ESTADO DE ISRAEL – POVO JUDEU
formulando CONVIVÊNCIA – respeitando a HUMANODIVERSIDADE
Esta semana assistimos a muitas
demonstrações de antissemitismo ao redor do mundo, algumas delas na Alemanha.
De um lado, árabes saem de países em guerra e buscam o mundo ocidental,
formando um importante contingente de desestabilização; do outro, há o
renascimento de grupos nazistas, que este ano explicitamente comemoraram
a data de nascimento de Hitler.
Este não foi um caso único. Na
Alemanha, acompanhamos muitos casos, inclusive o de um rapaz árabe-israelense
que acreditava ser paranoico o medo de seu companheiro judeu israelense de
sair com solidéu nas ruas de Berlim. Saíram os dois juntos, e o árabe
colocou o solidéu. Este rapaz foi espancado por um mulçumano que gritava
em árabe – JUDEU. O episódio foi filmado e gerou enormes protestos.
O antissemitismo começa a mostrar a
sua face – e o mundo não está calado. O mundo sabe que não pode ficar
calado, pois o custo destas demonstrações de racismos explícito contra um
povo multiétnico, que vem sobrevivendo há mais de 3000 anos, tem resultado
em grandes catástrofes para toda a humanidade. Foram acesos os sinais vermelhos,
mas estes devem ser traduzidos em ações e na detecção de narrativas
mentirosas.
O Estado de Israel completou a semana
passada 70 anos de vida e comemorou com festas e alegria após ter parado
no dia anterior para lembrar que não foi doado em uma bandeja de prata͟, mas sim pelos ombros de homens e mulheres que deram suas vidas para o renascimento de uma nação aniquilada
nos anos 70. Assim como o povo judeu, os cidadãos israelenses têm
diferentes matizes, diferentes religiões e diferentes idiomas em uma pequena
faixa de terra menor que Sergipe. Conviver mantendo a diversidade – a humanodiversidade - é uma das
melhores formas de manter um convívio pacífico, e se este muitas vezes não
é possível entre as nações, porque muitos interesses estão em jogo, passam
a ser alcançados no plano individual. Em alguns casos, o fato comum é
pertencer ao mesmo povo – e há muitas iniciativas para
colocar judeus de diferentes origens,
culturas e cor de pele em contato para difundir culturas. Há algo comum,
que é ser judeu, junto com todas as diferenças. Outros pontos de contato
são as relações com árabes mulçumanos, cristãos ou com drusos. Neste caso,
o ponto em comum é a cidadania israelense.
Muitos tornam-se companheiros ao servirem o exército de defesa de Israel e
outros ao frequentarem escolas comuns. Neste caso, seguem o caminho
natural criado para facilitar a convivência. Existem também casos inéditos,
que mostram que o convívio gerado pelo contato pessoal é a forma mais
fácil de aproximar pessoas separadas por narrativas coletivas e por
estereótipos. A figura que ilustra este editorial é de duas jovens que
participaram de um programa Master Chef que moram na Judéia. Esta linda foto dá vida à palavra CONVIVÊNCIA. E ilustra a
importância do respeito pelo outro.
Hábitos e costumes diferentes apenas
ilustram que pertencemos ao Planeta Terra, e que nós humanos apesar de nossas
semelhanças somos únicos. Cada ser é um e cada um tem a capacidade e o
direito de manter a sua identidade. Criar o conceito de humanodiversidade é o que vai permitir convivermos mantendo as nossas identidades.
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