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quinta-feira, 23 de agosto de 2018

EDITORIAL: 1929 - um ano encoberto pelas brumas do tempo

1929 - um ano encoberto pelas brumas do tempo

Jerusalém - uma cidade antiga, uma cidade eterna, o foco das atenções das religiões monoteístas, desperta para o mundo da alta tecnologia. Em tantos anos de história, há muito para saber e descrever. Ao longo destes anos em que escrevemos semanalmente para a EshTáNaMídia, em vários momentos mencionamos a cidade de Jerusalém.

Esta semana (20 e 21 de agosto de 2018) esteve na cidade de São Paulo a Orquestra Sinfônica de Jerusalém com sua boa música que viaja pelos recantos da Europa do Tachaikowsky, Dvorak, Mendelssohn, Brahms e Mark Lavry, músico natural da Letônia. A obra de Lavry foi "Emek", que estreou no terceiro concerto da Filarmônica da Palestina - atual Filarmônica de Israel - em 1937. A viagem por mundos esperados terminou com um abraço musical entre o Brasil e Israel. Todos que lá estavam foram brindados com um vibrante "Tico-Tico no Fubá" e um emocionante "Ierushalaim shel Zahav". 

A música une os mundos e as palavras esclarecem e iluminam. Para isto, é necessário visitar e revisitar os termos e a história. Nesta mesma semana, entre os dias 23 e 29 de agosto de 1929, as terras do Mandato Britâncio da Palestina viram os árabes se levantarem contra os judeus que lá habitavam, promovendo a expulsão dos judeus de Jerusalém e de muitos outros centros importantes do país. A cidade de Hebron foi totalmente evacuada e violências também ocorreram na Galiléia e em Tel Aviv. 

No centro da disputa estava o Muro Ocidental do Templo de Jerusalém. Um ponto histórico que remonta a 3000 anos, e que continua sendo disputado ao longo dos anos.

A história segue, e em 1948 vem a formação do Estado de Israel. Nesta ocasião os árabes atingiram seu objetivo: baniram os judeus da área do Templo e principalmente, de chegar ao Muro Ocidental. Esta situação foi mantida por mais duas décadas até que, respondendo a um ataque dos exércitos árabes, foi conquistada a Cidade Velha de Jerusalém, ou melhor, a Cidade de Jerusalém. De 1967 em diante, a área do Templo mantém-se aberta para muçulmanos, cristãos e judeus. 

Nestes dias que antecedem o Ano Novo Judaico, lembramos que a história é feita de uma sequência de idas e vindas, de músicas que unem os muitos mundos. Cabe a nós mantermos a memória dos diferentes momentos para conseguirmos pavimentar o futuro como fizeram aqueles que voltaram para Jerusalém.


Editoras do EshTá na Mídia - Regina, Marcela e Juliana. 


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