21 de dezembro de 2017
Cidade de Haifa comemorando as FESTAS das LUZES - 2018 cedido pela Morá Yardena Yahav, moradora de Haifa, Israel. |
EshTáNaMídia: uma aventura bem sucedida que vem dando oportunidade de interagir com todos e todas. Neste último Editorial do ano queremos, além de comentar um pouco a respeito das FESTAS das LUZES, agradecer a todos que nos acompanharam.
Em dezembro as cidades brasileiras preparam-se para as festas de fim de ano. As ruas ficam iluminadas e nos lares cristãos as árvores de Natal são montadas e acesas. Um espírito maravilhoso paira sobre São Paulo e de alguma forma nos sentimos envolvidos pela busca de momentos em família e pela busca de um mundo com mais paz. Assim, a data extrapola o seu significado religioso, ou melhor, o significado religioso do Natal abraça a nossa cidade.
Para os judeus, é o mês em que se comemora a Festa de Hanuka - que dura 8 dias e neste ano acabou na última terça-feira, 19 de dezembro. O famoso candelabro de 8 braços e mais uma vela adicional (o Shamash, ou vela auxiliar) são acesos de forma lenta, uma vela a cada dia, para que sejam lembrados os dias em que o Templo de Jerusalém, que havia sido ocupado pelos gregos e onde foi erguida uma enorme estátua de Zeus, foi recuperado pelos Macabeus - e o pouco óleo que serviria só para uma noite conseguiu manter o candelabro aceso por 8 noites. Durou até que o novo óleo fosse produzido. A Cidade Velha de Jerusalém, há milênios, é iluminada nestes dias (bem, é claro que isto não ocorreu entre 1948 e 1967, quando foi proibido que os judeus entrassem ali). Este ano, uma linda dança de luzes iluminou a Muralha da Cidade Velha.
Festival das Luzes em Jerusalém 2018: O Sevivon (peão) girava e as letras que aparecem são N (ness, milagre), GUE (gimel, Gadol, grande), H (hei, haia, aconteceu), P (pei, Pó, aqui) - Um grande milagre aconteceu aqui. Imagens cedidas por Eva Cialic. |
Luzes iluminando dois mundos que se unem. Luzes que parecem ter significados diferentes, mas que representam uma alternância em relação às trevas. Colocamos o termo alternância e não substituição porque todos sabem que a noite e o dia, o claro e o escuro, compõem o dia. Manter um ambiente muito iluminado o tempo todo cega! Manter um ambiente totalmente escuro impede a visão! Assim, a diversidade e os pontos de convergência são o tempero que permite à vida humana ter significado. As duas festas, os dois momentos de celebração, são inclusivos e têm um olhar voltado para a Paz – Shalom.
Em seu livro “Gold from the Land of Israel” (2011, Smashwords Edition, e-book), o Rabino Chanan Morris recupera os escritos do Rabbi Abraham Isaac HaKohen Kook (1865-1938), que nasceu em um vilarejo da Letônia no dia 7 de setembro de 1865. Rav Kook foi o primeiro Rabino Chefe Ashkenazi do Mandato Britânico da Palestina e, mesmo sendo um ortodoxo sua casa sempre esteve aberta para todos os judeus. Era um grande estudioso da Torah e neste livro são recuperadas suas considerações sobre as formas como a Paz são referidas ou desejadas na Torah (cinco livros de Moisés). Quando Moisés despede-se de seu sogro Yetro e retorna para o Egito, este, um sacerdote dos Midianitas, abençoa o genro dizendo “Lech LE Shalom” “vá PARA a Paz”; e não da forma como todos fazem “Lech BE Shalom”; “vá EM Paz”. Esta forma foi como o Rei David saudou seu filho Absalom, que foi enforcado.
Sem abusar do nosso espaço e tempo no final deste ano, trazemos o resumo descrito no livro acima: Os caminhos da vida são caminhos que buscam a Paz. Este é o objetivo maior. Não pode ser perdido, mesmo que distante, mesmo que fora do alcance de nosso olhar. Vá Para a Paz – Viva em Busca da Paz – Encontre o seu caminho e seja este um dos caminhos que possam trazer a Paz para cada um de vocês e para todos. Esta caminhada é a que leva ao momento em que se Vai em Paz.
Até 2018, Lech Le Shalom – Vá Para a Paz.
Regina P Markus
Marcela Fejes
Juliana Rehfeld
Regina P Markus
Marcela Fejes
Juliana Rehfeld
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