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quinta-feira, 26 de abril de 2018

EDITORIAL - Convivência

ESTADO DE ISRAEL – POVO JUDEU
formulando CONVIVÊNCIA – respeitando a HUMANODIVERSIDADE




Esta semana assistimos a muitas demonstrações de antissemitismo ao redor do mundo, algumas delas na Alemanha. De um lado, árabes saem de países em guerra e buscam o mundo ocidental, formando um importante contingente de desestabilização; do outro, há o renascimento de grupos nazistas, que este ano explicitamente comemoraram a data de nascimento de Hitler. 

Na França, a judia Mireille Knoll, de 85 anos, foi encontrada morta em seu apartamento em Paris no dia 23 de abril. Sobrevivente do holocausto, recebeu 26 facadas. Suspeitos foram detidos e no dia 28 de abril foi realizada uma passeata organizada por instituições judaicas em Paris. Os manifestantes marcharam em direção à casa da vítima e o Presidente Macron, junto com outras autoridades, uniu-se à manifestação.


Este não foi um caso único. Na Alemanha, acompanhamos muitos casos, inclusive o de um rapaz árabe-israelense que acreditava ser paranoico o medo de seu companheiro judeu israelense de sair com solidéu nas ruas de Berlim. Saíram os dois juntos, e o árabe colocou o solidéu. Este rapaz foi espancado por um mulçumano que gritava em árabe – JUDEU. O episódio foi filmado e gerou enormes protestos. 


O antissemitismo começa a mostrar a sua face – e o mundo não está calado. O mundo sabe que não pode ficar calado, pois o custo destas demonstrações de racismos explícito contra um povo multiétnico, que vem sobrevivendo há mais de 3000 anos, tem resultado em grandes catástrofes para toda a humanidade. Foram acesos os sinais vermelhos, mas estes devem ser traduzidos em ações e na detecção de narrativas mentirosas. 

O Estado de Israel completou a semana passada 70 anos de vida e comemorou com festas e alegria após ter parado no dia anterior para lembrar que não foi doado em uma bandeja de prata͟, mas sim pelos ombros de homens e mulheres que deram suas vidas para o renascimento de uma nação aniquilada nos anos 70. Assim como o povo judeu, os cidadãos israelenses têm diferentes matizes, diferentes religiões e diferentes idiomas em uma pequena faixa de terra menor que Sergipe. Conviver mantendo a diversidade – a humanodiversidade - é uma das melhores formas de manter um convívio pacífico, e se este muitas vezes não é possível entre as nações, porque muitos interesses estão em jogo, passam a ser alcançados no plano individual. Em alguns casos, o fato comum é pertencer ao mesmo povo – e há muitas iniciativas para 
colocar judeus de diferentes origens, culturas e cor de pele em contato para difundir culturas. Há algo comum, que é ser judeu, junto com todas as diferenças. Outros pontos de contato são as relações com árabes mulçumanos, cristãos ou com drusos. Neste caso, o ponto em comum é a cidadania israelense. Muitos tornam-se companheiros ao servirem o exército de defesa de Israel e outros ao frequentarem escolas comuns. Neste caso, seguem o caminho natural criado para facilitar a convivência. Existem também casos inéditos, que mostram que o convívio gerado pelo contato pessoal é a forma mais fácil de aproximar pessoas separadas por narrativas coletivas e por estereótipos. A figura que ilustra este editorial é de duas jovens que participaram de um programa Master Chef que moram na Judéia. Esta linda foto dá vida à palavra CONVIVÊNCIA. E ilustra a importância do respeito pelo outro.


Hábitos e costumes diferentes apenas ilustram que pertencemos ao Planeta Terra, e que nós humanos apesar de nossas semelhanças somos únicos. Cada ser é um e cada um tem a capacidade e o direito de manter a sua identidade. Criar o conceito de humanodiversidade é o que vai permitir convivermos mantendo as nossas identidades. 

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