Jerusalém a Capital Eterna do Povo Judeu
Jerusalém a Capital do Estado de Israel
Esta foi a polêmica da semana. Muito foi escrito e muito foi falado, mas sempre há mais o que contar a respeito de uma cidade que entra no seu quarto milênio. Mais de 3000 anos de existência, mais de 3000 anos de história e ainda o centro de tantas atenções.
Jerusalém é a Capital Eterna do Povo Judeu porque desde a conquista do Reino de Judá, quando os judeus foram levados para a Babilônia, o sonhado retorno manteve o povo da Judéia unido. Dez tribos de Israel se perderam pelo mundo, algumas até recuperadas no último século, mas a tribo de Judá voltou para Jerusalém e reconstruiu o seu país.
Jerusalém, a capital eterna do Povo Judeu. Quando os romanos conquistaram Jerusalém eles expulsaram os judeus e destruíram o Segundo Templo, e esta era a centralidade da vida judaica. Nessa mesma época, os sábios que viviam em Yavne (uma cidade perto de Jerusalém) criaram um roteiro de vida que permitiria ao povo manter sua identidade mesmo sem o Templo e mesmo sem um comando central. Foram criados vários rituais e regras: todos estão intermeados com a Cidade Eterna de Jerusalém, aquela que não deveria ser esquecida. Em todos os casamentos judaicos, a festa e a alegria são contagiantes mas no finalzinho do ritual, momentos antes das saudações de alegria e os desejos de boa sorte, o noivo quebra um copo - e entre os muitos significados deste ritual, diz-se que o copo é quebrado para lembrar a Destruição de Jerusalém. Mas o que foi importante naquele período em que se iniciou o longo exílio foi criar uma base de conhecimento que deveria servir de base de união dos dispersos. Sem celular ou internet, os judeus se mantiveram unidos através do estudo e do desejo de voltar a Jerusalém.
Agora que já entendemos a importância da cidade para o povo judeu ao longo de milênios, olhando a história recente veremos que os judeus sempre estiveram presentes em Jerusalém - e quando se fala em Jerusalém, até o século XIX o que existia era a Cidade Velha que hoje querem chamar de Jerusalém Oriental. A cidade nova de Jerusalém começa a ser construída em 1860, quando Moses Montefiori e Judah Touro iniciam a construção de Yemin Moshe (marcado no mapa). Em 1873, o bairro onde moram os judeus ortodoxos, Mea Shearim, foi construído. Mas a Cidade Velha (Ir Ha’atiká) continuava sendo habitada por judeus. Um pouco ao Norte da Cidade Velha foi construído o campus da Universidade Hebraica de Jerusalém fundada em 1918. Este campus também está no território chamado de Jerusalém Oriental.
Portanto, Jerusalém Ocidental é uma cidade nova, construída a partir do século XIX, como resultado do crescimento demográfico. A história antiga e recente de Jerusalém judaica está conectada com a Cidade Velha de Jerusalém.
Portanto, Jerusalém Ocidental é uma cidade nova, construída a partir do século XIX, como resultado do crescimento demográfico. A história antiga e recente de Jerusalém judaica está conectada com a Cidade Velha de Jerusalém.
Figura acima mostra o Monste Scopus, onde foi construída a Universidade Hebraica de Jerusalém em 1918 e o bairro de Yemin Moshe, construído em 1860.
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A história de Jerusalém é longa, mas um dos mais longos períodos em que os judeus não estiveram presentes ali foi entre 1948 e 1967, quando ocupada pela Jordânia, e até a Universidade Hebraica de Jerusalém foi mantida em “repouso”. Novos prédios foram construídos e habitados por cientistas, alunos e professores. Este era o exemplo dado pelos mestres de Yavne 2000 anos antes. O exemplo foi seguido.
Desde a unificação de Jerusalém em 1967, todos têm o direito de lá morar. E mais ainda, todas as religiões monoteístas têm acesso e gerência sobre seus locais de culto. Há os que centralizam suas fés em outras cidades do mundo, e rezam voltados para estas, e há os que não têm uma sede. Não importa, a todos é dado o direito de rezar em Jerusalém. Bem, pensando um pouco melhor, apenas nós, judeus, não temos o direito de rezar no Har Moriah, porque os árabes que administram esta montanha onde é dito que Jacob sonhou e Isaac viveu momentos de eterna transformação.
Jerusalém dá a oportunidade para falarmos de paz, de harmonia e de comunhão – e isto pode ser sentido quando passamos por suas vias estreitas e conversamos com pessoas que lá estão. Isto pode ser sentido de forma intensa quando vamos ao Santo Sepulcro e ao Muro Oeste do Templo de Jerusalém, e também quando andamos pelo Kardo, o centro comercial romano. Em cada lugar, judeus, árabes, cristão e agnósticos se maravilham com o tempo eterno.
Nesta semana encontramos vários jornalistas ao redor do mundo falando sobre o tema. A leitura dos diferentes textos permite entender qual a narrativa que vem sendo construída e como o mundo reage. Em nosso blog e nossa página no Facebook encontramos artigos da jornalista catalã Pilar Rahola e da jornalista portuguesa Esther Mucznik. A imprensa brasileira, incluindo Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, Globo e TV Cultura, tem apresentado opiniões e na maioria das vezes construindo premissas que precisam ser revisadas. Os jornais brasileiros de forma inercial ou proposital evitam chamar os lugares e os fatos pelos nomes corretos, criando uma narrativa alternativa que se descola da verdade. Parafraseando Pilar Rahola, demonstram uma “imparcialidade manifesta”, uma imparcialidade politicamente correta, mas que omite e transveste a verdade e os fatos.
Conhecimento de fatos e das perspectivas históricas são formas de buscar as verdades e trazer o diálogo. O uso de bombas e túneis de sequestro devem ser condenados e evitados, e o convívio entre pessoas, entre crianças, como vemos nas ruas de Jerusalém, são a base para sonharmos com um futuro em que a Capital de Israel será reconhecida por todas as nações.
EshTá na Mídia - Comitê Editorial
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