Israel está em chamas! Ou melhor, os habitantes de Israel que moram na fronteira com a faixa de Gaza estão sendo bombardeados a todo momento por bombas, balões incendiários e foguetes lançados de Gaza. Há tuneis de terror construídos para sequestrar cidadãos israelenses e uma enorme pressão.
No início da semana entraram em Israel, pelo Aeroporto Internacional de Lod, líderes do Hamas que lideram ações terroristas com o propósito de participar de negociações para o cessar fogo. O Hamas negociaria um parar do envio de bombas e dispositivos incendiários para Israel. O sul de Israel está em chamas, e os esquadrões de bombeiros estão trabalhando em tempo integral. Mas o que vimos no dia de ontem foi um intensificar das agressões – um chamamento para que Israel responda de forma ativa e o mundo volte a participar do círculo vicioso da guerra. Quando o Hamas fustiga de forma impiedosa a população do Sul de Israel, o mundo se cala. Quando Israel atinge cirurgicamente alvos responsáveis pelos ataque, o mundo protesta! E assim se reforça o círculo vicioso.
Ao olhar para os amigos israelenses, o cidadão comum do dia a dia, podemos ver o quanto querem proteger a seus filhos e esperar que não haja mais perdas de vidas nesta dança macabra. Por outro lado, há uma noção muito grande de que há a necessidade de manter seguras as fronteiras do Estado de Israel e que sem ter com quem negociar, é preciso saber resistir.
Não é de hoje que os judeus enfrentam ondas de rejeição e aceitação, ondas de ódio e admiração e que pouco sabem como lidar com o processo. Mas, a cada volta na espiral da história são encontradas novas formas de lidar com o processo e novos patamares de entendimento.
Certamente a solução só pode vir de contatos e conversas, de aprender a dar e receber na proporção correta e de aprender a ceder e resistir na forma adequada. Será sonhar muito alto imaginar que a paz está mais perto a cada vez que se supera uma crise, ou que uma criança de Gaza que venha ser cuidada por israelenses, ou a cada partida dos muitos times de crianças árabes e israelenses que jogam juntas?
Muito provavelmente isto é ser simplista. O que precisamos hoje é saber que entre os dois extremos está o mundo, está a mídia. A postura destes é de suma importância para que o Hamas deixe de fustigar os habitantes do sul de Israel e que passem a aplicar os milhões de dólares que recebem como donativos, inclusive do Brasil, em melhorar vida da sua população. Aqui a mídia é de alta relevância. Foi muito mais veiculado na nossa mídia a recusa do atleta olímpico egípcio em apertar a mão do israelense no Rio de Janeiro do que a atitude da Miss Irã que se tornou amiga da Miss Israel no Concurso de Miss Universo em 2017. A discórdia é reforçada, a concórdia é muitas vezes considerada de baixo interesse midiático.
Entre os dois extremos do certo e do errado tem que existir uma enorme vontade de promover diálogos e encontros, de favorecer o conhecimento e valorizar as diferenças e a identidade de cada um. Poder SER – é um dos principais fatores que permitem às pessoas, aos povos e aos países se reconhecerem com UM entre os POVOS – e isto significa pertencer.
Boa semana.
Editoras do EshTá na Mídia - Regina, Juliana e Marcela
Nenhum comentário:
Postar um comentário