes catástrofes para toda a humanidade. Foram acesos os sinais vermelhos, mas estes devem ser traduzidos em ações e na detecção de narrativas mentirosas. 

O Estado de Israel completou a semana passada 70 anos de vida e comemorou com festas e alegria após ter parado no dia anterior para lembrar que não foi doado em uma bandeja de prata͟, mas sim pelos ombros de homens e mulheres que deram suas vidas para o renascimento de uma nação aniquilada nos anos 70. Assim como o povo judeu, os cidadãos israelenses têm diferentes matizes, diferentes religiões e diferentes idiomas em uma pequena faixa de terra menor que Sergipe. Conviver mantendo a diversidade – a humanodiversidade - é uma das melhores formas de manter um convívio pacífico, e se este muitas vezes não é possível entre as nações, porque muitos interesses estão em jogo, passam a ser alcançados no plano individual. Em alguns casos, o fato comum é pertencer ao mesmo povo – e há muitas iniciativas para 
colocar judeus de diferentes origens, culturas e cor de pele em contato para difundir culturas. Há algo comum, que é ser judeu, junto com todas as diferenças. Outros pontos de contato são as relações com árabes mulçumanos, cristãos ou com drusos. Neste caso, o ponto em comum é a cidadania israelense. Muitos tornam-se companheiros ao servirem o exército de defesa de Israel e outros ao frequentarem escolas comuns. Neste caso, seguem o caminho natural criado para facilitar a convivência. Existem também casos inéditos, que mostram que o convívio gerado pelo contato pessoal é a forma mais fácil de aproximar pessoas separadas por narrativas coletivas e por estereótipos. A figura que ilustra este editorial é de duas jovens que participaram de um programa Master Chef que moram na Judéia. Esta linda foto dá vida à palavra CONVIVÊNCIA. E ilustra a importância do respeito pelo outro.


Hábitos e costumes diferentes apenas ilustram que pertencemos ao Planeta Terra, e que nós humanos apesar de nossas semelhanças somos únicos. Cada ser é um e cada um tem a capacidade e o direito de manter a sua identidade. Criar o conceito de humanodiversidade é o que vai permitir convivermos mantendo as nossas identidades. 

segunda-feira, 23 de abril de 2018

VOCÊ SABIA? - MASHAV





Você sabia que Israel possui um programa de convivência e de cooperação internacional em saúde e agricultura para países em desenvolvimento, o Mashav? O programa atua desde 1958 em colaboração com a população e governantes na África, e mais recentemente nos países latino-americanos e também na Ásia - incluindo os países islâmicos que mantêm relações diplomáticas com Israel - e nos Territórios Palestinos, onde atua com consultoria, transferência de tecnologias agrícolas e projetos conjuntos.



Israel ensina a técnica de irrigação por gotejamento a profissionais de 9 países africanos de língua francesa.





Em 1958, retornando de uma de suas visitas à África, a Ministra das Relações Exteriores de Israel, Golda Meir, decidiu ajudar aquele continente em vista das grandes dificuldades que presenciou.
Assim foi criada a Agência Nacional para o Desenvolvimento da Cooperação Internacional, o Mashav, um passo valoroso no relacionamento de Israel com o mundo.
Este projeto era, então, voltado para a capacitação profissional. Golda Meir, baseada no que viu em outros países, sentia que Israel devia estender os conhecimentos que já possuía às nações menos avançadas e menos privilegiadas.

Plantando alfaces no Senegal



“Capacitação é a palavra-chave do Mashav.
‘Capacitação dos capacitadores’ é o fio condutor do trabalho deste órgão governamental israelense voltado à cooperação internacional.”


Esta é a história de um projeto simples e bem-intencionado que cresceu e se transformou no grande canal israelense de ajuda às nações, com a simples transferência de instrução e ciência para atingir a tão almejada sustentabilidade.
Mas se você não quiser ler este artigo até o fim, assista o vídeo abaixo, no qual imagens e depoimentos pessoais falam mais do que palavras escritas:






 “Suas ferramentas são seu reconhecido know-how tecnológico e sua qualificada mão-de-obra em áreas que vão de:
 -  saúde pública à medicina em situações de emergência,
 - modernas técnicas para aumento da produtividade agrícola ao combate à desertificação,
- gerenciamento otimizado de recursos hídricos, desenvolvimento rural e urbano integrado,
- educação e capacitação de profissionais,
- ajuda humanitária diante de desastres naturais e atos de terrorismo.
A imagem de médicos e equipes de resgate em cujos uniformes e capacetes se destaca a bandeira azul e branca de Israel já foi vista milhares de vezes, por milhões de pessoas, em todo o mundo - na Turquia, na Rússia, na Bósnia, no Quênia, nos Estados Unidos e, mais recentemente, no Haiti.
Incontáveis profissionais brasileiros já se beneficiaram dos cursos de curta e média duração do Mashav em áreas como extensão agrícola, urbanismo, cultivo de peixes, manejo de gado de corte e de leite, cursos para dirigentes sindicalistas e vários outros, implantando ao voltar de seu treinamento importantes projetos em suas respectivas secretarias de estado e de município, ou universidades.”

No final do ano 2000 a ONU definiu as Metas de Desenvolvimento do Milênio no intuito de diminuir a pobreza no mundo até 2015.
Dos então 6,5 bilhões de pessoas, 1,4 bilhão encontravam-se em extrema pobreza e 300 milhões desta população viviam na África.
Israel, atuando através do Mashav, vem lutando contra a pobreza do planeta, agindo em países em desenvolvimento, especialmente no continente africano.
O Centro de Cooperação Internacional israelense oferece aproximadamente 300 cursos por ano, em diversas línguas, e em diversos países além de Israel.


Etiópia – viveiro para plantas.



Em seus 60 anos de trabalho, muitos projetos pilotos foram inaugurados em todos os continentes:

CAMPOS de OLHOS:
“O primeiro foi na Libéria, em 1960, quando seis oftalmologistas do Centro Médico Hadassa treinaram equipes médicas e implantaram um hospital com 30 leitos para tratamentos de moléstias da visão. Assim nasceram os chamados “Campos de Olhos”, modelo que desde então passou a ser replicado em países em desenvolvimento.
Além dos cursos de capacitação, exames e cirurgias realizados por médicos israelenses, o Mashav ainda fornece todos os equipamentos para o funcionamento posterior dos “Campos de Olhos”.
CINADCO – Centro de Cooperação Internacional para Desenvolvimento Agrícola
O Mashav sempre se dedicou com afinco aos países do Oriente Médio.

“Desde a assinatura do Acordo de Paz com o Egito, tem atuado intensamente na promoção da cooperação técnica com seus parceiros na região, em ampla gama de áreas, além da concessão de bolsas de estudos em centros de formação israelenses.
Um dos parceiros principais do Mashav em Israel é o Centro de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento Agrícola, Cinadco.
Especializado na área de agricultura, é utilizado para ministrar cursos para bolsistas estrangeiros.”
Após a assinatura do tratado de paz com a Jordânia em 1994, Israel ampliou a colaboração no país:
 “Israel construiu e equipou totalmente uma Unidade de Terapia Intensiva no Hospital do Crescente Vermelho, em Amã.
Ainda implantou e gerenciou, durante anos, uma fazenda-piloto na região jordaniana de Karak, para produção e processamento de leite de ovelha.
Durante anos manteve-se uma parceria entre o Kibutz Yotvata e os fazendeiros das regiões jordanianas de Rahma e Umm-Mutlak, para treinamento e transferência de tecnologia agrícola.
O Mashav treina anualmente 100 técnicos desse país em Israel em cursos que vão desde gerenciamento de pequenas empresas a métodos agrícolas auto-sustentáveis e amigos do meio-ambiente.”


Primeiro projeto “Educação para Desenvolvimento Sustentável.” - Kisumu, Kenya



Vale a pena conferir todo este trabalho de ajuda que Israel dispensa aos países pobres em desenvolvimento além da ação de ajuda humanitária em qualquer situação catastrófica no planeta.
“Um dos mais importantes é o Programa Agrícola Regional, de três anos de duração, iniciado pela Dinamarca em 1999, que abrange Israel, Egito, Jordânia e a Autoridade Palestina.
O RAP, baseado no princípio de parceria entre as partes, se concentra em pesquisa aplicada, treinamento profissional e fazendas-modelo.“

Desde 1972 Israel tem colaborado na OEA, Organização dos Estados Americanos e em 2010 assinou com a entidade um Memorando de Cooperação aprofundando um programa intensivo nos tópicos educação, meio-ambiente, combate à pobreza, entre outros.
Nesta última década organizou um seminário sobre “Manejo avançado de água para uso agrícola e urbano”, do qual participaram profissionais da Coréia, Tailândia, Índia, Cazaquistão, Uzbequistão, Tajiquistão, Turquia e Jordânia.
Muito importante ressaltar que o trabalho do Mashav é planejado e realizado de acordo com os governos locais, levando sempre em conta as necessidades dos parceiros envolvidos.
 “Em outras palavras, Mashav é um programa de solidariedade entre países.”

Após a leitura destes fatos que são apenas uma pincelada rápida sobre o trabalho do Mashav, podemos confiantemente concluir que este programa tem obedecido desde o início a sua generosa Missão internacional:

We at MASHAV believe that we can make a difference
Missão Internacional:

“Nossa maior contribuição possível para os países em desenvolvimento é feita em áreas onde Israel possui experiência relevante, acumulada durante sua própria experiência de desenvolvimento como um país jovem que enfrenta desafios semelhantes. Acreditamos que o treinamento de instrutores e atividades de capacitação sejam a melhor maneira de obter o máximo impacto na atividade de desenvolvimento. A educação e a transferência de habilidades e capacidades levam ao empoderamento, a garantia mais segura de crescimento sustentável.”


Este texto é uma colaboração especial de Itanira Heineberg para os canais do grupo Esh Tamid.


FONTES:




sexta-feira, 20 de abril de 2018

EDITORIAL - os 70 anos e os números



Datas redondas sempre são comemoradas com mais ênfase. Ontem o moderno Estado de Israel fez 70 anos e o aniversário foi comemorado em todo o mundo, pela comunidade judaica e por todos os amigos de Israel, com grande alegria e admiração.

No Brasil não foi diferente: as Escolas, os Clubes e as Federações organizaram programações especiais. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a Fiesp, foi iluminada com a bandeira de Israel, a bandeira azul e branca que tem em seu centro o escudo de David - a estrela de 6 pontas construída a partir de dois triângulos posicionados exatamente em direções opostas, que mostra que ao se posicionarem juntos criam uma nova figura. Não só as figuras podem ganhar novos sentidos, mas o sentido dos números é uma velha prática judaica conhecida como Guematria.

Este ano observamos diferentes formas de transformar os 70 anos em charadas matemáticas. No ano 70 da era comum os romanos expulsaram os judeus de Israel e surgiu a Palestina. Deste ano 70 em que se deu o início da diáspora até a comemoração dos 70 anos do moderno Estado de Israel passaram-se 1948 anos, exatamente o ano em que foi declarado o renascimento do Estado de Israel. Muitas outras magias foram extraídas dos números. Em hebraico VIDA é composta das letras chet - ח  e iud - י, que também são lidas como 18 – assim, o número 18 é um símbolo de vida – 2018 – simboliza duas vidas – a do Estado de Israel destruído pelos romanos e a do Estado de Israel dos nossos tempos.

Esta semana comemoramos a liberdade e a independência civil, a segurança de uma pequena nação que abriga um dos povos mais antigos da Terra e que vem capitaneando mudanças importantes nas áreas de ciência e tecnologia. Uma nação que lembra dos que por ela se sacrificaram e que abriga todos que a procuram. Uma nação que sabe viver na discordância e no diálogo e que usa a dialética talmúdica para levar adiante um projeto com todas as honras (Col a Cavod).

IOM HA-ATZMAUT




Boa semana!
Editoras do EshTá na Mídia

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Israel: 70 anos de conquistas



"Em apenas 70 anos, Israel já conquistou muito: fez florescer o deserto, se transformou numa nação de alta tecnologia, recebeu milhões de imigrantes e continua buscando o sonho eterno de paz..
Há muitos motivos de orgulho, com a esperança de muitos mais anos de conquistas e avanços para Israel e para o mundo todo."

Compartilhamos o texto e o vídeo da página Israel en Espanhol, no Facebook:


Koolulam


Para celebrar os 70 anos de independência do Estado de Israel, o projeto Koolulam convidou 12 mil pessoas, que não se conheciam, a cantar juntas em um evento especial com Shlomi Shabat, a Jerusalem Street Orchestra e o Presidente Reuven Rivlin. 

O resultado é este que você pode conferir abaixo. Aumente o som e emocione-se conosco.


segunda-feira, 16 de abril de 2018

VOCÊ SABIA? - Judeus da Etiópia






Você sabia que, por aproximadamente 3.000 anos, os judeus da Etiópia - do antigo Reino de Kush, conhecidos como falashas ou Beth-Israel - mantiveram-se fiéis à sua religião e tradições em meio à escassez de alimentos, à seca e às guerras das tribos da região?

Estes judeus eram parte de uma das tão faladas 10 tribos perdidas, tendo como ancestrais o rei Salomão e a rainha de Sabá (Sheba).





“Há um desconhecimento de alguns de como a tradição oral e a história documental interpretam o surgimento dos hebreus na Etiópia.
Sabemos que os melhores historiadores sobre Beth-Israel são os membros daquela comunidade, porque mantém tradições vivas comprovadas através da oralidade e um pertencimento milenar oriundo da tradição mosaica que não deixa dúvidas da sua originalidade.”







Algumas hipóteses sobre o Beth-Israel:


“Os praticantes do Beth-Israel são descendentes da tribo de Dan.
 Eles são descendentes de Menelik I, filho do rei Salomão e da rainha de Sabá; hebreus que fugiram de Israel para o Egito depois da destruição do Primeiro Templo em 586 a.C, e acabaram por se instalar na Etiópia.”



Representação de Balkis, a Rainha de Sabá, por Charles Gounod


Estas hipóteses estão de acordo com as histórias de migrações do povo judeu.
Com a destruição do Templo de Salomão pelos assírios em 586 AC, os judeus se dispersaram , fugindo em busca de refúgio e paz.


Perambularam pelo Egito, Arábia do Sul, Iêmen, Sudão e alguns alcançaram a Etiópia.






Estes judeus da Etiópia, com seus costumes e crenças tão diferentes dos outros povos da região, foram discriminados e perseguidos durante milhares de anos.
Eram chamados de falashas, um termo pejorativo que quer dizer “estrangeiros”.
Apresentavam costumes milenares e diziam-se descendentes da tribo perdida de Dan, fundada por Menelik, filho da rainha de Sabá com o rei Salomão.



Rei Salomão



Em 1947, os rabinos de Israel finalmente reconheceram os hebreus da Etiópia pois ainda obedeciam firmemente as leis da Torah.
Em outra fonte, li que somente em 1975 eles foram reconhecidos pelo Estado de Israel como verdadeiros descendentes  das tribos perdidas.

A história mais recente começou em 1860 quando um missionário britânico em excursão pela Etiópia descobriu pessoas de tez escura com feições semitas que praticavam o judaísmo.
Um estudioso judeu, Joseph Halevy, foi então até lá para conhecê-los pessoalmente e só conquistou a confiança do povo que visitava ao pronunciar a palavra Jerusalém. Apesar do confinamento dos séculos, eles observavam o Shabbat, falavam hebraico e todos guardavam o grande sonho de voltar a Jerusalém.
De lá para cá, muito aconteceu e Israel perpetrou grandes milagres, organizando operações aéreas secretas, as Aliot Moisés em 1984 e a Salomão em 1991, que levaram para seu país cerca de 35 mil judeus num esforço para acabar com a saga de 3 mil anos de êxodo dos judeus Beth-Israel.

“Mas grande parte deles nunca havia tido contato com uma civilização aos moldes ocidentais e eram membros de tribos.
Muitos nunca haviam sentado em uma cadeira ou sequer calçado um sapato. O que fez com que a adaptação fosse difícil.
Hoje, aproximadamente 90% dos etíopes judeus vivem em Israel: a comunidade reúne 135.500 pessoas — destes, mais de 50 mil nasceram no país."


Como em todos os movimentos migratórios do planeta, surgem  sempre dificuldades de integração para todos os imigrantes recém chegados a uma terra desconhecida.
A língua é um empecilho nas comunicações, as diferenças culturais em muitos casos são gritantes, e a alimentação muitas vezes diferenciada. Esses, entre outros fatores, por vezes levam os novos e felizes imigrantes a terem dúvidas e se perguntarem se alguma vez vão realmente se adaptar e conquistar os seus sonhos.

Mas a educação é sempre um caminho milagroso que coloca todos no mesmo patamar, assim os jovens recém chegados foram logo se adaptando, aprendendo, gozando dos privilégios que lhe eram oferecidos a cada nova experiência cultural, assim ajudando em casa as gerações mais apreensivas.
Hoje os judeus da Etiópia fazem parte ativa da população do país, operando em todas as áreas, trabalhando no comércio, indústria, transportes, moda, e, muitíssimo importante, protegendo com afinco a defesa do país.



A modelo Esti Mamo nasceu em 1983 em Chilga, no noroeste da Etiópia. Ela é membro da comunidade Bet-Israel (Casa de Israel).


“Eu sou morena, mas formosa, ó filhas de Jerusalém, como as tendas de Quedar, como as cortinas de Salomão. Não repareis em eu ser morena, porque o sol crestou-me a tez; os filhos de minha mãe indignaram-se contra mim, e me puseram por guarda de vinhas; a minha vinha, porém, não guardei.” Cantares de Salomão 1:5, 6.



Pequena vila de judeus na Etiópia  -  Wolleka


O livro Kebra Negust, ou Kebra Nagast, Glória dos Reis, considerada uma obra de inspiração divina, relata a lendária história da origem da dinastia salomônica dos imperadores da Etiópia.

Conta que Menelik I, filho do rei Salomão e da rainha do Sabá, ao atingir os 22 anos quis conhecer seu pai e dirigiu-se a Jerusalém onde permaneceu um bom tempo. Lá fez amizade com outro rapaz e com a ajuda do amigo, entrou no templo e ambos se apossaram da Arca da Aliança, levando-a para a Etiópia.
Muitos afirmam que até hoje ela lá permanece na igreja de Santa Maria de Sião.


A Arca da Aliança chegando na Etiópia, com Menelik I
Axum, Etiópia


Igreja Santa Maria de Sião, na Etiópia, onde está a Arca da Aliança com as Leis dadas a Moisés.

Em aldeias totalmente judaicas, milhares de negros mantiveram sua religião


Este texto é uma colaboração de Itanira Heineberg para os canais do EshTá na Mídia.


Fontes :

http://www.espacojames.com.br/subImprime.php?cat=152&id=13397
https://en.wikipedia.org/wiki/Kebra_Nagast

quinta-feira, 12 de abril de 2018

EDITORIAL - De geração em geração: a memória como base da independência



Passado e Presente - #neveragain



Hoje é dia 12 de abril de 2018 e falta exatamente uma semana para que se comemore a Independência do Estado de Israel, declarada por David Ben Gurion no dia 5 do mês de Yar de 5708 (14 de maio de 1948). Nesta semana que precede o renascimento do Lar Nacional Judaico, todos os habitantes de Israel param completamente aonde estiverem. As sirenes tocam por todo o país e avisam que está na hora de LEMBRAR.

Lembrar os seis milhões de judeus que morreram no Holocausto (SHOÁ). Um dia antes, todos os soldados que morreram defendendo o Estado de Israel (IOM háZICARON). A imagem é muito forte. É fazer com que o presente possa deixar de existir por um curto espaço de tempo de modo que todas as pessoas façam uma importante viagem no tempo.
Anos atrás costumávamos dizer NUNCA MAIS – que estes tempos nunca mais voltem. Hoje, considerando todos os que negam a existência do Holocausto, é ainda mais importante contar e recontar a história para que o apagamento da memória não permita a volta do passado.

Antissemitismo é uma prática milenar e ganhou o seu mais alto grau de expressão no Holocausto. Mas não podemos esquecer que em paralelo, de forma mais silenciosa mas não menos eficiente, o século XX viu a expulsão de todos os judeus dos países árabes. Aqueles judeus que chegaram a estes países nos séculos XIV e XV devido à grande perseguição impetrada pela Igreja Católica e pelos tribunais da Inquisição e também aos que moravam nos países do Leste, como a Pérsia (Irã) e Babilônia (Iraque) desde tempos bíblicos. 

No curto espaço de tempo de uma semana, nossas mentes e corações vão do inferno nazista à independência do Estado de Israel, e muitos acham que há aí uma relação de causa-efeito. Na realidade, mais antigo que o antissemitismo é o sionismo. O olhar para Tzion e para Jerusalém, a magia que guiou Moisés pelo deserto até a entrada na Terra de Israel. Esta magia persistiu por milênios, e esta semana mostramos um vídeo no qual crianças de uma escola judaica na Hungria, no início da década de 1930, cantam “A Esperança”. Cantam a esperança de um dia poderem ser cidadãos livres no Estado de Israel, a esperança de encontrarem um futuro brilhante e que fariam uma diferença para toda a humanidade. A maioria das crianças que mostramos neste vídeo não chegou a sair da Europa e os que sobreviveram viram a mesma música tornar-se o Hino Nacional do Estado de Israel. HATIKVA – ESPERANÇA!

Deste simples vídeo, aprendemos duas importantes lições. A primeira é que o sionismo é muito anterior ao Holocausto, que foi apenas um hiato na formação do Lar Nacional Judaico. A segunda, e mais importante, é que manter viva a História e a Chama da Liberdade não é ficar se lamuriando e esperando que haja uma compensação por erros ou sofrimentos, mas sim manter vivas as memórias do passado. É honrar de forma coletiva com um silêncio ensurdecedor um triste passado. É ser capaz de parar o tempo por minutos para que aqueles fatos NUNCA MAIS ocorram. E em seguida, erguer-se e comemorar a liberdade, assumindo todas as responsabilidade de um SER HUMANO LIVRE e independente, que é capaz de traçar o seu futuro, contribuindo para uma humanidade melhor.


Comitê Editorial