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quinta-feira, 12 de abril de 2018

EDITORIAL - De geração em geração: a memória como base da independência



Passado e Presente - #neveragain



Hoje é dia 12 de abril de 2018 e falta exatamente uma semana para que se comemore a Independência do Estado de Israel, declarada por David Ben Gurion no dia 5 do mês de Yar de 5708 (14 de maio de 1948). Nesta semana que precede o renascimento do Lar Nacional Judaico, todos os habitantes de Israel param completamente aonde estiverem. As sirenes tocam por todo o país e avisam que está na hora de LEMBRAR.

Lembrar os seis milhões de judeus que morreram no Holocausto (SHOÁ). Um dia antes, todos os soldados que morreram defendendo o Estado de Israel (IOM háZICARON). A imagem é muito forte. É fazer com que o presente possa deixar de existir por um curto espaço de tempo de modo que todas as pessoas façam uma importante viagem no tempo.
Anos atrás costumávamos dizer NUNCA MAIS – que estes tempos nunca mais voltem. Hoje, considerando todos os que negam a existência do Holocausto, é ainda mais importante contar e recontar a história para que o apagamento da memória não permita a volta do passado.

Antissemitismo é uma prática milenar e ganhou o seu mais alto grau de expressão no Holocausto. Mas não podemos esquecer que em paralelo, de forma mais silenciosa mas não menos eficiente, o século XX viu a expulsão de todos os judeus dos países árabes. Aqueles judeus que chegaram a estes países nos séculos XIV e XV devido à grande perseguição impetrada pela Igreja Católica e pelos tribunais da Inquisição e também aos que moravam nos países do Leste, como a Pérsia (Irã) e Babilônia (Iraque) desde tempos bíblicos. 

No curto espaço de tempo de uma semana, nossas mentes e corações vão do inferno nazista à independência do Estado de Israel, e muitos acham que há aí uma relação de causa-efeito. Na realidade, mais antigo que o antissemitismo é o sionismo. O olhar para Tzion e para Jerusalém, a magia que guiou Moisés pelo deserto até a entrada na Terra de Israel. Esta magia persistiu por milênios, e esta semana mostramos um vídeo no qual crianças de uma escola judaica na Hungria, no início da década de 1930, cantam “A Esperança”. Cantam a esperança de um dia poderem ser cidadãos livres no Estado de Israel, a esperança de encontrarem um futuro brilhante e que fariam uma diferença para toda a humanidade. A maioria das crianças que mostramos neste vídeo não chegou a sair da Europa e os que sobreviveram viram a mesma música tornar-se o Hino Nacional do Estado de Israel. HATIKVA – ESPERANÇA!

Deste simples vídeo, aprendemos duas importantes lições. A primeira é que o sionismo é muito anterior ao Holocausto, que foi apenas um hiato na formação do Lar Nacional Judaico. A segunda, e mais importante, é que manter viva a História e a Chama da Liberdade não é ficar se lamuriando e esperando que haja uma compensação por erros ou sofrimentos, mas sim manter vivas as memórias do passado. É honrar de forma coletiva com um silêncio ensurdecedor um triste passado. É ser capaz de parar o tempo por minutos para que aqueles fatos NUNCA MAIS ocorram. E em seguida, erguer-se e comemorar a liberdade, assumindo todas as responsabilidade de um SER HUMANO LIVRE e independente, que é capaz de traçar o seu futuro, contribuindo para uma humanidade melhor.


Comitê Editorial

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