PERGUNTAS ACONTECEM, MAS AS RESPOSTAS...
Por Raul Meyer
O conflito Hamas/Israel, já com mais de 8 meses, é um dos mais vivos exemplos daquilo que é conhecido pela frase: "numa guerra o que primeiro morre é a verdade".
A verdade dos fatos acontecidos em 7 de Outubro passado e a sequência até os nossos dias tem sido deturpada fazendo com que um virulento antissemitismo tenha aflorado em incontáveis lugares do planeta.
Certamente quando se acompanha os jornais impressos e televisivos onde são mostradas realidades dos bombardeios em Gaza ou em Israel, crianças chorando ensanguentadas, mulheres desesperadas ao lado de corpos, familiares de sequestrados reclamando por suas libertações... não há como permanecer insensível.
O que é inconcebível é que tenham criado um slogan "Palestina Livre" que não pode ser mais irreal - pois foca na destruição do Estado de Israel, na morte de sua população e na permanência de um governo terrorista que em sua plataforma declara abertamente estes objetivos.
Ainda pior, a população judaica pelo mundo foi levada a ter que estar atenta a não mostrar sua religião através de seus símbolos como Kipá, Mezuzah, Magen David e etc sob o risco de ser atacada nas ruas.
As universidades foram transformadas em redutos de jovens radicais que atacam fisicamente seus professores ou colegas com raízes judaicas... que nem passaporte israelense possuem...
Este comportamento tem origem no Islã radical trazido por parte dos imigrantes que fugiram dos países muçulmanos e que reivindicam agora que os países que os receberam adotem a Shaaria, ou seja, a justiça islâmica, em sua sociedade - além de implantar guetos onde as populações originais são expulsas como acontece na Alemanha, na França, na Bélgica, na Noruega e em outros países europeus.
A identificação com o terrorismo do Hamas se transformou na ideologia de milhares de pessoas que, em demonstrações públicas, saem com bandeiras palestinas quando absolutamente não conhecem a realidade que é viver sob um regime opressivo como o do Hamas.
São "analfabetos" da realidade de Gaza e da falta da democracia em praticamente todos os países muçulmanos; enfim, estou certo que se fossem convidados a se mudar para aqueles países, nenhum, repito - nenhum - iria fazer suas malas e lá viver, ou melhor ainda, se se mudassem por exemplo para a Líbia, a Arábia Saudita ou o Iêmen, voltariam a seus países de origem em menos de uma semana.
Após este inicio, volto a incontáveis perguntas que, totalmente distorcidas em suas respostas pela mídia mundial, quero trazer para que vocês possam repensar o que responder quando questionados por suas raízes judaicas ou por sua simpatia por Israel.
O foco são a mentiras que são divulgadas diariamente em relação ao conflito Hamas e Israel:
1 - Os países e organizações que doaram, durante anos, bilhões de dólares ao governo da Faixa de Gaza (Hamas) com o intuito de melhorar a situação da população palestina não perceberam que não havia qualquer melhora na sua condição de vida palestina?
RESPOSTA - Estes recursos certamente foram desviados do objetivo dos seus doadores pelo movimento terrorista Hamas que possui a meta de usar a população como escudo no seu conflito destinado a destruir o Estado de Israel e sua população.
2 - Estas instituições não enviavam controllers para acompanhar aplicação de suas doações como é costume em entidades financeiras?
RESPOSTA - Se eram enviados, certamente não devem ter reportado que os recursos não foram aplicados para a melhoria do padrão de vida da população palestina.
Se não foram enviados, esta iniciativa comprova que a aquela filantropia na verdade não tinha o intuito de ajudar a população, muito pelo contrário, ela era destinada ao terrorismo pelo Hamas.
3 - Estes controllers poderiam, se houvesse interesse por parte deles, ter acompanhado o trajeto do dinheiro ?
RESPOSTA - Certamente poderiam ter acompanhado o trajeto através da contabilidade bancária das instituições envolvidas na remessa, na recepção e no acompanhamento de quem recebia finalmente os recursos.
4 - Os governos e instituições que enviavam doações à governança de Gaza tomavam parte dos impostos de suas populações e das doações recebidas de filantropos que pretendiam ajudar a população palestina necessitada. A estas instituições e pessoas não haveriam de fazer uma prestação de contas do envio e de sua aplicação?
RESPOSTA - É corriqueiro que quem efetua doação pretende receber um relatório a fim de conhecer o que foi feito com seus recursos. Não tenho conhecimento de qualquer relatório enviado dando conto onde os bilhões de dólares foram aplicados.
5 - Israel divulgou por anos que o Hamas estava construindo túneis na faixa de Gaza mostrando em vídeos a sofisticação destas construções. Esta "indústria" certamente foi o alvo de grande parte destas doações bilionárias... pergunto: será que ninguém ficou alerta ao propósito destas construções?
RESPOSTA - 800 km! (2 vezes a distância de São Paulo ao Rio de Janeiro) foram construídos e certamente não para a proteção da população palestina que é proibida de usá-los. Estes túneis foram escavados para servir de esconderijo de armas, fábricas de foguetes, esconder o contrabando de armas do Egito e do Irã e dos terroristas do Hamas.
6 - Estes túneis eram de conhecimento dos doadores e das instituições financeiras?
RESPOSTA - Não posso acreditar que não era de conhecimento já que Israel tinha acesso periódico a eventos onde túneis "afloravam" dentro do território de Israel, além da inteligência de outras instituições que deveriam ter informações. Agora, que 800 km (!) foram construídos, isto certamente não era de conhecimento.
7 - A Faixa de Gaza não possui um reduto industrial formal; assim, não havia uma suspeita de que os milhares de foguetes lançados pelo Hamas contra Israel não foram produzidos com parte das doações recebidas pelo Hamas ?
RESPOSTA - Só quem é cego não viu a constância dos milhares de ataques de foguetes que caíam sobre Israel e não ligava em pensamentos de onde partiam todos os recursos para a sua produção.
8 - A mídia constantemente reportava a grande falta de água e de energia elétrica (que eram fornecidos por Israel à Faixa de Gaza). Pergunto por que nem uma pequena parte dos recursos doados foram aplicados para dessalinização ou para instalação de geradores a fim de prover o que a mídia comentava que faltava?
RESPOSTA - O que o Hamas sempre promoveu é a criação de uma população carente, pobre, educada radicalmente contra os israelenses e passando necessidades para ser mostrada à mídia e por esta divulgada.
9 - Os números de mortos e feridos divulgados pelo ministério do Hamas e pela mídia são reais? Quantos foram terroristas e quantos da população civil?
RESPOSTA - Nós, que vivenciamos a tragédia da Covid, acompanhamos pelas reportagens a construção de cemitérios onde milhares de covas eram escavadas umas ao lado das outras... certamente foi um momento único na história humana de cada país. Respondo a pergunta com uma afirmação: os números de mais de 36.000 pessoas mortas não podem ser verdade, pois em 240 dias (8 meses de conflito) haveria uma média de 150 enterros/diários ou 12,5 por hora: um "filão" para mídia mostrar em vídeo, coisa que não acontece.
10 - Então qual o numero confiável?
RESPOSTA - Os números nunca serão exatos, mas há uma previsão das autoridades de Israel de que ao redor de 24.000 pessoas morreram em Gaza. Aliás, o próprio Hamas se retratou comentando esta cifra semanas atrás. Destes, 16.000 Israel comenta que foram terroristas, o que deixa a cifra de 8.000 para a população civil.
11 - O que de ajuda a à sua população o Hamas conseguiu com o massacre, a tortura, queimar pessoas vivas, incluindo mulheres, crianças, bebês, homens, de 1.200 civis e levar ao cativeiro mais de 250 reféns no dia 7 de Outubro passado?
RESPOSTA - O Hamas conseguiu que:
a - parte da população civil, usada por ele como escudo, foi morta - entre mulheres, crianças, homens, idosos, enfim, uma tragédia;
b - que Israel respondesse com força à iniciativa do envio de mais de 3.000 terroristas para matar, mutilar, queimar, pessoas vivas, além de levar ao cativeiro 250 reféns;
c - que 18.000 palestinos que diariamente cruzavam as fronteiras para poder trabalhar e ganhar mais do que em Gaza perdessem os seus trabalhos;
d - que um antissemitismo ressurgisse com força e com ele uma importante islamofobia no mundo inteiro.
12 - Além do Hamas, por que o Hezbolah entrou no conflito? E o que está trazendo consigo?
RESPOSTA - Que o Irã, um país muçulmano xiita que pretende assumir a liderança muçulmana no oriente médio, entrasse indiretamente no conflito financiando o Hamas e o Hezbolah. O Hezbolah, que faz parte do governo do Líbano, está levando este país ao conflito também.
Em resumo, muitas perguntas ficam e ficarão no ar por muito tempo, mas uma verdade é implacável: o Hamas criou por décadas uma estrutura física e educacional imoral, destinada a subjugar seu povo através do radicalismo islâmico com o único intuito de destruir Israel e matar sua população.
Será que ninguém viu isto ontem, vê isto hoje e verá amanhã?