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quinta-feira, 27 de junho de 2024

Iachad (juntos - יחד) - por André Naves: Deserto sem respostas

 

Deserto sem Respostas




            Chega a ser engraçado se não fosse trágico... As minhas ideias que floresciam como lírios do campo ressecaram em um profundo e silencioso deserto: um deserto sem respostas... Acho que a vida é assim mesmo... Atravessamos a aridez inóspita em busca de respostas que de tão evidentes acabam se tornando invisíveis...

            O Otto Lara Resende contava uma história bem interessante de um senhor que morava há mais de 32 anos num mesmo apartamento. Lugar bonito, na frente do mar de Copacabana. Sempre fiquei imaginando a biblioteca desse homem. Será que tinha tapetes? O que ele gostava de ler? Ele fazia as cruzadinhas? Lia o obituário?

            Vamos voltar para o leito do enredo... Aquele senhor morava lá há mais de 32 anos. 32... Passava pelo porteiro todo santo dia. Cumprimentava. Até caçoava do futebol... Mas nunca parou para ver mesmo. Acho que nem o nome sabia. De tanto ver, ele não via. Que coisa, né?

            Um dia entrou no elevador. 32 anos, veja bem. Não estou falando de 32 horas... Tinha um cartaz pregado lá. Foto do porteiro bem grande. Morreu. Foi nesse instante que nosso protagonista descobriu seu nome, seu rosto... Descobriu que ele tinha família. Foi a primeira vez que aquele senhor enxergou o porteiro.

            Na morte, enxergou. Puxa vida!

            A história termina aí. Mas a gente entende quando vai desertificando tudo. De tanto ver, não vê... Sabe o caminho que a gente passa todo dia? Deserto. Sabe o que a gente só ouve? Grande silêncio que ecoa a falta de respostas...

            Hoje eu tô meio que escrevendo só umas ideias sem nexo. Talvez seja pela minha gripe. Gripe passa. Não é desculpa... Pra quem já voltou do coma, o que é um estadozinho gripal? Quem sabe seja o cansaço? Escrever é meu prazer e a fadiga passa lá longe, onde o vento assobia e faz curva.

            Deve ser pela tensão do momento. De ver tanta gente hipnotizada, repetindo a ilusão desértica de um silêncio sem respostas nem ideias. Parece até uma zumbilândia... De tão óbvias, as respostas nunca são ditas. Pior, mentiras ganham a ribalta! Prefiro o silêncio ensurdecedor que a sedução de um canto das sereias que leva à ruína e à morte!

            MENTIRAS!

            Mas no deserto em que se tornou minha mente, parece até que estou vendo alguma coisa brotar. Um pingo de esperança no meio daquela secura da morte. Aquela que nunca resseca, nunca morre, a última no deserto.

            ESPERANÇA!

            UMA ROSA VERMELHA!

P.S.: Amigos do Esh tá na Mídia, eu queria muito indicar um livro para vocês. “Submissão”, do Michel Houellebecq. Eu li há uns dez anos, logo que foi lançado, e o reli esses dias. É impressionante como dá a triste impressão de que as nuvens cinzas previstas nele estão se tornando realidade agora... É a ficção antecipando a realidade... Infelizmente, arrepiante.

André Naves

Acontece - O alistamento dos ultra-ortodoxos

Por Juliana Rehfeld



Esta semana  a Suprema Corte de Israel decidiu por unanimidade (15 votos) tornar obrigatório o alistamento militar de cidadãos “ultra-ortodoxos”. Um dos principais argumentos que embasaram esta sentença foi que “é injusta a discriminação entre cidadãos sobretudo quando se trata de manutenção de algo tão precioso quanto a vida”. E mais, “neste momento de terrível guerra, o peso desta desigualdade torna-se ainda mais agudo.”

Esta decisão estava prevista há algum tempo, mas não que fosse unânime. Vinham ocorrendo muitos protestos na rua, reunindo várias centenas de Haredim e interrompendo o fluxo de grandes estradas.

Cerca de 1,3 milhão de judeus ultra-ortodoxos perfazem 13% da população israelense e a previsão é de que alcancem 19% em 2035 devido à alta taxa de natalidade. Em torno de 65000 deles passaram a ser considerados elegíveis ao exército a partir da decisão da Suprema Corte.

A isenção de alistamento para os ultraortodoxos remonta à fundação do Estado de Israel em 1948, quando um pequeno número de acadêmicos notáveis receberam esse benefício. Mas com a pressão dos partidos religiosos politicamente poderosos, esses números aumentaram ao longo das décadas. O tribunal havia pronunciado que as isenções eram ilegais já em 2017, mas repetidas prorrogações e táticas de atraso do governo impediram a aprovação de uma lei substituta. 

O fato é que estas decisões colocam em risco o futuro da base de apoio do atual governo mas, de certa forma, também trazem receios quanto à própria atuação desta nova população no exército. Houve grande aprovação do público em geral e manifestas comemorações por parte da mídia árabe e palestina. 

Dois partidos pertencentes aos Haredim, ou “tementes a Deus” em hebraico, são partes essenciais da frágil coligação do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, mas as amplas isenções do serviço militar obrigatório reabriram uma divisão profunda no país e enfureceram grande parte do público em geral durante a guerra em Gaza. Mais de 600 soldados foram mortos desde o ataque do Hamas em 7 de Outubro. Muitos soldados da reserva estão iniciando sua segunda missão. E cerca de 3000 ultra-ortodoxos já foram convocados.

Esta decisão do Supremo arremata outra, pronunciada em março deste ano, segundo a qual o governo está impedido de manter os subsídios às “yeshivot” (seminários ortodoxos) que são contra o alistamento. 

Os Haredim são contrários ao alistamento porque acreditam que o estudo em período integral é sua principal tarefa. Algumas manifestações de protesto: 

- O rabino sênior do partido Shas comparou o Supremo Tribunal ao Hamas: “Também houve decretos do Faraó e dos romanos”, alegou;

- O Rabino Shlomo Mahfoud exorta a não se alistar no exército – mesmo para aqueles que não estudam a Torá “porque estará se declarando um apóstata”;

- Sobre os juízes que decidiram que os estudantes da Yeshiva deveriam ser recrutados: “já sabíamos a decisão com antecedência, eles não entendem o que é a Torá”;

- Sobre o massacre na fronteira : "O que aconteceu em 7 de outubro veio do céu".


Bem, as decisões da Suprema Corte não caíram do céu. Elas foram resultado - tardio mas ainda oportuno - da percepção humana e abalizada de que era necessário estancar um problema que ameaça a continuidade da Israel fundada em 1948. A perspectiva de manter esses privilégios a uma população em geométrica expansão é explosiva mas é, também, eticamente indefensável. Vai demorar e não será suave implementar estas sentenças mas na minha opinião o caminho foi aberto para um resgate do sonho dos primeiros sionistas, e que venham mais corajosos passos neste sentido. 

Shabat Shalom

terça-feira, 25 de junho de 2024

VOCÊ SABIA? - Salman Rushdie

 

SALMAN RUSHDIE, MAIS UMA VOZ E UM ROSTO DEFORMADO POR AÇÕES TERRORISTAS,  EM FAVOR DE ISRAEL!

COMO PODEM JOVENS ESTUDANTES PROGRESSISTAS  APOIAREM  UMA ORGANIZAÇÃO TERRORISTA FASCISTA?”

Por Itanira Heineberg



Você sabia que Salman Rushdie, uma luz reconhecida de consciência moral em nossos dias de valores confusos, afirma com vigor, apregoando ao mundo, que o “Hamas é um flagelo, uma Palestina governada pelo Hamas seria um desastre e Israel não deveria ter de viver ao lado de tal monstruosidade?”

Depois de  mais de 200 dias de cabeças esquerdistas indiferentes ao totalitarismo religioso rebelarem-se nas ruas e universidades do planeta, e de jovens furiosos, desinformados e ignorantes dos passos da História atribuindo a Israel a culpa de todos os problemas no Oriente Médio, aqui temos mais uma voz calma e justa tentando iluminar a ignorância coletiva com respostas e explicações corretas e apontando o Hamas como o cerne dos infortúnios desta cruenta guerra.

Em uma entrevista para o jornal alemão Bild, Salman Rushdie, especialista em Islã radical, afirmou: “Talvez o Hamas seja o problema pois foi com ele que tudo começou. E talvez aqueles que se autodenominam progressistas devessem pensar duas vezes antes de inventar desculpas para um movimento tão “fascista” que os derrubaria sem pestanejar, mais rapidamente do que se poderia pronunciar “Palestina Livre”. Finalmente, a sabedoria elimina o ruído.”

E assim, como todos aqueles que se preocupam e sofrem com os tristes acontecimentos em Gaza, Salman também se angustia com a situação do povo palestino - porém não pode aceitar nem entender como as vozes que acusam as mortes daqueles inocentes não mencionam o grupo terrorista Hamas, origem de todo o caos perpetuado com a barbárie de 7 de outubro de 2024.

Causa ainda mais indignação o fato de os mais de 200 reféns capturados e mal tratados pelos terroristas não serem citados nem lembrados.

Mas para aqueles que não apoiam o Hamas nem seus seguidores, para todos que entendem que Israel não iniciou esta guerra sangrenta mas tem o direito indiscutível de proteger seu território violentamente atacado no 7 de outubro último, esta voz esclarecida se levantou.

Salman Rushdie é de família muçulmana liberal e abastada; nasceu em Bombaim, na Índia, em 1947. Em sua juventude, foi estudar na Inglaterra e por lá se estabeleceu vindo a tornar-se um súdito britânico. Formou-se em história no King's College, em Cambridge, foi ator por uns tempos e inclinou-se pela paixão à literatura. Escreveu mais de vinte livros e em 2023 foi nomeado uma das cem pessoas mais influentes do ano pela revista Time.

Em 1988 escreveu seu quarto romance, “Versos Satânicos”, inspirado na vida do profeta Maomé. No seu habitual realismo mágico usou eventos e pessoas de seu tempo na criação de seus personagens. O título inspira-se em um grupo de versos do Alcorão que fala das três deusas pagãs de Meca: Allāt, Al-Uzza e Manāt.

Na Inglaterra a obra The Satanic Verses recebeu críticas positivas, mas causou grande alarido e protestos por parte da população muçulmana que o acusou de blasfêmia e de falta de respeito por sua fé.

 

“A indignação entre os muçulmanos fez com que o aiatolá Ruhollah Khomeini, então líder supremo do Irã, pedisse a morte de Rushdie em 14 de fevereiro de 1989. O resultado foram várias tentativas fracassadas de assassinato de Rushdie, que foi colocado sob proteção policial pelo governo do Reino Unido, e ataques a vários indivíduos conectados, incluindo o assassinato do tradutor Hitoshi Igarashi. Mais tarde, Rushdie foi esfaqueado em agosto de 2022 durante uma palestra pública na Chautauqua Institution, no estado de Nova York.”

 

Dois anos após o ataque, Rushdie respondeu à violência com Arte e publicou seu livro FACA, com reflexões sobre o atentado que o deixou sem um olho e com uma grave cicatriz na face direita que o impede de falar como antes.

Assim é Salman Rushdie, um homem íntegro, conhecedor da História e da raça humana, que se desnuda ao relatar sua traumática experiência.

Com tudo o que passou e sofre até agora, e sem medo das consequências de suas palavras, não se conteve ao ver a desinformação de jovens responsáveis pelo futuro do mundo, estudantes das melhores universidades atuais, tão mal orientados e totalmente enganados sobre o acontecer diário da História.

Deformado e sem a visão de um olho, ele repreende o radicalismo e antissemitismo que nos envolve:

 

“Não há muita reflexão profunda acontecendo”.

“Eu me pergunto isso o tempo todo. O que significou quando os chamados progressistas agitaram a bandeira palestina logo após o 7 de Outubro? Isso foi solidariedade com o povo de Gaza ou triunfalismo israelo fóbico após a vil e sangrenta invasão dos kibutzim pelo Hamas?

E quando os ativistas gritam “Globalizem a Intifada”, o que estão a dizer? A única “intifada” que vimos nos últimos anos foi o pogrom racista de 7 de Outubro. Globalizar isso?

 

Lamento que a liberdade esteja sob ataque em todo o lado graças à noção altamente iliberal de que “a proteção dos direitos e das sensibilidades de grupos considerados vulneráveis deveria ter precedência sobre a liberdade de expressão”.

 

Devemos agradecer as palavras de Salman Rushdie. Que elas sejam ouvidas e compreendidas pelo mundo.

Escutemos um pouco sua voz:

https://twitter.com/i/status/1792268944000127188

 

Assim como Rushdie, há outros neste movimento de esclarecer os não esclarecidos ou aqueles que não querem ser esclarecidos.

Mosab Hassan Yousef, filho de um dos criadores do Hamas, falou recentemente no pódio das Nações Unidas, pedindo a todos os responsáveis pela paz na terra, que escutem suas palavras: o único desejo do grupo terrorista é acabar com o povo judeu e apagar da face da terra o Estado de Israel.

E acaba dizendo que seu objetivo de vida é acabar com o Hamas.

FONTES:

https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/salman-rushdie-diz-que-teve-premonicao-dias-antes-de-ser-esfaqueado/

https://www.estadao.com.br/tudo-sobre/salman-rushdie/

https://www.spectator.co.uk/article/salman-rushdie-has-exposed-the-great-lie-https://www.companhiadasletras.com.br/colaborador/00428/salman-rushdieof-a-free-palestine/

https://www.theguardian.com/books/2024/apr/21/knife-by-salman-rushdie-review-a-life-interrupted-attempted-murder

https://www.spectator.co.uk/article/salman-rushdie-has-exposed-the-great-lie-of-a-free-palestine/

https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2023/11/27/filho-de-fundador-do-hamas-que-foi-ex-espiao-de-israel-responsabilidade-de-eliminar-ideologia-do-grupo-e-da-sociedade-palestina.ghtml


quinta-feira, 20 de junho de 2024

A atriz Shira Haas ganha o prêmio do Festival de TV de Monte Carlo

 

A atriz Shira Haas ganha o prêmio do Festival de TV de Monte Carlo

O Festival também apresentou um emocionante filme sobre a vida da refém do Hamas que foi libertada Abigail Edan.


A atriz israelense Shira Haas recebeu o Prêmio do Júri por seu papel no drama televisivo “Night Therapy” no 63º Festival Internacional de Televisão de Monte Carlo na terça-feira.

Haas, que atualmente filma nos Estados Unidos, expressou sua gratidão em um discurso pré-gravado.


“Olá a todos, obrigada por esta honra incrível”, disse ela. “Eu gostaria de poder estar com vocês agora… ‘Terapia Noturna’ é uma série sobre cura, sobre luto, sobre amor e eu amo muito essa série. Este papel é significativo para mim no nível mais pessoal, então obrigado Raanan [Caspi], nosso criador e escritor do programa.”


Haas também agradeceu seus parceiros de produção, a co-estrela Yousef Sweid, e sua família, incluindo sua falecida mãe.

“Quero agradecer à minha mãe, de quem sinto falta todos os dias e todos os momentos, e como tudo na minha vida, esta conquista incrível é graças a ela e para ela”, acrescentou.

Além disso, o cineasta israelense Ben Shani esteve presente no festival com seu filme “Table for Eight”, indicado ao Golden Nymph Award.

O filme de Shani, parte do popular programa investigativo e de atualidades “Uvda”, explora a vida de Abigail Edan, de quatro anos, uma cidadã com dupla cidadania norte-americana e israelense que foi sequestrada por terroristas do Hamas em 7 de outubro – depois que seus pais foram mortos pelos terroristas – e mais tarde libertada como parte de um acordo de cessar-fogo.


Fotos da libertação de Abigail

Matéria original em inglês do Israel 21c

ACONTECE: O oitavo mês


Regina P. Markus

7 de outubro de 2023, quando tudo começou. Muitas imagens e muitos fatos passam a ser conhecidos e sabemos que muito ainda está por vir. A cada dia fica mais evidente que não foi um ato isolado. Houve um planejamento estratégico para o dia e um planejamento de longuíssimo prazo para preparar algozes que atuaram sem constrangimento - ao contrário, com o refinamento de telefonar para pais e outros conhecidos relatando ao vivo as atrocidades. O que se segue é ainda mais impressionante, o mundo apoia os algozes e despreza os que se defendem. As falsas verdades e o uso intensivo dos modernos meios de comunicação criam inicialmente a dúvida sobre a veracidade dos fatos, e atualmente o esgotamento do tema. Há uma consciência geral que Hamas e Hezbollah têm uma ligação umbilical com o atual governo iraniano e a Jihad Islâmica. Estes movimentos não representam os países árabes ou os mulçumanos, mas vêm recebendo apoio impressionante de países da América Latina incluindo o Brasil e a África, com um destaque para a África do Sul. ACONTECE que olhando o território de Israel, vemos que a guerra ganhou uma nova geografia.





Reféns ainda estão em Gaza, pessoas inocentes que estavam em suas casas ou que celebravam a paz e a convivência entre todos em um festival de música no Neguev. Israel, há semanas, fez uma ação espetacular, resgatando quatro reféns que contam suas histórias. 

Oito meses e o conflito parece longe de ter uma solução. Foi aberta uma nova frente de ataque. Há meses o Hezbollah do Líbano vem açoitando os habitantes do norte de Israel. Cidadãos israelenses de todas as etnias e religiões tiveram que abandonar suas residências. Cidades fantasmas ou pessoas vivendo sob ataques diários. E tudo isto um pouco longe da mídia. As Forças de Defensa de Israel (IDF, abreviação em inglês) têm atuado na região norte e no sul do Líbano, onde ficam as principais forças do Hezbollah, um grupo com forte ligação iraniana. Estes hoje são participantes do governo libanês e atuam de norte a sul do país. 
Há meses Israel sofre não só ataques mortais como tem sido fotografado por drones não tripulados do Hezbollah.

No dia 19 de junho o jornalista Gianluca Pacchiani publicou no "Times of Israel" as palavras do chefe do Hezbollah, Hassan Nasralah, afirmando que nenhum lugar em Israel estaria seguro. Eles têm a capacidade de atingir qualquer ponto. Além disso, ameaçou também Chipre e outras partes do Mediterrâneo. "O inimigo sabe que nos preparamos para o pior...e que nenhum lugar... estará a salvo de nossos foguetes". O pronunciamento foi feito durante cerimônia lembrando o líder do Hezbolah, Taleb Abdullah, morto há uma semana. 

O discurso foi precedido de muitas ações, recebe críticas de vários países e deveria abrir os olhos do mundo para a constante ameaça de eliminação do Estado Judeu. No  dia 13 de junho morreu o último judeu que habitava o Iêmen. A comunidade judaica no Iêmen remonta aos tempos bíblicos. Enfrentou inúmeras ondas de perseguições. Entre 1949 e 1950 a operação "Tapete Voador" levou 50.000 judeus iemenitas para Israel. (StandWithUs, Jerusalem Post).


Yaya ben Yosef Z'L - aldeia Maldar 


A ancestralidade do Povo Judeu e sua relação com o Estado de Israel não são possíveis de serem negadas. Mas é possível que sejam silenciadas ou reformatadas. "Unir o povo à religião e, apesar do judaísmo não ser uma religião proselitista, há uma grande preocupação em desqualificá-lo e substituí-lo." Ao longo destes oito meses aprendemos que apesar da frase anterior ser muito forte não é este pensamento que prevalece no mundo. Em todos os grupamentos aparecem com mais e mais evidência líderes e pessoas comuns que não apoiam a onda antissemita e antissionista. 

Esta semana foi muito estimulante saber que Kosovo e Israel assinaram um acordo estabelecendo que a partir de setembro não mais haverá necessidade de visto para viagens. Kosovo é um país de maioria mulçumana. Estabeleceu relações diplomáticas com Israel em 2021 e sua embaixada está localizada na capital de Israel, Jerusalém.


Cerimônia de oficialização das relações diplomáticas Israel - Kosovo 
Pristina 1 fev.2021, (AP Photo/Visar Kryeziu)

O mundo continua a dar voltas e nestes tempos difíceis a Alemanha tem sido um importante apoio para Israel. E o passado? E a Europa invadida por mulçumanos? Os que aparecem e se manifestam contra Israel vão às ruas propagando falsas verdades. Muitos se manifestam de forma explícita a favor de um bom relacionamento.

Para construir um futuro é preciso considerar um passado. O "aqui e agora" elimina as responsabilidades e acaba com o planejamento. Mas, muitas vezes, é importante que constatemos apenas a evolução. 

Nesta semana tão difícil, vamos encerrar com uma imagem que acalenta a todos os corações. É a capa da Revista Vogue alemã publicada em 18 de junho de 2024. Apreciem💝💝💝💝💝



102-year-old Margot Friedländer 

Margot Friedländer sobreviveu ao Holocausto e esta semana foi capa da Vogue alemã aos 102 anos. Em entrevista dada recentemente, demonstra ânimo e força de vida, e a enorme energia que dedica à preservação de memórias com respeito à humanidade.

A Alegria de Viver não é incompatível com a Preservação da Memória! 

E, em nossos tempos precisamos cuidar para que os discursos e a enorme força de divulgação de falsas verdades não deixe um rastro de memórias criadas. Preservemos as memórias baseadas em vivências!

Am Israel Chai

Regina P. Markus


Última hora:

DECLARAÇÃO DO Ministro das Relações Exteriores Israel Katz:

“Congratulo-me com a listagem do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC) pelo Canadá como uma organização terrorista.

O Irã e a sua infra-estrutura terrorista devem ser responsabilizados pelos crimes e atrocidades que cometeram e pelo terrorismo que estão a espalhar no Médio Oriente e em todo o mundo.

Continuarei a liderar a campanha para chamar a atenção do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica pelo que ele é: a maior organização terrorista do mundo.(MFA)

sexta-feira, 14 de junho de 2024

Um muçulmano protesta sozinho

 

Mais evidências e protesto sobre o vínculo entre imigração e crime. Um muçulmano protesta sozinho contra a turba de apoio à extinção do Estado de Israel e os políticos franceses - a fala dele está traduzida na sequência.




Foram vocês que os criaram estes fichas S, vocês que os parem, este governo criminoso, vocês exibidos, mãos sujas, solte-me, este governo deve traduzir em justiça, todos esses “Ficha S”, devemos expulsá-los, são eles os responsáveis, nenhum candidato falou disso, dos mortos em Nice, no Bataclan, e isso continua, e ontem… eles todos abrem a grande garganta porque eles puxam o saco dos muçulmanos da França,

Eu era muçulmano, eu não sou mais, tenho vergonha, deve-se levar à justiça todos os ministros do Interior, da direita, da esquerda, é uma vergonha!

Eu acuso, como dizia um escritor francês (Emile Zola)… veja, eles vêm se exibir sobre o sangue de um policial que perdeu a vida, e que deixou esposa e um filho.

Eu Farid, acuso todos os governos, eles são responsáveis por todos esses muçulmanos, e quem vos fala é um muçulmano, cujas mulheres usam turbantes, e que matam nossas mulheres… onde está a Sra Simone Veil, a Sra incompreensível para pararem esta bobagem de lenços árabes, estes governos, estes presidentes, que vão apertar a mão da Arábia Saudita onde a mulher não tem o direito de dirigir e, diz-se que somos malditos….tenho vergonha, é um insulto, tenho vergonha.


Fonte: Informativo francês Shofar

quinta-feira, 13 de junho de 2024

Análise das eleições do Parlamento Europeu…


Tino Chrupalla e Alice Weidel, co-líderes do partido político de extrema-direita Alternativa para a Alemanha, comemoram na noite eleitoral da AfD após a divulgação dos resultados iniciais das eleições parlamentares europeias em Berlim, em 9 de junho.
(crédito da foto: SEAN GALLUP/GETTY IMAGES)



Introdução: Juliana Rehfeld

As eleições do Parlamento Europeu têm sido muito comentadas esta semana, sendo que alguns comentaristas no Brasil acreditam que é sensacionalista falar em “grande crescimento da extrema direita” analisando que o grande ganhador foi o bloco conservador… será mesmo? Houve inúmeros discursos da direita que preocuparam, fatos trazidos com números que infelizmente não foram forjados. A política holandesa Eva Vlaardingerbroek informou sobre os vários crimes da semana contra cidadãos europeus em Estocolmo, em Londres, em Paris, contra igrejas queimadas… e afirma que sabemos que estes "incidentes” não são mais simples “incidentes”, mas que sim, há uma grande correlação entre a imigração e o crime! “Nossa nova realidade na Europa consiste em frequentes estupros, ataques a faca, mortes, assassinatos, tiroteios e até decapitações. Mas sejamos claros quanto a isso. Esta realidade não era assim antes. Este é um problema 'recentemente importado'" - e ela segue com os significativos números: “Em Amsterdam, hoje, 56% da população é de imigrantes. Em Haia, são 58%, Rotterdam, quase 60%, ou seja, os cidadãos holandeses são minoritários. Londres 54%, Bruxelas, 70%… a teoria da substituição da população não é ficção, está se tornando realidade…” 

Números assustadores, mesmo que você não seja da extrema direita. Os cidadãos europeus judeus estão “sendo comprimidos” entre esta crescente invasão e a reação europeia a ela. Escolhemos um artigo do Jerusalem Post que nos traz uma visão de dentro do “surrado berço da civilização - a Europa atual” .

O successo do partido de extrema direita da Alemanha nas eleições do Parlamento Europeu fez muitos judeus ouvirem ecos do passado Nazista.


Por: TOBY AXELROD/JTA   Publicado: 12 de junho de 2024



O sucesso dos extremistas alemães nas eleições de domingo para o Parlamento Europeu preocupou os principais líderes e políticos judeus. Alguns dizem temer que o país esteja se desviando para um território político que se assemelha à era imediatamente anterior à ascensão dos nazistas aqui, há quase um século.

O forte desempenho dos partidos de extrema direita reflete preocupações com o aumento do número de refugiados muçulmanos desde 2015 na Alemanha. O Partido “Alternativa para a Alemanha” - AfD - sublinha o isolacionismo, assume uma posição anti-UE e pró-Rússia e é acusado de fomentar o sentimento anti-muçulmano. Alguns dos seus representantes mais extremistas também menosprezaram o Holocausto, dizendo que a Alemanha pagou penitência suficiente pelos pecados de uma geração mais velha.

Os principais líderes judeus deram o alarme sobre a AfD logo após a sua fundação em 2013, e a sua preocupação tem crescido com cada novo sucesso do partido a nível local, nacional e internacional.

Agora, “o fato de os partidos populistas de direita e de esquerda terem recebido um quinto dos votos nas eleições para o Parlamento Europeu na Alemanha deveria fazer com que todas as forças democráticas hesitassem”, disse Josef Schuster, chefe do Conselho Central dos Judeus na Alemanha, em um comunicado após a eleição de segunda-feira.

“Isso não é mais um voto de protesto”, acrescentou Schuster. “Estou muito preocupado que a AfD em particular, com as suas ligações claras a ideias de extrema direita e as ligações dos seus principais candidatos a regimes ditatoriais, tenha conseguido alcançar tal resultado.”

A AfD ganhou vários pontos percentuais desde as últimas eleições, dando-lhe mais quatro assentos para um total de 15 no órgão legislativo que aprova as leis da UE e se destina a salvaguardar a democracia. Todo o parlamento deverá crescer de 705 para 720 membros após esta eleição.

Itália, França e Alemanha registaram ganhos significativos para os partidos de extrema-direita; esses partidos ficaram em primeiro lugar em cinco dos 27 países membros e em segundo ou terceiro lugar em cinco outros países. Os principais perdedores foram os partidos Liberal e Verde.


AfD fica atrás da CDU

Nas eleições de domingo, a AfD ficou em segundo lugar, atrás da União Democrata-Cristã - CDU - da Alemanha, de centro-direita, e do seu partido irmão mais conservador da Baviera, a União Social Cristã.

O resultado não surpreendeu os especialistas que viram a AfD derrotar outros partidos tradicionais nas eleições locais em toda a Alemanha nos últimos anos, forçando os seus oponentes a formar coligações complicadas numa tentativa de sufocar a voz extremista.

“Muitos eleitores estão obviamente tão insatisfeitos com a atual política governamental que estão preparados para fortalecer as margens políticas – sobretudo a AfD”, disse Elio Adler, fundador da apartidária “Iniciativa de Valores Judaicos”, com sede em Berlim. “Aconselhamos, portanto, vivamente os partidos estabelecidos a não basearem as suas políticas no que a AfD faz ou diz, mas naquilo que os cidadãos do país querem e/ou estão preocupados.”

O fato de o partido de extrema-direita ter tido um desempenho tão bom na Europa, disse Adler, é “extremamente alarmante: para a democracia e, como um dos grupos mais vulneráveis, ainda mais para nós, judeus”.

O político do Partido Verde, Sergey Lagodinsky, que conseguiu manter o seu lugar no parlamento da UE apesar da perda de 9 dos 12 assentos do seu partido, expressou preocupações semelhantes.

“É bastante alarmante, em geral, que estejamos tendo algumas dinâmicas que apontam para um clima de Weimar”, disse Lagodinsky, que é judeu e veio de Astrakhan para a Alemanha com sua família em 1993. A República Democrática Alemã de Weimar chegou ao fim com a ascensão do partido nazista em 1933, impulsionado por uma onda populista.

A AfD está “imitando um partido pró-judaico porque se enquadra na sua agenda anti-muçulmana”, disse Lagodinsky. “E isso é algo atraente para a nossa comunidade, que está realmente preocupada e insegura agora e sob ataque, eu diria.”

Protestos em massa contra a AfD ocorreram no início deste ano, após revelações de que o partido tinha realizado uma reunião secreta numa vila à beira do lago para discutir planos para deportar estrangeiros, incluindo aqueles que se tornaram cidadãos alemães. Neonazis proeminentes participaram na reunião, de acordo com a organização de notícias que divulgou a história, induzindo ecos dolorosos da reunião de líderes nazis na vizinha Wannsee, em 1942, para elaborar um plano para deportar e depois assassinar judeus.

Embora o apoio à AfD tenha diminuído nas pesquisas daquele momento, rapidamente recuperou-se e depois subiu. E os apoiadores do grupo reuniram-se no fim de semana passado antes das eleições, exibindo cartazes que apelavam à remoção em massa de imigrantes.

Alguns apoiadores da AfD na comunidade judaica disseram à JTA que as principais preocupações são descabidas. Os verdadeiros problemas estão no antissemitismo vindo dos muçulmanos na Alemanha, dizem eles.

Não é preciso ser de direita para votar na AfD, disse Marcel Goldhamer, jornalista e comediante no final dos 20 anos de idade que divide o seu tempo entre a Alemanha e os Estados Unidos.

“Eu me vejo totalmente no meio da estrada”, disse ele por telefone de Boston. “Sou a favor da segurança nas fronteiras e sou um patriota, e acho que não há nada de errado com isso.”

Artur Abramovych, presidente da bancada judaica da AfD, disse à JTA que estava em clima de comemoração. Mas um trabalho sério precisa ser feito, acrescentou.

“Como judeu, é claro, o que mais me preocupa é o aumento do antissemitismo aqui”, disse Abramovych em entrevista por telefone. “Isso se deve principalmente à imigração muçulmana em massa. Isso está absolutamente claro. Todo mundo que tenta lhe dizer outra coisa é mentiroso ou é pago pelo governo alemão”, disse ele. A sua implicação foi que o Conselho Central dos Judeus na Alemanha repete a posição política do governo federal, que é o seu principal financiador.

As estatísticas governamentais mostram que a maioria dos crimes antissemitas cujos autores são identificados são cometidos por alguém de origem de extrema direita.

Mas muitos crimes nunca são resolvidos. E Abramovych, um escritor de 28 anos cuja família veio da Ucrânia para a Alemanha na década de 1990, disse acreditar que alguns deles foram mal caracterizados.

“Em 2017, em Munique, na Oktoberfest, havia um refugiado afegão que subiu à mesa e mostrou a saudação de Hitler”, o que é ilegal na Alemanha. “Tivemos um caso grotesco em que um refugiado sírio pintou suásticas nas paredes do campo de refugiados”, acrescentou. Ele disse acreditar que a polícia considerou ambos os incidentes como extremistas de direita.

Como sionista, ele disse que também está orgulhoso de notar que a AfD “é o único partido na Alemanha que é a favor de parar de financiar a UNRWA”. Alguns países, incluindo os Estados Unidos, congelaram o financiamento à agência das Nações Unidas que serve os refugiados palestinianos, no meio de revelações de que funcionários participaram no ataque do Hamas a Israel, em 7 de Outubro; A Alemanha aderiu inicialmente ao congelamento, mas sinalizou mais recentemente que iria retomar o financiamento da UNRWA.

As preocupações de eleitores como Abramovych não devem ser deixadas à direita para resolver, disse Lagodinsky.

“Temos que fazer algo no domínio das políticas de segurança, da segurança interna. Temos que abordar a questão islâmica. Temos que fazer isso”, disse ele. Mas ele disse que isso poderia ser feito “sem que copiássemos a forma odiosa e os padrões odiosos” dos partidos populistas.

Acontece: Será que ninguém viu isto ontem, vê isto hoje e verá amanhã?

 

PERGUNTAS ACONTECEM, MAS AS RESPOSTAS...

Por Raul Meyer


O conflito Hamas/Israel, já com mais de 8 meses, é um dos mais vivos exemplos daquilo que é conhecido pela frase: "numa guerra o que primeiro morre é a verdade".

A verdade dos fatos acontecidos em 7 de Outubro passado e a sequência até os nossos dias tem sido deturpada fazendo com que um virulento antissemitismo tenha aflorado em incontáveis lugares do planeta.

Certamente quando se acompanha os jornais impressos e televisivos onde são mostradas realidades dos bombardeios em Gaza ou em Israel, crianças chorando ensanguentadas, mulheres desesperadas ao lado de corpos, familiares de sequestrados reclamando por suas libertações... não há como permanecer insensível.

O que é inconcebível é que tenham criado um slogan "Palestina Livre" que não pode ser mais irreal - pois foca na destruição do Estado de Israel, na morte de sua população e na permanência de um governo terrorista que em sua plataforma declara abertamente estes objetivos.

Ainda pior, a população judaica pelo mundo foi levada a ter que estar atenta a não mostrar sua religião através de seus símbolos como Kipá, Mezuzah, Magen David e etc sob o risco de ser atacada nas ruas.

As universidades foram transformadas em redutos de jovens radicais que atacam fisicamente seus professores ou colegas com raízes judaicas... que nem passaporte israelense possuem...

Este comportamento tem origem no Islã radical trazido por parte dos imigrantes que fugiram dos países muçulmanos e que reivindicam agora que os países que os receberam adotem a Shaaria, ou seja, a justiça islâmica, em sua sociedade - além de implantar guetos onde as populações originais são expulsas como acontece na Alemanha, na França, na Bélgica, na Noruega e em outros países europeus.

A identificação com o terrorismo do Hamas se transformou na ideologia de milhares de pessoas que, em demonstrações públicas, saem com bandeiras palestinas quando absolutamente não conhecem a realidade que é viver sob um regime opressivo como o do Hamas.

São "analfabetos" da realidade de Gaza e da falta da democracia em praticamente todos os países muçulmanos; enfim, estou certo que se fossem convidados a se mudar para aqueles países, nenhum, repito - nenhum - iria fazer suas malas e lá viver, ou melhor ainda, se se mudassem por exemplo para a Líbia, a Arábia Saudita ou o Iêmen, voltariam a seus países de origem em menos de uma semana.

Após este inicio, volto a incontáveis perguntas que, totalmente distorcidas em suas respostas pela mídia mundial, quero trazer para que vocês possam repensar o que responder quando questionados por suas raízes judaicas ou por sua simpatia por Israel.

O foco são a mentiras que são divulgadas diariamente em relação ao conflito Hamas e Israel:

1 - Os países e organizações que doaram, durante anos, bilhões de dólares ao governo da Faixa de Gaza (Hamas) com o intuito de melhorar a situação da  população palestina não perceberam que não havia qualquer melhora na sua condição de vida palestina?


RESPOSTA - Estes recursos certamente foram desviados do objetivo dos seus doadores pelo movimento terrorista Hamas que possui a meta de usar a população como escudo no seu conflito destinado a destruir o Estado de Israel e sua população.


 

2 - Estas instituições não enviavam controllers para acompanhar aplicação de suas doações como é costume em entidades financeiras?


RESPOSTA - Se eram enviados, certamente não devem ter reportado que os recursos não foram aplicados para a melhoria do padrão de vida da população palestina.

Se não foram enviados, esta iniciativa comprova que a aquela filantropia na verdade não tinha o intuito de ajudar a população, muito pelo contrário, ela era destinada ao terrorismo pelo Hamas.

 

 

 

3 - Estes controllers poderiam, se houvesse interesse por parte deles, ter acompanhado o trajeto do dinheiro ?


RESPOSTA - Certamente poderiam ter acompanhado o trajeto através da contabilidade bancária das instituições envolvidas na remessa, na recepção e no acompanhamento de quem recebia finalmente os recursos.


 

4 - Os governos e instituições que enviavam doações à governança de Gaza tomavam parte dos impostos de suas populações e das doações recebidas de filantropos que pretendiam ajudar a população palestina necessitada. A estas instituições e pessoas não haveriam de fazer uma prestação de contas do envio e de sua aplicação?


RESPOSTA - É corriqueiro que quem efetua doação pretende receber um relatório a fim de conhecer o que foi feito com seus recursos. Não tenho conhecimento de qualquer relatório enviado dando conto onde os bilhões de dólares foram aplicados.


 

5 - Israel divulgou por anos que o Hamas estava construindo túneis na faixa de Gaza mostrando em vídeos a sofisticação destas construções. Esta "indústria" certamente foi o alvo de grande parte destas doações bilionárias... pergunto: será que ninguém ficou alerta ao propósito destas construções?

RESPOSTA - 800 km! (2 vezes a distância de São Paulo ao Rio de Janeiro) foram construídos e certamente não para a proteção da população palestina que é proibida de usá-los. Estes túneis foram escavados para servir de esconderijo de armas, fábricas de foguetes, esconder o contrabando de armas do Egito e do Irã e dos terroristas do Hamas.


 

6 - Estes túneis eram de conhecimento dos doadores e das instituições financeiras?

RESPOSTA - Não posso acreditar que não era de conhecimento já que Israel tinha acesso periódico a eventos onde túneis "afloravam" dentro do território de Israel, além da inteligência de outras instituições que deveriam ter informações. Agora, que 800 km (!) foram construídos, isto certamente não era de conhecimento.

 

 

7 - A Faixa de Gaza não possui um reduto industrial formal; assim, não havia uma suspeita de que os milhares de foguetes lançados pelo Hamas contra Israel não foram produzidos com parte das doações recebidas pelo Hamas ?

RESPOSTA - Só quem é cego não viu a constância dos milhares de ataques de foguetes que caíam sobre Israel e não ligava em pensamentos de onde partiam todos os recursos para a sua produção.


 

8 - A mídia constantemente reportava a grande falta de água e de energia elétrica (que eram fornecidos por Israel à Faixa de Gaza). Pergunto por que nem uma pequena parte dos recursos doados foram aplicados para dessalinização ou para instalação de geradores a fim de prover o que a mídia comentava que faltava?

RESPOSTA - O que o Hamas sempre promoveu é a criação de uma população carente, pobre, educada radicalmente contra os israelenses e passando necessidades para ser mostrada à mídia e por esta divulgada.


 

9 - Os números de mortos e feridos divulgados pelo ministério do Hamas e pela mídia são reais? Quantos foram terroristas e quantos da população civil?

    RESPOSTA - Nós, que vivenciamos a tragédia da Covid, acompanhamos pelas        reportagens a construção de cemitérios onde milhares de covas eram                escavadas umas ao lado das outras... certamente foi um momento único na        história humana de cada país. Respondo a pergunta com uma afirmação: os        números de mais de 36.000 pessoas mortas não podem ser verdade, pois em     240 dias (8 meses de conflito) haveria uma média de 150 enterros/diários ou        12,5 por hora: um "filão" para mídia mostrar em vídeo, coisa que não                acontece.

 

        10 - Então qual o numero confiável?

    RESPOSTA - Os números nunca serão exatos, mas há uma previsão das                autoridades de Israel de que ao redor de 24.000 pessoas morreram em Gaza.     Aliás, o próprio Hamas se retratou comentando esta cifra semanas atrás.            Destes, 16.000 Israel comenta que foram terroristas, o que deixa a cifra de        8.000 para a população civil.


        11 - O que de ajuda a à sua população o Hamas conseguiu com o massacre,         a tortura, queimar pessoas vivas, incluindo mulheres, crianças, bebês,                homens, de 1.200 civis e levar ao cativeiro mais de 250 reféns no dia 7                de Outubro passado?

    RESPOSTA - O Hamas conseguiu que:

a - parte da população civil, usada por ele como escudo, foi morta - entre mulheres, crianças, homens, idosos, enfim, uma tragédia;

b - que Israel respondesse com força à iniciativa do envio de mais de 3.000 terroristas para matar, mutilar, queimar, pessoas vivas, além de levar ao cativeiro 250 reféns;

c - que 18.000 palestinos que diariamente cruzavam as fronteiras para poder trabalhar e ganhar mais do que em Gaza perdessem os seus trabalhos;

d - que um antissemitismo ressurgisse com força e com ele uma importante islamofobia no mundo inteiro.


        12 - Além do Hamas, por que o Hezbolah entrou no conflito? E o que está            trazendo consigo?

    RESPOSTA - Que o Irã, um país muçulmano xiita que pretende assumir a            liderança muçulmana no oriente médio, entrasse indiretamente no conflito            financiando o Hamas e o Hezbolah. O Hezbolah, que faz parte do governo do        Líbano, está levando este país ao conflito também.



Em resumo, muitas perguntas ficam e ficarão no ar por muito tempo, mas uma verdade é implacável: o Hamas criou por décadas uma estrutura física e educacional imoral, destinada a subjugar seu povo através do radicalismo islâmico com o único intuito de destruir Israel e matar sua população.


Será que ninguém viu isto ontem, vê isto hoje e verá amanhã?

terça-feira, 11 de junho de 2024

VOCÊ SABIA? - Mais e mais vozes não judias apoiando Israel

 

Por Itanira Heineberg


UNIVERSIDADE DE EDIMBURGO, CAPITAL DA ESCÓCIA


Dr. Denis Mac Eoin, PHD, professor da universidade onde em sua juventude estudou, frustrou-se com a moção e votação da EUSA, Associação de Estudantes de Edimburgo, de boicotar os produtos de Israel por considerar o país um sistema de apartheid.

Não conseguindo aceitar tais ideias por alunos estudiosos e inteligentes, propôs-se a escrever-lhes uma verdadeira aula de história do momento que o mundo e todos nós estamos vivendo:

 

"Posso dizer algumas palavras aos membros da EUSA?

Sou formado em Edimburgo (mestrado em 1975) e estudei história persa, árabe e islâmica em Buccleuch Place com William Montgomery Watt e Laurence Elwell Sutton, dois dos maiores especialistas britânicos em Oriente Médio na época.

Mais tarde, fiz doutorado em Cambridge e lecionei Estudos Árabes e Islâmicos na Universidade de Newcastle. Naturalmente, sou autor de vários livros e centenas de artigos nesta área. Digo tudo isto para mostrar que estou bem informado sobre os assuntos do Médio Oriente e que, por essa razão, estou chocado e desanimado com a moção e votação da EUSA.  Estou chocado por uma razão simples: não existe e nunca existiu um sistema de apartheid em Israel.  Esta não é a minha opinião, é um fato que pode ser testado em comparação com a realidade por qualquer estudante de Edimburgo, caso decida visitar Israel para ver por si mesmo. Deixem-me explicar isto, pois tenho a impressão de que os membros da EUSA que votaram a favor desta moção são absolutamente ignorantes em assuntos relativos a Israel, e que são, com toda a probabilidade, vítimas de propaganda extremamente tendenciosa proveniente do grupo anti- Israel.

 Ser anti-Israel não é em si questionável. Mas não estou falando de críticas comuns a Israel. Estou falando de um ódio que não se permite limites nas mentiras e mitos que espalha. Assim, Israel é repetidamente referido como um estado “nazista”. Em que sentido isso é verdade, mesmo como uma metáfora? Onde estão os campos de concentração israelenses? Os einzatsgruppen? A SS? As Leis de Nuremberg? A solução final? Nenhuma destas coisas nem qualquer coisa remotamente parecida com elas existe em Israel, precisamente porque os judeus, mais do que qualquer pessoa na terra, entendem o que o nazismo representava.  Alega-se que houve um Holocausto israelita em Gaza (ou noutro local). Onde? Quando? Nenhum historiador honesto trataria essa afirmação com outra coisa que não o desprezo que ela merece. Mas chamar os judeus de nazistas e dizer que eles cometeram um Holocausto é uma forma tão básica de subverter os fatos históricos quanto qualquer coisa que eu possa imaginar. 

Da mesma forma, o apartheid. Para que o apartheid existisse, teria de haver uma situação que se assemelhasse muito à forma como as coisas eram na África do Sul sob o regime do apartheid. Infelizmente para aqueles que acreditam nisso, um fim de semana em qualquer parte de Israel seria suficiente para mostrar o quão ridícula é a afirmação.  O fato de um grupo de estudantes universitários ter realmente caído nessa e ter votado é um comentário triste sobre o estado da educação moderna. O foco mais óbvio para o apartheid seria a população árabe de 20% do país. Segundo a lei israelita, os árabes israelitas têm exatamente os mesmos direitos que os judeus ou qualquer outra pessoa; Os muçulmanos têm os mesmos direitos que os judeus ou cristãos; Os bahá'ís, severamente perseguidos no Irã, florescem em Israel, onde têm o seu centro mundial; Os muçulmanos Ahmadi, severamente perseguidos no Paquistão e noutros lugares, são mantidos em segurança por Israel; os locais sagrados de todas as religiões são protegidos por uma lei israelense específica. Os árabes constituem 20% da população universitária (um eco exato da sua percentagem na população em geral). 

No Irã, os Bahai (a maior minoria religiosa) estão proibidos de estudar em qualquer universidade ou de gerir as suas próprias universidades: por queseus membros não estão boicotando o Irã? Os árabes em Israel podem ir aonde quiserem, ao contrário dos negros na África do Sul do apartheid. Utilizam transportes públicos, comem em restaurantes, vão a piscinas, usam bibliotecas, vão ao cinema ao lado de judeus - algo que nenhum negro foi capaz de fazer na África do Sul. 

Os hospitais israelitas não tratam apenas de judeus e árabes, mas também de palestinos de Gaza ou da Cisjordânia.  Nas mesmas enfermarias, nas mesmas salas de operações. 

Em Israel, as mulheres têm os mesmos direitos que os homens: não existe apartheid de gênero.  Homens e mulheres gays não enfrentam restrições, e os gays palestinos muitas vezes fogem para Israel, sabendo que podem ser mortos em casa.  Parece-me bizarro que grupos LGBT apelem a um boicote a Israel e não digam nada sobre países como o Irã, onde homens gays são enforcados ou apedrejados até a morte. Isso ilustra uma mentalidade que é inacreditável.  Estudantes inteligentes pensando que é melhor calar sobre regimes que matam gays, mas é bom condenar o único país do Oriente Médio que resgata e protege os gays. Isso deveria ser uma piada de mau gosto?  A universidade deveria ser sobre aprender a usar o cérebro, a pensar racionalmente, a examinar evidências, a chegar a conclusões baseadas em evidências sólidas, a comparar fontes, a pesar um ponto de vista contra um ou mais outros.

 


Se o melhor que Edimburgo pode produzir agora são estudantes que não têm ideia de como fazer nenhuma dessas coisas, então o futuro será sombrio.  Não me oponho a críticas bem documentadas a Israel. Oponho-me quando pessoas supostamente inteligentes destacam o Estado Judeu acima de Estados que são horríveis no tratamento que dispensam às suas populações. Estamos a atravessar a maior convulsão no Médio Oriente desde os séculos VII e VIII, e é claro que árabes e iranianos estão a rebelar-se contra regimes aterrorizantes que contra-atacam matando os seus próprios cidadãos.  Os cidadãos israelitas, tanto judeus como árabes, não se rebelam (embora sejam livres para protestar). Contudo, os estudantes de Edimburgo não organizam manifestações e não apelam a boicotes contra a Líbia, o Bahrein, a Arábia Saudita, o Iémen e o Irã. Preferem fazer acusações falsas contra um dos países mais livres do mundo, o único país do Médio Oriente que acolheu refugiados do Darfur, o único país do Médio Oriente que dá refúgio a homens e mulheres homossexuais, o único país do Médio Oriente Leste que protege os Bahá'ís...

 


Preciso continuar?  O desequilíbrio é perceptível e não dá crédito a quem votou a favor deste boicote. Peço que você mostre algum bom senso. Obtenha informações da embaixada de Israel. Peça alguns palestrantes. Ouça mais de um lado.  Não se decida antes de ter dado uma audiência justa a ambas as partes. Você tem um dever para com seus alunos e isso é protegê-los de argumentos unilaterais.  Eles não estão na universidade para serem propagandeados. E certamente não estão lá para serem induzidos ao antissemitismo, punindo um país entre todos os países do mundo, que é o único Estado judeu. Se tivesse existido um único Estado judeu na década de 1930 (o que, infelizmente, não existiu), não acha que Adolf Hitler teria decidido boicotá-lo?  A vossa geração tem o dever de garantir que o racismo perene do antissemitismo nunca crie raízes entre vós. Hoje, porém, há sinais claros de que o fez e não está a diminuir mais. Você tem a chance de evitar um mal muito grande, simplesmente usando a razão e o senso de justiça. Por favor, diga-me que isso faz sentido. Eu lhe dei algumas das evidências.  Cabe a você saber mais.

Com os melhores cumprimentos,

Denis MacEoin”

6:54 PM · 30 de mai de 2024

 

Que mais vozes esclarecedoras e portadoras da verdade dos fatos se unam a Edimburgo numa tentativa de acordar e ensinar as pessoas desinformadas e desconhecedoras do que está acontecendo no Oriente Médio e no mundo.



FONTES:

chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.enjc.org/images/Documents/EdinburghProfessor.pdf

https://x.com/freire_roberto/status/1796299133591929003?s=48&t=2JvTPqKXvDAVMwGtmwv6Iw